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Conceito de fisiologia vegetal

De maneira simplista, a fisiologia vegetal é o ramo da botânica que trata dos fenómenos
vitais que ocorrem nas plantas, ou seja, como funcionam os vegetais. Mais especificamente, ela
estuda os processos e funções do vegetal, bem como as respostas das plantas às variações do
meio ambiente (solo, clima e outras espécies vegetais e animais). Entende-se por processo
qualquer sequência natural e contínua de acontecimentos que possa ser observada nas plantas.

Dentre eles pode-se citar: fotossíntese, respiração, absorção e condução de água e de


nutrientes, translocação de fotoassimilados, germinação, floração, etc. Considera-se função como
sendo a atividade natural de uma parte qualquer do vegetal, ou seja, o papel desempenhado por
um órgão, tecido, célula, organela ou constituinte químico da planta. Por exemplo, a atividade
fundamental dos cloroplastos é a fotossíntese e a das mitocôndrias é a respiração, já os estômatos
desempenham papel importante no controle da difusão, para dentro ou para fora, de vapor de
água, de CO2 e de O2. Estas organelas e células estão localizadas nas folhas, que são órgãos
onde ocorrem a fotossíntese, respiração e transpiração. (RAVEN, P. H., EVERT, R. F. &
EICHHORN, 1950)

Objecto de estudo
A Fisiologia vegetal estuda os Fenómenos vitais que ocorrem nas plantas, ou seja, como
funcionam os vegetais.

Ramos
Esta disciplina debruça-se sobre o estudo de vários processos e temas fundamentais tais como:
 Fotossíntese
 Respiração celular
 Nutrição vegetal
 Hormônio vegetal
 Tropismos
 Nastismos
 Fotoperiodismo
 Fotomorfogénese
 Ritmos circadianos
 Fisiologia do stress
 Germinação de sementes
 Dormência
 Função dos estomas e transpiração (relações hídricas)
Fonte: (MAESTRI, M. ET AL. (1995)

Energia emitida pelo sol


Para entender melhor o processo da fotossíntese, é necessário conhecer um pouco sobre a energia
solar. O Sol emite energia na forma de radiação electromagnética (quadro destaque), da qual
apenas 40% chegam à superfície terrestre, sendo o restante refletido ou absorvido pelo oxigénio,
ozónio, gás carbónico, água e poeira presentes acima da camada atmosférica terrestre (Figura 1):

Figura 1 – Espectro solar. A curva acima representa a irradiância por unidade de comprimento de onda. FONTE:
Ciência Hoje.

A radiação eletromagnética solar consiste de raios cósmicos em um extremo e


ondas de rádio no outro extremo, entretanto, os orga-nismos fotossintetizantes utilizam
apenas uma pequena faixa de toda a radiação eletromagnética emitida pelo Sol, chamada
de radia ção visível ou luz (Figura 2). A luz é transmitida por ondas, na forma de pacotes
discretos de energia chamados fótons. A energia contida em cada fóton varia dependendo
do comprimento de onda e da velocidade da luz. Dessa forma, luz com comprimentos de
onda menores tem maior energia que luz com comprimentos de onda maiores (a luz azul
de 450 nm de comprimento de onda tem maior energia que a luz vermelha de 650 nm de
comprimento de onda).

Figura 2 – Espectro de radiação eletromagnética emitida pelo Sol.

MAESTRI, M. ET AL. (1995) Fisiologia Vegetal - Exercícios Práticos. Caderno Didático n. 20.
Editora UFV.
RAVEN, P. H., EVERT, R. F. & EICHHORN, S. E. Biology of Plants. 5th ed., Worth
Publishers, Inc., New York, USA, 791p. AUTORES DIVERSOS: Annual Review of Plant
Physiology. Publicação anual que teve seu primeiro volume publicado em 1950 e em 1988 (vol.
39) passou a denominar-se de Annual Review of Plant Physiology and Plant Molecular Biology.
Ann. Ver., Inc. (ed.), Palo Alto, California, USA.

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