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REAÇÕES FOTOQUÍMICAS
Reações químicas desencadeadas por ação da luz.
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Fotodissociação e fotoionização
Este fenómeno ocorre quando a molécula (ou átomo) absorve um fotão com
energia suficiente para remover um dos seus eletrões mais externos. O valor
mínimo de energia incidente para que este fenómeno surja corresponde ao valor
da primeira energia de ionização.
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Este fenómeno de fotoionização surge de forma muito intensa na ionosfera e daí
a sua designação.
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A fotodissociação consiste na quebra das ligações químicas provocada pela
radiação incidente.
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Exemplos de processos de fotodissociação indicando os radicais livres formados,
a zona da atmosfera onde estes processos são mais frequentes e os respetivos
valores de energia de dissociação.
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A análise da tabela permite:
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RADICAL
Átomo, molécula ou ião que apresenta um eletrão desemparelhado. É,
normalmente, uma espécie química extremamente reativa.
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As espécies poliatómicas são radicais se tiverem um número ímpar de eletrões.
A maioria das espécies poliatómicas com número par de eletrões não são
radicais.
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Tabela 20, pág. 187 do manual.
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São muitas as reações de fotodissociação que ocorrem na atmosfera
terrestre. Elas explicam a ação da atmosfera como filtro de radiação.
N2 g → N g + N g ; ∆H = 945 kJ/mol
O2 g → O g + O g ; ∆H = 498 kJ/mol
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As moléculas com energia de ligação maior são mais estáveis e é
necessária radiação de maior energia para dissociar as suas ligações.
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Não ocorre fotoionização nem fotodissociação.
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Fotodissociação e fotoionização na atmosfera terrestre
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A existência das três zonas de
inflexão (pausas) exibidas pela
variação da temperatura da
atmosfera terrestre em função
da altitude levou a que a
atmosfera terrestre fosse
dividida em quatro camadas:
troposfera, estratosfera,
mesosfera e termosfera.
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Da radiação emitida pelo Sol, apenas a radiação visível, a infravermelha, as ondas de
rádio e parte da radiação ultravioleta chegam à superfície.
120 km Radiação
Radiação visível
Radiação Ondas
ultravioleta infravermelha de rádio
110 km
Termosfera
100 km
90 km
80 km
70 km
Mesosfera
60 km
50 km
40 km
30 km Estratosfera
20 km
10 km
0 km Troposfera
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A radiação ultravioleta é frequentemente dividida em três tipos:
UV-A, UV-B e UV-C.
120 km Radiação UV-C Radiação UV-B Radiação UV-A
(100 a 280 nm) (280 a 315 nm) (315 a 400 nm)
110 km
Termosfera
UV-C
100 km É totalmente absorvida pela
atmosfera, não atingindo a
90 km superfície da Terra.
UV-B
É extremamente prejudicial à
vida. É fortemente absorvida pela
80 km camada de ozono.
70 km
É extremamente prejudicial para UV-A
a saúde, podendo causar cancro É pouco absorvida pela
da pele e danos nos olhos. atmosfera. Mesosfera
60 km Atinge a superfície terrestre.
Em doses moderadas,
50 km é benéfica, pois estimula
a produção de vitamina D.
40 km
30 km Camada de ozono
Estratosfera
20 km
10 km
0 km Troposfera
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A partir da troposfera, à medida que se sobe em altitude, verifica-se uma diminuição
acentuada da concentração das espécies N2 e O2, bem como da sua estabilidade, devido às
interações com radiações de energia progressivamente crescente.
Na atmosfera superior começam a aparecer tanto radicais livres como iões, fruto das
referidas interações:
Na estratosfera predominam, naturalmente, os radicais livres por ação da radiação UV
menos energética. Exemplo:
Em grande parte da atmosfera existem radicais livres como HO●, CH3●, H●, Cl ●, …, sendo
que na troposfera o radical HO● tem especial importância pela sua reatividade, interagido
tanto com moléculas próximas como com moléculas constituintes dos seres vivos.
Na atmosfera superior o tempo de vida dos radicais é muito elevado devido às partículas
gasosas estarem mais distanciadas umas das outras e como tal haver menos
oportunidades de colisão.
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OZONO ESTRATOSFÉRICO – o “bom ozono”.
A interação da radiação UV com a matéria na estratosfera é fundamental para a
proteção da vida na Terra pois esta funciona como uma das principais barreiras à
passagem da radiação UV.
Devido à sua elevada reatividade, a concentração do ozono resulta de um
equilíbrio entre a sua produção e a sua destruição, gerando camadas de alta e
baixa concentrações que atingem níveis máximos numa faixa de 15 km de altura,
designada por camada do ozono.
CAMADA DE OZONO
Zona da estratosfera, onde se
encontra cerca de 90% do ozono
que existe na atmosfera.
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Formação e destruição do ozono estratosférico
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• As fotodissociações, das moléculas de O2 e O3 durante a formação e
decomposição do ozono, são as reações fotoquímicas responsáveis pela absorção
de uma parte importante da radiação ultravioleta.
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A FORMAÇÃO DO “BURACO” DA CAMADA DO OZONO
Agentes externos, como os clorofluorocarbonetos (CFC), de uso corrente nos sistemas de
ar condicionado e de refrigeração, intervêm na regulação da concentração do ozono
estratosférico.
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A atividade humana provoca a emissão para a atmosfera de substâncias capazes de
produzirem radicais livres em abundância.
Estas substâncias estão hoje identificadas: são os clorofluorocarbonetos, haloalcanos
derivados do metano (CH4) e do etano (C2H6), a que vulgarmente chamamos CFC.
Por exemplo:
triclorofluorometano diclorodifluorometano
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A inércia química dos CFC na troposfera (não ardem e não são tóxicos para os seres
humanos), aliada às características físicas que os tornam ideais para equipamentos de
refrigeração, torna os CFC quase impossíveis de substituir. Para tentar minimizar os efeitos
catastróficos da emissão dos CFC na atmosfera, os cientistas estudaram outras substâncias
cuja composição química permitisse ter os mesmos efeitos práticos, mas sem os efeitos
nefastos mencionados.
Como o problema reside nos radicais halogenados, estes foram substituídos parcialmente
por átomos de hidrogénio. Os substitutos dos CFC são, assim, denominados de HCFC –
hidroclorofluorocarbonetos.
A ligação C – H é mais estável e difícil de dissociar por ação fotoquímica, embora seja mais
suscetível a reações com radicais hidroxílicos (HO•) existentes na troposfera. A reação com o
HO• evita que uma quantidade maior de HCFC chegue à estratosfera e interfira no ciclo do
ozono. Simultaneamente, elimina o radical HO•.
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PROTOCOLOS E CONVENÇÕES PARA A DIMINUÇÃO DO “BURACO” DA CAMADA DE
OZONO
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OZONO TROPOSFÉRICO
O ozono que ocorre naturalmente ao nível do solo apresenta-se em baixas concentrações
e é resultado, maioritariamente, dos hidratos de carbono libertados pelas plantas e pelo
solo e pequenas quantidades de ozono estratosférico que ocasionalmente migram para a
superfície da Terra. Nenhuma dessas fontes, no entanto, contribui com ozono suficiente
para ser considerado um perigo para a superfície da Terra.
Assim:
O ozono troposférico, designado por “mau ozono” em oposição ao efeito protetor do ozono
na estratosfera, é um poluente atmosférico. Esta substância não é emitida diretamente para
o ar (poluente secundário), mas resulta de reações de fotodissociação de poluentes
precursores como os NOx e os COV (poluentes primários).
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A legislação estabelece parâmetros de qualidade do ar para o ozono. A seguinte tabela
mostra os valores limite para o ozono na troposfera e medidas a adotar.
Limiar de informação ao
Limiar de alerta
público
180 µg/m3 240 µg/m3
Nível acima do qual uma exposição de Nível acima do qual uma exposição de
curta duração apresenta riscos para a curta duração apresenta riscos para a
saúde de grupos mais sensíveis (crianças, saúde.
idosos e pessoas com problemas
respiratórios).
Adoção imediata de medidas para
Divulgação imediata de informação sobre suspender ou limitar a emissão de
riscos da exposição e medidas de poluentes (por exemplo, proibição de
proteção (por exemplo, reduzir atividades tráfego automóvel ou de certas
ao ar livre). atividades industriais).
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Efeitos nocivos do aumento de radiações UV na troposfera:
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A tabela apresenta as diferentes camadas da atmosfera e resume os principais fenómenos relacionados
com a interação entre radiação e matéria que ocorrem nas diferentes camadas da atmosfera.
Penetração de UV-A
Troposfera Até cerca de 15 km
Poluição atmosférica
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No final deste módulo é capaz de…
Identificar a luz como fonte de energia das reações fotoquímicas? (Sim/Ainda Não)
Investigar, experimentalmente, o efeito da luz sobre o cloreto de prata, avaliando
procedimentos e comunicando os resultados? (Sim/Ainda Não)
Pesquisar, numa perspetiva intra e interdisciplinar, os papéis do ozono na troposfera e na
estratosfera, interpretando a formação e destruição do ozono estratosférico e
comunicando as suas conclusões? (Sim/Ainda Não)
Relacionar a elevada reatividade dos radicais livres com a particularidade de serem
espécies que possuem eletrões desemparelhados e explicitar alguns dos seus efeitos na
atmosfera e sobre os seres vivos, por exemplo, o envelhecimento? (Sim/Ainda Não)
Proposta de tarefas:
Exemplos resolvidos – pág. 188 e 193 do manual
Exercícios e Problemas – pág. 195 do Manual
Mais Exercícios e Problemas – Questões 4 a 6, pág. 198 a 200 do Manual
Caderno do Aluno – Fichas A, B e C, págs. 88 a 90.
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