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MONOGRAFIA
MONOGRAFIA
I
DEDICATÓRIA
Dedico este Trabalho de Fim de Curso a todos os que colaboraram para o meu sucesso
em mais uma caminhada.
À minha família e em especial aos meus pais: Miguel Bernardo Francisco e Séria
Alberto Sacupilica por me terem dado o maior bem: a vida!
II
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por me conceder a vida, por sua presença em minha vida, pois nada
podemos ser se não acreditarmos no pai criador, que nos guia, nos dá ânimo e coragem para
enfrentar as batalhas que a vida nos propõe;
Às minhas irmãs, Rosa Correia, Manuela Correia, Admira Correia e Selita Sacupilica,
que sempre foram meus alicerces, me incentivando e me mostrando que sempre sou capaz.
Ao meu esposo, Constantino de Sales Pinheiro, que sempre disponibilizou o seu tempo
para estar comigo.
Aos meus colegas pelos incentivos e apoio académicos, Felisbina Ferreira Bendinha,
Marinela Tchoca, Mario Cassoma, Paciência Marques e todos os outros colegas que, de forma
directa ou indirectamente me apoiaram nesta jornada académica.
Muito obrigada!
III
DECLARAÇÃO DE AUTOR
Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os regulamentos da
Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular do Regulamento de
Elaboração do Trabalho de Fim de Curso. O trabalho é original excepto onde indicado por
referencia especial no texto. Quaisquer visões expressas são as do autor e não representam de
modo algum quaisquer visões da Unipiaget. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi
apresentado para avaliação noutras instituições de ensino superiores nacionais ou estrangeiras.
Assinatura:
Data: _____/_____/________
IV
RESUMO
O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito da licenciatura em Psicologia Social e das
Organizações e aborda o impacto do stress ocupacional no desempenho profissional: caso dos
funcionários do Departamento de Investigação Criminal do Rangel. O estudo foi
materializado mediante o objectivo de conhecer o impacto do stress ocupacional no
desempenho dos funcionários do Departamento de Investigação Criminal do Rangel. Trata-se
de uma pesquisa quantitativa na qual recorremos ao método descritivo. Para tal, foi tida em
conta uma amostra de 30 funcionários do Departamento de Investigação Criminal, com idades
compreendidas entre os 30 aos 45 anos, onde a recolha de dados foi realizada através de um
questionário de perguntas e respostas fechadas. Os resultados do estudo mostraram que o
stress ocupacional tem a sua causa nos factores situacionais que os funcionários vivenciam no
contexto organizacional. Por isso, o stress ocupacional pode gerar um impacto desconfortavel
que ocasiona a saúde profissional e bem-estar dos funcionários, porque o stress impacta os
funcionários não somente no seu contexto laboral, mas até mesmo no seu contexto social ou
familiar, devido as suas diferentes formas de se repecurtir nos funcionários. E, no entanto,
para esta pesquisa, tivemos a seguinte pergunta de investigação: Qual é impacto do stress
ocupacional no desempenho profissional dos funcionários do Departamento de Investigação
Criminal do Rangel?, Respondendo a esta pergunta com base nos resultados alcançados,
verificou-se que 33% dos funcionários responderam a falta de concentração, 27%
responderam a queda de desempenho laboral, 23% responderam dores de cabeça constante
enquanto 17% dos funcionários responderam irritabilidade e medo. A partir dos dados
recolhidos, permitiu-se concluir que, dentre os principais impactos negativos que o stress
ocupacional pode trazer na vida profissional dos funcionários, está a falta de consideração
mútua entre os funcionários e desproporcionalidade entre os níveis hierarquicos do
Departamento de Investigação Criminal do Rangel.
V
ABSTRACT
The present work was developed within the scope of the degree in Social and Organizational
Psychology, it addresses the impact of occupational stress on professional performance: the
case of employees of the Criminal Investigation Department of Rangel. The study was
materialized through the objective, to know the impact of occupational stress on the
performance of employees of the Criminal Investigation Department of Rangel, in the case of
a quantitative research in which we used the descriptive method. For this purpose, a sample of
30 employees of the Criminal Investigation Department, aged between 30 and 45 years, was
taken into account, where data collection was carried out through a closed question and
answer questionnaire. The results of the study showed that occupational stress has its cause in
the situational factors that employees experience in the organizational context, therefore,
occupational stress can generate an uncomfortable impact that causes the professional health
and well-being of employees, because stress it impacts employees not only in their work
context, but even in their social or family context, due to its different ways of having an
impact on employees. And yet, for this research, we had the following research question:
What is the impact of occupational stress on the professional performance of the employees of
the Criminal Investigation Department of Rangel?, Answering this question based on the
results achieved, it was found that 33% of employees responded to lack of concentration, 27%
responded to a drop in work performance, 23% responded to constant headaches while 17%
of employees responded to irritability and fear. From the data collected, it was possible to
conclude that among the main negative impacts that occupational stress can bring on the
professional life of employees is the lack of mutual consideration between employees and
disproportionality between the hierarchical levels of the Criminal Investigation Department of
Rangel.
VI
ÍNDICE
EPÍGRAFE ..................................................................................................................................I
DEDICATÓRIA ........................................................................................................................ II
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. III
DECLARAÇÃO DE AUTOR ..................................................................................................IV
RESUMO .................................................................................................................................. V
ABSTRACT .............................................................................................................................VI
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................................ 1
OBJECTIVOS DO ESTUDO ..................................................................................................... 2
Objectivo Geral........................................................................................................................... 2
Objectivos Específicos ............................................................................................................... 2
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ................................................................................................. 2
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ................................................................................................. 3
DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS .............................................................................................. 3
CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA .............................................. 4
1.1. NOÇÃO DE STRESS OCUPACIONAL ........................................................................ 5
1.2. ABORDAGEM HISTÓRICA DO STRESS OCUPACIONAL ..................................... 6
1.3. ABORDAGEM TEÓRICA DO STRESS OCUPACIONAL ......................................... 9
1.4. TIPOLOGIA DO STRESS OCUPACIONAL .............................................................. 11
1.4.1. Stress ocupacional positivo........................................................................................... 12
1.4.2. Stress ocupacional negativo .......................................................................................... 13
1.5. FASES DO STRESS OCUPACIONAL ....................................................................... 14
1.6. CAUSAS DO STRESS OCUPACIONAL .................................................................... 15
1.6.1. Conflitos entre colegas no trabalho .............................................................................. 16
1.6.2. As condições físicas no trabalho ................................................................................... 17
1.6.3. Liderança autocrática .................................................................................................... 17
1.7. SINTOMAS DO STRESS OCUPACIONAL ............................................................... 18
1.8. IMPACTO DO STRESS OCUPACIONAL ................................................................. 20
1.9. MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA O STRESS OCUPACIONAL ................... 21
1.10. MODELOS DE ESTUDO SOBRE O STRESS OCUPACIONAL ............................. 22
1.10.1. Modelo de controlo/exigência de Karasek e Theorell .................................................. 23
VII
1.10.2. Modelo de avaliação cognitiva de Lazarus e Folkman ................................................. 25
1.10.3. Modelo compreensivo de Beehr ................................................................................... 26
CAPÍTULO II. OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO .............................................. 28
2.2. VARIÁVEIS DO ESTUDO .............................................................................................. 29
2.2.1. Variáveis Sociodemográficas ......................................................................................... 29
2.2.2. Variável Dependente ...................................................................................................... 29
2.2.3. Variáveis Independentes ................................................................................................. 30
2.4. OBJECTO DE ESTUDO .................................................................................................. 30
2.5. INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO ......................................................................... 30
2.6. PROCESSAMENTO E TRATAMENTO DE DADOS .................................................... 30
CAPÍTULO III. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS ............. 31
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................... 32
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................................ 51
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 53
RECOMENDAÇÕES............................................................................................................... 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 56
ANEXOS .................................................................................................................................. 66
APÊNDICE .............................................................................................................................. 61
VIII
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro nº 1. Distribuição da amostra segundo o género dos funcionários .............................. 32
Quadro nº 2. Distribuição da amostra segundo a idade dos funcionários ............................... 33
Quadro nº 3. Distribuição da amostra segundo o estado civil dos funcionários. ..................... 34
Quadro nº 4. Distribuição da amostra segundo o nível académico dos funcionários. .............. 35
Quadro nº 5. Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço dos funcionários.............. 36
Quadro nº 6. Sente-se estressado com o trabalho que realiza? ................................................. 37
Quadro nº 7. Quais são os factores que lhe causam stress no trabalho? ................................... 38
Quadro nº 8. Quais são os indicadores mais frequentes do stress ocupacional no seio dos
funcionários? ............................................................................................................................ 39
Quadro nº 9. Qual é o impacto do stress ocupacional no teu desempenho profissional? ......... 40
Quadro nº 10. Você já se comportou de forma agressiva com os teus colegas por conta do
stress no trabalho? .................................................................................................................... 41
Quadro nº 11. Você já se sentiu emocionalmente instavel por conta do stress no trabalho? ... 42
Quadro nº 12. O que a direcção do Departamento de Investigação Criminal faz para prevenir o
stress aos seus funcionários? .................................................................................................... 43
Quadro nº 13. Consideras importante a intervenção de um psicólogo para ajudar na melhoria
das condições do teu trabalho? ................................................................................................. 44
Quadro nº 14. No meu trabalho o stress representa cansaço .................................................... 45
Quadro nº 15. No meu trabalho o stress representa desânimo ................................................. 46
Quadro nº 16. No meu trabalho o stress representa insatisfação .............................................. 47
Quadro nº 17. Nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado com raiva ................. 48
Quadro nº 18. Nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado impaciente .............. 449
Quadro nº 19. Nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado alegre ....................... 50
IX
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico nº 1. Distribuição da amostra segundo o género dos funcionários .............................. 32
Gráfico nº 2. Distribuição da amostra segundo a idade dos funcionários ............................... 33
Gráfico nº 3. Distribuição da amostra segundo o estado civil dos funcionários. ..................... 34
Gráfico nº 4. Distribuição da amostra segundo o nível académico dos funcionários............... 35
Gráfico nº 5. Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço dos funcionários. ............ 36
Gráfico nº 6. Sente-se estressado com o trabalho que realiza?................................................. 37
Gráfico nº 7. Quais são os factores que lhe causam stress no trabalho? .................................. 38
Gráfico nº 8. Quais são os indicadores mais frequentes do stress ocupacional no seio dos
funcionários? .......................................................................................................................... 339
Gráfico nº 9. Qual é o impacto do stress ocupacional no teu desempenho profissional? ........ 40
Gráfico nº 10. Você já se comportou de forma agressiva com os teus colegas por conta do
stress no trabalho? .................................................................................................................... 41
Gráfico nº 11. Você já se sentiu emocionalmente instavel por conta do stress no trabalho? ... 42
Gráfico nº 12. O que a direcção do Departamento de Investigação Criminal faz para prevenir
o stress aos seus funcionários? ................................................................................................. 43
Gráfico nº 13. Consideras importante a intervenção de um psicólogo para ajudar na melhoria
das condições do teu trabalho? ................................................................................................. 44
Gráfico nº 14. No meu trabalho o stress representa cansaço .................................................... 45
Gráfico nº 15. No meu trabalho o stress representa desânimo ................................................. 46
Gráfico nº 16. No meu trabalho o stress representa insatisfação .............................................. 47
Gráfico nº 17. Nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado com raiva ................. 48
Gráfico nº 18. Nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado impaciente ............. 449
Gráfico nº 19. Nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado alegre ....................... 50
X
INTRODUÇÃO
Todo o fenómeno que interfere no desempenho profissional dos funcionários, no
ambiente de trabalho, constitui um problema que não se restringe apenas aos funcionários,
mas também à organização que sofre com os seus fracassos ao nível de produção. O impacto
do stress ocupacional não deixaria de afectar negativamente o desempenho profissional dos
funcionários do Departamento de Investigação Criminal do Rangel, pelo facto de ser um
fenómeno muito presente nos ambientes de trabalho, onde a pressão e a rigorisidade são as
suas caracteristicas predominantes.
O presente estudo está repartido em três partes, sendo que, no primeiro capítulo, temos a
fundamentação teórica que específicamente se centra na revisão bibliográfica em relação ao
tema em pesquisa.
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Actualmente, o stress ocupacional vem sendo considerado um problema muito
abrangente, afectando desde os funcionários até a organização, incluindo sobretudo, a
sociedade. O stress ocupacional é um problema existente no dia-a-dia laboral de todos os
funcionários, quer seja público ou privado, causado por vários motivos, tais como: os
conflitos entre colegas, as condições físicas do trabalho e a liderança autocrática.
1
Na realidade das organizações em Angola, observa-se que esses factores mencionados
como previlicador do stress ocupacional no desempenho profissional têm causado grandes
impactos na rotina laboral dos funcioários das empresas públicas e privadas.
OBJECTIVOS DO ESTUDO
Os objectivos são caracterizados como metas que o pesquisador procura alcançar na
sua investigação. Para o nosso trabalho, traçamos os seguintes objectivos:
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
O nosso estudo é de extrema importância porque aborda um assunto actual e bastante
presente nas organizações a nível da nossa sociedade angolana. Pretendemos, com essa
investigação, perceber o ponto de vista teórico e prático sobre o impacto do stress ocupacional
e como este pode influenciar de forma negativa no desempenho profissional dos funcionários
no ambiente de trabalho.
2
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
Delimitamos o nosso trabalho de pesquisa no Distrito Urbano do Rangel, mas
concretamente nos funcionários do Departamento de Investigação Criminal do Rangel.
b) Stress
De acordo com Brunner e Suddarth (2011, p. 77), “o stress é um estado produzido por
uma alteração no ambiente e que é percebido como desafiador, ameaçador ou danoso para o
equilíbrio ou balanço dinâmico de uma pessoa”.
c) Stress ocupacional
Para Silva e Salles, (2016, p. 238), “o stress ocupacional é então a sensação particular
de desequilíbrio entre o trabalho e o emocional do colaborador”.
d) Organização
3
CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
4
1.1. NOÇÃO DE STRESS OCUPACIONAL
A convivência social no desempenho profissional dos funcionários é considerada como
uma forma de interação que facilita a troca de ideia entre os profissionais do mesmo grupo de
trabalho, mas, muitas vezes, este relacionamente é desafiado por uma variabilidades de
estímulos que consequentemente geram uma adrenalina negativa, ou seja, o stress
ocupacional.
De acordo com Mendes (2018, p. 10), “o stress ocupacional é aquele que tem a sua
origem dentro do ambiente de trabalho”. Ou seja, dá-se o nome de stress ocupacional ao
estado de esgotamento psicólogico do funcionário provocado por qualquer factor
desencadeado no ambiente laboral.
Sendo assim, o stress ocupacional como o próprio nome já indica é uma propriedade do
ambiente de trabalho e este fenómeno pode ocorrer tanto no ambiente interno como no
ambiente externo da organização, o nome mantem-se pelo factos do estímulos provocadores
do stress terem sua origem no trabalho.
França e Rodrigues (1997, p. 24), corroboram com a nossa ideia ao definirem o stress
ocupacional como, “uma relação particular entre uma pessoa, seu ambiente e as
circunstâncias as quais está submetido, que é avaliada pela pessoa como uma ameaça ou
algo que exige dela mais que suas próprias habilidades ou recursos e que põe em risco o seu
bem-estar”.
O stress ocupacional é caracterizado com um fenómeno que tem as suas raízes nas
interacções entre os funcionários e o ambiente organizacional que faz parte e a manifestação
do stress ocupacional quando os profissionais identificam qualquer situação que coloca em
risco a sua saúde mental ou física.
Grandjean (1998, p. 156) define stress ocupacional como sendo “o estado emocional
causado por uma discrepância entre o grau de exigência do trabalho e recursos disponíveis
para gerenciá-lo”.
5
Infere-se que o stress ocupacional além de ser um produto do próprio ambiente
organizacional, também é resultado de uma determinada carência de recursos de trabalho
colocados a disposição dos funcionários que procuram se remediar com o possível.
Perkins (1995) apud Sousa, et al, (2009, p. 63) define o estresse ocupacional como
sendo o “produto da relação entre o indivíduo e o ambiente laboral, em que as exigências
desse ambiente ultrapassam as habilidades de enfrentamento do trabalhador, acarretando
desgaste excessivo do organismo e interferindo em sua produtividade”.
6
Silva, Goulart e Guido (2018, p. 149), dizem que,“desde a Pré-história, há o
reconhecimento de que o homem sofria exaustão após o trabalho, medo, exposição ao calor e
frio, fome, sede, perda de sangue ou doença. Tais situações deflagravam uma série de
desfechos biológicos e psicológicos, conhecidos hoje como stress”.
Para Borsoi (2007, p. 106), originalmente, o termo stress foi utilizado na área da Física
para designar “o desgaste de materiais sob efeitos de peso, calor ou radiação”. Infere-se que,
inicialmente, o stress era estudado na Física como um termo técnico para designar forças que
actuam sobre a mesma resistência, representando a carga que um material pode suportar antes
de romper-se. Posteriormente, foi considerado sinônimo de fadiga e cansaço.
Já autores como Cooper, et al., (1988), apud Pereira e Zille (2010, p. 417), fizeram uma
abordagem minuciosa do stress, afirmando que:
A raiz da palavra stress vem do latim stringere e tem como significado espremer. Os
autores mencionam que a palavra stress consta do vocabulário anglo-saxônico desde o
século XVII, empregada para descrever adversidade ou aflição. Já no século XVIII, a
palavra stress passa a ser empregada para expressar pressão ou forte esforço do corpo
humano.
Desse modo, o stress é uma palavra com raizes diferentes, mas com repercussões
específicas, pois embora tenha a sua origem no latim com o significado de espremer, não se
pode deixar de considerar os outros radicais como o anglo-saxônico que surgiu mais tarde
com uma significação diferente e que, deu corpo aos estudos dedicados ao comportamento
dos funcionários no ambiente de trabalho.
Segundo Cataldi (2002, p. 47), “o significado do termo stress pode ser entendido como
processo de tensão diante de uma situação de desafio por ameaça ou conquista”. O stress é
um estado mediador entre a saúde e a doença, onde o corpo ainda luta contra os factores que
tentam romper as suas defesas. O significado do stress não é subjectivo devido a sua
abrangência, mas pela sua forma de manifestação e interpretação nas diferentes áreas do
saber.
7
De acordo com Ferreira (1993, p. 233), “a palavra stress, do inglês, deu origem ao
termo estresse em português, que significa, conjunto de reações do organismo a agressões de
origem diversas, capazes de perturbar-lhe o equilíbrio interno”.
No século XIX, Claude Bernard, fisiologista francês, destaca a capacidade dos seres vivos
em manter a constância de bem-estar e equilíbrio do organismo a despeito das
modificações externas. (...). Nó século XX, esse foi denominado homeostase orgânica por
Walter Cannon. Tal conceito foi importante nos estudos desse período e, posteriormente,
deu suporte a Hans Selye para descrever o modelo biológico do stress.
Compreendemos que os estudos feitos por Claude Bernard, tiveram grandes impactos
no ramo da saúde que influenciou alguns especialistas da área de medicina a se preocuparem
também a compreensão do stress na vida dos seus pacientes e um desses especialistas foi o
médico Hans Sely, que muito se destacou no mundo academico com os seus contributos sobre
o modelo biologico so stress.
Já de acordo com Cataldi (2002) apud Amaral, Souza, Brandão, Tiola e Ferreira (2013,
S/p) a palavra stress foi usada na área da saúde por volta de 1926 por Hans Sely, ao fazer
menção a síndrome de adaptação geral:
Por observar que as pessoas estavam sofrendo de doenças físicas e reclamavam de certos
sintomas que estavam se tornando comuns, tais como fadiga e desânimo. O termo stress
explica o conjunto de reações que um organismo pode desenvolver ao se deparar com
situações que exijam um esforço maior de adaptação. O equilíbrio do organismo pode ser
quebrado por qualquer tipo de tensão, quer seja por ameaça ou conquista.
Com base no exposto, o stress pode ser interpretado como uma resposta do organismo
face a uma determinada situação, quer seja, ruim ou não. As reacções podem ser psicológicas
ou fisiológicas. Portanto, tudo depende da forma como o indivíduo lida com a situação
previlicadora do stress.
8
Neste caso, repensando sobre as abordagens históricas e evolutivas do stress, faz-se
necessário buscar agora os diferentes conceitos sobre o que pode ser o stress na vida dos
individuos. Para isso, faremos uma breve restrospectiva dos anos passados para
conceituarmos o stress como um factor biopsicossocial.
O conceito de stress passou a ter relação com o conceito de força, esforço e tensão no
século XVIII e XIX. Nesse período, destaca-se a ocorrência da Revolução Industrial,
caracterizada pelo notável desenvolvimento econômico e deslocamento dos indivíduos do
meio rural para o urbano a fim de trabalhar nas fábricas, o que levou a modificações
radicais nas condições de vida da sociedade.
Compreende-se que, desde o início da utilização desse radical (stress), muitos lapsos
foram cometidos com a sua aplicação de forma não muito aceitavel. Assim sendo, optou-se
por definir o stress, em um primeiro momento, com um conceito do que não se considera
stress.
De acordo com Nascimento (2019, p. 56), “os estudos sobre o estresse ocupacional
começaram a surgir na década de 1970, notadamente as pesquisas sobre a influência do
ambiente no stress laboral, do pesquisador Robert Karasek”.
9
Foi através do estudo ou pesquisa desse autor que o assunto sobre o stress ocupacional
começou a ganhar destaque na compreensão do comportamento dos funcionários no ambiente
de trabalho, assim, tornou-se também recorrente nos aspectos sobre a saúde do colaborador,
principalmente pela repercussão negativa na sua saúde e no bem-estar na organização.
Segundo Barros (2013, p. 162), os estudos sobre o stress ocupacional são decorrentes
das “relações complexas entre condições de trabalho, condições externas ao trabalho e
características do trabalhador, nas quais a demanda de trabalho excede as habilidades do
trabalhador para enfrentá-las”.
Para Marques e Abreu (2009, p. 142), “primeiro, o stress não se resume ao sentimento
de irritabilidade e cansaço; e segundo, a avaliação de uma situação como sendo estressante
perpassa pela subjetividade”.
Couto (1987) apud Pereira e Zille (2010, p. 419), apresenta a diferença entre dois tipos
de stress, o agudo e o crónico. O mesmo afirma que: “quando perdura por um período maior
– três ou mais semanas – o stress é caracterizado como crônico, podendo causar um efeito
deletério maior sobre a saúde do indivíduo. Por outro lado, quando se apresenta de forma
mais breve, caracteriza-se como stress agudo”.
Diante das observações feitas, pode-se dizer que o stress tem duas maneiras distintas: o
stress crônico, que é caracterizado pelo tempo de reação no comportamento dos funcionários,
podendo perdurar entre três ou mais semana depois deste aparece o stress agudo que se
caracteriza pelo curto tempo de reação no comportamento dos funcionáriuos no ambiente
organizacional.
Segundo Selye (1936) apud Silva (2013, p. 19), “o stress é um processo vital e
fundamental onde pode ser dividido em dois tipos, ou seja, quando passamos por mudanças
boas, temos o stress positivo e quando atravessamos alguma fase negativa, estamos
vivenciando o stress negativo”.
11
Constatamos que o stress ocupacional pode ainda ser considerado positivo quando gera
uma mudança positiva no comportamento dos funcionários em relação às suas actividades no
trabalho e pode também ser negativo quando gera uma adrenalina negativa em relação às
actividades do trabalho.
Selye (1965) apud Santos e Wagner (2007, p. 2), “evidencia a existência de um stress
capaz de evocar respostas positivas, relativas a bem-estar psicofísico, ao qual denominou de
eutresse (do grego eu, bem)”.
Silva e Salles (2016, p. 237), consideram que o stress positivo, também designado
eustresse “motiva e estimula a pessoa a lidar com determinada situação, mantendo a
12
percepção mais aguçada, concentrada e maior envolvimento no objectivo proposto em busca
da superação de si próprio, podendo então auxiliá-lo em seu crescimento”.
Infere-se que o stress, na forma positiva, não é somente salutavél para a saúde do
funcionário, mas para organização também pelo facto desta desenvolver-se significativamente
o melhor desempenho dos seus funcionários num estado emocionalmente saudável.
13
Segundo Cabral (2004, p. 13), stress negativo são as respostas negativas “resultantes da
percepção do agente estressor pelo indivíduo como uma ameaça. Elas são desagradáveis e
prejudiciais ao homem, correspondendo a uma condição patológica denominada também por
Seyle de distress”.
De acordo com Prado (2016, p. 287), o stress produz reações de defesa e adaptação
diante do agente estressor, as quais são classifcadas em fase de alarme, resistência e exaustão:
A fase de alarme inicia-se com os estímulos estressores que provocam resposta rápida do
organismo (luta e fuga). Na fase de resistência, o indivíduo tenta se adaptar à nova
situação com o propósito de restabelecer o equilíbrio interno, pois o organismo apresenta
um desgaste maior, difculdades de memória e está mais vulnerável a doenças. A fase de
exaustão consiste em uma extinção da resistência em decorrência de falhas nos
mecanismos de adaptação. É considerada a condição mais crítica relacionada ao stress.
Para Lipp (2003) apud Lima (2018, p. 32), além das três fases que Seyle usou para
definir o estresse, durante o aprofundamento dos seus estudos identificou outra fase do
estresse que a denominanou como: “a fase de quase-exaustão, nessa fase está entre a
resistência e a exaustão, onde o indivíduo está se adaptando ou resistindo ao agente
14
estressante, onde as doenças já são detectadas, porém não são graves como na fase de
exaustão.”
Esta é a fase do stress ocupacional desenvolvida por Lipp, que se encontram num nível
intermédio entre a exustão e a quase-exaustão, caracterizando-se como uma forma dos
funcionários resistirem ou desistirem aos factores stressores após a sua identificação.
Com base no exposto, o stress ocupacional tem a sua raíz ou causa nos factores
situacionais relacionados a própria organização, ou seja, as situações que os funcionários
vivenciam no contexto organizacional e entre os factores indicados situam-se a inibição social
do funcionário no seu grupo de actividade, as políticas directivas incompatíveis com as
necessidades dos funcionários e falta de supervisão das actividades realizadas no trabalho.
Segundo Ballone (2002, p. 147), “o estresse no trabalho pode ser provocado por
fatores como sobrecarga, falta de estímulo, ruídos, alterações do sono, falta de perspectivas,
mudanças constantes determinadas pela empresa”.
15
Ladeira (1996, p. 125) diz que, em todo trabalho, existe a presença de factores
desencadeadores do stress ocupacional e os enquadra nas seguintes categorias:
Este autor leva-nos a confirmar que não são poucos os factores responsavéis pela
excitação do stress ocupacional nos funcionários, mas sim vários e que estão
consequentemente ligados a distribuição de tarefas, tempo de trabalho diário exigido aos
funcionários, a falta de promoção de carreira apesar de longos anos de trabalho no mesmo
cargo e a situação vivenciada em casa com família que muitas vezes, os funcionários acabam
arrastando para o trabalho.
Albert e Ururahy (1997, p. 41) apontam “os conflitos entre as pessoas como a principal
causa de origem do stress nas organizações. Mal solucionados, os conflitos acumulam-se,
muitos já resultantes de pequenas desavenças do dia-a-dia”.
Os conflitos não resolvidos entre colegas no local de trabalho é também apontado como
um agente potenciador do stress ocupacional, pois as repercussões dos conflitos leva cada
funcionário envolvido a desencadear um comportamento que o retrai emocionalmente,
fazendo trabalhar de forma desorientado e instavel psicologicamente.
De acordo com Carvalho e Serafim (2002, p. 31), “é sabido também que os conflitos
diários no trabalho podem levar os profissionais da saúde ao stress, pois o principal motivo
desse estado pode estar na própria pessoa, dependendo basicamente, da formação da
estrutura da sua personalidade”.
16
Pode-se dizer ainda que qualquer actividade laboral é uma fonte de stress porque, tal
como afirmaram os dois autores, o stress está presente no dia-a-dia de todos os funcionários,
quer seja, positivo ou negativo, tudo depende da personalidade e da capcidade de saber lidar
com a situação que a gerou.
Falar das condições fisicas do trabalho como uma fonte propulsora do stress
ocupacional é como se estivemos trazer atona todas os factores que fazem parte do ambiente
laboral, ou seja, todos os factores circundam os funcionários nas actividades laborais, como: o
calor, o barulho, o tocar de um telefone, a privacidade ou o próprio espaço onde se presta a
actividade. Estes factores estão intrinsecamente relacionados com o desencadear do stress
ocupacional, afectando negativamente o desempenho dos funcionários no trabalho.
Segundo Lida (2001, p. 305), o stress ocupacional pode causado por “condições físicas
desfavoráveis, como o excesso de calor, ruídos exagerados, ventilação deficiente, luzes
inadequadas, gases tóxicos e o uso de cores irritantes”.
Para Chiavenato (1999, p. 337), “os ambientes de trabalho que apresentam barulho de
máquinas funcionando, telefones tocando e pessoas conversando também trazem
desconfortos como irritação e perda de concentração que podem conduzir ao stress”.
Para Barbosa (2015, p. 28), “o stress é a reação emocional, física e cognitiva que um
indivíduo tem, para com uma situação que lhe exige demais dele próprio. É causado pela
existência de conflitos, por estilos de gestão do tipo ditador ou pelo ambiente físico”.
Chiavenato (1999, p. 377) menciona que esse stress que muitas pessoas passam no
trabalho é resultante de vários factores, tais como:
18
Os sintomas do stress ocupacional são apresentados de diferentes maneiras pelos
estudiosos do assunto. Segundo Ballone (2002, p. 48), “podem dividir-se em físico e mental.
O primeiro refere-se a dores de cabeça, palpitações, entre outros. O segundo relacionase às
dificuldades de concentração, agressividade, irritação, passividade, medo, depressão, entre
outros”.
Robbins (2002) apud Sousa, et al; (2009, pp. 63-4), divide os sintomas do stress
ocupacional em três categorias: fisiológica, comportamental e psicológica:
De acordo com Lipp (2007, p. 23), os sintomas do stress no desempenho laboral são
manifestos de acordo com as características das próprias fases assim como: “alguns sintomas
de stress são fáceis de serem identificados, como mão suadas, respiração rápida, batimento
do coração, acidez do estômago, falta de apetite ou dor de cabeça. Outros são subtis e a
pessoa às vezes nem se apercebe deles”.
Os stress no local de trabalho são manifestado com base numa hierarquia de níveis ou
fases e cada uma desses fases tem a sua forma de reação que quando não são controladas ou
administrada da melhor forma possível dão espaço ao inicio da reação da outra fase do stress
19
e assim segue-se sequencialmente, até tornar-se prejudicial a saúde dos funcionários e essa
mudança de fase está muito relacionado com o tipo de trabalho que se presta e com forma
como os funcionários lidam as suas tarefas na organização.
De acordo com Miranda (2003, p. 7), “stress é descrito como o sal da vida, é
necessário acertar a mão na quantidade. Vida sem stress é como comida sem sal: não tem
sabor e nem dá prazer”.
O stress ocupacional é visto numa perspectiva positiva, como uma forma de adrenalina
ao comportamento laboral dos funcionários no percurso das suas actividades laboriais, mas
não é nesta linha de pensamento que pretendemos abordar este assunto, pois o interesse é
nesse assunto é procurar entender os impactos negativos que o stress ocupacional tem sobre a
qualidade de vida dos profissionais do Departamento Investigação Criminal do Rangel.
Neste contexto, o stress ocupacional é tido como uma variavel que condiciona
negativamente o desempenho laboral dos funcionários, causando-lhes grandes impactos
psicossociais, como os disfuncionamentos do ritmo cardiaco, transtornos psiquicos,
comportamentos despadronizados no contexto organizacional, o envolvimento no mundo das
drogas com pensamentos suicida.
20
Para Forster, et al (2007, p. 4), os impactos negativos do stress ocupacional podem ser:
a) Fisiológicas; b) psicológicas (cognitivas e afetivas); c) de natureza comportamental no
que se refere ao trabalho, à comunidade ou à esfera pessoal, o que em longo prazo sugere
a desesperança aprendida. Os modificadores são: a) individuais: estilo de vida e recursos
pessoais e b) suporte social: natureza emocional, auto-estima, informacional.
O stress ocupacional impacta os funcionários não somente no seu contexto laboral, mas
até mesmo no seu contexto social ou familiar devido as suas diferentes formas de se repecurtir
na vida profissional e social dos funcionários e esses impactos negativos do stress
ocupacional também afectam o rendimento produtivo da organização, pois embora, o peso do
prejuizo recai com maior impacto sobre a qualidade de vida dos funcionários.
Percebe-se que o principal impacto negativo que o stress ocupacional pode trazer na
vida profissional dos funcionários está entre os desprestígios na relação que estes se
estabelecem no contexto laboral, a falta de consideração mútua entre os funcionários e
desproporcionalidade entre os níveis hierarquicos da organização, resultando sobretudo, numa
baixa da produção dos serviços que se presta na organização.
21
Reflectindo sobre a mesma linha de pensamento desse autor, as medidas de prevenção
contra o stress no local de trabalho está muito vezes relacionadas com as estratégias de
prevenção contras os factores que pôem em risco a saúde dos funcionários.
Desta forma, o que se pode constatar com esses argumentos é que os gestores
organizacionais devem saber se situar no trabalho e saber definir bem as suas
responsabilidades para de forma humana executar as atitudes ou medidas de prevenção contra
o stress no trabalho sugeridas na citação em referência.
De acordo com Piacsek (2002, p. 19), “o modelo precisa, acima de tudo, ser útil para
explicar como uma situação específica de estresse, em um contexto real, pode afetar o
comportamento e a vida organizacional”. Verifica-se que este autor, reforça a ideia
supracitada, demonstrando que os modelos a serem aplicados para o estudo comportamento
dos funcionários com relação ao stress ocupacional deve estar precisamente relacionado ao
tipo de estudo que se realiza e adequado as actividades que se presta no interior da própria
organização.
Este tipo de análise ajuda-nos na melhoria da escolha dos modelos a serem aplicados
nos estudos sobre o stress ocupacional, por isso, achamos conveniente selecionar três modelos
de estudo sobre o stress no trabalho: (1) o modelo de controlo/ exigências de Robert Karasek
e Tores Theorell; (2) o modelo de avaliação cognitiva de Lazarus e Folkman e no entanto, (3)
o modelo compreensivo de Beehr.
Este modelo traz uma explicação mais holistica sobre os varios factores causadores do
stress ocupacional a partir da interação entre as exigências (físicas e psicologicas) do trabalho
e as capacidades individuais para cada funcionários se controlar diante de uma situação de
stress.
23
Segundo Igreja (2012, p. 31), o modelo de Karasek afirma que “o stress no trabalho
funciona como um desequilíbrio entre as suas exigências e o poder de decisão ou controlo
dos indivíduos. As consequências individuais e organizacionais negativas do stress resultam
de um reduzido poder de decisão dos indivíduos face às exigências profissionais que
enfrentam”.
Com base nesse modelo, o stress ocupacional, ou seja, stress no trabalho é caracterizado
como o resultado de um desconexo entre oque o trabalho exige do funcionário e a capacidade
cognitiva que o mesmo possui para responder à essa exigência requerida pelo trabalho.
Na mesma linha de pensamento, encontramos os autores, Almeida, et al (2016, p. 441),
que também trazem uma visão sobre as consequências do excesso de exigências no trabalho,
afirmando que:
Percebe-se que há um conexo entre a citação anterior com a actual, pois verifica-se que
um trabalho que envolve todos os elementos de uma equipa específica de actuação na área e
com um nível de exigências consideravelmente aceitavel pela equipa, resulta numa produção
positiva, mas quando as exigências excedem o ritmo de trabalho da equipa, resulta em
consequências negativas e com uma baixa na produtividade da organização.
Schmidt (2013, p. 780) afirma que o modelo de Robert Karasek e Tores Theorell é
baseado em duas dimensões ou factores que abrangem aspectos específicos do processo de
trabalho, Demanda e Controle:
O controlo pode ser definido como a amplitude de decisão que o trabalhador possui em
relação a dois aspectos: o uso de habilidades e a autoridade decisória ou autonomia para
tomada de decisões sobre seu próprio trabalho. A demanda psicológica se refere às
exigências psicológicas que o trabalhador enfrenta na realização das suas tarefas,
envolvendo pressão de tempo, nível de concentração requerida, interrupção das tarefas e
necessidade de se esperar pelas atividades realizadas por outros trabalhadores
24
trabalho leva os funcionários a lidarem com as exigências psicologicas que lhes são impostos
pela execução das suas actividades no trabalho.
Para Almeida, et al, (2016, p. 443), neste modelo, existe uma estreita relação entre o
indivíduo e o meio, pelo que “a resposta de stress tem origem quando um determinado evento
é avaliado como ameaçador ou quando a pessoa se autoavalia como não tendo os recursos
suficientes para o enfrentar. Assim, a avaliação é um aspeto central na interpretação de um
dado evento como stressante”.
Leventi (2011, p. 20) diz que “Lazarus abordou o stress não como um estímulo ou uma
resposta, mas sim como uma relação entre a pessoa e o ambiente, salientando a importância
das avaliações cognitivas enquanto componente fundamental na determinação das reações
do indivíduo quando em contato com um estressor”.
Lazarus e Folkman (1984) apud Almeida, et al, (2016, p. 443) conceptualizam dois
tipos de avaliação:
25
Avaliação primária, que se refere à primeira interpretação do sujeito face ao evento
experienciado e a avaliação secundária, que surge quando o evento ou situação foi
avaliada de modo negativo, remetendo para a análise dos recursos ou capacidades do
sujeito para afrontar (capacidade de coping) essa situação.
Segundo Leventi (2011, p. 23), Lazarus e Folkman apresentam nas suas abordagens
sobre avaliação cognitiva, a ilustração das duas categorias funcionais do coping: coping
focalizado na emoção, e coping focalizado no problema:
Segundo Almeida, et al, (2016, p. 444), para este modelo “o stress no local de trabalho
compreende um conjunto de fatores (o meio laboral social e físico, a natureza do trabalho, as
26
características situacionais e individuais e a duração dos stressores) que interagem entre si
na origem de uma resposta de stress”.
Este modelo, apresenta uma matriz quase semelhante ao modelo de avaliação cognitiva
ao propor as três estratégias de enfrentamento do stress no contexto laboral de forma muito
abrangente, situando a capacidade individual dos funcionários no enfrentamento das situações
de stress no trabalho e as medidas labaorais ou os recursos laborais capazes de facilitar os
funcionários enfrentarem as situações stressoras do trabalho ou reduzirem ao máximo as
situações de tensão causadas pelo stress no trabalho.
De acordo com Hart e Cooper (2001), apud Almeida, et al, (2016, p. 444), a tensão
originada pelo stress, poderá aparecer no indivíduo em três formas complementares:
Pode-se dizer que, esses factores que se encontram ligados entre si e ao trabalho, como
se constata na citação, proporcionam uma variabilidade significativa de respostas de stress
que exercem uma certa influência sobre a saúde física, emocional, no rendimento ao nível de
produtividade e consequentemente no bem-estar organizacional como para a qualidade de
vida dos próprios funcionários.
27
CAPÍTULO II. OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO
28
2.1. MODO DE INVESTIGAÇÃO
Para realização do presente trabalho, utilizamos como modo de investigação, a pesquisa
descritiva que segundo Freixo (2011, p. 106), “este método assenta em estratégias de
pesquisa para observar e descrever comportamentos, incluindo a identificação de factores
que possam estar relacionados com um fenómeno em particular”.
Idade
Género
Estado civil
Nível de escolaridade.
29
2.2.3. Variáveis Independentes
30
CAPÍTULO III. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DOS
RESULTADOS
31
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
32
Quadro nº 2. Distribuição da amostra segundo a idade dos funcionários
Idade Frequência percentagem
Menos de 30 anos 2 7%
30 – 35 anos 8 27%
36 – 40 anos 10 33%
41 – 45 anos 4 13%
Mais de 45 anos 6 20%
Total 30 100%
33
Quadro nº 3. Distribuição da amostra segundo o estado civil dos funcionários.
Estado civil Frequência percentagem
Casado (a) 15 50%
União de facto 6 20%
Solteiro (a) 4 13%
Separado (a) 5 17%
Total 30 100%
De acordo com os dados do quadro e do seu gráfico, 50% dos funcionários são casados,
20% dos funcionários vivem em união de facto, 17% dos funcionários que participaram do
presente estudo vivem separados dos seus conjuges e somente 13% dos funcionários são
solteiros.
34
Quadro nº 4. Distribuição da amostra segundo o nível académico dos funcionários.
nível académico Frequência percentagem
Ensino primário 0 0%
Ensino médio 18 60%
Licenciado 12 40%
Mestrado 0 0%
Total 30 100%
No que diz respeito ao nível académico dos funcionários que participaram do presento
estudo, 60% têm o ensino médio e 40% dos funcionários são licenciados.
35
Quadro nº 5. Distribuição da amostra segundo o tempo de serviço dos funcionários.
Tempo de serviço Frequência percentagem
0 – 3 anos 5 17%
4 – 7 anos 8 27%
8 – 11 anos 7 23%
Mas de 11 anos 10 33%
Total 30 100%
36
Quadro nº 6. Sente-se estressado com o trabalho que realiza?
Sente-se estressado com o trabalho que realiza? Frequência percentagem
Sim 18 60%
Não 2 7%
As vezes 10 33%
Total 30 100%
37
Quadro nº 7. Quais são os factores que lhe causam stress no trabalho?
Quais são os factores que lhe causam stress
no trabalho? Frequência percentagem
Sobrecarga de ordem ou informação 9 30%
As condições físicas do trabalho 3 10%
Remuneração incompatível com as funções 5 17%
Autoritarismo do chefe 7 23%
Conflitos entre colegas no trabalho 6 20%
Total 30 100%
Os dados do quadro e do seu gráfico acima demonstram que 30% dos funcionários do
Departamento de Investigação Criminal do Rangel que participaram do presente estudo
responderam a sobrecarga de ordem ou informação, 23% dos funcionários responderam a
autoritarismo do chefe, 20% dos funcionários responderam o conflito entre colegas no
trabalho, 17% dos inquiridos responderam a remuneração incompatível com as funções e
apenas 10% dos funcionários que participaram do presente estudo disseram as condições
físicas do trabalho.
38
Quadro nº 8. Quais são os indicadores mais frequentes do stress ocupacional no seio dos
funcionários?
Quais são os indicadores mais frequentes do stress
Frequência percentagem
ocupacional no seio dos funcionários?
Atitudes não cooperadoras 12 40%
Incumprimento das actividades laborais 8 27%
Sentimento de incapacidade 4 13%
Irritabilidade constante 6 20%
Total 30 100%
Gráfico nº 8. Quais são os indicadores mais frequentes do stress ocupacional no seio dos
funcionários?
39
Quadro nº 9. Qual é o impacto do stress ocupacional no seu desempenho profissional?
Qual é o impacto do stress ocupacional no teu
desempenho profissional? Frequência percentagem
Falta de concentração 10 33%
Queda de desempenho laboral 8 27%
Dores de cabeça constante 7 23%
Irritabilidade e medo 5 17%
Total 30 100%
40
Quadro nº 10. Você já se comportou de forma agressiva com os seus colegas por conta do
stress no trabalho?
Você já se comportou de forma agressiva com os teus
colegas por conta do stress no trabalho? Frequência percentagem
Sim 26 87%
Não 4 13%
Total 30 100%
Gráfico nº 10. Você já se comportou de forma agressiva com os seus colegas por conta do
stress no trabalho?
41
Quadro nº 11. Você já se sentiu emocionalmente instavel por conta do stress no trabalho?
Você já se sentiu emocionalmente instavel por conta stress
no trabalho? Frequência percentagem
Sim 30 100%
Não 0 0%
Total 30 100%
Gráfico nº 11. Você já se sentiu emocionalmente instavel por conta do stress no trabalho?
42
Quadro nº 12. O que a direcção do Departamento de Investigação Criminal faz para prevenir o
stress aos seus funcionários?
O que a direcção do Departamento de Investigação Criminal
faz para prevenir o stress aos seus funcionários? Frequência percentagem
Sabe ouvir e resolver os problemas dos funcionários 6 20%
Estabelece um clima de trabalho favorável 1 3%
Promove aconselhamento aos funcionários 3 10%
A direcção não faz nada 12 40%
Respeita o horário de trabalho 8 27%
Total 30 100%
Gráfico nº 12. O que a direcção do Departamento de Investigação Criminal faz para prevenir
o stress aos seus funcionários?
44
Quadro nº 14. No meu trabalho, o stress representa cansaço
No meu trabalho o stress representa cansaço Frequência percentagem
Concordo 10 33%
Concordo totalmente 15 50%
Discordo 3 10%
Discordo totalmente 2 7%
Indiferente 0 0%
Total 30 100%
45
Quadro nº 15. No meu trabalho, o stress representa desânimo
No meu trabalho o stress representa desânimo Frequência percentagem
Concordo 10 33%
Concordo totalmente 13 43%
Discordo 5 17%
Discordo totalmente 2 7%
Indiferente 0 0%
Total 30 100%
De acordo com os dados do quadro nº 15 e do seu gráfico, pode-se verificar que 43%
dos funcionários responderam concordo totalmente, 33% dos funcionários disseram concordo,
17% dos funcionários inquiridos responderam discordo e apenas 7% dos funcionários que
participaram do presente estudo disseram discordo totalmente.
46
Quadro nº 16. No meu trabalho, o stress representa insatisfação
No meu trabalho o stress representa insatisfação Frequência percentagem
Concordo 12 40%
Concordo totalmente 18 60%
Discordo 0 0%
Discordo totalmente 0 0%
Indiferente 0 0%
Total 30 100%
Os dados do quadro nº 16 e do seu gráfico, demonstram que, 60% dos funcionários que
participaram do presente estudo responderam concordo totalmente, 40% disseram concordo e
ninguém entre os nossos inquiridos responderam discordo, discordo totalmente ou indiferente.
47
Quadro nº 17. Nos últimos seis meses, o meu trabalho tem me deixado com raiva
Nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado Frequência percentagem
com raiva
Concordo 14 47%
Concordo totalmente 12 40%
Discordo 4 13%
Discordo totalmente 0 0%
Indiferente 0 0%
Total 30 100%
Gráfico nº 17. Nos últimos seis meses, o meu trabalho tem me deixado com raiva
Em relação à afirmação, “nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado com
raiva”, os nossos dados demonstram que entre os 100% dos funcionários do Departamento
Investigação Criminal do Rangel, que participaram do presente estudo, 47% concordaram,
40% dos funcionários inquiridos concoradaram totalmente e somente 13% dos funcionários
discordaram.
48
Quadro nº 18. Nos últimos seis meses, o meu trabalho tem me deixado impaciente
Nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado Frequência percentagem
impaciente
Concordo 7 23%
Concordo totalmente 18 60%
Discordo 3 10%
Discordo totalmente 2 7%
Indiferente 0 0%
Total 30 100%
Gráfico nº 18. Nos últimos seis meses, o meu trabalho tem me deixado impaciente
No que diz respeito à afirmação, “nos últimos seis meses o meu trabalho tem me
deixado impaciente”, os resultados demonstram que 60% dos funcionários que participaram
do presente estudo concordaram totalmente, 23% dos funcionários concordaram 10% dos
funcionários discordaram e apenas 7% dos funcionários que participaram do presente estudo
discordaram totalmente.
49
Quadro nº 19. Nos últimos seis meses, o meu trabalho tem me deixado alegre
Nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado Frequência percentagem
alegre
Concordo 5 17%
Concordo totalmente 13 43%
Discordo 7 23%
Discordo totalmente 3 10%
Indiferente 2 7%
Total 30 100%
Gráfico nº 19. Nos últimos seis meses, o meu trabalho tem me deixado alegre
De acordo com os dados do quadro nº 19 e do seu gráfico, 43% dos funcionários que
participaram do presente estudo concordaram totalmente, 23% dos funcionários discordaram,
17% dos funcionários concordaram, 10% dos funcionários discordaram totalmente e somente
7% dos funcionáruios responderam indiferente.
50
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
51
Quanto ao que a direcção do Departamento de Investigação Criminal faz para prevenir o
stress nos seus funcionários, 40% disseram não faz nada, 27% responderam respeita o horário
de trabalho, 20% dos quais responderam sabe ouvir e resolver os problemas dos funcionários,
10% dos funcionários responderam promove aconselhamento aos funcionários, por isso,
100% dos funcionários afirmaram ser ser importante a intervenção de um psicólogo para
ajudar na melhoria das condições do trabalho, isso por que, 50% dos funcionários
concordaram totalmente que o stress no seu trabalho representa cansaço, 43% desânimo, 60%
insatisfação enquanto 47% concordaram que nos últimos seis meses o trabalho tem lhes
deixado com raiva, 60% ficaram impacientes e apenas 43% dos funcionários concordaram
que ficaram alegre com o trabalho nos últimos seis meses.
52
CONCLUSÃO
Depois da análise crítica e interpretação dos resultados obtidos no nosso estudo sobre o
impacto do stress ocupacional no desempenho profissional dos funcionários do Departamento
de Investigação Criminal do Rangel, chegamos as seguintes conclusões:
Concluímos que o stress ocupacional tem a sua causa nos factores situacionais que os
funcionários vivenciam no contexto organizacional e entre os factores situam-se a inibição
social do funcionário no seu grupo de actividade, as políticas directivas incompatíveis com as
necessidades dos funcionários e falta de supervisão das actividades realizadas no trabalho.
Com base nos resultados do nosso estudo, 30% dos funcionários do Departamento de
Investigação Criminal sentem-se estressados no trabalho por causa da sobrecarga de ordem
ou informação, 23% por causa do autoritarismo do chefe. Por isso, os factores causadores do
stress estão presentes em quase todos os tipos de trabalhos ou actividades que os indivíduos
realizam no dia-a-dia, tudo depende da forma como o funcionário lida com as suas tarefas e os
diferentes estímulos proporcionados pelo ambiente onde essas tarefas são realizadas.
Conclui-se também que o stress ocupacional pode gerar um impacto desconfortável que
ocasiona a saúde profissional e bem-estar dos funcionários, porque o stress ocupacional
impacta os funcionários não somente no seu contexto laboral, mas até mesmo no seu contexto
social ou familiar, devido às suas diferentes formas de se repecurtir nos funcionários. Esses
impactos negativos também afectam o rendimento da organização, pois embora, o peso do
prejuizo recai com maior impacto sobre a qualidade de vida dos funcionários. E, dentre os
principais impactos negativos que o stress ocupacional pode trazer na vida profissional dos
funcionários está os desprestigio na relação que estes se estabelecem no contexto laboral, a
falta de consideração mutua entre os funcionários e desproporcionalidade entre os níveis
hierarquicos da organização, resultando sobretudo, numa baixa da produção dos serviços que
se presta na organização.
Por fim, concluímos que as principais medidas de prevenção contra o stress no ambiente
laboral não dependem exclusivamente da organização, mas em parte do próprio funcionário,
pois necessário que estes conheçam a realidade do seu trabalho e procurem identificar os
factores que podem levá-los ao estado de stress, devem também praticar algumas actividades
53
físicas como o desporto ou fazer ginasio, além de esperar que a organização faça tudo para o
funcionário.
Quanto à pergunta de partida do nosso estudo, podemos afirmar que foi respondida com
base nos dados da quadro nº 9 e do seu gráfico, em relação à pergunta, “Qual é o impacto do
stress ocupacional no teu desempenho profissional?” E constatamos que 33% dos
funcionários responderam a falta de concentração, 27% responderam a queda de desempenho
laboral, 23% responderam dores de cabeça constante enquanto 17% dos funcionários
responderam irritabilidade e medo.
54
RECOMENDAÇÕES
Com intuito de evitar o impacto das repercussões negativas do stress ocupacional nos
funcionários do Departamento de Investigação Criminal do Rangel, recomendamos o
seguinte:
1. Que os chefes departamentais desenvolvam mais acções voltadas para a saúde dos
efectivos, de modo que estes passem a satisfazer a organização através do seu trabalho.
55
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Acesso em: 01 de Setembro de 2021.
59
Robbins, S. P. (2005).Comportamento Organizacional. São Paulo: Editora Pearson.
60
ANEXOS
61
Campus Universitário de Viana
UNIVERSIDADE JEAN PIAGET
(Criado pelo decreto nº 44-A01 de 6 de Julho de 2001)
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Licenciando em Psicologia Sociais e das Organizações
Questionário de investigação
62
2. Quais são os factores que lhe causam stress no trabalho?
a. Sobrecarga de ordem ou informação ( )
b. Aa condições físicas do trabalho ( )
c. Remuneração incompatível com as funções ( )
d. Autoritarismo do chefe ( )
e. Conflitos entre colegas no trabalho ( )
5. Você já se comportou de forma agressiva com os teus colegas por conta do stress no
trabalho?
a) Sim ( )
b) Não ( )
63
Dentre as alternativas, classifique de acordo com a escala, o que stress representa para voçê
no quotidiano do seu ambiente de trabalho:
Concordo Concordo totalmente Discordo Discordo totalmente Indiferente
1 2 3 4 5
Pontos
9. No meu trabalho o stress representa cansaço
10. No meu trabalho o stress representa desânimo
11. No meu trabalho o stress representa isatisfação
Nos últimos seis meses o meu trabalho tem me deixado: Pontos
12. Com raiva
13. Impaciente
14. Alegre
64
Escala de stress ocupacional
Beehr (1985)
65
ORGANIGRAMA DO DEPARTAMENTO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL DO DISTRITO
URBANO DO RANGEL
Chefe do Departamento
Chefe das Linhas
Chefe de Informação
Operativas
Chefe Administrativo
Brigada A
Brigada da Vila Alice
AFIS
Brigada B
Brigada da Terra Nova
LCC
Brigada C
Delitos Económicos
Brigada Acidentes
Precol
CT
Brigada Acidentes
T
65
APÊNDICE
66