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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criado pelo decreto nº 44-A01 de 6 de Julho de 2001)
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

MONOGRAFIA

O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DE ENSINO-


APRENDIZAGEM EM ALUNOS NA ESCOLA 5004 NO
MUNICÍPIO DE VIANA

Autor: Arlete Pereira da Graça Cunha


Licenciatura: Psicologia
Opção: Desenvolvimento e Educação
Orientador: Msc. Euclides Rodrigues

Viana, Fevereiro de 2023


Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
(Criado pelo decreto nº 44-A01 de 6 de Julho de 2001)
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

MONOGRAFIA

O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DE ENSINO-


APRENDIZAGEM EM ALUNOS NA ESCOLA 5004 NO
MUNICÍPIO DE VIANA

Autor: Arlete Pereira da Graça Cunha


Licenciatura: Psicologia
Opção: Desenvolvimento e Educação
EPÍGRAFE

“Ter uma boa ideia acerca do que se vai fazer numa sala é apenas o início do trabalho
docente. É a transformação da paixão em acções que encerra e integra o pessoal e o
profissional, a mente e a emoção, e que irá fazer a diferença nas aprendizagens dos alunos”

(Day, 2004, p. 39).

III
DEDICATÓRIA
Dedico este Trabalho de Fim de Curso à minha família, especialmente ao meu esposo,
Gaspar Cunha, pela dedicação e compreensão demonstrada ao longo do curso e a todos os que
juntos atingimos o apogeu deste grande desafio.

Aos meus pais: Horácio Ambrósio e Catarina Machado por serem os maiores protagonistas
da minha existência e pela educação!

IV
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pelo fôlego de vida e por todas as minhas conquistas ao
longo desses anos e por sempre me lembrar que sou mais forte do que penso.

Aos meus pais, Horácio Ambrósio e Catarina Machado, meus maiores exemplos de
esforço, persistência e dedicação, agradeço o apoio incondicional a mim concedido.

Aos meus irmãos, Armindo da Graça e à sua esposa, Maria Tomásia da Graça e Eugênia
Godinho, que sempre foram os meus alicerces, me incentivando e me mostrando que sempre sou
capaz.

Ao meu esposo, Gaspar Cunha, que sempre disponibilizou o seu tempo para estar comigo,
em especial aos nossos filhos, Júlia Cunha, Indira Cunha, Mário Cunha e Ismael Cunha, que são
as minhas fontes de aspiração para a conclusão da minha licenciatura.

Ao meu orientador Professor Mestre: Euclides Rodrigues, pelos diálogos, compreensão,


orientação e auxílio. E por me fazer sentir confiança em meu trabalho.

A todos os professores da Faculdade de Ciências sociais e Humanas da Universidade Jean


Piaget de Angola, em especial aos professores do curso de psicologia por serem excelentes ao nos
transmitirem os seus conhecimentos durante o percurso académico, especialmente ao professor
Mestre: Mauro Matias, Dorivaldo Guedes, Gabriel Kaputo, Branca Francisca, a professora
mestre: Rita do Nascimento e Dalila Vicente.

Aos meus colegas de trabalho, Rosa Cólica, Lemba Velasco e a Izilda pela força e coragem,
sem esquecer as minhas colegas da UniPiaget, em especial a Fátima, Lila e Janete pelos
incentivos e apoio académico, pois não foi fácil, foram 4 anos difíceis e trabalhosos. Muito
obrigada!

Enfim, agradeço a todos os que, de alguma forma, estiveram presentes em minha vida
durante a licenciatura. Muito obrigada!

V
DECLARAÇÃO DE AUTOR
Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os regulamentos da
Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular do Regulamento de Elaboração
do Trabalho de Fim de Curso. O trabalho é original excepto onde indicado por referencia especial
no texto. Quaisquer visões expressas são as do autor e não representam de modo algum quaisquer
visões da Unipiaget. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado para avaliação
noutras instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras.

Mais informo que a norma seguida para a elaboração a elaboração do trabalho é a norma
APA.

Assinatura:

Data: _____/_____/________

VI
RESUMO
O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito da licenciatura em Psicologia do
Desenvolvimento e Educação e aborda o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem
em alunos na escola 5004 no Município de Viana. O estudo foi materializado mediante o
objectivo, conhecer o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na
escola 5004 no Município de Viana, tratando-se de uma pesquisa quantitativa na qual recorremos
ao método descritivo. Para tal foi tida em conta uma amostra de 20 professores da escola 5004,
com idades compreendidas entre os 26 e os 46 anos, onde a recolha de dados foi realizada através
de um questionário de perguntas e respostas fechadas. Os resultados do estudo demonstraram que
o papel desempenhado pelo professor é tanto desafiador quanto importante para os alunos como
para a sociedade que o tem como bússola para orientação do seu desenvolvimento, por isso,
torna-se papel do professor construir relações de confiança para que o aluno possa perceber-se e
viver, antes de mais nada, como ser social e, como plano de prática pedagógica que visa melhorar
o papel do professor no processo ensino-aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município
de Viana. O nosso estudo demonstra que 50% dos professores criam um clima que facilita a
aprendizagem, 20% dos professores estimulam e elogiam os alunos e igualmente 20% dos
professores promovem a liberdade participativa na sala de aula e, no entanto, para esta pesquisa,
tivemos a seguinte pergunta de investigação: Qual é o papel do professor no processo de ensino-
aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de Viana? Respondendo a esta pergunta
com base nos resultados alcançados, verificou-se que 40% dos professores afirmaram ter o papel
de conhecer de perto os seus alunos e 35% responderam motivar os alunos a aprenderem. A partir
dos dados recolhidos permitiu-se concluir que são os comportamentos autoritários dos
professores e a indisciplina dos alunos na sala aula que dificultam o papel do professor no
processo de ensino-aprendizagem em alunos da escola 5004 no Município de Viana.

Palavras-chave: professor, processo de ensino-aprendizagem e aluno.

VII
ABSTRACT
The present work was developed within the scope of the degree in Psychology of Development
and Education; it addresses the role of the teacher in the teaching-learning process in students at
school 5004 in the Municipality of Viana. The study was materialized through the objective, to
know the role of the teacher in the teaching-learning process in students at school 5004 in the
Municipality of Viana, in the case of a quantitative research in which we used the descriptive
method. To this end, a sample of 20 teachers from school 5004, aged between 26 and 46, was
taken into account, where data collection was carried out through a closed-ended question and
answer questionnaire. The results of the study showed that the role played by the teacher is both
challenging and important for students and for society that has him as a compass to guide their
development. student can perceive himself and live, above all, as a social being and, as a plan of
pedagogical practice that aims to improve the teacher's role in the teaching-learning process in
students at school 5004 in the Municipality of Viana, our study shows that 50% of teachers create
a climate that facilitates learning, 20% of teachers encourage and praise students and equally 20%
of teachers promote participatory freedom in the classroom and yet for this research we had the
following research question : What is the teacher's role in the teaching-learning process in
students at school 5004 in the Municipality of Viana?, Answering this question based on the
results achieved, I verified it was found that 40% of the teachers claimed to have the role of
getting to know their students closely and 35% responded that they motivate students to learn.
From the collected data, it was possible to conclude that it is the teachers' authoritarian behavior
and the students' indiscipline in the classroom that hinder the teacher's role in the teaching-
learning process in students of school 5004 in the Municipality of Viana.

Keywords: teacher, teaching-learning process and student.

VIII
ÍNDICE GERAL

EPÍGRAFE ............................................................................................................................... III


DEDICATÓRIA ....................................................................................................................... IV
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................V
DECLARAÇÃO DE AUTOR ................................................................................................... VI
RESUMO ................................................................................................................................ VII
ABSTRACT ........................................................................................................................... VIII
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ......................................................................................... 2
OBJECTIVOS DO ESTUDO...................................................................................................... 2
Objectivo Geral........................................................................................................................... 2
Objectivos Específicos ................................................................................................................ 2
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO .................................................................................................. 3
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .................................................................................................. 3
DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS ............................................................................................... 3
CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA ................................................. 4
1.1. NOÇÕES DE ENSINO-APRENDIZAGEM ...................................................................... 5
1.1.1. Aprendizagem.................................................................................................................... 6
1.2. ABORDAGEM HISTÓRICA SOBRE ENSINO-APRENDIZAGEM ................................ 7
1.2.1. Ensino-aprendizagem na antiguidade ................................................................................. 8
1.2.2. Ensino-aprendizagem na Idade Média ................................................................................ 9
1.2.3. Ensino-aprendizagem Idade Moderna .............................................................................. 11
1.3. APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA DE ALGUNS TEÓRICOS............................... 13
1.3.1. Aprendizagem na perspectiva de Bandura ........................................................................ 13
1.3.2. Aprendizagem na perspectiva de Rogers .......................................................................... 15
1.3.3. Aprendizagem na perspectiva de Tomás de Aquino ......................................................... 16
1.4. O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENIZAGEM ............... 18
1.4.1. O papel do professor na relação com aluno ...................................................................... 19
1.4.1.1. O papel do professor nas avaliações dos alunos ........................................................... 20

IX
1.4.1.2. O papel do professor e as praticas pedagógicas ............................................................ 21
1.4.2. Praticas que facilitam a aprendizagem .............................................................................. 22
1.4.3. Praticas que dificultam a aprendizagem............................................................................ 24
1.5. ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA MELHORAR O PAPEL DO PROFESSOR ....... 25
CAPÍTULO II. OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO ................................................. 27
2.1. MODO DE INVESTIGAÇÃO ........................................................................................... 28
2.2. VARIÁVEIS DO ESTUDO ............................................................................................... 28
2.2.1. Variáveis Sócio-demográficas ......................................................................................... 28
2.2.2. Variáveis dependentes ..................................................................................................... 28
2.2.3. Variáveis independentes .................................................................................................. 28
2.4. OBJECTO DE ESTUDO ................................................................................................... 28
2.5. INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO ......................................................................... 28
2.6. PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DE DADOS ...................................................... 29
CAPÍTULO III. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS.................. 30
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................ 31
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ......................................................................................... 42
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 44
RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 47
APÊNDICE .............................................................................................................................. 51
ANEXOS .................................................................................................................................. 54

X
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro nº 1. Distribuição da amostra segundo o género ............................................................ 31
Quadro nº 2. Distribuição da amostra segundo a idade .............................................................. 32
Quadro nº 3. Distribuição da amostra segundo o estado civil ..................................................... 33
Quadro nº 4. Distribuição da amostra segundo o nível académico ............................................. 34
Quadro nº 5. Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço ............................................ 35
Quadro nº 6. Distribuição da amostra segundo a área de formação ............................................ 36
Quadro nº 7. Distribuição da amostra segundo o papel do professor no processo de ensino-
aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de Viana. .............................................. 37
Quadro nº 8. Distribuição da amostra segundo as práticas pedagógicas que o professor usa para
melhorar o seu papel no processo de ensino-aprendizagem com seus alunos. ............................ 38
Quadro nº 9. Distribuição da amostra segundo os factores que dificultam o papel do professor no
processo de ensino-aprendizagem dos seus alunos? ................................................................... 39
Quadro nº 10. Distribuição da amostra segundo como o professor avalia a qualidade do seu papel
no processo de ensino-aprendizagem com seus alunos. ............................................................. 40
Quadro nº 11. Distribuição da amostra segundo o impacto do papel mal desempenhado pelo
professor no processo de ensino-aprendizagem. ........................................................................ 41

XI
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico nº 1. Distribuição da amostra segundo o género. ........................................................... 31
Gráfico nº 2. Distribuição da amostra segundo a idade .............................................................. 32
Gráfico nº 3. Distribuição da amostra segundo o estado civil ..................................................... 33
Gráfico nº 4. Distribuição da amostra segundo o nível académico ............................................. 34
Gráfico nº 5. Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço ............................................ 35
Gráfico nº 6. Distribuição da amostra segundo a área de formação ............................................ 36
Gráfico nº 7. Distribuição da amostra segundo o papel do professor no processo de ensino-
aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de Viana. .............................................. 37
Gráfico nº 8. Distribuição da amostra segundo as práticas pedagógicas que o professor usa para
melhorar o seu papel no processo de ensino-aprendizagem com seus alunos. ............................ 38
Gráfico nº 9. Distribuição da amostra segundo os factores que dificultam o papel do professor no
processo de ensino-aprendizagem dos seus alunos? ................................................................... 39
Gráfico nº 10. Distribuição da amostra segundo como o professor avalia a qualidade do seu papel
no processo de ensino-aprendizagem com seus alunos. ............................................................. 40
Gráfico nº 11. Distribuição da amostra segundo o impacto do papel mal desempenhado pelo
professor no processo de ensino-aprendizagem. ........................................................................ 41

XII
INTRODUÇÃO
O papel do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola 5004, no
Município de Viana, é o tema que propomos para o presente estudo de monografia, para a
obtenção do grau de licenciada em Psicologia do Desenvolvimento e Educação da Faculdade de
Ciências Sociais e Humanas da Universidade Jean Piaget de Angola.

O processo de ensino-aprendizagem é uma responsabilidade que está a cabo do professor e,


quando esse profissional não desempenha o seu papel com eficiência pedagógica, gera múltiplas
consequências que afectam, na sua maioria, o rendimento escolar dos alunos que são os que mais
sofrem com os erros de preparação dos professores.

De acordo com Falcão (1985, p.12), “o fracasso escolar é resultado das condições de
interacção entre a proposta de ensino, a assimilação do aprendizado por parte dos alunos, os
modelos de ensino e de avaliação, além do contexto escolar e familiar”. Desse modo, o fracasso
escolar dos alunos pode ser consequência do mau papel pedagógico desempenhado pelo
professor ao longo das suas actividades lectivas.

Esta abordagem realça a importância da preparação pedagógica dos professores para


melhoria do seu papel no contexto escolar, uma vez que o professor é uma figura muito no
processo de aprendizagem, não só por actuar como o mediador das aprendizagens escolar, mas
pelo facto de apresentar-se como um modelo de referência para vida futura dos alunos.

O presente estudo está repartido em três partes, sendo que, no primeiro capítulo, temos a
fundamentação teórica que, especificamente, se centra na revisão bibliográfica com relação ao
tema em pesquisa. Já no segundo capítulo apresentamos as opções metodológicas do estudo, que
está relacionada com os procedimentos usados para a realização do presente estudo.

No terceiro capítulo, abordamos a apresentação e discussão dos resultados obtidos através


da aplicação dos questionários aos professores da escola 5004, no Município de Viana, por fim, a
conclusão seguida de recomendações sobre a prática pedagógica que visa melhorar o papel do
professor no processo ensino-aprendizagem dos alunos da escola 5004.

1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
O papel do professor no processo de ensino-aprendizagem não é um problema, mas pode
tornar-se quando as suas formas de ministrar uma actividade lectiva não apresenta clareza nas
explicações para os alunos, não permitir a produção e a participação do aluno, não esclarecer as
dúvidas dos alunos e não corrigir as lições. Estes procedimentos amortecem a actividade do
professor e causam o insucesso escolar dos alunos.

Em Angola, ouvir que o professor recusou-se a ensinar ou perceber a sua falta de


comprometimento com o ensino-aprendizagem, assim como apresentar aulas monótonas já não é
mais uma novidade, mas sim um problema que carece de intervenção pedagógica imediata.

Em função dos factos narrados, cria-nos uma curiosidade em saber:

 Qual é o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola


5004 no Município de Viana?

OBJECTIVOS DO ESTUDO
Objectivo Geral

 Conhecer o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola


5004 no Município de Viana

Objectivos Específicos

1.Apresentar o conceito de aprendizagem na perspectiva de alguns teóricos;

2.Identificar o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem;

3.Propor um plano de prática pedagógica que vise melhorar o papel do professor no processo
ensino-aprendizagem.

2
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
O presente trabalho é de extrema importância do ponto de vista teórico, bem como do ponto
de vista prático, porque nos ajuda a compreender o comprometimento profissional do professor
com relação a transformação do indivíduo e da sociedade, pois o papel desempenhado pelo
professor é muito importante, tanto para os alunos como para a sociedade, que o têm como
bússola para orientação do seu rumo.

Este estudo ajuda-nos também a compreender o quanto tem sido desafiador o professor
desempenhar o seu papel com eficiência no processo de ensino-aprendizagem.

DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
Delimitamos o nosso trabalho de pesquisa nos professores da escola 5004, situada no
Município de Viana. O estudo estendeu-se num período de Junho a Julho de 2022.

DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS


Para melhor compreensão da nossa abordagem, achamos conveniente definir alguns termos
e conceitos que se farão presente em toda parte do desenvolvimento do nosso trabalho.

a) Professor

De acordo com Nóvoa (1992, p. 29), “o professor é o agente do agir e da acção, porque é
entendido como o impulsor/instrutor de um processo em desenvolvimento onde se entrecruzam
princípios e resultados”.

b) Processo de ensino-aprendizagem

Segundo Hilgard (1 973, p. 45), “o processo ensino-aprendizagem é um nome para um


complexo sistema de interacções comportamentais entre professores e alunos”.

c) Aluno

De acordo com Camacho e Tavares (S/d, p. 39), aluno é “aquele que recebe instrução de
outrem, discípulo. Aprendiz”.
3
CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA

4
1.1. NOÇÕES DE ENSINO-APRENDIZAGEM
O ensino e aprendizagem são dois elementos indissociáveis no contexto escolar. A
aprendizagem é um processo que ocorre através do processo de ensino, por isso, não podemos
nos debruçar sobre esse elementos de forma separada, pelo facto de se completarem no contexto
escolar e na actividade dos professores.

Os dois radicais apresentam significados diferentes, mas que podem ser aplicados ao
mesmo tempo e em mesma intensidade.

De acordo com Altet (1994, p. 13), do ponto de vista etimológico, “a palavra ensinar (do
latim insignare) significa sinalizar ou impor a sua marca. Num plano mais vasto, o acto de
ensinar tem evoluído, ao longo dos tempos, de harmonia com as finalidades educativas,
subjacentes a cada época histórica”.

O termo ensinar é muito antigo e resiste até aos nossos dias actuais com muitas alterações
com relação aos seus significados e aplicabilidade, pois o ensino já consiste na actividade
sistematicamente pedagógica e atribuído ao papel do dos profissionais em educação.

Na visão de Moreira (1986), apud Santos (2001, p. 72), “o processo de ensino-


aprendizagem é composto de quatro elementos: o professor, o aluno, o conteúdo e as variáveis
ambientais (características da escola), cada um exercendo maior ou menor influência no
processo, dependendo da forma pela qual se relacionam num determinado contexto”.

Dessa forma, o processo de ensino-aprendizagem passa a ser constituído por quatro


elementos fundamentais por desempenham funções específicas e diferente para que o ensino e a
aprendizagem o correm de forma significativa. O professor não pode actuar sem aluno e aluno
não existe sem professor, por isso, essas duas figura se tornam obviamente as mais importantes
do processo de ensino-aprendizagem.

5
1.1.1. Aprendizagem

A aprendizagem é conceituada como um processo que visa modificação da personalidade


dos alunos. É também transformação observável através do comportamento demonstrado, pois
sabe-se que, cada vez que, um aluno adquire um certo conhecimento, altera a sua firma de pensar
e resolver as situações pegajosas do seu contexto social.

De acordo com Máximo e Marinho (2021, p. 8210), “a aprendizagem é um processo que


se realiza no interior do indivíduo e se manifesta por uma mudança de comportamento
relativamente permanente em todas as suas fases e situações”.

A aprendizagem é um processo de aquisição competências cognitivas, sociais e culturais


que se manifestam em forma de modificações dos comportamentos dos alunos na escola onde se
internaliza com os outros alunos e no seu meio social, onde lida directamente com os principais
intervenientes do seu processo de internalização.

Braghirolli et al, (2015, p. 126) afirmam que:

Apesar dos animais mais inferiores também aprenderem, suas aprendizagens são de pequeno
ou nenhum valor de sobrevivência. Esta lhe é garantida peças reacções inatas de que é dotada
a espécie. O homem é a espécie animal mais evoluído e, como tal, é a que possui o menor
número de comportamentos inatos, fixos e invariáveis. Por isso, é o homem o animal mais
dependente da aprendizagem para sobreviver.

Infere-se que a aprendizagem tem sido um factor transformador da vida dos indivíduos,
pois é através dela que os indivíduos alteram a sua forma de pensar, falar e comportar-se com os
seus semelhantes e também por serem os únicos seres que estão sujeitos à aprendizagem em
todos os seus aspectos da vida para garantir a sua própria sobrevivência.

Para Luckesi (1994), apud Melo et al.; (2017, p. 4), existem quatro tipos de abordagens de
aprendizado segundo a tipologia de Convington, as quais se referem aos tipos de alunos:

Super esforçados. São alunos auto-confiantes, bons estudantes, muito ansiosos e eles estudam
muito tempo; orientados para o Sucesso. São auto-confiantes e bons, têm baixa ansiedade e
um tempo médio de estudo; evitam o Fracasso. São os que têm dúvidas, sobre si mesmos, um
pouco de dificuldade para estudar, ansiedade alta e utilizam pouco tempo para o estudo;
aceitam o Fracasso. Os alunos têm dúvidas sobre sua capacidade, um pouco de dificuldade
de compreensão, ansiedade baixa e utilizam pouco tempo para estudar.
6
Observando o exposto, pode-se dizer que a aprendizagem não é factor unificado, mas
complexo, por isso, o seu processo também se dá de forma complexa, não pelos métodos pelos
quais os professores se apegam para transmitir os conteúdos, mas pelas suas tipologias que são
muito abrangentes na vida social dos alunos. Por isso, apresentaremos três tipos de aprendizagem
que têm muita influência sobre o aprendizado dos alunos no ensino primário.

1.2. ABORDAGEM HISTÓRICA SOBRE ENSINO-APRENDIZAGEM


Ao falarmos da história do ensino-aprendizagem, estamos cientes de que, a educação é o
foco em destaque, porque é dela onde parte o processo de aprendizagem, pois se sabe que a
educação é uma propriedade do intelecto social do homem desde a sua concepção porque, desde
muito cedo, o homem fez da educação um meio de preservação da sua cultura.

Segundo Mariano (S/d, p. 62), “os povos mais primitivos já se preocupavam com educação,
os mais velhos eram os responsáveis por transmitir para os mais novos os ensinamentos
necessários para a sobrevivência em suas sociedades: os conhecimentos de caça e pesca; as
artes da guerra; os rituais religiosos; lendas e histórias de seu povo”.

Compreende-se que a educação, assim como o processo de ensino-aprendizagem são


factores muito antigos e ao mesmo tempo presentes na vida das pessoas, de modo a garantir a sua
sobrevivência no meio social em que estiverem inseridas. As formas de aprendizagem, de acordo
com o exposto, não obedeciam a um processo de sistematização, pois a transmissão dos
conhecimentos eram feitos de forma não controladas e instrumentalizada, de modo a preservar os
hábitos e costumes da comunidade.

De acordo com Cunha (2007, p. 5), as abordagens históricas sobre o ensino-aprendizagem


são feitas “tendo em mente os movimentos históricos, desde a Antiguidade Clássica, passando
pelo Período Medieval, Renascimento e abrangendo, por fim, a modernidade e a
contemporaneidade”

Para uma abordagem cuidada sobre a história do processo de ensino-aprendizagem é


necessário que se leve em consideração os três principais movimentos históricos que marcam o

7
seu processo de evolução, começando desde a antiguidade, período mediavel até chegar a
modernidade, ou seja, aos nossos dias de hoje.

1.2.1. Ensino-aprendizagem na antiguidade

O processo de ensino-aprendizagem registado na antiguidade marca o Egipto como o berço


da construção do conhecimento que deu grande sustentabilidade ao processo de desenvolvimento
educacional dos antigos gregos que se encontram em constantes contradições, conforme o
desenvolvimento do nosso assunto.

Segundo Mariano (S/d, p. 63), “o Egipto é, reconhecidamente, o berço da cultura e grande


responsável por parte do conhecimento que permitiu à Grécia e depois à Roma alcançarem o
desenvolvimento e o status que ainda as destacam na história mundial”.

Com base nessa exposição, pode-se dizer que o Egipto e a Roma são dois países que
marcam o desenvolvimento das competências intelectuais gregas, com os seus grandes
contributos ao nível do processo de ensino-aprendizagem. Após as significativas contribuições
desses dois países, a Grécia ganhou destaque com o desenvolvimento das competências dos
indivíduos atenienses e espartanos.

Filho (2001, p. 1) afirma que:

O mundo grego foi pródigo em tendências educacionais, mas os ensinamentos de Sócrates,


Platão e Aristóteles prevaleceram, sem dúvida, sobre os demais pensadores daquela época.
Duas cidades-estado rivalizavam-se: Esparta e Atenas. Elas representavam dois paradigmas
de organização social, duas concepções de educação. Esparta, uma sociedade guerreira,
glorificava, sobretudo, os heróis guerreiros. Defendia uma educação totalitária, uma educação
militar e cívica repressiva, em que todos os interesses eram sacrificados à razão do Estado.
Atenas, uma cidade-estado democrática, nos moldes daquela época, usava o processo
educativo como um meio para que o indivíduo alcançasse o conhecimento da verdade, do
belo e do bem.

Desse modo, acreditamos que, a educação dos Espartanos, onde se atendia os interesses do
Estado, diferenciava-se da educação trazida pelos atenienses voltados apenas para o sucesso
individual. Os atenienses viam a educação como forma do indivíduo a chegar a sua felicidade, ou
seja, como um valor da personalidade humana, não a subjectividade individual, mas a de carácter
universal.
8
Para Pereira (S/d, p. 45):

O modelo de educação espartano baseava-se na disciplina rígida, no autoritarismo, no ensino


de artes militares e códigos de conduta. (...). Como herança da educação ateniense surgiram
os sofistas, eles ensinavam a arte das palavras para que seus alunos fossem capazes de
construir argumentos vitoriosos na arena política. (...) em oposição ao pensamento sofista, o
filósofo Sócrates propunha ensinar a pensar – mais do que ensinar a falar através de
perguntas cujas respostas dependiam de uma análise lógica.

Neste contexto, o modelo educacional espartano se diferencia do modelo educacional


ateniense em termos de rigorosidade e objectividade. Espartas estavam mais preocupados em
capacitar os jovens que se destinavam ao cumprimento dos serviços do estado e eram vistos como
guerreiros, já os atenienses encaravam a educação como uma particularidade que os indivíduos
tinham para expressarem os seus pensamentos de uma forma racional.

Manacorda (2006, p. 42) aborda sobre a educação na antiguidade, apontando para três
figuras de grande relevância na evolução da aprendizagem da antiga Grécia:

Na Grécia os princípios da educação são difundidos por Heródoto, Platão e Diodoro de


Sicília e demonstra que há um evidente desenvolvimento da democracia educativa, sendo
reservado, para as classes governantes, um processo educativo para o pensar e falar (política)
e o fazer com as armas para a formação dos guerreiros. Para o povo produtor, a educação era
o treinamento no trabalho, pela via da imitação e observação.

Compreendemos que, a Grécia na composição dos seus elementos, constitui-se num dos
países que muito contribuiu para o desenvolvimento do conhecimento científico como tal e da
forma como se transmite de geração em geração. A educação que se prezava na altura tinha uma
finalidade muito específica, pois era preservado a educação para os futuros políticos que era
diferente dos que se formavam para ser soldados.

1.2.2. Ensino-aprendizagem na Idade Média

Na idade média, já se podia falar do aparecimento e influência da Igreja Católica no


processo de ensino-aprendizagem. No entanto, sabe-se que a História ocidental oferece-nos que
dentro do cristianismo, Jesus Cristo foi o primeiro mestre, seguido por discípulos evangelistas. E,
poderia se dizer que este evangélio foi uma forma de ensino-aprendizagem sem escola.

9
Para Filho (2001, p. 2), “a comunidade cristã primitiva é o meio pelo qual se desenvolve o
processo educacional. Este, pouco a pouco, vai se convertendo na organização da Igreja de um
lado e da família de outro. Estes são os dois núcleos básicos fundantes do processo educacional,
à medida que o Cristianismo se institucionaliza em Igreja”.

O processo de ensino-aprendizagem na idade média era restrito e conservado pelos


membros da Igreja Católica e que ensinavam como forma de catequese que pouco a pouco se
transformou numa organização cristã e foi assim que na altura o cristianismo se desenvolveu no
interior da Igreja.

Pereira (S/d, p. 45) faz uma breve revisão dos períodos que marcam fortemente o processo
histórico e desenvolvimento da aprendizagem na idade média, afirmando que:

Os estudantes eram formados de acordo com o pensamento conservador da época e a


educação desenvolvida em consonância com os rígidos dogmas da Igreja Católica. Cabe
ressaltar que até o século XVII os valores morais eram transmitidos dentro dos próprios
círculos familiares.

Com base no exposto, a educação ou processo de ensino-aprendizagem era uma


responsabilidade da Igreja Católica que assegurava os deveres morais e cívicos dos indivíduos na
sociedade e com essa responsabilidade a Igreja Católica funcionava como uma das instituições
que estava em parceria com os interesse do Estado em formar o homem novo conforme se prega
no hino nacional de Angola.

Gadotti (1996, p. 52) afirma que:

Os padres da Igreja obtiveram pleno êxito no seu mister educacional e criaram ao mesmo
tempo uma educação para o povo, que consistia numa educação catequética, dogmática, e
uma educação para o clérigo, humanista e fiosófioteológica. Quanto ao conteúdo, os estudos
medievais compreendiam: - o trivium (gramática, dialéctica e retórica) e o quadrivium
(aritmética, geometria, astronomia e música).

Observa-se que depois de um longo tempo de actividade relacionada com o processo de


ensino-aprendizagem, os padres que ministravam esta actividade perceberam o êxito que tinha e
decidiram diferenciar as formas e os conteúdos de ensino e foi então que, o acesso ao processo de
ensino-aprendizagem se expandiu nas comunidades, atendendo as especialidades diferentes
conforme mostra a citação.
10
Para Filho (2001, p. 3), a partir do século IX, sob a inspiração de Carlos Magno, o sistema
educacional apresenta-se organizado em três níveis:

I-Educação Elementar, ministrada pelos sacerdotes em escola paroquiais. Essa educação tem
por fialidade mais doutrinar as massas camponesas do que instruí-las;
II–Educação Secundária, ministrada nos conventos;
III-Educação Superior, ministrada nas Escolas Imperiais, onde eram formados os
funcionários do Império.

Compreendemos que, com passar do tempo as formas de ensino-aprendizagem foram


melhorando, mas somente no século IX com auxílio de alguns autores como, Carlos Magnos é
que o sistema de ensino se expandiu muito mais, porque na antiguidade ainda não se falava em
sistema educacional, pois é na idade média, com influência de grandes pensadores que a
educação se torna num processo dividido em três fases distintas.

De acordo com Cambi (1999, p. 176), “na idade média, a educação antes de mais nada
tinha como centro a família, podendo ser ela patriarcal ou mesmo nuclear, aberta a sociedade,
que pouco difere da família moderna e burguesa”. Diferente de muitos outros autores, este traz
uma visão diferente a educação na idade média, afirmando que, este processo se situava entre as
responsabilidades das famílias até surgirem os sistemas de ensino padronizados pelo governo.

1.2.3. Ensino-aprendizagem Idade Moderna

O processo de ensino-aprendizagem sofreu várias transformações para chegar até à idade


moderna, pois foi por meio de influência de vários estudiosos que o ensino-aprendizagem se
expandiu. Essa expansão foi também graças ao surgimento das novas tecnologias que trouxeram
algumas inovações que aprimoraram o sistema de ensino-aprendizagem baseando-se numa
perspectiva de vida diferente para os indivíduos.

Segundo Cambi (1999, p. 205), “a modernidade é um período de ambiguidade, com o


desejo de libertação ao lado da dominação social, um período caracterizado como um processo
problemático e aberto”.

As transformações da idade média, trouxe para a modernidade um problema de carácter


social que é a liberdade do domínio social. Essa liberdade tornou os indivíduos capacitou os

11
indivíduos em escolher por conta própria qual o rumo social deve seguir, o que não acontecia
anteriormente, porque eram controlados por sistema social dominado pela classe governamental.

Para Pereira (S/d, p. 46) “foi esse modelo de educação escolar centrado na figura do
professor como transmissor do conhecimento que se expandiu ao longo dos séculos XVIII e XIX,
impulsionado pela Revolução Industrial e a consequente urbanização e aumento demográfico”.

Constatamos que a fase da modernidade é marcada pelo modelo de educação escolar


baseada num sistema mais abrangente e sistematizado, tendo o professor como a base de
transmissão dos conhecimentos.

Apesar de a modernização levar a educação num ritmo de desenvolvimento acelerado,


poucos países tiveram o privilégio de desfrutar de uma educação virada para o desenvolvimento
sustentável dos indivíduos devido às suas particularidades políticas, como é o caso de Angola
antes colónia de Portugal, que tinha o seu processo de ensino ainda privado pelo sistema político
educacional português.

Mas Luzuriaga (1969. p. 157) afirma que os princípios educacionais inseridos em âmbito
educacional a partir de Revolução Francesa orientam-se nos ideais iluministas que por sua vez,
são base para a educação contemporânea:

Orientação cívica e patriótica, inspirada em princípios de democráticos e de liberdade;


educação como função do Estado, independente da Igreja, obrigatoriedade escolar para a
totalidade das crianças; gratuidade para o ensino primário, correspondente ao princípio da
obrigatoriedade; laicismo ou neutralidade religiosa; começo de unificação do ensino público
em todos os graus de acesso dos mais capazes aos graus superiores.

Compreendemos que o sistema de ensino actual é resultado de muitas transformações que


se estenderam desde o período da antiguidade, idade média até aos nossos tempos, pois embora,
desde o movimento iluminista se preze pela educação universal, é somente a partir da Revolução
Francesa que ela se concretiza. Este é momento em que a classe pobre, vista como o terceiro
estado, passa a frequentar instituições de ensino.

12
1.3. APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA DE ALGUNS TEÓRICOS
Depois de abordarmos os aspectos históricos sobre o processo de ensino-aprendizagem,
vamos analisar a aprendizagem na perspectiva de alguns teóricos defendia diferentes formas ou
estilos de ensino-aprendizagem.

Schmitt e Domingues (2016, p. 362) afirmam que “o conhecimento sobre os diferentes


estilos de aprendizagem é uma ferramenta crucial para professores e instituições de ensino.
Todos os indivíduos possuem um estilo próprio para aprender fatos novos”.

Com a contribuição dos vários teóricos da aprendizagem, conseguiu-se constatar que a


grande diversidade desses estilos de aprendizagem exige instrumentos pontuais para identificá-
los. Por isso, nos dedicamos em apresentar alguns teóricos que foram de grande referência para o
desenvolvimento dos novos estilos de ensino e de aprendizagem.

1.3.1. Aprendizagem na perspectiva de Bandura

Albert Bandura apresentou o modelo de aprendizagem por observação, demonstrando que


o processo de observação permite aquisição de regras, novos conceitos, e estratégias de selecção
de estímulos capazes de proporcionarem e processarem informações que influenciam no
desenvolvimento ou alteração da estrutura cognitiva.

Cloninger (1999), apud Almeida, at al, (2013, p. 84) afirma que para Bandura, os seres
humanos são flexíveis nas formas de aprender, por isso, o teórico entende que a aprendizagem
pode ser activa ou por observação:

A aprendizagem activa ocorre por meio de experiências directas que são comportamentos
apresentados com suas respectivas consequências. A aprendizagem por observação, meio
pelo qual advém a maior parte das aprendizagens, ocorre por meio da observação de
comportamentos de outras pessoas que fornecem experiências indirectas (vicárias) e tem
como consequência reforços vicário.

Neste caso, podemos começar analisar cada uma espécie da aprendizagem traçada por este
autor, como a aprendizagem activa, sendo a que ocorre mediante a reflexão do comportamento e
avaliação das suas consequências. Já aprendizagem por observação pode ser considerada mais

13
eficiente porque não expõe os indivíduos a reforços ou punições, mas evita que o processo
cognitivo e o desenvolvimento social sejam atrasados.

Rosa (2003, p. 105) mostra que os processos de aprendizagem por observação e seus
mecanismos são:

Atenção: para que a aprendizagem ocorra é necessária a atenção quanto aos comportamentos
exibidos pelo modelo e suas consequências. Retenção: O comportamento observado é retido
na memória por meio de um sistema de codificação para que possa posteriormente ser
resgatado. Esses acontecimentos são transformados na memória em representações mentais,
em forma de imagens simbólicas ou símbolos verbais. Reprodução Motora: Nessa fase o
comportamento observado é retido, organizado e adaptado pela utilização posterior de acordo
com as circunstâncias e capacidades individuais. Reforço e Motivação: Nem todos os
padrões comportamentais retidos pela memória são postos em prática, para Bandura existe
distinção entre aquisição e desempenho.

Compreende-se que, a aprendizagem por observação se dá através do processo de


observação baseada nos mecanismos como, a atenção que é caracterizada como a valoração dada
à actividade. A retenção como determinação da representação mentalmente praticada, o reforço e
a motivação que são os factores pelas quais a aquisição e desempenho dependem para se
manifestar.

Segundo Berns (2002, p. 193), “a aprendizagem social, é o processo que Bandura (1977),
popularizou, em que a teoria não se confina ao ambiente escolar, mas envolve todas as vivências
sociais. Somos moldados pelo nosso pensamento, as regras sociais e por aquilo que aprendemos
dos nossos modelos”.

Neste modelo de aprendizagem por observação, o autor demonstra que a sua modalidade de
aprendizagem não restringe aos limites da escola, pois ela é abrange todos os intervenientes
facilitadores da aprendizagem das crianças, começando desde o seu meio de conivência social até
as outras formas de internalização social.

Segundo Bee (1997, p. 284), “a mais óbvia influência que não a família sobre a criança
entre os 6 e 12 anos é a escola que ela frequenta”. De facto, este contexto social poderá
significar para a criança um local de protecção, onde a mesma se sentirá mais segura e acolhida.

14
Este ambiente contribuirá também para a sua aprendizagem, e serão proporcionadas vivências
que farão parte do desenvolvimento cognitivo.

Normalmente, as escolas assumem uma função muito importante e que vai além do só
ensinar pelo facto de ser nela onde as crianças de diferentes status sociais ou comunidades se
internalizam. Sabe-se que na escola também cria os laços afectivos com os colegas e professores
que poderão eventualmente, ocupar um papel importantíssimo na vida de uma criança,

1.3.2. Aprendizagem na perspectiva de Rogers

Carls Rogers não foi uma figura muito destacada no ramo da educação, mas sim na área
da Psicologia Clínica e com base nas suas teorias sobre o atendimento psicológico, criou o
modelo de ensino centrado no aluno. Por isso, aprendizagem para Rogers é um processo de
aquisição de conhecimentos que tem o professor como um sujeito facilitador desse processo
enquanto o aluno apresenta o papel de aprendente.

Sousa, (2021, p. 1906), no campo educacional, Rogers defende a ideia de que o papel do
professor se compara ao do terapeuta, e o aluno ao do cliente. Segundo ele, “a tarefa do professor
é facilitar o aprendizado, cabendo ao aluno conduzi-lo ao seu modo”.

Desse modo, acreditamos que não foi por acaso que o autor acima exposto considerou que
o homem educado é o homem que aprendeu a aprender e que, dentro do sistema educativo como
um todo, deve-se buscar um clima propício ao crescimento pessoal do aluno. Por outra, pode-se
dizer ainda que, na perspectiva de Rogers, o conhecimento não se adquire unicamente com os
processos institucionais, mas também pelos factos que existem dentro e fora da comunidade
académica.

Rogers (1978, p. 116), diz que, “estou certo de que esses exemplos são mais do que
suficientes para mostrar que o facilitador que cuida, que preza, que confia no aprendiz, cria um
clima de aprendizagem tão diferente do de uma sala de aula usual, que qualquer semelhança é
mera coincidência”.

15
Assim sendo, o professor que além de actuar como mediador do processo de ensino-
aprendizagem, também sabe interagir com os seus alunos, a fim de construir uma relação
interpessoal saudável com os seus alunos, esse professor está no rumo certo do seu trabalho.

Rogers (1969) apud Moreira (2010. p. 4) define esse processo de ensino:

O aluno deve ser activo, não passivo. Ela ou ele tem que aprender a interpretar, a negociar
significados; tem que aprender a ser crítica (o) e aceitar a crítica. Receber acriticamente a
narrativa do “bom professor” não leva a uma aprendizagem significativa crítica, a uma
aprendizagem relevante, de longa duração; não leva ao aprender a aprender.

Dessa forma, o aluno, nesse processo, é considerado um ser activo, criativo, participativo e
motivado a aprender. Nesse panorama, os saberes são vistos como produtos das percepções e
concepções que cada sujeito forma, a partir da convivência humana, das relações sociais
instituídas, das experiências vividas colectivamente.

1.3.3. Aprendizagem na perspectiva de Tomás de Aquino

Revendo a literatura filosófica, pode-se afirmar que, Tomás de Aquino foi um dos melhores
intérpretes de Aristóteles e filosofo da idade média que defendia a existência de duas formas de
aquisição de conhecimento, de um modo, quando a razão por si mesma atinge o conhecimento
que não possuía, por outra, a aquisição do conhecimento pelo ensino que tem o professor como
intermediário.

Mayer e Fitzpatrick (1936, p. 202) afirmam que para Tomás de Aquino, o processo de
ensino-aprendizagem é igual a comparação entre o professor e o médico:

O professor tem o potencial de ajudar o aluno, como o médico tem de curar o enfermo. Mas,
por mais que o doente esteja necessitado de um médico, pode recusar o tratamento, assim
tornando-se moralmente responsável pelas consequências da recusa. Por mais que o doente
ou aluno precise da ajuda de um profissional, é dele que parte a vontade, e o trabalho
principal para o fim desejado.

Desse modo, a aprendizagem na perspectiva de Tomás de Aquino apresenta uma certa


similitude com a perspectiva de Carls Rogers, quando o autor faz a comparação entre o professor
e o médico que apesar actuarem em sectores diferentes os dois tem a finalidade de salvar vida.

16
De acordo com Lauand (2001, p. 21), para Tomás de Aquino, “o professor, tudo o que faz é
en-signar (insegnire), apresentar sinais para que o aluno possa por si fazer a edução do ato de
conhecimento, no sentido da sugestiva acumulação semântica que se preservou no castelhano:
enseñar (ensinar/mostar): o mestre mostra”

Compreende-se que no processo de ensino-aprendizagem a figura do professor deve apenas


estar presente para direccionar a aprendizagem dos alunos no caminho certo e não ser um
transmissor de conteúdo repetitivos, pois os alunos já carregam consigo os conhecimentos, tudo
que eles precisam é de um estímulo forte o suficiente para os despertar.

Segundo Rodrigues (2021, p. 41), Felici demonstra que:

O aluno é tratado na obra de Tomás de Aquino, a De Magistro, como o agente principal nos
processos de ensino e de aprendizagem, por considerar o educando como motivo central do
campo educativo, ou seja, o aluno é enaltecido nesse processo educacional, ainda que se
encontre o papel do docente como necessário a toda essa proposta.

A perspectiva desse autor sobre o processo de ensino-aprendizagem assemelha-se a


perspectiva de Carls Rogers, ao situar o aluno no centro das aprendizagens escolar, ou seja, por
ver o aluno como um sujeito activo do seu processo de aprendizagem, apesar de o professor
desempenhar um papel de mediador da relação entre aluno e aprendizagem.

De acordo com o próprio Tomás de Aquino (2000, p. 41), “todo o processo de ensino
pressupõe um perfeito ato de conhecimento no professor; daí que seja necessário que o mestre
ou quem ensina possua de modo explícito e perfeito o conhecimento cuja aquisição quer causar
no aluno pelo ensino”.

Reconsiderando as ideias do autor em referência, o processo de ensino-aprendizagem


requer do professor um prisma de conhecimento exacto sobre a matéria que lecciona, é também
necessário que os professores se habilitem de métodos de ensino adequados para facilitação da
transmissão dos seus conteúdo e aquisição por parte dos alunos.

17
1.4. O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENIZAGEM
Os professores têm um papel muito desafiador nas suas actividades lectiva, pois
acreditamos que o trabalho pedagógico não é uma tarefa fácil devido o seu alto grau de
comprometimento com a formação do indivíduo e a transformação da sociedade, por isso, o papel
desempenhado pelo professor é muito importantes, tanto para os alunos como para a sociedade.

Para Moura (2016, p. 31), “o professor deve ter sempre em mente que o seu papel é o de
agente de transformação social e como tal, pode pela educação, combater no plano das
actividades, da discriminação manifestada em gestos, comportamentos e palavras, a qual afasta
e estigmatiza grupos sociais”.

Neste caso torna-se papel do professor construir relações de confiança para que o aluno
possa perceber-se e viver, antes de mais nada, como ser social. As representações das
características sociais que esse aluno partilhar com seu grupo de origem podem ser trabalhada
como parte de suas circunstâncias de vida. Por isso, considera-se também como papel do
professor, reconhecer e valorizar a diversidade cultural.

Para Mizukami (1986, p. 12), nessa abordagem, “quanto mais rígido o ambiente escolar,
mais concentrado e voltado para a aprendizagem o aluno se mantinha. O professor era visto
como mero repassador de conteúdo e o aluno como um ser passivo no processo. As habilidades
desenvolvidas no aluno eram a memorização e a repetição”.

Mas este sistema de ensino e a forma de os professores encararem os alunos como sujeitos
passivos do seu processo de aprendizagem já foi ultrapassado, pois, agora os alunos tornaram-se
sujeitos activos do seu processo de aprendizagem escolar, por isso, os professores devem relevar
a importância do diálogo nas suas práticas pedagógica.

Segundo Gadotti (1999, p. 2), “o educador para pôr em prática o diálogo, não deve
colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe
tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o
da vida”.
18
Desse modo, a aprendizagem se torna mais interessante quando os alunos se sentem
competentes pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. A aprendizagem requer
prazer que não é uma actividade que surge do nada nos alunos. Por isso, deve ser melhor
cultivada, o professor desperta a curiosidade dos alunos em aprender quando acompanha suas
acções no desenvolver das actividades.

1.4.1. O papel do professor na relação com aluno

O processo de ensino-aprendizagem não é uma actividade pedagógica que ocorre de forma


espontânea na mente dos alunos, é sempre necessário a figura do professor como um mediador da
ocorrência desse processo na vida do aluno, mas para que o professor consiga exercer esse papel
de mediador precisa acima de tudo estabelecer um laço de afectividade com os seus alunos.

De acordo com Cunha (2012, p. 82), “a acção do mediador não é a de facilitar porque
mediar processos de aprendizagem é, sem sombras de dúvidas, provocar, trazer desafios,
motivar quem vai aprender”. Constata-se que, a meta principal do processo de mediação é criar
vínculos entre professor e aluno, no processo de ensino-aprendizagem.

Por meio dessa ligação, a aprendizagem se estabiliza e faz os alunos se sentirem aptos e
conformados com o que lhes foi ensinado na escola. Sendo assim, o papel do professor acabe ser
pertinente para os seus alunos no processo de ensino-aprendizagem.

Para Davis e Oliveira (1994, p. 84), “a interacção que professor e aluno estabelecem na
escola, os factores afectivos e cognitivos de ambos exercem influência decisiva na promoção do
ensino. Na interacção, cada parceiro busca o atendimento de alguns de seus desejos”.

O professor enquanto elo de ligação entre o aluno e a aprendizagem deve encontrar


mecanismos apropriados para se interagir com os seus alunos de forma produtiva, pelo facto de
ser através dessa interacção que os alunos conseguem tirar algum proveito dos conteúdos
transmitidos pelo professor.

Segundo Goldane (2010, p. 13), “a aprendizagem ocorre por meio das interacções sociais
e estas são originadas por meio dos vínculos que estabelecemos com os outros, pode-se dizer que

19
toda aprendizagem está impregnada de afectividade”. Isto acontece quando o professor por meio
das suas técnicas de mediação incorpora um certo grau de afectividade com os seus alunos,
fazendo-os sentirem-se cada vez mais próximo de si e dos seus conteúdos.

1.4.1.1. O papel do professor nas avaliações dos alunos

As avaliações pedagógicas que se fazem ao longo das actividades lectivas são também
partes do papel dos professores no processo de ensino-aprendizagem e, este é um dos papéis
muito crucial para os alunos e necessário, não que seja importante demais para os professores. O
professor tem papel de diagnosticar as competências cognitivas dos seus alunos para saber se
situar ao nível de conteúdo que o mesmo já tivera transmitido.

Para Mendez (2002, p.63) “avaliar é construir o conhecimento por vias heurísticas de
descobrimento. Quem avalia com intenção formativa quer conhecer a qualidade dos processos e
dos resultados”.

O processo avaliativo não deve ser somente encarado como uma forma julgar ou qualificar
as competências dos alunos sobre os conteúdos transmitido num dado período de tempo, mas sim
como uma forma de possibilitar uma compreensão do conteúdo e auxilia-lo a uma aderência de
conhecimento significativo de forma qualitativa, a partir do julgamento do rendimento do
mesmo.

No contexto escolar, ainda existe professores que não se situa conforme deve ser em
relação ao seu papel nas avaliações dos seus alunos, pois acreditam que as avaliações só servem
para julgar os conteúdos por eles transmitidos, ou seja, acreditam que uma avaliação só se
consiste em uma prova, mas de acordo com Demo (2002, p. 44) “para avaliar não é necessário
prova”.

Deste modo, podemos ressaltar que alguns profissionais dessa área ainda têm como
dificuldade compreender a utilização dos instrumentos avaliativos que não se limitam a
simplesmente, aula e prova, como centro da didáctica. Nesta compreensão passamos a ver os
meios utilizados durante o processo de avaliação, não mais como principais, podendo haver o
surgimento de novos ambientes de ensino, não banalizados pela inconsistência metodológica.
20
Méndez (2002, p. 35) afirma que:

Nem tudo o que é ensino deve transformar-se automaticamente em objecto de avaliação; nem
tudo o que é aprendido é avaliável, nem o é no mesmo sentido, nem tem o mesmo valor.
Felizmente os alunos aprendem muito mais do que o professor costuma avaliar. Ao contrário,
não esta tão claro que aquilo que o professor avalia seja realmente o mais valioso, embora nas
práticas habituais o mais valioso costume identificar-se com aquilo que mais pontua.

Com base no exposto, pode-se dizer que o que avaliar não necessariamente compreende
todos os segmentos da aprendizagem, no entanto tem seu valor perante a medição mesmo que
mínima do saber e da efectivação do próprio professor.

Por outra, as concepções avaliativas se dão através do processo de reflexão acerca do


desenvolvimento de cada aluno e deve desempenhar funções como, estabelecer o domínio da
aprendizagem e demonstrar a metodologia utilizada no processo de ensino-aprendizagem.

1.4.1.2. O papel do professor e as praticas pedagógicas

Ser professor não é o mesmo que ser um mero transmissor de conteúdos aos alunos, pois
essa profissão requer formação específica numa das áreas da Pedagogia que vão nutrir a
capacidade didáctica do professor com técnicas de ensino no contexto escolar, por isso, muitos
professores que actuam nas escolas ainda não se deram conta da importante dimensão que tem o
seu papel na vida dos seus alunos.

Para Libâneo (2005, p. 76), “a reflexão sobre a prática não resolve tudo, a experiência
reflectida não resolve tudo. São necessárias estratégias, procedimentos, modos de fazer, além de
uma sólida cultura geral, que ajudam a melhor realizar o trabalho e melhorar a capacidade
reflexiva sobre o que e como mudar”.

Desta maneira, percebe-se que a formação de professores é de extrema pertinência para


todos os indivíduos que abraçam a profissão docente e serve também para considerar que o
professor nunca está acabado e que os estudos teóricos e as pesquisas são fundamentais, no
sentido de que é por intermédio desses instrumentos que os professores terão condições de
analisar criticamente os contextos históricos, sociais, culturais e organizacionais, nos quais
ocorrem as actividades docentes, podendo assim intervir nessa realidade e transformá-la

21
De acordo com Saltini (2008, p.63), o professor obviamente precisa conhecer e ouvir a
criança. “Deve conhecê-la não apenas na sua estrutura fisiológica e psicossocial, mas também
na sua interioridade afectiva na necessidade de criatura que chora, ri, dorme, sofre e busca
constantemente compreender o mundo que a cerca, bem como o que ela faz ali na escola”.

Compreende-se que se o professor não consegue ter a sensibilidade e percepção da criança


no ambiente escolar, observá-la nessa interacção com o grupo e individualmente, entender as suas
necessidades especificas, diante das demonstrações das suas emoções, seja a timidez que a
impede de socializar, ou o grande choro diante de uma razão especifica não compreendida, este
professor não o êxito que procura nos seus objectivos específicos.

Vigotski (2003, p. 300) afirma que:

Se um professor desejar ser um pedagogo cientificamente formado, vai ter de aprender


muito. Antes se desejava apenas que conhecesse sua matéria e o programa e que soubesse dar
alguns gritos em sala de aula ante um caso difícil. Hoje a pedagogia se transformou em uma
arte verdadeira e complexa, com uma base científica. Portanto, exige-se do professor um
elevado conhecimento da matéria e da técnica de seu trabalho.

Analisando o exposto, pode-se dizer que, por conta da complexidade do papel atribuído ao
professor, esse profissional precisa ser formado e valorizado. Na concepção de Vigotski, o
professor tem a responsabilidade de organizar todo o processo educativo de modo a impulsionar
o desenvolvimento social da personalidade humana consciente de seus alunos em direcção à
constituição de um conhecimento crítico.

1.4.2. Praticas que facilitam a aprendizagem

Os professores são indivíduos formados e especializados para lidar com os obstáculos que
possam surgir no desenrolar das suas actividades em sala de aula, por isso, actuam como
mediador ou facilitador do processo de ensino-aprendizagem dos seus alunos. Para uma
efectivação eficiente dessa actividade o professor elabora estratégias que visam a motivação dos
alunos, porque através dessa estratégia é possível dizer que o processo de aprendizagem é tido a
partir da motivação.

22
Para Rosa (2006, p. 187), “o professor, por consequência deve organizar o ensino de modo
a proporcionar o máximo de sucesso ao aluno, o que depende, entre outras coisas, da
consideração do nível de desenvolvimento dos aprendizes e de uma sequência curricular atenta
aos pré-requisitos”.

Ao professor é atribuído a responsabilidade de preparar ou elaborar os conteúdos para


ministrá-lo em sala de aula e deve o professor levar em conta o tipo de classe que lecciona e o
perfil dos seus alunos, uma vez que, o objectivo é despertar os alunos para aquisição da
aprendizagem para que consigam lidar com as adversidades do seu dia-a-dia.

Para Rodrigues (1976, p. 174), “a aprendizagem escolar depende, basicamente, dos


motivos intrínsecos: uma criança aprende melhor e mais depressa quando sente-se querida, está
segura de si e é tratada como um ser singular”.

O professor como sujeito facilitador do processo de aprendizagem dos alunos deve criar
estratégias afectivas que ajudam os seus alunos a encontrarem motivos para aprendizagem. Essa
afectividade parte do professor para o aluno que ali está começando sua caminhada escolar, e
aprendendo receber essa afectividade de um novo grupo social que não é apenas o meio familiar
como a princípio da sua vida.

Segundo Alves (2002 p. 6), “toda experiência de aprendizagem se inicia com uma
experiência afectiva. É a fome que põe em funcionamento o aparelho pensador. Fome é afecto. O
pensamento nasce do afecto. O afecto é o movimento da alma na busca do objecto de sua fome”.

A criança não aprende apenas porque tem uma capacidade cognitiva, mas ela necessita de
acções afectivas para desenvolver suas estruturas cognitivas, de maneira que sua estrutura
cognitiva se alimente do afecto, para expandir sua própria capacidade de aprendizagem. Sendo
assim o afecto e o cognitivo estão inter-relacionados, para que ambos contribuam com esse
desenvolvimento de maneira saudável.

23
1.4.3. Praticas que dificultam a aprendizagem

A actividade lectiva é uma responsabilidade que a maioria dos professores levam muito a
sério devido o seu comprometimento com a formação dos indivíduos e de modo a tornarem fácil
o processo de ensino-aprendizagem dos seus alunos, procuram estimula-los com diversas formas
de motivação e práticas pedagógicas que despertam os motivos pelos quais os alunos se sentem
coagidos a aprenderem.

Para Freitas (1998, p. 74), “a professora se comporta como se fosse a proprietária da sala
de aula, bem como de tudo que está ali dentro: mesa, quadro, giz e, inclusive, os alunos. É por
isso que ela se sente no pleno direito de manipulá-los conforme sua vontade”. São
comportamentos dessa natureza que dificultam o processo de ensino-aprendizagem dos alunos no
contexto escolar, porque quando o professor se apresenta como uma figura autoritária na sala de
aula, tende a silenciar os seus alunos e deixa-los sem motivos para questionar ou espaço para
aquisição de novos conhecimentos.

Segundo Luck (2006, p. 47), “a tarefa escolar é especial e requer de seus profissionais o
comprometimento com os resultados sociais de seu trabalho. Para tal não basta a especialização
na área de actuação, mas a constante preocupação e transformação do modo de ser professor e
de fazer educação”.

Desse modo, os professores não devem se conformar com a formação especializada para
sua actuação como profissional em educação, poios devem procurar se actualizarem das novas
dinâmicas de actuação para facilitar a sua actividade e quando assim não acontece, estes
profissionais ficam ultrapassados na sua área de actuação e ao invés proporcionarem um clima de
aprendizagem para os seus alunos, só se tornam num mero obstáculo.

Para Freire (1996, p. 73), “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor


competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das
gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático,
racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.

24
Neste contexto, não se pode ignorar a importância de tal interacção entre professor-aluno,
mesmo sendo essas relações complexas são peças fundamentais na realização de mudanças no
âmbito profissional e comportamental.

1.5. ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA MELHORAR O PAPEL DO


PROFESSOR

Pensar sobre as estratégias pedagógicas que visam melhorar o papel do professor nas suas
actividades lectivas é como fazer uma breve retrospectiva dos seu processo de aprendizagem
quando estudante, pois sabe-se que, para chegar ao nível de profissional em educação requer uma
formação específica e sistematizada na sua área de actuação.

De acordo com Alves (2004, p. 3), “a grande preocupação de quem educa deve ser o
aluno, não a disciplina. E ele deve estar atento não às palavras, mas ao movimento do
pensamento da criança”.

Como estratégias pedagógica do professor no processo de ensino-aprendizagem, deve o


profissional em educação levar sempre em consideração o nível de intelectualidade dos seus
alunos e saber escolher os termos a usar em sala de aula, pois um bom profissional em educação
sabe que não pode construir conhecimento ou desenvolver aprendizagem de forma isolada dos
seus alunos, mas de forma participativa com os seus alunos.

Costa e Queiroz (2004, p. 492) demonstram que como estratégia pedagógica para melhorar
o papel dos professores podem ser usado os seguintes critérios:

Estabelecer, no começo do ano, as regras de conduta colectivamente; conhecer bem os


alunos; suas habilidades, competências e dificuldades; preparar bem a aula; empregar tarefas
diversificadas; oferecer material de consulta variado; criar condições para os alunos
sistematizarem os conteúdos aprendidos; incentivar o pensamento independente e encorajar a
autonomia do aluno; abrir possibilidades de afectividade; avaliar sistematicamente a
aprendizagem, fazendo dos erros oportunidades de aprendizagem; propiciar ocasiões para
recuperação e reforço da aprendizagem.

Com base nessas estratégias pedagógicas, os professores que com eficiência se


comprometem nas suas actividades, procuram conhecer bem os seus alunos, incluindo as suas
dificuldades de aprendizagem e se sentem coagidos a elaborar regras que visam à participação
25
activas dos alunos nas suas aulas e procurar corrigir sempre as tarefas antes de iniciar uma nova
aula.

Segundo Ballenato (2008, p. 142), existem algumas estratégias pedagógicas fundamentais


para melhorar o papel dos professores no processo de ensino-aprendizagem, tais como:

Utilizar o diálogo, aproveitando adequadamente a comunicação como um instrumento útil


para pedir opiniões, dar e receber informação, partilhar sentimentos, reunir esforços,
encontrar alternativas; Desenvolver a empatia, capacidade de se colocar no lugar do outro, o
que nos permite compreender o seu ponto de vista, bem como os motivos e argumentos que o
levam a pensar de determinada maneira; Mostrar assertividade, admitindo uma atitude e
comportamento que permita respeitar os outros sem violar os seus direitos e desejos.

Desse modo, as estratégias pedagógicas que podem contribuir para melhorar o papel dos
professores no processo de ensino-aprendizagem, são apontadas nessa citação como, o diálogo, a
afectividade e a liberdade de os alunos poderem participar livremente nas aulas, essas estratégias
pedagógicas poderão facilitar o professor como mediador da aprendizagem determinar quais
dessas pode usar para resolver qualquer adversidade no processo de ensino-aprendizagem.

26
CAPÍTULO II. OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO

27
2.1. MODO DE INVESTIGAÇÃO
Para a realização do presente estudo, trabalhamos com o método descritivo com abordagem
quantitativa.

Freixo (2011, p. 106) diz que “este método assenta em estratégias de pesquisa para
observar e descrever comportamentos, incluindo a identificação de factores que possam estar
relacionados com um fenómeno em particular”.

2.2. VARIÁVEIS DO ESTUDO


2.2.1. Variáveis Sócio-demográficas

 Idade
 Género
 Estado civil
 Nível de escolaridade.

2.2.2. Variáveis dependentes

 O papel do professor no processo de ensino-aprendizagem

2.2.3. Variáveis independentes

 Conhecer de perto os seus alunos


 Mediador da aprendizagem do aluno
 Facilitador da aprendizagem dos alunos

2.4. OBJECTO DE ESTUDO


Neste contexto, para o objecto de estudo da presente investigação, optou-se por uma
amostra de 20 professores, sendo todos funcionários da escola primária 5004 na Vila-Sede,
Município de Viana.

2.5. INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO


Para responder a finalidade da nossa pesquisa escolhemos como instrumento de recolha de
dados o questionário fechado que nos permitiu obter informações junto dos professores da escola
primária 5004 na Vila-Sede Município de Viana.
28
2.6. PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DE DADOS
O processamento foi feito sob a forma de quadros e gráficos utilizando os programas:
Microsoft Excel, e Word, para redigir e tratar o texto, por fim o Power Point, para a apresentação
do trabalho seguindo as normas em uso nesta Universidade. As informações recolhidas serão
analisadas através do processamento estatístico apresentados em números absolutos, frequência
simples e percentual.

29
CAPÍTULO III. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS
RESULTADOS

30
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Quadro nº 1. Distribuição da amostra segundo o género


Sexo Frequência Percentagem
Masculino 3 15%
Feminino 17 85%
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 1. Distribuição da amostra segundo o género.

Fonte: Autor (2022)

De acordo com o quadro nº 1 e do seu gráfico, pode verificar-se que 85% dos professores
da escola 5004 no Município de Viana, que participaram do presente estudo, correspondem ao
género feminino 15% correspondem ao género masculino.

Verifica-se que na escola 5004 no Município de Viana, há mais indivíduos do sexo


feminino a trabalharem do que o sexo masculino. Logo, pode-se notar que, nesta escola, já é
relevante a igualdade de géneros no que concerne a actividade trabalhista.

31
Quadro nº 2. Distribuição da amostra segundo a idade
Idade Frequência Percentagem
Menos de 25 anos 0 0%
26 - 35 anos 5 25 %
36 - 45 anos 8 40 %
Mais de 46 anos 7 35 %
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 2. Distribuição da amostra segundo a idade

Fonte: Autor (2022)

De acordo com o quadro nº 2 e do seu gráfico, pode-se verificar que 40 % dos professores
da escola 5004 no Município de Viana, que participaram do presente estudo estão com idades
compreendidas entre os 36 e os 45 anos, 35% com mais de 46 anos e somente 25% dos inquiridos
estão com idades compreendidas entre 26 e os 35 anos.

32
Quadro nº 3. Distribuição da amostra segundo o estado civil
Estado civil Frequência Percentagem
Solteiro (a) 8 40 %
Casado (a) 9 45 %
União de facto 2 10 %
Viúvo (a) 1 5%
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 3. Distribuição da amostra segundo o estado civil

Fonte: Autor (2022)

De acordo com o quadro nº 3 e do seu gráfico, pode verificar-se que entre os 100% dos
professores que participaram do presente estudo, 45% dos professores inquiridos são casados
(as), 40% são solteiros, 10% vivem em união de facto e, no entanto, 5% dos professores
inquiridos são viúvos (as).

33
Quadro nº 4. Distribuição da amostra segundo o nível académico
Nível académico Frequência Percentagem
Ensino médio 6 30 %
Ensino superior 13 65 %
Mestrado 1 5%
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 4. Distribuição da amostra segundo o nível académico

Fonte: Autor (2022)

No que diz respeito ao nível académico dos professores da escola 5004 no Município de
Viana, que participaram do presente estudo, constatou-se que 65% dos professores desta escola
tem o nível de ensino superior ou licenciados, 30% dos professores tem o ensino médio e
somente, 5% dos professores inquiridos tem o mestrado.

34
Quadro nº 5. Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço
Tempo de serviço Frequência Percentagem
5 – 10 anos 3 15 %
11 – 15 anos 5 25 %
16 – 20 anos 4 20 %
Mais de 20 anos 8 40 %
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 5. Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço

Fonte: Autor (2022)

Os dados do quadro nº 5 e do seu gráfico demonstram que dentre os 100% dos professores
inquiridos 40% têm mais 20 anos de serviço, 25% têm o tempo de serviço correspondente entre
os 11 e os 15 anos, 20% têm o tempo de serviço compreendido entre os 16 e os 20 anos de
serviço e apenas 15% dos professores têm o tempo de serviço correspondido entre os 5 e os 10
anos.

35
Quadro nº 6. Distribuição da amostra segundo a área de formação
Área de formação Frequência Percentagem
Psicologia da Educação 6 30 %
Psicologia do Trabalho 1 5%
Instrução Primária 4 20 %
Ciências Físicas e Biológicas 1 5%
Contabilidade e Auditoria 1 5%
Sociologia 1 5%
Filosofia 1 5%
Supervisão Pedagógica e Avaliação 1 5%
Pedagogia 4 20 %
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 6. Distribuição da amostra segundo a área de formação

Fonte: Autor (2022)

Os dados do quadro nº 6 e do seu gráfico demonstram que dentre os 100% dos professores
inquiridos 30% são formados em Psicologia da Edução, 20% são formados em Pedagogia,
igualmente 20% são formados em Instrução Primária, 5% dos professores são formados em
Psicologia do Trabalho, 5% são formados em Ciências Físicas e Biológica, 5% são formados em
Contabilidade e Auditoria 5% são formados em Sociologia, 5% são formados em Filosofia e
novamente 5% são formados em Supervisão Pedagógica e Avaliação.
36
Quadro nº 7. Distribuição da amostra segundo o papel do professor no processo de ensino-
aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de Viana.
Qual é o papel do professor no processo de ensino-
aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de
Viana? Frequência Percentagem
Motivar os alunos a aprenderem 7 35 %
Conhecer de perto os seus alunos 8 40 %
Mediador da aprendizagem do aluno 2 10 %
Facilitador da aprendizagem dos alunos 0 0%
Dirigir atenção a aprendizagem do aluno 3 15 %
Outro 0 0%
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 7. Distribuição da amostra segundo o papel do professor no processo de ensino-


aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de Viana.

Fonte: Autor (2022)

Os dados do quadro nº 7 e do seu gráfico, em relação à pergunta, “Qual é o papel do


professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de
Viana?” pode verificar-se que 40% dos professores inquiridos responderam conhecer de perto os
seus alunos, 35% dos professores responderam motivar os alunos a aprenderem, 15% dos
professores inquiridos responderam dirigir atenção a aprendizagem do aluno e somente 10 dos
professores que participaram do presente estudo responderam mediador da aprendizagem do
aluno.
37
Quadro nº 8. Distribuição da amostra segundo as práticas pedagógicas que o professor usa para
melhorar o seu papel no processo de ensino-aprendizagem com seus alunos.
Quais das práticas pedagógicas o professor usa para
melhorar o seu papel no processo de ensino-
aprendizagem com seus alunos? Frequência Percentagem
Estimular e elogiar os alunos 4 20 %
Promover o diálogo na sala de aula 0 0%
Criar um clima que facilita a aprendizagem 10 50 %
Respeitar o ritmo de aprendizagem dos alunos 2 10 %
Promover a liberdade participativa na sala de aula 4 20 %
Democratização da aprendizagem na sala de aula 0 0%
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 8. Distribuição da amostra segundo as práticas pedagógicas que o professor usa para
melhorar o seu papel no processo de ensino-aprendizagem com seus alunos.

Fonte: Autor (2022)

Os dados do quadro nº 8 e do seu gráfico, em relação à pergunta “Quais das práticas


pedagógicas o professor usa para melhorar o seu papel no processo de ensino-aprendizagem
com seus alunos?” pode verificar-se que 50% dos professores criam um clima que facilita a
aprendizagem, 20% dos professores estimulam e elogiam os alunos, igualmente 20% dos
professores promovem a liberdade participativa na sala de aula, enquanto 10% dos professores
respeitam o ritmo de aprendizagem dos alunos.

38
Quadro nº 9. Distribuição da amostra segundo os factores que dificultam o papel do professor no
processo de ensino-aprendizagem dos seus alunos?
Quais dos factores abaixo descrito, dificultam o
papel do professor no processo de ensino- Frequência Percentagem
aprendizagem dos seus alunos?
A desmotivação dos alunos 2 10 %
O autoritarismo do próprio professor 3 15 %
A indisciplina dos alunos na sala de aula 11 55 %
Falta de cooperação por parte dos alunos 3 15 %
A falta de interesse e objectivos dos alunos 1 5%
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 9. Distribuição da amostra segundo os factores que dificultam o papel do professor no


processo de ensino-aprendizagem dos seus alunos?

Fonte: Autor (2022)

De acordo com os dados do quadro nº 9 e do seu gráfico, em relação à pergunta, “Quais dos
factores abaixo descrito, dificultam o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem
dos seus alunos?” pode verificar-se que 55% dos professores inquiridos responderam a
indisciplina dos alunos na sala de aula, 15% disseram falta de cooperação por parte dos alunos,
igualmente 15% dos professores disseram o autoritarismo do professor, 10% dos professores
responderam a desmotivação dos alunos e apenas 5% dos professores que participaram do
presente estudo afirmaram a falta de interesse e objectivos dos alunos.

39
Quadro nº 10. Distribuição da amostra segundo como o professor avalia a qualidade do seu papel
no processo de ensino-aprendizagem com seus alunos.
Como professor (a), como avalia a qualidade do seu papel
no processo de ensino-aprendizagem com seus alunos? Frequência Percentagem
Muito boa 8 40 %
Boa 11 55 %
Muito péssima 0 0%
Péssima 0 0%
Não boa nem péssima 1 5%
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 10. Distribuição da amostra segundo como o professor avalia a qualidade do seu papel
no processo de ensino-aprendizagem com seus alunos.

Fonte: Autor (2022)

Os dados do quadro nº 10 e do seu gráfico, em relação à pergunta “Como professor (a),


como avalia a qualidade do seu papel no processo de ensino-aprendizagem com seus alunos?”
pode verificar-se que 55% dos professores inquiridos disseram boa, 40% dos professores
responderam muito boa enquanto 5% dos professores que participaram do presente estudo
responderam não boa nem péssima.

40
Quadro nº 11. Distribuição da amostra segundo o impacto do papel mal desempenhado pelo
professor no processo de ensino-aprendizagem.
Na sua opinião, qual é o impacto do papel mal
desempenhado pelo professor no processo de ensino-
aprendizagem? Frequência Percentagem
Fracasso escolar por parte dos alunos 13 65 %
Abandono escolar por parte dos alunos 1 5%
Dificuldade na transmissão dos conteúdos preparados 4 20 %
Dificuldade na obtenção dos objectivos traçados em cada aula 2 10 %
Total 20 100%
Fonte: Autor (2022)

Gráfico nº 11. Distribuição da amostra segundo o impacto do papel mal desempenhado pelo
professor no processo de ensino-aprendizagem.

Fonte: Autor (2022)

Os dados do quadro nº 11 e do seu gráfico, em relação à pergunta “Na sua opinião, qual é o
impacto do papel mal desempenhado pelo professor no processo de ensino-aprendizagem?”
pode verificar-se que 65% dos professores da escola 5004 que participaram do presente estudo
responderam fracasso escolar por parte dos alunos, 20% disseram dificuldade na transmissão dos
conteúdos preparados, 10% dos professores afirmaram a dificuldade na obtenção dos objectivos
traçados em cada aula enquanto 5% dos professores que participaram do presente estudo
responderam abandono escolar por parte dos alunos.
41
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O nosso estudo foi realizado na escola 5004 no Município de Viana, onde foram inquiridos
20 professores para falar sobre o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem, no
entanto, o nosso propósito é através das opiniões dos professores que se encontram nesta escola,
adquirir um conjunto de informações possíveis sobre o assunto em estudo. O estudo teve como
objectivo conhecer o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na
escola 5004 no Município de Viana, apresentar o conceito de aprendizagem na perspectiva de
alguns teóricos, identificar o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem e propor um
plano de prática pedagógica que visa melhorar o papel do professor no processo de ensino-
aprendizagem.

De acordo com os objectivos acima expostos, formulou-se a seguinte pergunta de partida,


Qual é o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola 5004 no
Município de Viana? Respondendo a esta pergunta com base nos resultados alcançados através
da aplicação dos questionários aos professores da escola 5004 no Município de Viana, verificou-
se que relativamente à participação no estudo por género revelou-se um predomínio do género
feminino com 85%, e 15% correspondendo ao género masculino com idades variadas entre os 26
aos 46 anos onde 45% dos professores são casados, 40% são solteiros, 10% vivem em união de
facto e 5% dos professores inquiridos são viúvos (as) e 65% dos professores desta escola tem o
nível de ensino superior ou licenciados, 30% tem o ensino médio, 5% tem o mestrado e a maioria
correspondente 40% têm mais 20 anos de serviço enquanto a minoria tem o tempo de serviço
correspondido entre os 5 e os 10 anos de serviço com 30% formados em Psicologia da Edução e
somente 5% correspondente a minoria são formados em Supervisão Pedagógica e Avaliação.

Quanto aos papel do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola


5004 no Município de Viana, verificou-se que 40% dos professores responderam conhecer de
perto os seus alunos e 35% responderam motivar os alunos a aprenderem mas quando se
questionou sobre as práticas pedagógicas usadas para melhorar o papel do professor no processo
de ensino-aprendizagem dos seus alunos, constatou-se que a maioria correspondente a 50% dos

42
professores criam um clima que facilita a aprendizagem, 20% estimulam e elogiam os alunos,
igualmente 20% dos professores promovem a liberdade participativa na sala de aula.

Por outra, constatou-se também que, em relação aos factores que dificultam o papel do
professor no processo de ensino-aprendizagem dos alunos, 55% dos professores disseram a
indisciplina dos alunos na sala de aula, 15% disseram falta de cooperação por parte dos alunos,
igualmente 15% dos professores disseram o autoritarismo do professor, enquanto 55% dos
professores afirmaram ter boa qualidade no seu papel e 40% afirmaram ter muito boa qualidade
no processo de ensino-aprendizagem dos alunos na escola 5004 no Município de Viana e quanto
ao impacto do papel mal desempenhado pelo professor no processo de ensino-aprendizagem,
constatou-se que 65% dos professores responderam fracasso escolar por parte dos alunos, 20%
disseram dificuldade na transmissão dos conteúdos preparados, 10% dos professores afirmaram a
dificuldade na obtenção dos objectivos traçados em cada aula enquanto 5% dos professores que
participaram do presente estudo responderam abandono escolar por parte dos alunos.

43
CONCLUSÃO
Depois da análise crítica e interpretação dos resultados obtidos na nossa investigação que
tem como tema: o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola
5004 no Município de Viana, tendo como ponto de partida a seguinte questão: Qual é o papel do
professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de
Viana? Que foi materializada mediante o objectivo, conhecer o papel do professor no processo de
ensino-aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de Viana, assim, relativamente a
amostra geral, os resultados do estudo permitiu-nos tecer as seguintes conclusões:

Concluímos que, através da contribuição de alguns teóricos da aprendizagem conseguiu-se


constatar que há uma grande diversidade de estilos de aprendizagem que exigem instrumentos
pontuais para sua materialização. Por isso, Albert Bandura, defendia que o processo de
aprendizagem ocorre por meio da observação de comportamentos de outras pessoas que
fornecem experiências indirectas, diferente de Rogers que defendia a ideia de que a
aprendizagem ocorre mediante o processo de interacção entre o sujeito activo e o seu mediador e
Tomás de Aquino apresenta uma certa similitude com a perspectiva de Carls Rogers, por
estabelecer a comparação entre o professor e o médico que apesar de actuarem em sectores
diferentes os dois têm a finalidade de salvar vida.

Concluímos que o papel desempenhado pelo professor é tanto desafiador quanto importante
para os alunos como para a sociedade que o tem como bússola para a orientação do seu
desenvolvimento. Por isso, torna-se papel do professor construir relações de confiança para que o
aluno possa perceber-se e viver, antes de mais nada, como ser social, pois ainda em relação ao
papel do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola 5004 no município
de Viana, verificou-se que 40% afirmaram ter o papel de conhecer de perto os seus alunos e 35%
responderam motivar os alunos a aprenderem.

Concluímos também que como plano de prática pedagógica que visa melhorar o papel do
professor no processo ensino-aprendizagem em alunos na escola 5004 no município de Viana,
deve o profissional em educação levar sempre em consideração o nível de intelectualidade dos
seus alunos e saber escolher os termos a usar em sala de aula, deve procurar conhecer bem os
44
seus alunos, incluindo as suas dificuldades de aprendizagem, tal como deixar tarefas em todas as
aulas e procurar corrigi-las sempre antes de iniciar uma aula nova. De acordo com o nosso
estudo, 50% dos professores criam um clima que facilita a aprendizagem, 20% dos professores
estimulam e elogiam os alunos e igualmente 20% dos professores promovem a liberdade
participativa na sala de aula.

Em relação aos factores que dificultam o papel do professor no processo de ensino-


aprendizagem dos seus alunos na escola 5004 no município de Viana, concluímos que o
comportamento autoritário do professor que se identifica como se fosse o proprietário da sala de
aula, bem como de tudo o que está dentro da sala, são os que dificultam o processo de ensino-
aprendizagem dos seus alunos, porque quando o professor se apresenta como uma figura
autoritária na sala de aula, tende a silenciar os seus alunos e deixá-los sem motivos para
questionar ou espaço para aquisição de novos conhecimentos.

Por outra, também podemos destacar o comportamento desviante dos alunos na sala de aula
e de acordo com o nosso estudo 55% dos professores disseram a indisciplina dos alunos na sala
de aula constitui um dos factores que dificulta o papel do professor no processo de ensino-
aprendizagem e 15% dos professores disseram falta de cooperação por parte dos alunos.

Quanto à pergunta de partida do nosso estudo, podemos afirmar que foi respondida com
base nos dados do quadro nº 7 e do seu gráfico, em relação à pergunta, “Qual é o papel do
professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de
Viana?”, onde através da mesma, constatamos que 40% dos professores responderam conhecer
de perto os seus alunos, 35% dos professores responderam motivar os alunos a aprenderem e
15% dos professores responderam dirigir atenção a aprendizagem do aluno.

45
RECOMENDAÇÕES
De acordo com os resultados do nosso estudo e as conclusões a que se chegou durante a
realização deste trabalho recomendamos o seguinte:

1. Que os professores procurem se achegarem mais aos seus alunos de modo a conhecer bem
as suas habilidades, competências e dificuldades para possivelmente ajudá-los com o seu
fazer pedagógico;

2. Que os professores melhorem as suas formas de actuação, evitando sobretudo, o


comportamento autoritário nas actividades lectivas, de modo a abrir possibilidades de
afectividade e avaliar sistematicamente a aprendizagem dos seus alunos;

3. Que a direcção pedagógica da escola 5004, estabeleça sempre no início do ano lectivo as
regras de conduta dos alunos no interior da instituição de modo a evitar a indisciplina dos
alunos nas salas de aula.

4. Por fim, recomenda-se que mais estudos desta natureza sejam feitos com propósito de
identificar os factores que dificultam o papel dos professores no processo de ensino-
aprendizagem, tanto nas escolas públicas e como privadas.

46
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Vaz-Freixo, M.J. (2011): Metodologia Cientifica Fundamentos, Métodos e Técnicas. ED. Lisboa:
Instituto Piaget.

Vygotski, L. S. (2003) Interação entre aprendizado e desenvolvimento. São Paulo: Martins


Fontes,

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APÊNDICE

51
Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
(Criado pelo decreto nº 44-A01 de 6 de Julho de 2001)
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Questionário para os professores

Caro (a) professor (a), este questionário faz parte do trabalho de conclusão do curso de
Licenciatura em Psicologia na Universidade Jean Piaget e tem como objectivo conhecer o papel
do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola 5004 no Município de
Viana. Por favor, responda a todas as questões. O questionário é anónimo e os dados são
absolutamente confidenciais.

Iª Parte. Dados sociodemográficos


1. Género 2. Idade 3. Estado civil
a) Masculino ( ) a) Menos de 25 anos ( )
b) Femenino ( ) b) 26 – 35 anos ( ) a) Solteiro/a ( )
4. Nível de escolaridade c) 36 – 45 anos ( ) b) Casado/a ( )
a) Ensino médio ( ) d) Mais de 46 anos ( ) c) União de facto ( )
b) Ensino superior ( ) d) Viúvo/a ( )
c) Mestrado ( ) 5. Tempo de serviço:________________________

6. Área de formação:________________________
___________________________________________

IIª Parte. Questionário


Responda com um (X) a resposta que achar conveniente, escolhendo apenas uma entre opções
postas.

1. Qual é o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem em alunos na escola


5004 no Município de Viana?
a) Motivar os alunos a aprenderem (...)
b) Conhecer de perto os seus alunos (...)
c) Mediador da aprendizagem do aluno (...)
d) Facilitador da aprendizagem dos alunos (...)
e) Dirigir atenção a aprendizagem do aluno (...)
f) Outro (...)
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2. Quais das práticas pedagógicas o professor usa para melhorar o seu papel no processo de
ensino-aprendizagem com seus alunos?
a) Estimular e elogiar os alunos (...)
b) Promover o dialogo na sala de aula (...)
c) Criar um clima que facilita a aprendizagem (...)
d) Respeitar o ritmo de aprendizagem dos alunos (...)
e) Prmover a liberdade participativa na sala de aula (...)
f) Democratização da aprendizagem na sala de aula (...)

3. Quais dos factores abaixo descrito, dificultam o papel do professor no processo de


ensino-aprendizagem dos seus alunos.
a) A desmotivação dos alunos (...)
b) O autoritarismo do proprio professor (...)
c) A indisciplina dos alunos na sala de aula (...)
d) Falta de cooperação por parte dos alunos (...)
e) A falta de interesse e objectivos dos alunos (...)

4. Como professor (a), como avalia a qualidade do seu papel no processo de ensino-
aprendizagem com seus alunos?
a) Muito boa (...)
b) Boa (...)
c) Muito péssima (...)
d) Péssima (...)
e) Não boa nem péssima (...)

5. Na sua opinião, qual é o impacto do papel mal desempenhado pelo professor no processo
de ensino-aprendizagem?
a) Fracasso escolar por parte dos alunos (...)
b) Abandono escolar por parte dos alunos (...)
c) Dificuldade na transmissão dos conteúdos preparados (...)
d) Dificuldade na obtenção dos objectivos traçados em cada aula (...)

Obrigada pela colaboração?


O autor:
Arlete Pereira da Graça Cunha
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ANEXOS

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