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Contabilidade

A Contabilidade, enquanto prática e ciência, vem sendo aprimorada desde então.Inicialmente,


a teoria contábil se desenvolveu por meio de uma base normativa. Os Estados Unidos são
figura fundamental nesse momento pilar da contabilidade, pois é nesse país que, ao longo dos
anos, diversos órgãos e instituições da contabilidade são criados para normatização e
formalização das normas e profissão contábil. Esses organismos, também formados por
pesquisadores, em muito contribuem para a sustentação dos objectivos da contabilidade e de
sua teoria, através da formulação de fundamentos, postulados, princípios e características da
ciência contábil.
A base teórica da Contabilidade é definida, portanto, como um conjunto coerente de
princípios conceituais e pragmáticos que formam uma base de referência para a investigação
da natureza da contabilidade. Hendriksen e Breda (1999) sustentam que a teoria da
Contabilidade pode ser vista por diversos enfoques como o fiscal, legal, econômico, etc., e,
assim como as diversas outras áreas científicas, possui diferentes abordagens ao longo dos
anos. Este desenvolvimento básico da teoria contábil oferece referencial conceitual para a
avaliação das práticas contábeis e desenvolvimento de novos procedimentos.

Princípios da contabilidade
Princípio da entidade
O Princípio da entidade reconhece o Património como objecto da Contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Património particular no
universo dos patrimónios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade com ou
sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o património não se confunde com
aquele dos seus sócios ou proprietários no caso de sociedade ou instituição.

O património pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação


contábil de patrimónios autónomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de
natureza econômico-contábil.
Princípio da Entidade reconhece o Património como objecto da Contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Património particular no
universo dos patrimónios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o Património não se confunde com aqueles dos seus sócios
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
O objecto da Contabilidade ou assunto do qual ela trata é o património. É preciso, porém,
delimitar-se o património que será objecto da orientação, do controle e do registro contábeis.
Em se tratando de sociedade, é necessário reconhecer diferenças entre o património dos
sócios e o da pessoa jurídica, pois esta e aqueles são sujeitos de direitos e obrigações legais
diferentes. Uma acção trabalhista, por exemplo, deve ser proposta pelo empregado contra a
pessoa jurídica empregadora, e não contra seus sócios, ainda que eles, por disposição
contratual, pratiquem actos em nome da pessoa jurídica.
No caso da pessoa física que desenvolve actividades comerciais, industriais, de produção
rural etc., há necessidade da segregação dos bens, direitos e obrigações afectados por essas
actividades. A pessoa física que utiliza parte de sua residência na exploração de actividade
comercial, a rigor, deve manter registros contábeis separados para o controle dos bens,
direitos e obrigações vinculados à actividade empresarial.
Por determinação do Código Civil, o titular de um património é, necessariamente, pessoa,
física ou jurídica, uma vez que só quem tem personalidade pode ser titular de direitos e
obrigações jurídicas. Isso explica o fato de o património pertencer à entidade, mas a entidade
não pertencer ao património. A entidade é o sujeito dos direitos e obrigações que constituem
o património.
A soma ou agregação contábil de patrimónios autónomos não resulta em nova entidade.
Da consolidação das demonstrações da controladora e de suas controladas, por exemplo, não
surge uma nova entidade, mas apenas uma unidade de natureza económico- contábil. A
unidade decorre do fato de as entidades envolvidas pertencerem a uma mesma pessoa (a
sociedade controladora), apesar de serem pessoas distintas do ponto de vista legal, cada uma
com seus direitos e obrigações.

Princípio da continuidade
A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável devem ser
consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e
qualitativas.
A continuidade influência o valor económico dos activos e, em muitos casos, o valor ou o seu
vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade tem prazo
determinado, previsto ou previsível.
A observância do Princípio da continuidade é indispensável à correta aplicação do Princípio
da competência, por efeito de se relacionar directamente à quantificação dos componentes
patrimoniais e a formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a
capacidade futura de geração de resultado.

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e,


portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do património levam em conta esta
circunstância.
Salvo disposição legal, contratual ou evidências em contrário, presume-se que a vida da
entidade é contínua e que ela deverá desempenhar suas actividades por um período
indeterminado. Pode ocorrer de o contrato ou a lei, em caso excepcional, determinarem o
prazo de duração da entidade, ou de as evidências nos levarem à conclusão de que ela não
continuará a desenvolver suas operações por muito tempo. É o caso de uma entidade com
falência decretada ou em fase de liquidação (situação anterior à extinção da sociedade, em
que se promove a realização do activo e o pagamento do passivo exigível – o acervo líquido,
se houver, será dividido entre os accionistas).
Os activos de uma entidade normalmente sofrem efeitos negativos em função da
descontinuidade das suas operações. Para ilustrar, se uma companhia entra em liquidação,
como regra, o valor apurado por seus activos é significativamente menor que o valor normal
de realização dos bens, em virtude das circunstâncias em que estão sendo vendidos.
O passivo também pode ser afectado. Na liquidação, por exemplo, não há distinção entre
dívidas vencidas e vincendas, excepto pelo desconto aplicável ao valor destas.
Se uma entidade trabalha com a presunção de descontinuidade de suas operações, não há
sentido na aplicação do princípio da competência no registro das suas transacções. O
diferimento de uma receita por vários exercícios, por exemplo, não pode ser aplicado a uma
entidade que terá suas actividades encerradas no curto prazo. O mais adequado, nesse caso,
será a adopção do regime de caixa e a avaliação pelo valor presente.

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