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Metodologias ativas

na Educação

Luciana Boff Turchielo

04 de novembro de 2021.
APRESENTAÇÃO
01 • Problematização do tema

02 • Concepção de aprendizagem

03 • Tipos de metodologias ativas

04 • Exemplos de atividades

05 • Transposição didática: etapas e processo

06 • Considerações finais

07 • Referências
Problematização
do tema
• O que é ensino?
• O que é aprendizagem?
• Quais são os meus objetivos como educador?
/
https://bemmaismkt.wordpress.com/2012/01/04
O que são metodologias ativas
na educação?
 Como a corrente positivista influenciou a
Pedagogia?
 Quais são os precursores dos métodos ativos?
 Quais as características da Pedagogia tradicional
e as da Pedagogia nova?
 Quais as diferenças entre os modelos de ensino?
 A pedagogia de Dewey (aprender fazendo)
 John Dewey, é reconhecido pela UNESCO e citado como
John Dewey e
um dos mais notáveis pedagogo do século XX, pelo o pensamento
alcance de suas reflexões e contribuições para o avanço
da educação.
Reflexivo
 O pensamento reflexivo para a teoria de Dewey (1959)
parte de uma situação problema ou uma dúvida.
 A reflexão inicia já no momento em que se elabora o
problema, no qual exige uma atividade intelectual para a
busca de possíveis respostas.
 O desenvolvimento intelectual que envolve o pensamento
e a ação depende daquilo que já conhecemos e da
orientação que recebemos.
 Com isso, a relação entre o que tentamos fazer e o
resultado da ação, se torna uma experiência passível de
reflexão.

(1859 a 1952)
Os modelos
 Pedagogia diretiva - a epistemologia empirista,
pedagógicos na
sala de aula
cabe ao professor o papel de repassar o conhecimento
acumulado e fazer com que o aluno internalize;

 Pedagogia não diretiva - epistemologia


inatista, professor intervém no processo de aprendizagem do
aluno, acredita que cada sujeito é o único responsável pela
sua aprendizagem.

 Pedagogia relacional (ativa) - epistemologia


Fernando Becker,
interacionista, O aluno aprende de acordo com o contexto (2012)
em que está inserido e com as interações e trocas
oportunizadas que favorecem novas aprendizagens.
Adaptado da Pirâmide de Aprendizagem do Instituto NTL de Ciências Comportamentais Aplicadas.
A figura ilustra o espectro da aprendizagem ativa e passiva. Autor: ENAP, 2020.
CONCEITO
 As metodologias ativas são entendidas como
práticas pedagógicas alternativas ao ensino
tradicional, nas quais o aluno assume uma postura
participativa, resolve problemas, desenvolve projetos
e, com isso, cria oportunidades para a construção
do conhecimento.

 Jose Armando Valente (2018)


CONCEITO
 As possibilidades desenvolvidas por meio de
métodos ativos, centrados na atividade, interesse,
experiência e autonomia do aluno com a intenção
de propiciar a aprendizagem, segundo Almeida
(2018), surgiram antes das TDIC, mas que agora
podem ser implementadas em ambientes virtuais e
são adaptáveis ao uso de metodologias ativas.
Princípios norteadores
Características comuns no conjunto de metodologias ativas, de
acordo com Filatro e Cavalcanti (2018)

Protagonismo
Ação-reflexão
do aluno
Colaboração
Concepções de
aprendizagem
As perspectivas teóricas fundamentam as propostas e estratégias de ensino
com metodologias ativas.
Quais são as principais perspectivas
teóricas que fundamentam ou que são
empregadas atualmente na abordagem
conceitual para a aplicação de
metodologias ativas?
 Entre os teóricos, a APRENDIZAGEM era entendida como um
Cognitivismo
processo que ocorria entre estímulos e respostas.

 ROBERT GAGNÉ – modelo de tratamento da informação de Robert

Gagné, publicado em 1976, para compreender a aprendizagem e a


memória.

 DAVID AUSUBEL – propõe o conceito de aprendizagem


significativa, em 1963, para que a aprendizagem ocorra o conteúdo
deve fazer algum sentido, e nesse processo interagir com conceitos
já existentes na estrutura cognitiva, sendo capaz de relacionar e
acessar novos conteúdos.  David Ausubel
(1918 a 2008)
 JEAN PIAGET foi o nome mais influente no campo da Construtivismo
educação durante a segunda metade do século XX, a
ponto de quase se tornar sinônimo de Pedagogia.
Educar é “provocar a atividade”.
A construção do conhecimento na Epistemologia
Genética. Como construímos conhecimentos?
 O conhecimento é construído a partir das interações
do sujeito ativo com o meio.
 O desenvolvimento cognitivo é uma construção
contínua.
 A importância da atividade do sujeito e das interações
mediadas para a aprendizagem.

Jean Piaget
(1896-1980)
 Os estudos de Vygotsky sobre aprendizagem e
desenvolvimento cognitivo do sujeito se dá por meio da
interação social, e intervenção pedagógica é essencial na Socioconstrutivismo
promoção do desenvolvimento. ​

 O conceito-chave é a noção de “zona de desenvolvimento


proximal”, tal como é determinado pelos problemas que
ele é capaz de resolver sozinho, e o nível de
desenvolvimento potencial, que corresponde aos
problemas que consegue resolver sob a orientação de
alguém mais competente.

 A teoria é embasada no modelo interacionista, assim como


a teoria da Epistemologia Genética de Piaget, do mesmo
modo que o funcionamento psicológico não é inato ao
sujeito nem recebido como “pacote pronto” do meio. ​ Lev Vygotsky
1896-1934)
 O texto “Conectivismo: uma teoria de aprendizagem para a
idade digital”, publicado em 2004 pelo pesquisador
canadense George Siemens, professor na Universidade de Conectivismo
Alberta, Canadá, apresentou o conceito de conectivismo,
propondo um modelo teórico de aprendizagem que estaria
sustentado por um novo paradigma.
 Os artigos de Siemens sobre a aprendizagem na era digital
buscam explicar como o contexto e as características do
conhecimento mudaram com as tecnologias digitais.
 Siemens (2004) justifica que “a tecnologia reorganizou o
modo como vivemos, como nos comunicamos e como
aprendemos.
 Nesse cenário, ele destaca que a aprendizagem atualmente
ocorre de várias maneiras. É um processo contínuo, que
dura toda a vida. As ferramentas que usamos definem e
moldam nosso modo de pensar.
George Siemens
Tipos e práticas em
metodologias
ativas

Cada tipo de metodologia ativa tem como base alguns conceitos


que definem seu foco, sua prática e a estratégia que buscam
trazer alguma proposta de inovação para os métodos de ensino já
existentes na educação.
Do ponto de vista teórico,
referenciam-se os estudos e
publicações de Mattar (2017),
Bacich e Moran (2018), Filatro e
Cavalcanti (2018) e Valente
(2018) para explicitar o histórico
e o conceito e como aplicar
metodologias ativas.
Aprendizagem baseada em problemas

Foi inicialmente introduzida no Brasil


em currículos dos cursos de Medicina,
mas já vem alguns anos, sendo
experimentada também por outros cursos
e áreas do conhecimento.
Esta abordagem desenvolve-se com
base na resolução de problemas
propostos, com a finalidade de que o aluno
estude e aprenda determinados conteúdos
(BERBEL, 2011).
Fonte: Pesquisa Google (www.google.com.br) com palavra de busca  Resumindo é a pesquisa das diversas
Aprendizagem Baseada em Projetos causas possíveis para o problema.
Quais são as etapas do processo de aplicação
da ABP?  O professor apresenta um caso real
ou uma situação-problema hipotética para
os alunos. A turma é dividida em grupos
para discutir e explorar a situação-
problema apresentada. Cada grupo irá
eleger um coordenador que liderará o
grupo, manterá a dinâmica e estimulará a
discussão entre todos e garantirá que
A figura abaixo apresenta as sete etapas de Maastricht cada atividade da etapa seja cumprida
da ABP. dentro do prazo.

Fonte: Adaptado de Filatro e Cavalcanti (2018, p. 33).


Aprendizagem Baseada em Projetos
 é uma metodologia em que os alunos são
organizados em grupos para desenvolver um
projeto ou um produto.
 O método consiste em fazer com que o aluno se
envolva com tarefas e desafios cujo propósito é
atender a uma indagação, a um desafio ou a um
problema de pesquisa.
 Por isso, os alunos desempenham papel ativo na
construção de conhecimento, por intermédio de
um trabalho orientado a médio e/ou longo
prazo.
Como funciona na prática a
Aprendizagem Baseada em Projetos?
 Os principais passos são:
 a) sugere-se um problema ou uma pergunta norteadora;
 b) os alunos elaboram hipóteses e o professor orienta na delimitação do assunto e dos
objetivos;
 c) investigam-se suas possíveis causas e se buscam subsídios no referencial teórico;
 d) definem-se os procedimentos para cada etapa na resolução do problema;
 e) estabelece-se um cronograma com metas e tempo de duração;
 f) apresentam-se os resultados e verifica-se se foram alcançados os objetivos propostos;
 g) prepara-se um relatório/conclusão de um processo metodológico ou um produto;
 h) todas as ações do projeto são avaliadas.
Aprendizagem Baseada em Jogos e
gamificação
 é uma abordagem que se fundamenta na concepção
de que os alunos (jogadores) podem escolher como
aprender e a necessidade de participação que define
um game, conforme Mattar (2017).
 Dessa forma, a proposta é adicionar elementos de
jogos em situações que não são jogos, como
apresentando uma atividade escolar na qual o
conteúdo vai ser estudado de forma interativa.
 A ideia é trazer regras, pontuação, promover as
disputas, criar recompensas e penalidades, criar
rankings e/ou premiações.
Exemplos de ABJogos e gamificação
 Jogo: Torre de Hannoi. O objetivo do jogo é transportar as
peças que se encontram na primeira torre para a terceira,
de maneira que não se coloque uma peça maior sobre uma
menor, podendo usar todas as torres para jogar.
 https://www.somatematica.com.br/jogos/hanoi/
 Gamificação: Kahoot é uma plataforma de aprendizado
baseada em jogos, usada como tecnologia educacional. são
testes de múltipla escolha que permitem a geração de
usuários e podem ser acessados por meio de um navegador
da Web.Kahoot Tutorial Professores - CRIAR CONTA E
DIGITAR QUESTÕES
https://www.youtube.com/watch?v=12PuH67uJ4Q
Avaliação por pares ou autoavaliação
 A avaliação por pares (peer assessment) é o
processo que envolve a mudança nos papéis
tradicionais de aluno e professor quanto à avaliação
do processo de aprendizagem.
 Nesse sentido, é ativa porque possibilitará a
participação do aluno ao assumir a posição de
professor e observador, ao avaliar os trabalhos dos
colegas, do professor e da disciplina.
 Nessa avaliação, os alunos consideram o valor, a
qualidade dos processos, produtos ou resultados de
aprendizagem de seus colegas.
 Os alunos são orientados para fazer comentários,
dar e receber feedback na correção de um trabalho.
Avaliação por pares e/ou autoavaliação
 No momento da correção, os alunos trocam Na etapa final, as seguintes questões podem nortear as
discussões:
provas ou trabalhos, seja na sala de aula
presencial ou no ambiente virtual de a) Professor faz uma rodada com os alunos
aprendizagem. perguntando se a nota recebida foi justa, se
concorda com o resultado da avaliação.
 Cada aluno fará a correção com base nos
critérios previamente definidos, atribuindo b) b) Como você compara o seu trabalho com o do
nota ou conceito ao colega. colega?

 O professor avalia duplamente: faz a sua


c) c) A avaliação do colega serviu e trouxe indicações
para melhorar o seu trabalho?
avaliação e recebe o trabalho do avaliador.
d) d) O erro faz parte do processo de aprendizagem;
 A nota é resultado da composição da avaliação como ele pode ser produtivo cognitivamente? Você
do professor e da avaliação do colega e/ou aprendeu enquanto realizava a avaliação?
poderá ser somente a nota do colega
(avaliação dos pares) e da autoavaliação e) e) Quais foram as dificuldades que você teve no
papel de avaliador?
Instrução entre os pares (Peer
instruction)
 No modelo peer instruction, a ideia é organizar
um ambiente colaborativo para que os alunos
interpretem e discutam os conceitos do tópico
em estudo.
 Eles refletem primeiro individualmente; a
proposta é que depois auxiliem uns aos outros
no entendimento dos conceitos e, em seguida,
sejam conduzidos pelo professor, que não deve
ensinar apenas o conteúdo, mas estratégias de
resolução de problemas numa abordagem mais
ampla (MATTAR, 2017).

Fonte: Pesquisa Google (www.google.com.br) com


palavra de busca peer instruction
Aplicação da instrução entre os
pares
 A aplicação, conforme esboçado pelo professor Eric Mazur, funciona da seguinte
forma:
 1. Breve exposição do assunto pelo professor (de 10 a 15 min);
 2. Realização do teste conceitual;
 3. Divisão de grupos conforme a quantidade de acertos (menor que 30%, entre 31 a
70% e mais de 70%);
 4. Discussão em pares;
 5. Novo teste;
 6. Revisão dos conceitos;
 7. Novo tópico.
Sala de Aula Invertida

Revista Nova Escola, Selene Coletti, 16 de Novembro | 2020


Etapas ou fases de como implementar
 1ª etapa: A ideia básica é incentivar os alunos a querer saber sobre aquele assunto, para que eles
tenham vontade de realizar o estudo e pesquisar e estejam motivados para abandonar a postura
passiva
 2ª etapa: O professor disponibiliza o conteúdo. Prepara as orientações, de preferência em vídeo
e/ou áudio, sobre o conteúdo a ser desenvolvido. Essa aula é disponibilizada em um ambiente
virtual ou blog, a que os alunos poderão assistir quando estiverem em casa, antes da aula
presencial.
 3ª etapa: Na aula presencial, os alunos chegam com as informações a respeito do conteúdo que
será desenvolvido. Pode-se iniciar com um pré-teste sobre os conceitos teóricos. Na sequência,
abrir um debate sobre os vídeos e materiais disponibilizados, com o objetivo de identificar pontos
fortes e as lacunas. A ideia básica é trabalhar o processo de reflexão e aplicação do conhecimento.
 4ª etapa: Ao finalizar as atividades propostas pelo professor, os estudantes devem apresentar seus
resultados ou conclusões a respeito do conteúdo. Isso poderá ser feito em duplas ou pequenos
grupos, de 4 ou 5 participantes. Caso o professor identifique que alguns pontos que não foram
debatidos e/ou os alunos tiveram mais dificuldades, ele deve fazer uma explicação complementar.
Design thinking

Na acepção de Filatro e Cavalcanti (2018), o design thinking refere-se ao modo de pensar dos

designers, que é aprendido e adotado por meio de colaboração quando projetam as soluções. As
etapas do processo aplicadas à educação são:

1) compreender o problema (escutar, observar, documentar situações);

2) Projetar soluções (gerar ideias, investigar);

3) Prototipar (realizar testes com as soluções criadas); e

4) Implementar a melhor solução (projeto piloto, protótipo refinado e solução implantada).


Fonte: Pesquisa Google (www.google.com.br) com palavra de busca Design thinking
Design thinking
https://umbora.com/wp-content/uploads/
2018/10/shutterstock_546477343.jpg

https://encrypted-tbn0.gstatic.com/
images?
q=tbn:ANd9GcQsJlImpSSE55u33nmGof5ucY
re5nhftj4hiQ&usqp=CAU

https://miro.medium.com/max/1400/1*nMPfCQt7dS5QTh2RVaNbdw.png

https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?
q=tbn:ANd9GcRy26iCvc1CDcW3HXDKs3zGNoB6mfJMyI6nFA&usqp=CAU
Exemplo de
atividades
Pense quais são as atividades que você pode fazer na aplicação de metodologias ativas.
 Descrição da atividade
 Ex 1 - Após a explanação do conteúdo pelo professor.
Distribuir cartão(es) de papel para os alunos. Solicitar que
eles escrevam a indicação do conteúdo estudando e uma
Técnic
aplicação ou um exemplo com uma situação prática.
 Ex 2 - Responda uma questão. É conhecido esse processo: no final
a do
cartão
do ponto de matéria, peça aos alunos que tirem uma folha,
identifiquem-se e respondam a uma questão oferecida pelo professor.
 Ex 3 – Elabore uma pergunta. Nessa estratégia didática o que se
pede aos alunos é que façam perguntas sobre o conteúdo que foi
apresentado. Há professores que avisam que as melhores perguntas
serão as perguntas da "prova". A questão a ser respondida pelo
professor ou pela própria turma.
 Ex 4 – Revisão por pares. Peça que cada um apresente uma ideia
sobre o que foi apresentado, colocando seu nome, um título curto
para a ideia e a descrição dela no campo maior. A ideia foi que o autor
vai ter não apenas a sua proposta de ideia de aplicação do conteúdo
oferecido pelo professor. Terá, também, duas sugestões de melhoria
daquela ideia.
 Descrição da atividade
 Categorização – definir os atributos e Peça aos
estudantes para rapidamente classificarem os termos
nas categorias apropriadas dentro da tabela. Peça a
qualquer voluntário do corpo estudantil que
Tabelas
Objetivo é que os alunos consigam
compartilhe suas tabelas e responda a todas as dar significado ao conteúdo
perguntas que possam surgir.
 Pós e contras – comparação entre argumentos.
 Memória - é dividida em linhas e colunas. A tabela
é usada para organizar o conhecimento e identificar
as relações entre diferentes conceitos no conteúdo.
 para organizar e sintetizar informações complexas.
Resumir o conteúdo da aula.
 Os estudantes são instruídos a gerar ideias sobre um tema
Tempestade
específico, categorização ou pergunta enquanto você modera
e registra as respostas, que eles lhe dão em um quadro de
de
giz/lousa branca, por exemplo.
ideias
 Encoraje os estudantes a tirar proveito de seus conhecimentos
e experiências anteriores. É significativamente importante
reconhecer todas as respostas durante este período de geração
de ideias para incentivar a resposta dos estudantes.

 O Brainstorming pode ser adaptado a aulas com diversos


pontos fortes dos alunos, em qualquer disciplina e por
qualquer período de tempo durante a aula.
Mapa Conceitual
 é uma ferramenta para organizar e
representar o conhecimento.
 escolher um conjunto de palavras-chaves.
 definir um conceito para estabelecer as
relações.
 escrever uma frase de ligação unindo as
palavras-chaves
 os conceitos e/ou tópicos escolhidos devem
ter, ao menos, uma ligação com outro
conceito.

https://lh6.googleusercontent.com/J6YGOaFelnBiiJpE9WDuP04RhGC5_ntaN-
ZJ2YB6zKkiD_5R0iSK8TfL3qti3QIJFe0O5nKUyxRnGL30_cLI3bSo9f0Kpaea9wzeM9Mbz9MGPkPP67hiNNtkDD
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Mapas mentais

 O mapa mental é baseado em um


conceito central e se espalha
para os mapas mentais de
conexão.
 Os estudantes podem incluir não
apenas palavras e frases nele,
mas também imagens, rabiscos,
desenhos e até mesmo links para
outros recursos ou vídeos se
https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/napecco/Tecnologias/Mapa%20Mental%20da trabalharem nele online. 
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Transposição
didática: o
processo e etapas
Como funciona
Planejamento
 A preparação e o planejamento do conteúdo e das etapas deve propiciar um
ambiente adequado para o desenvolvimento das atividades.
 O objetivo das metodologias ativas é o de que os alunos se envolvam na atividade
proposta, participando de forma ativa como tomadores de decisão, refletindo sobre
suas ações, nas interações e trocas colaborativas que favorecem novas
aprendizagens.
 O método ou a seleção de estratégias (como vou fazer?) denomina-se os
procedimentos necessários para aquisição dos dados com os quais se
desenvolverão as atividades cognitivas.
 A avaliação dos resultados (como funcionou?) é essencial a aprendizagem.
Organização com a turma
 INDIVIDUAL - são aquelas metodologias ativas de aprendizagem/ensino que
convoca o estudante individualmente participar ativamente do seu processo de
aprendizagem.
 EM DUPLA - As atividades em dupla constituem aquelas estratégias ou metodologias
ativas de aprendizagem que requerem que os estudantes/alunos trabalhem em
conjunto com um colega. O número de parceiros pode variar, mas a maioria das
atividades requer o envolvimento de dois indivíduos. A ambos é dada uma tarefa
específica, e ambos juntos têm que reunir seus conhecimentos e resolver a tarefa
em questão
 EM GRUPO - Conforme os estudantes realizam tarefas de grupo, eles aprendem a
ouvir, confiar e apoiar uns aos outros, enquanto desenvolvem habilidades de vida
como a resolução de problemas e a cooperação entre si. Tais habilidades não
podem ser aprendidas com um livro didático. Aprender a ter um relacionamento
respeitoso com os colegas, por exemplo, não é algo que se possa aprender através
da memorização.
Objetivos
 Taxonomia de Objetivos
Educacionais - Em 1956,
Benjamin Bloom com alguns de
seus colegas publicou uma
estrutura para categorizar
objetivos educacionais.

 A estrutura elaborada
por Bloom e seus colaboradores
consistem em seis categorias
principais: Lembrar, Entender,
Aplicar, Analisar, Avaliar e
Criar. 
Estratégias
Problematização – o professor age como um instigador e
provocador da aprendizagem. Incentiva a exploração de ideias, recursos tecnológicos e
práticas
 Confrontar as ideias apresentadas.

 Solicitação de justificativa e esclarecimentos.

 Propostas de atividades-desafios e experimentações.

Apoio à reconstrução - o professor age como um facilitador e


apoiador da aprendizagem, convida os alunos à reflexão.
 Oferece sugestões de leituras e materiais.

 As intervenções orientam no sentido de criar um ambiente acolhedor, para os erros e


ansiedades.
Avaliação (Explicar!)

• Como e quando os alunos serão avaliados.

• Quais serão os critérios de pontuação.

• Como será a avaliação nas aulas.

• Quantas atividades compõem a nota final.

• Como serão avaliadas as atividades realizadas fora do prazo.


Como avaliar?
• Formulários com quizzes (no início, durante ou final da aula).

• Enquetes (webconferência) e/ou Chat (pergunta norteadora com respostas curtas).

• Portfólio de aprendizagem (registro textual reflexivo) em blog.

• Apresentação de oral (seminário).

• Elaboração de vídeo, áudios, slides, etc.

• Avaliação por pares. Autoavaliação.

• Provas online no AVA.


https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn
%3AANd9GcSPwdESvoIRffGne8WJHbqFBQkf6rBJBlxHzg&usqp=CAU
 BACICH, Lilian; MORAN, José (Org.). Metodologias ativas
para uma educação inovadora: uma abordagem teórico- Livros
prática. São Paulo: Penso, 2018.
Metodologias
 BATES, Tony. Educar na era digital: design, ensino e
aprendizagem. São Paulo: Artesanato Educacional, 2016. ativas
 BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula
invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem: Rio de
Janeiro: LTC, 2016.
 MATTAR, João. Metodologias ativas para a educação
presencial, blended e a distância. São Paulo: Artesanato
Educacional, 2017.
 MAZUR, Eric. Peer instruction: a revolução da
aprendizagem ativa. Porto Alegre: Penso, 2015.
 MONTES, Marta. T. AuCoPre: uma metodologia ativa para
o trabalho didático nos fóruns de discussão. Curitiba:
Appris, 2017.
 VICKERY, Anitra. Aprendizagem ativa nos anos iniciais do
ensino fundamental. Porto Alegre: Penso, 2016.
Considerações
finais
 As metodologias ativas são propostas de abordagens alternativas para o ensino
tradicional; a ideia principal é inverter o protagonismo do professor pela maior
participação e envolvimento do aluno no seu processo de aprendizagem.
 Há uma variedade de estratégias de ensino para criar um ambiente de aprendizagem
dinâmico, mais produtivo, que permita interagir efetivamente com os alunos.
 As evidências de pesquisas contemporâneas indicam que a aprendizagem ativa
melhora a compreensão e aumenta a retenção de informações. É também eficaz na
melhoria do funcionamento cognitivo de execução.
 Os pontos principais que fundamentam o uso de metodologias ativas e o desenvolvimento de
práticas da ABP estão embasados na proposta que busca romper com a dicotomia entre teoria
e prática, com o ensino transmissivo apenas com aulas expositivas, atividades centradas na
autoaprendizagem e com pouca interação dos alunos no processo de ensino.

Na perspectiva da aprendizagem ativa, o uso de situação-problema objetiva gerar dúvidas,


desequilíbrios ou perturbações intelectuais, aproximando-se da proposta formulada por John
Dewey, na ideia do aprender fazendo, de tal forma que a prática e a motivação dinamizam as
possibilidades de ação-reflexão necessárias à investigação e à descoberta de argumentos, o que
sugere um processo construtivo e de desenvolvimento intelectual.
Referencias
 BACICH, Lilian; MORAN, José (Orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-
prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
 BERBEL, Neusi Aparecida Navas. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Revista
Semina, Ciênc. Soc. Hum., Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011.
 COSTA, Carla Barroso. Autoavaliação e avaliação pelos pares: uma análise de pesquisas internacionais recentes.
Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 17, n. 52, p. 431-453, abr./jun. 2017.
 FILATRO, Andrea; CAVALCANTI, Carolina Costa. Metodologias inov-ativas na educação presencial, a distância e
corporativa. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
 MATTAR, João. Metodologias ativas: para a educação presencial, blended e a distância. São Paulo: Artesanato
Educacional, 2017 (Coleção Tecnologia Educacional).
 MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In: BACICH, Lilian; MORAN, José
(Orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso,
2018.
 VALENTE, José Armando. A Sala de Aula Invertida e a possibilidade do ensino personalizado: uma experiência com
a graduação em midialogia. In: BACICH, Lilian; MORAN, José (Orgs.). Metodologias ativas para uma educação
inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.

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