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Ciências Biológicas
DISCIPLINA: Ecologia Geral
Prof. Dr. Jairo Lizandro Schmitt
1) TEMPERATURA
2) Luz
A luz é a fonte primária de energia para o ecossistema. As plantas verdes absorvem luz e
assimilam sua energia pela fotossíntese. Mas as plantas não podem usar toda a luz incidente na
superfície da Terra. Os arco-íris e os prismas mostram que a luz consiste em um espectro de
comprimentos de onda que nós percebemos como cores diferentes. Comprimentos de onda de luz
são geralmente expressos em micrômetros, um (um milionésimo de metro, 10-6m), ou
nanômetros, nm (um bilionésimo de metro, 10-9 m). O espectro visível se estende entre os
comprimentos de onda de cerca de 400 nm (violeta) e 700 nm (vermelho). A luz de comprimento
de onda menor do que 400 nm forma a parte ultravioleta do espectro; nós nos referimos à luz de
comprimento de onda mais longo do que 700 nm como infravermelho; luz azul de comprimento
de onda mais curto tem um nível de energia mais alto do que luz vermelha de comprimento de
onda mais longo.
A luz do sol que atinge a parte superior da atmosfera terrestre estende-se muito além do
intervalo visível: através do ultravioleta em direção às ondas curtas, raios x de alta energia em
uma ponta do espectro, e através da região infravermelha para as ondas extremamente longas,
radiação de baixa energia na outra ponta do espectro. Devido ao seu alto nível de energia, a luz
ultravioleta pode danificar células expostas e tecidos. À medida que a luz passa através da
atmosfera, contudo, a maior parte do seu conteúdo ultravioleta é absorvido, principalmente por
uma forma molecular de oxigênio conhecida como ozônio (O3) que ocorre na alta atmosfera. A
atmosfera assim protege a vida na superfície da Terra da maior parte dos comprimentos de onda
danosos da luz. Certos poluentes na atmosfera, particularmente os clorofluorcarbonos (CFCs)
usados como refrigerantes e como propelentes de latas de aerossóis, removem quimicamente o
ozônio da atmosfera superior. Esta degradação tem progredido até o momento sobre algumas
partes da Terra à medida que aumentam os níveis de radiação ultravioleta perigosa que atinge a
superfície.
A visão e a conversão fotoquímica de energia luminosa em energia química pelas plantas
ocorrem principalmente dentro da porção do espectro solar na superfície terrestre que contém a
maior quantidade de energia. A absorção de energia radiante depende da natureza da substância
absorvente. A água só absorve fracamente a luz cujos comprimentos de onda característicos caem
na região visível do espectro de energia; como resultado, um copo de água aparece sem cor.
Tintas e pigmentos absorvem fortemente alguns comprimentos de onda na região visível,
enquanto refletem ou transmitem luzes de cores definidas que se tornam características
identificadoras. As folhas das plantas contêm diversos tipos de pigmentos, particularmente a
clorofila (verde) e os carotenóides (amarelo), que absorvem luz e aproveitam sua energia. Os
carotenóides, que dão as cenouras a sua cor laranja, absorvem principalmente azul e verde e
refletem a luz nas regiões do amarelo e laranja do espectro. A clorofila absorve a luz vermelha e
violeta enquanto reflete o verde e o azul.
Intensidade da luz
3) ÁGUA
Por causa do ritmo diário da umidade da natureza (alta à noite, baixa durante o dia), além
das diferenças verticais e horizontais, a umidade, juntamente com a temperatura e a
luminosidade, ajuda a regular as atividades dos organismos e a limitar a sua distribuição.
O potencial de evaporação do ar é de importância ecológica, sobretudo para as plantas
terrestres, sendo medido normalmente por evaporímetros, que medem a evaporação da superfície
de um bulbo poroso preenchido com água. Os animais podem muitas vezes regular as suas
atividades para evitar a desidratação, locomovendo-se a lugares protegidos ou sendo ativos à
noite; as plantas, porém, não podem locomover-se. Entre 97 e 99% da água absorvida pelas
plantas do solo perde-se por evaporação das folhas. Esta evaporação, denominada transpiração,
é uma característica única da energética de ecossistemas terrestres. A água e os nutrientes não
sendo limitantes, o crescimento de plantas terrestres é bem proporcional ao fornecimento total de
energia na superfície terrestre. Como a maior parte da energia é constituída por calor, e como a
fração que fornece calor latente para a transpiração é quase uma constante, o crescimento também
é proporcional à transpiração.
A transpiração tem aspectos positivos também. A evaporação esfria as folhas e é um dos
vários processos que ajudam na ciclagem de nutrientes.
Evidentemente, o suprimento disponível de água superficial está relacionado com a
precipitação da área, mas muitas vezes existem grandes discrepâncias. Devido a fontes
subterrâneas e suprimentos de regiões próximas, os animais e plantas podem ter acesso a mais
água do que aquela que cai como chuva. Da mesma forma, a disponibilidade da água da chuva
para os organismos pode acabar rapidamente. Wells (1928) descreveu as colinas de areia da
Carolina do Norte como “desertos na chuva”, porque as chuvas abundantes da região percolam
tão rapidamente pelo solo poroso que as plantas, principalmente as herbáceas, encontram muito
pouca água disponível na camada superficial. As plantas e pequenos animais de tais áreas
assemelham-se muito mais aos de regiões mais secas. Outros solos das planícies ocidentais dos
Estados Unidos retêm a água tão tenazmente que é possível o cultivo de plantas sem uma única
gota de chuva durante a estação de crescimento. As plantas conseguem utilizar a água
armazenada desde as chuvas de inverno.
Águas Subterrâneas
4) GASES ATMOSFÉRICOS
Com exceção das grandes variações de vapor d’água já discutidas, a atmosfera da maior
parte da biosfera é notavelmente homeostática. É interessante que a concentração atual de
dióxido de carbono (0,03% por volume) e de oxigênio (21% por volume) é algo limitante para
muitas plantas superiores. É de conhecimento geral que a fotossíntese, em muitas plantas, pode
ser aumentada, aumentando-se moderadamente a concentração de CO2, mas não é de
conhecimento tão geral que diminuir a concentração de oxigênio por meios experimentais
também pode aumentar a fotossíntese. O feijão aumenta a sua taxa de fotossíntese em até 50%
quando a concentração de oxigênio em torno das folhas é diminuída a 5% (Björkman, 1966).
A níveis mais profundos em solos e sedimentos e dentro dos corpos de grandes animais (o
rume do gado sendo um sistema anaeróbio), o oxigênio torna-se limitante para os aeróbios, e o
CO2 aumenta.
Os minerais dissolvidos em água doce e água salgada diferem tanto na composição quanto
na quantidade. A água do mar abunda em sódio e cloro e possui significantes quantidades de
magnésio e sulfato. A água doce contém uma grande variedade de íons, mas o cálcio
normalmente forma a maior parte dos cátions (íons que carregam uma carga positiva) e os
carbonatos e sulfatos, a maior parte dos ânios (aqueles que carregam uma carga negativa). A
composição da água doce difere daquela da água salgada devido às diferentes taxas de solução e
diferentes solubilidades das substâncias. Poucos compostos atingem a sua solubilidade máxima
na água doce; as suas concentrações refletem as composições e graus de dissolução dos materiais
na rocha e no solo com os quais a água entra em contato. O calcário consiste basicamente de
carbonato de cálcio, o qual se dissolve rapidamente; assim, a água em áreas de calcário contém
abundantes íons de cálcio, tornando-se “dura”. O granito é composto de minerais, tais como o
quartzo e o feldspato, os quais não contêm cálcio e dissolvem-se lentamente; água correndo
através de áreas graníticas contém poucas substâncias dissolvidas e, conseqüentemente, é
“macia”. O nitrogênio (a maior parte em nitratos e compostos de nitrogênio orgânico dissolvidos)
penetra nas massas de água doce em relativa abundância por escoamento superficial dos sistemas
terrestres circunvizinhos. Em contraste, a maior parte do fósforo nos riachos, lagos e lagoas
rapidamente se compõe com o ferro precipitando-se e saindo do sistema. Como resultado, o
fósforo, muito mais do que o nitrogênio é o que normalmente limita a produção vegetal em
sistemas de água doce.
6) SOLO
7) CORRENTES DE PRESSÕES
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ODUM, Eugene Pleasants. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. 434 p.