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ESTUDO DO PERFIL DE APRENDIZAGEM SOB A PERSPECTIVA DO MODELO VARK, ESTILOS DE

APRENDIZAGEM, INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS E ESTILOS COGNITIVOS.

Artigo: Estilos de aprendizagem: um estudo comparativo

https://doi.org/10.1590/S1414-40772016000200004

Em uma sala de aula os professores se deparam com várias formas de aprendizagem em que cada
aluno tem sua forma de aprender com mais facilidade, com isso surge a necessidade de os
professores avaliarem o estilo de aprendizagem dos alunos. Uma técnica de mapeamento de estilo de
aprendizado foi criada por Neil Fleming em 1992, denominada de VARK que é uma sigla para visual,
aural/read, write and kinesthetic, que em tradução direta para o português significa: visual, áudio,
leitura/escrita e sinestésico. Para Fleming (2001) o ser humano tem quatro canais de aprendizado,
são eles:

1- Visual: as pessoas que aprendem melhor visualmente preferem as informações providas por
demonstrações visuais e descrições. Elas gostam de utilizar listas para manter o raciocínio e
organizar seus pensamentos. Costumam lembrar dos rostos das pessoas conhecidas, mas
frequentemente esquecem os nomes delas. São distraídas pelos movimentos ou ações,
porém se houver algum distúrbio causado por sons, elas geralmente ignoram.
2- Auditivo: estes indivíduos aprendem pela audição, gostam de ser providos por instruções
faladas. Preferem discussões e diálogos e solucionar problemas por meio de falas. Além
disso, são facilmente distraídos por sons e preferem aprender com boa utilização da
comunicação oral.
3- Leitura/escrita: estes indivíduos são tomadores de notas. Durante atividades como palestras
e leitura de materiais difíceis, as anotações são essenciais para eles. Frequentemente
desenham planos e esquemas para lembrar os conteúdos.
4- Sinestésico: pessoas com aprendizado sinestésico preferem aprender fazendo as tarefas por
si sós. Eles usualmente têm muita energia e gostam de utilizar o toque, o movimento e a
interação com seu ambiente.

• Aprendizagem matemática

Dissertação de Referência:

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E O LÚDICO: UMA PROPOSTA PARA O APRENDIZADO DE CONTEÚDOS DE


MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL.

https://sca.profmat-sbm.org.br/profmat_tcc.php?id1=6421&id2=171055113

Para Araújo (2000) o fazer Matemática é um processo dialético que envolve a ação, a formulação e a
validação do conhecimento. E para permitir que tudo isso ocorra, é preciso investir em jogos que
façam parte da rotina escolar. O ponto de partida da atividade matemática não é a definição por si só,
mas sim o levantamento do problema.

Segundo Araújo (2000, p.81 e 82): A importância dos questionamentos está no


entender o que se faz, como se faz e saber por que se faz. Ao jogar, a
necessidade de vencer ressignifica a necessidade de aprender. (...) Jogar
implica em tomar decisões, fazer representações mentais, elaborar estratégias,
fazer previsões. Desta forma, a proposta é dar oportunidade aos alunos de
elaborar, de um modo pessoal, diferentes procedimentos de resolução,
comparar esses procedimentos e criar argumentos para justificá-los, aprender
a detectar seus erros e aqueles cometidos pelos colegas, questionar,
reformular e consensar ideias, produzir informação ao relacionar dados, avaliar
e emitir seu próprio julgamento.

Artigo de referência: Condicionantes da aprendizagem da matemática: uma revisão sistêmica da


literatura.

https://doi.org/10.1590/s1517-97022015051533

Condicionante interna: funcionamento do cérebro O que é o conhecimento, como se processa, qual o


papel do cérebro e da língua falada na aprendizagem em geral e da matemática, em particular?
Piaget (1954) aborda cientificamente algumas questões da teoria do conhecimento por meio da
gênese das estruturas cognitivas do sujeito. Distingue conhecimento formal de conhecimento
empírico e, face à questão de onde provêm esses dois tipos de conhecimento, afasta-se das respostas
tradicionais, empiristas e racionalistas. Para os empiristas, a origem do conhecimento residia na
realidade, sendo a mente do sujeito o receptáculo passivo do objeto de conhecimento. Para os
racionalistas, o conhecimento seria inato e a sua evolução seria apenas a atualização de estruturas
pré-formadas. Segundo Piaget (1971), que introduziu o termo construtivismo, a construção do
conhecimento passa pela interação entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. Nessa
concepção, é o sujeito quem, a partir da ação, constrói as suas representações da realidade
interagindo com o objeto do conhecimento. Na concepção piagetiana, a aquisição do conhecimento
só ocorre mediante a consolidação de estruturas do pensamento que passam por quatro estádios:
sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.

Condicionante interna: língua falada A linguagem é um atributo exclusivo do ser humano. Assume
uma importância fundamental na nossa experiência e, consequentemente, no nosso conhecimento.

Condicionante interna: estilos de aprendizagem várias teorias têm sido desenvolvidas para descrever
as diferenças observadas na abordagem da aprendizagem dos estudantes, dentre as quais se
destacam a teoria das inteligências múltiplas de Gardner (1993) e os estilos de aprendizagem de Kolb
(1981).

Condicionante externa: fatores socioculturais, Confúcio elaborou uma doutrina de grande influência
na China, razão pela qual este é reconhecido como uma das grandes figuras da cultura chinesa. Os
seus ensinamentos tiveram uma influência considerável não só no domínio da educação, como da
política, da economia e da cultura, assim como na ética e na moral. De todos os sistemas pedagógicos
existentes, esse é provavelmente o mais antigo ainda em funcionamento. Com mais de 2.500 anos de
experiências acumuladas e em pleno processo de aplicação, desenvolvimento e adaptação aos dias
atuais, muitas das propostas de Confúcio, ou a ele atribuídas, continuam a ser pertinentes e de
grande atualidade.

Condicionante externo: estilos de ensino, Ponte (1992) refere que o saber matemático assenta em
quatro características fundamentais – a formalização, segundo uma lógica bem definida; a
verificabilidade, que permite estabelecer consensos acerca da validade de cada resultado; a
universalidade, isto é, o seu caráter transcultural e a possibilidade de o aplicar aos mais diversos
fenômenos e situações; e a generatividade, ou seja, a possibilidade de levar à descoberta de coisas
novas - e desdobra-se em quatro elementos constitutivos, de acordo com a sua função e nível de
complexidade – competências elementares (que implicam processos de simples memorização e
execução); competências intermédias (que implicam processos com certo grau de complexidade, mas
não exigem muita criatividade); competências complexas (que implicam uma capacidade significativa
de lidar com situações novas); e saberes de ordem geral (que incluem os meta saberes, ou seja,
saberes com influência nos próprios saberes). O desenvolvimento do saber matemático assenta na
ação (manipulação de objetos e de representações numérica, gráfica e algébrica) e na reflexão
(pensar sobre a ação, estimulada pelo esforço de explicação e pela discussão). Ponte (1992) considera
ainda que o substrato conceitual joga um papel determinante no pensamento e na ação e,
consequentemente, na prática do professor.

Artigo: O ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA POR MEIO DA METODOLOGIA DE RESOLUÇÃO


DE PROBLEMAS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Fonte:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_sucileiva_baldissera
_piovesan.pdf

A metodologia de Resolução de Problemas está sendo considerada uma maneira muito adequada de
desenvolver essa aprendizagem. Segundo os adeptos dessa proposta (POZO (1998), ECHEVERRÍA
(1998), ANGÓN (1998), ONUCHIC (1999) entre outros) ensinar a Matemática através da Resolução de
Problemas desenvolve o raciocínio e estimula o gosto pela matéria fazendo com que os alunos
aprendam de forma prazerosa. A adoção dessa alternativa metodológica ajuda a preparar os alunos
para enfrentarem situações novas, seja na vida escolar como também no dia-a-dia, e a
desenvolverem a autonomia, pois ao resolver problemas estão sempre tendo que tomar decisões.

Ao se ensinar Matemática através da resolução de


problemas, os problemas são importantes não somente
como um propósito de se aprender matemática, mas,
também, como um primeiro passo para se fazer isso. O
ensino-aprendizagem de um tópico matemático começa com
uma situação-problema que expressa aspectos-chave desse
tópico e são desenvolvidas técnicas matemáticas como
respostas razoáveis. Um objetivo de se aprender matemática
é o de poder ser visto como um movimento do concreto (um
problema do mundo real que serve como exemplo do
conceito ou da técnica operatória) para o abstrato (uma
representação simbólica de uma classe de problemas e
técnicas para operar com esses símbolos) (ONUCHIC, 1999,
p.207).

Adotando essa perspectiva o PCN de Matemática BRASIL (1997) sugere, entre outras propostas, que
os professores ensinem os conteúdos matemáticos usando a Metodologia da Resolução de
Problemas. A partir do problema chega-se ao conceito e não mais resolvemos problemas visando a
aplicação de um conceito ou algoritmo que se tenha apreendido.

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