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RISCOS E BENEFICIOS DO UV

SOLAR

Profa Deise Felício


Sol
•O Sol é uma esfera de gases
incandescentes, composta principalmente
por átomos de hidrogênio e hélio.

• A energia cinética destes corresponde a


milhões de graus no centro da estrela, e
vai diminuindo até uma superfície mais ou
menos definida (fotosfera) onde a energia
dos átomos equivale (em média) a uns
5770 Kelvin.
Sol
• A fotosfera emite uma enorme quantidade
de radiação: em torno de 72 milhões de w/
m2, (numa esfera com 650.000 km de
raio).

• Ao chegar à órbita terrestre (a 149,5


milhões de kilômetros do centro do Sol),
ela caiu para 1367 w/m2 (constante solar).
Atmosfera Terrestre

Atmosfera é uma fina camada de gases que


envolve a Terra.
Geralmente a esta mistura de gases e
partículas que a conformam chamamos ar.
O ar da atmosfera é vital para nossa
existência. Se não houvesse atmosfera na
terra não teríamos oceanos, lagos, nuvens.
Atmosfera

• Mesmo sendo inodoro e insípito e, na


maior parte do tempo, invisível,
• Atmosfera nos protege dos RAIOS ULTRA-
VIOLETAS
(UV) e apresenta uma mistura de gases que
permite a existência da vida no planeta.
Camadas da Atmosfera

• A atmosfera pode chegar a ter em


algumas zonas uma espessura de até
1000 Km e está dividida en camadas.
Estas camadas são:
• Troposfera:(da superfície terrestre
a aproximadamente 12 km de altitude),
onde se produz a chuva, a neve, e
todos os fenômenos atmosféricos.
• Estratosfera:(entre 12 e 50 km acima
da superfície terrestre), onde se
localiza a camada de ozônio.

• Mesosfera: (entre 50 e 100 km acima


da superfície terrestre), que contém
uma camada de pó formada pela
destruição de meteoritos.
• Ionosfera: entre 100 e 500 km de altitude.

• Exosfera: (de 500 até 1000 km de


altitude), onde se produzem as auroras
boreais.
•Aurora Boreal (fenômeno ocorre no Hemisfério
norte) ou,
• Aurora Austral (fenômeno ocorre no Hemisfério
sul),

•Fenômeno óptico composto de um brilho


observado nos céus noturnos em regiões
próximas a zonas polares, em decorrência do
impacto de partículas de vento solar no campo
magnético terrestre.

http://www.apagina.pt/oficina/ficheiros/dia-a-
http://www.fis.unb.br/plasmas/dick_hutchinson2-bg.jpg
dia/AURORA%20BOREAL-4.jpg
A Atmosfera Terrestre

Camada gasosa de
espessura muito fina
que envolve a Terra,
sendo fundamental
para a manutenção da
vida na superfície
terrestre

A atmosfera atua como sede


dos fenômenos
meteorológicos e, além
disso, é fator determinante
na qualidade e quantidade
de radiação solar que atinge
a superfície terrestre
• A terra está cerca de 150 milhões de
quilômetros do sol e por isso
intercepta somente uma pequena
fração da sua energia.

• A RADIAÇÃO proveniente do sol é


denominada de RADIAÇÃO SOLAR.
• A radiação solar mantém a temperatura
média da superfície da terra em torno
de 15ºC.

• A terra experimenta um intervalo grande


de variação de temperaturas, com
valores mínimos atingindo a Antártida
-85ºC,
e máximo no deserto subtropical de 50ºC.
COMPOSIÇÃO ATMOSFÉRICA

Gases % em Volume

Nitrogênio 78.1%
Oxigênio 21%
Vapor de água varia de 0 ­ 4%
Argônio 0.93%
Dióxido de Carbono por volta de 0.3%
Neon abaixo dos 0.002%
Hélio 0.0005%
Metano 0.0002%
Parte da energia solar:
• é absorvida pela atmosfera,
• parte pelo oceano,
• parte pela terra e
• parte é refletida;

Albeto Planetário - capacidade de


reflexão da radiação solar, sem que ocorra
absorção.

Albedo= radiação refletida


radiação total incidente
• O albedo planetário médio é de 0.31, isto é,

• 31% da radiação incidente no topo da atmosfera


é
refletido para o espaço e não penetra no sistema
climático;

Dos 69% que entram:


• 20% é absorvido pela atmosfera
• 49% pela superfície, incluindo os oceanos(Albedo
dos oceanos é de 8%);

• A superfície da terrestre é a maior fonte de calor


para a atmosfera.
Radiação Direta
• Não interage com a atmosfera
• Depende de:
– Latitude
– Época do ano
– Horário do dia

• Instrumento de medição: pireliômetro


ALBEDO
Exemplos de albedos de algumas superfícies:
- neve fresca 0,80 a 0,95
- neve velha 0,42 a
0,70
- solos arenosos secos 0,25 a 0,45
- solos argilosos secos 0,20 a 0,35
- solos turfosos 0,05 a 0,15
- florestas caducas 0,15 a 0,20
- florestas coníferas 0,10 a 0,15
RADIAÇÃO SOLAR RECEBIDA NA TERRA

• A radiação solar recebida na terra é refletida,


retrodifundida e absorvida por várias componentes:

- 6% é retrodifundida para o espaço pelo próprio ar,


- 20% é refletida pelas nuvens,
- 4% pela superfície do Globo,
- 3% da radiação solar é absorvida pelas nuvens,
-16% é absorvida pelo vapor de água, as poeiras e
outros componentes no ar.
RADIAÇÃO SOLAR RECEBIDA NA TERRA
GEOMETRIA DA TERRA PARA RADIAÇÃO SOLAR

As variações quanto ao volume de energia


recebida depende de alguns fatores:
• Variações da constate solar (1360 W m-2 Seinfeld
1998.).

• Latitude - é um dos principais fatores que


determinam o montante de energia solar
recebida, quanto mais perpendicular são os
raios mais intensos se apresentam.
• Período do ano.
• Duração dos dias.
RELAÇÃO ENTRE COMPRIMENTOS DE ONDA E ENERGIA
Radiação Eletromagnética
• Todo corpo emite radiação na forma de
onda eletromagnética;

• Esta radiação é emitida devido à


movimentação dos átomos, produzindo-se
campos elétricos e magnéticos em
conjunto.
 Comprimento de onda (λ ) é a distância entre cristas
(ou cavados) sucessivos;
 Freqüência de onda (υ ) é o número de ondas
completas (1 ciclo) que passa por um dado ponto por
unidade de tempo (s);
 A relação entre λ , υ e a velocidade (c) é: c= λ υ
Espectro Eletromagnético

• Onda:
– Amplitude: intensidade
– Comprimento: espaço de uma oscilação[m]
– Freqüência: número de oscilações por
unidade de tempo (f = 1/λ) [Hz]
 A maior parte da energia radiante do sol está
concentrada nas partes visível e próximo do
visível do espectro.

Total Emitido - Radiação Solar:


 43% - Luz Visível;
 49% - Infravermelho;
 7% - Ultravioleta.;
 Menos de 1% da radiação solar é emitida como
raios X, raios gama e ondas de rádio.
 Apesar da divisão do espectro em
intervalos, todas as formas de radiação
são basicamente iguais.

 Quando qualquer forma de energia


radiante é absorvida por um objeto, o
resultado é um crescimento do movimento
molecular e um correspondente
crescimento da temperatura.
Espectro da radiação solar com destaque para a radiação
UV
Espectro Visível
Cores λ (µm)
Violeta 0,38 a 0,42
Azul 0,42 a 0,49
Verde 0,49 a 0,54
Amarelo 0,54 a 0,59
Laranja 0,59 a 0,65
Vermelho 0,65 a 0,76
Geração da Radiação UV

• Descargas elétricas em átomos de


determinados elementos;

• Ativação dos átomos com deslocamento


de elétrons para orbitais mais energéticos;

• Quando os elétrons retornam para orbitais


menos energéticos,

• Excesso de energia pode ser liberado na


forma de radiação UV.
Geração de luz UV

Átomo

Processo de Ativação Retorno ao Estado


dos Átomos Fundamental
Características da Radiação UV

• O comprimento de onda típico da radiação UV


varia de 100 nm a 400 nm;

• O espectro da radiação UV é composto pelas


radiações UVA, UVB, UVC e UV-vácuo;

• Os comprimentos de onda mais efetivos para


desinfecção estão entre 200 e 300 nm;

• Nesta faixa encontram-se as radiações UVB e


UVC.
Atuação da radiação UV nos
microrganismos
• Comprimentos de onda específicos podem
atuar no material genético do microrganismos
causando danos no DNA ou RNA;
– DNA – Ácido desoxirribonucléico;
– RNA – Ácido ribonucléico.
• A extensão dos danos vai depender da
exposição à radiação UV;
• Em geral a inativação ocorre pois os
microrganismos perdem a capacidade de se
multiplicar.
Atuação da radiação UV
nos microrganismos

• Os microrganismos que não podem se reproduzir


são incapazes de infectar alguém;
• Somente a radiação que é absorvida pelo DNA ou
RNA é capaz de causar danos;
• Estudos mostram que o ácido nucléico é capaz de
absorver radiação UV na faixa de 200 a 300nm;

• A radiação absorvida pode resultar em vários


danos ao DNA, porém processo de formação de
dímeros é o mais comum.
CAMADA DE OZÔNIO
Camada de Ozônio
O que é o Ozônio
RADIAÇÃO UV + O2 O + O

O O

Luz UV
O
O

O O O

O O O

M M

O + O2 + M O3 + M
O + O2 + M O3 + M
Radiação UV + 3O2 2O3
Camada de Ozônio
Ozônio

O Bom Ozônio: formado naturalmente


nas altas camadas da atmosfera (cerca
de 30 Km de altura).

O Mau Ozônio: formado próximo à


superfície da terra em conseqüência da
poluição.
Camada de Ozônio
Camada de Ozônio

O Ozônio na Atmosfera
ESTAMOS PERDENDO PROTEÇÃO
Camada de Ozônio

A Destruição da Camada de Ozônio


Camada de Ozônio
Destruição da Camada de Ozônio

Estas regiões coloridas em tons de laranja e lilás representam o


posicionamento do “Buraco de Ozônio” em relação ao globo terrestre. É
necessário observar que os tons mais escuros representam regiões onde
existem menos moléculas de ozônio que nas regiões com tons mais claros.
IS
Camada de Ozônio
Produtos Químicos que Destroem a Camada de
Ozônio
Camada de Ozônio
Datas para Eliminação de SDOs para os Países em
desenvolvimento Aprovadas no 7° Encontro das Partes
- Viena, 1995
1 de Julho de 1999 Congelamento do consumo dos CFCs do Anexo A1 no valor médio dos anos 1995­1997
1 de Janeiro de 2002 Congelamento do consumo dos halons2 no valor médio dos anos 1995­1997.
Congelamento do consumo de brometo de metila no valor médio dos anos 1995­1998
1 de Janeiro de 2003 Redução do consumo em 20% dos CFCs do Anexo B3 a partir do consumo médio dos anos 1998­2000.
Congelamento do consumo de metil clorofórmio no valor médio dos anos 1998­2000.
1 de Janeiro de 2005 Redução de 50% dos CFCs do Anexo A a partir do valor médio dos anos 1995­1997.
Redução de 50% dos halons a partir do valor médio dos anos 1995­1997.
Redução de 85% do tetracloreto de carbono a partir do valor médio dos anos 1998­2000.
Redução de 30% do metil clorofórmio a partir do valor médio dos anos 1998­2000.
1 de Janeiro de 2007 Redução de 85% dos CFCs do Anexo A a partir do valor médio dos anos 1995­1997.
Redução de 85% dos CFCs do Anexo B a partir do consumo médio dos anos 1998­2000
1 de Janeiro de 2010 Eliminação de 100% dos CFCS, halons e tetracloreto de carbono.
Redução de 70% do metil clorofórmio a partir do valor médio dos anos 1998­2000.
1 de Janeiro de 2015 Eliminação de 100% do metil clorofórmio.
1 de Janeiro de 2016 Congelamento do consumo dos HCFCs no valor do anos 2015.
1 1de Janeiro
Anexo de 2040
A­ CFCs Eliminação
11, 12, 113, 114dee 100%
115; 2dos HCFCs
Halons 1211, 1301 e 2402; 3Anexo B: CFCs 13, 111, 112, 211, 213, 214, 215,
216 e 217.
Camada de Ozônio
Redução da Camada de Ozônio
UV
ESTRATOSFERA
CFC

CI

Destruição TROPOSFERA
do Ozônio Luz
UV­B
Ozônio (O3) age
como um filtro

• Ozônio Estratosférico filtra os raios da luz solar


• CFCs atingem a estratosfera
• Cloro é liberado dos CFCs interferindo no equilíbrio do
Ozônio
• Redução da Camada de Ozônio aumenta UV-B na Terra
• UV-B causará problemas nos seres humanos
Porque na Antártida ?

• A perda de Ozônio foi detectada pela primeira


vez na Antártica.
• Apesar de existir também uma redução nos
níveis de ozônio em latitudes medianas e no
Ártico,
• A perda mais considerável ocorre na Antártica,
onde quase todo o ozônio nas camadas
inferiores da estratosfera já foi destruído
(camada com vários km de espessura).
Porque na Antártida ?

• Em todo o mundo as massas de ar


circulam, sendo que um poluente lançado
no Brasil pode atingir a Europa devido a
correntes de convecção.
• Na Antártica, por sua vez, devido ao
rigoroso inverno de seis meses, essa
circulação de ar não ocorre e, assim,
formam-se círculos de convecção
exclusivos daquela área.
Porque na Antártida ?

• Os poluentes atraídos durante o verão


permanecem na Antártida até a época de
subirem para a estratosfera.

• Ao chegar novamente o verão, os


primeiros raios de sol quebram as
moléculas de CFC encontradas nessa área,
iniciando a reação
CFC’s (Cloro Fluor Carbonos)

Conhecidos como os destruidores da camada de ozônio

Os CFC eram bastante utilizados como propelente para aerossois,


líquidos refrigerantes e na fabricação de alguns plásticos.

Os CFC são compostos altamente estáveis (dai sua grande aplicação


industrial), que permanecem inertes na atmosfera por um longo
período de tempo até que os movimentos de circulação da
atmosfera os levem para altitudes mais elevadas.

Em grandes altitudes (na estratosfera), onde a radiação solar é mais


intensas, os CFC’s se decompõem liberando átomos de Cl que são
grandes destruidores de O3.
A reação

Cl F
C
As moléculas de clorofluorcarbono, ou Freon, passam
intactas pela troposfera, que e a parte da atmosfera
que vai dos 0 aos 10000 metros de altitude.

Quando passam por essa parte, desembocam na


estratosfera, onde os raios ultravioletas do sol estão
em maior quantidade.

Esses raios quebram as partículas de CFC (ClFC)


liberando o átomo de cloro.
COMO A CAMADA DE OZÔNIO PROTEGE A TERRA?

Quimicamente
temos: O2  UV  O  O

O2  O  O3

O3  UV  O2  O

COMO SE FORMA O BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO?

Os CFCs sobem lentamente para camadas superiores à camada de ozôn

• Os raios ultravioletas decompõe os


CFCs, liberando átomos de Cloro (Cl).
Quimicamente
• O cloro como é mais denso, desce, temos
Cl  O 3  ClO  O 2
voltando para a camada de ozônio,
destruindo-o.
ClO  Cl  O
ACOMPANHE A EVOLUÇÃO DO BURACO NA
CAMADA DE OZÔNIO (1980-1991)
SITUAÇÃO ATUAL DA CAMADA DE OZÔNIO

Em setembro de 2000, Em setembro de 2003,


com 29,78 milhões de Km2 com 28,2 milhões de Km2
OS EFEITOS DA DIMINUIÇÃO DA CAMADA DE
OZÔNIO ATINGEM O HEMISFÉRIO SUL

* Aumento nos casos de câncer de pele e catarata


em regiões do hemisfério sul, como a Austrália,
Nova Zelândia, África do Sul e Patagônia.

* Em Queensland (no nordeste da Austrália), mais


de 75% dos cidadãos acima de 65 anos
apresentam alguma forma de câncer de pele; a lei
local obriga as crianças a usarem grandes
chapéus e cachecóis quando vão à escola, para se
protegerem das radiações ultravioletas.
OS EFEITOS DA DIMINUIÇÃO DA CAMADA DE
OZÔNIO ATINGEM O HEMISFÉRIO SUL

* A Academia de Ciências dos Estados Unidos calcula


que apenas na Austrália, estejam surgindo
anualmente 10 mil casos de carcinoma de pele por
causa da redução da camada de ozônio.

* O Ministério da Saúde do Chile informou que desde


o aparecimento do buraco na camada de ozônio
sobre o pólo Sul, os casos de câncer de pele no Chile
cresceram 133%; atualmente o governo faz
campanhas para a população utilizar cremes
protetores para a pele e não ficar exposta ao sol
durante as horas mais críticas do dia.
No Brasil ainda há pouco
com que se preocupar
No Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu tamanho
original.

Isso é o que dizem os instrumentos medidores do INPE (Instituto de


Pesquisas Espaciais).

O instituto acompanha a movimentação do gás na atmosfera desde


1978 e até hoje não detectou nenhuma variação significante.

Talvez isso se deva a pouca produção de CFC no Brasil em


comparação com os países de primeiro mundo.

Isso se deve a que no Brasil, apenas 5% dos aerossois utilizam CFC,


já que aqui uma mistura de butano e propano é significativamente
mais barata, e funciona perfeitamente em substituição do
clorofluorcarbono.
Camada de Ozônio

A RADIAÇÃO ULTRA-VIOLETA (UV-B) e suas


conseqüências para a Saúde e o Meio Ambiente:

10% de diminuição
da Camada de
Ozônio

20% de aumento
nas radiações UV-
B
Camada de Ozônio
1% de diminuição da Camada de
Ozônio

● Aumento de 2% dos
casos de câncer de
pele
● 100.000 a 150.000
novos casos de
cegueira por catarata
no mundo
Radiação UV x pele

Radiação ultra-violeta

Lund University ­ Suécia


FOTOPROTEÇÃO

• Atributo bastante valorizado hoje em dia

• Os raios solares UVB, UVA e UVC causam danos


irreversíveis

• O filtro solar é principal ativo para produtos que


destinam à fotoproteção.

• Combinação de filtros na formulação.


FILTROS SOLARES

Os filtros solares podem ser divididos em duas classes: físicos


e químicos.

Filtros físicos: São substâncias minerais em forma de


suspensão e opacas a luz, isto é, elas refletem os raios UV e
a luz visível impedindo que estes afetem o tecido cutâneo.

Filtros Químicos: São substâncias capazes de absorver


comprimentos de onda do espectro UV e transformar esta
energia em outro tipo não nocivo.
Os filtros físicos e químicos podem ser utilizados em conjunto,
em diversas proporções, visando maximizar a proteção
minimizando os possíveis efeitos adversos. Um bom filtro
solar deve apresentar as seguintes propriedades:

 Resistência à água e a transpiração


 Boa penetração e fixação na epiderme
 Estabilidade a luz, ao ar, a umidade e ao calor
 Boa tolerância pela pele
 Não originar fotosensibilização
 Boa absorção ou reflexão de radiações nocivas.
O Quadro abaixo mostra os tipos de pele e o FS mais recomendado.
TIPOS DE PELE E FS
TIPO INDIVÍDUOS INV. VERÃO T (min) OBSERVAÇÕES

Nunca se bronzeiam mas sempre se


A Ruivos e Louros 15 30 15­24
queimam.
Sempre se queimam e às vezes se
B Morenos Claros 5­10 20­25 31
bronzeiam.
Às vezes se queimam e em gereal se
C Morenos Escuros ­­­ 10­15 48
bronzeiam.
Sempre se bronzeiam e raramente se
D Mulatos e Negros ­­­ 5­10 66
queimam.

OBS.: T = tempo estimado para uma pessoa começar a se queimar quando exposta ao sol sem proteção (em minutos).

PROTEÇÃO DOS FILTROS SOLARES


FS PROTEÇÃO (%)

2 50
4 75
8 87
16 94
32 96
64 99

O Quadro a seguir mostra quanto da luz solar (UVB) é absorvida pelos protetores solares.
PROTETORES SOLARES: UV-B (FPS)

FPS = MED protegida


MED desprotegida

Depende da quantidade aplicada


(espessura) 2,0 mg/cm2 - padrão FDA

1,5 mg/cm2 - padrão DIN ≤ 1,0 mg/cm2 - in


vivo
Resistente à água: SPF intacto após 40
minutos  À prova d’água: SPF intacto após
80 minutos
Os Filtros São Classificados
Quanto a:
1- Estrutura química:

* Orgânicos:
•parametoxicinamato de octila,
•octocrileno,
•salicilato de octila,
•metilbenzidileno cânfora,
•octil triazone,
•benzofenona 4,
•benzofenona 3,
• avobenzona,
•ácido 2-fenilbenzimidazol-5-sulfônico.

* Inorgânicos (físico): óxido de zinco e dióxido de titânio


São classificados quanto a:

2- Espectro de ação;
UVA (320 – 400nm): avobenzona;

UVB (280-320nm): parametoxicinamato de octila,


octocrileno, salicilato de octila, metilbenzidileno cânfora, octil
triazone;

UVA e UVB (280-400nm): benzofenona 4, benzofenona 3,


ácido 2-fenilbenzimidazol-5-sulfônico;
3- Solubilidade

Hidrossolúvel: benzofenona 4, ácido 2-


fenilbenzimidazol-5-sulfônico.

Lipossolúvel: parametoxicinamato de octila, octocrileno,


salicilato de octila, metilbenzidileno cânfora, octil triazone,
benzofenona 4, benzofenona 3, avobenzona, ácido 2-
fenilbenzimidazol-5-sulfônico.

Insolúveis (físicos): óxido de zinco e dióxido de titânio.


TIPOS DE PELE

I II III IV V VI
BRONZEADORES

Assim como os filtros solares, podem ser divididos em


dois tipos:

 Autobronzeadores: Apenas coram a pele, não


possuem efeito sobre a melanina

 Ativadores do bronzeado: Estimulam a síntese de


melanina.
FILTROS HIPOALERGÊNICOS

• Os filtros hipoalergênicos são filtros que não utilizam


substâncias capazes de provocar alergias. (EX: filtros “PABA
free”, que não contêm o PABA (ácido para-amino benzóico).

 Esta substância é utilizada em larga escala em diversos filtros


solares desde 1943, porém devido ao seu alto potencial
alergênico várias indústrias já disponibilizaram no mercado
filtros livres de PABA.

 Existem também estudos que levantam a possibilidade do


PABA ser uma substância carcinogênica, porém isto ainda não
foi totalmente comprovado.
.

 Também existem os filtros “oil free” ou livre de óleo e os filtros


não comedogênicos, ambos recomendados para usuários com
pele oleosa e tendência à formação de cravos e espinhas, uma
vez que os primeiros não possuem veículos oleosos e os
segundos não promovem a obstrução dos poros da pele.

 Além disso, o farmacêutico deve prestar atenção a


determinados medicamentos, pois diversos deles podem ser
considerados fotossensibilizantes tornando o paciente mais
suscetível a ação nociva da radiação UV.
SUBSTÂNCIAS FOTOSSENSIBILIZANTES

São substâncias químicas que produzem reações


fotossensibilizantes, que podem ser classificadas como
fotoalergias ou reações de fototoxicidade.

 Fotoalergias (FA) são reações imunológicas, que se


caracterizam porque a substância fotossensibilizante
absorve radiação UV, originando um produto com poder
antigênico.

 Reações de fototoxicidade (FT) são resultado de reações


físico-químicas sobre a substância fotossensibilizante, que
absorve um determinado comprimento de onda da radiação
UV e transmite essa energia que foi captada para as células.
Câncer da Pele

 Carcinoma basocelular

 Carcinoma espinocelular

 Melanoma cutâneo
Carcinoma Basocelular
Carcinoma Basocelular
Carcinoma Basocelular
Carcinoma Basocelular
Carcinoma Basocelular
Carcinoma Espinocelular
Carcinoma Espinocelular
Carcinoma Espinocelular
Melanoma
Câncer da pele: auto­exame
Importante

 a detecção precoce é a chave do sucesso


no tratamento do melanoma.
 mais da metade dos casos com
diagnóstico de melanoma são
primeiramente identificados pelo próprio
paciente com
 pacientes (AAD).
maior risco para melanoma
devem ser examinados regularmente por um
médico especialista. O diagnóstico precoce
feito desta forma melhora o prognóstico da
doença.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO - ABCD
A B C D
REGRA DO

ABCD
PARA AS LESÕES
PIGMENTADAS
A

A
SSIMETRIA

“MALIGNA”
LESÃO SIMÉTRICA
“BENIGNA”
B

BORDA IRREGULAR
“MALIGNA”
CONTORNO REGULAR
“BENIGNA”
C

C ORES
“MALIGNA” DIFERENTES
COR UNIFORME
“BENIGNA”
D

“MALIGNA”
DIÂMETRO MAIOR
DO QUE 0,6 cm
Melanoma Maligno
• Tumor maligno de
origem nos
melanócitos
epidérmicos
• Incidência
aumentando nas
últimas décadas
(5% ao ano)
• Maior incidência –
Austrália e Nova
Zelândia
Fatores de risco
• Pele clara
• Sardas
• Queimadura solar
• Síndrome do nevo
displásico
TRATAMENTOS PARA O CÂNCER

• Terapias convencionais:
­ cirurgia
­ quimioterapia
­ Radioterapia

• Terapia Fotodinâmica do Câncer


TERAPIA FOTODINÂMICA­PDT

Administração intravenosa do fotossensibilizador (FS) no paciente


24 h

Retenção seletiva FS tecidos tumorais

Irradiação com laser em λ adequado


Reação Fotodinâmica

Espécies reativas de oxigênio


Destruição do tumor
(Oxigênio Singlete)

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