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O Espectro eletromagnético

Radiação eletromagnética
A radiação eletromagnética são ondas que se propagam pelo espaço. Parte de todo o espectro
consegue ser interpretada através do olho dos diversos animais e, para cada espécie, denomina-
se essa fatia de luz ou luz visível. A radiação eletromagnética compõe-se de um campo elétrico
e um magnético, que oscilam perpendicularmente um ao outro e à direção da propagação de
energia. A radiação eletromagnética é classificada de acordo com a frequência da onda, que em
ordem decrescente da duração da onda são: ondas de rádios, micro-ondas, radiação terahertz
(Raios T), radiação infravermelha, luz visível, radiação ultravioleta, Raios-X e Radiação Gama.

Os perigos do espectro
As radiações eletromagnéticas costumam ser classificadas em ionizantes, capazes de arrancar
elétrons dos átomos, e não ionizantes, cuja energia é insuficiente para produzir esse efeito. A
energia da radiação é diretamente proporcional à frequência. As consequências que geram no
corpo humano, porém, dependem da intensidade da radiação, isto é, o fluxo de energia por
unidade de área e por tempo. Também a duração da exposição pode influir no organismo.
Assim, mesmo radiações não ionizantes são potencialmente nocivas.

Ondas de Rádios
Tais ondas eletromagnéticas são também denominadas ondas hertzianas e popularmente
conhecidas como ondas de radiofrequência ou simplesmente ondas de rádio. As ondas
hertzianas podem ser produzidas correntes elétricas de que oscilam rapidamente (ou seja,
correntes elétricas de alta frequência) em um condutor (como uma antena).

Micro-ondas
Microondas são ondas eletromagnéticas semelhantes as ondas de rádio e TV, tem um
comprimento de onda de 12,24 cm na faixa de frequência de 2,45 GHz.

Estas ondas são geradas por osciladores eletrônicos – as válvulas magnetron, e sua
freqüência está relacionada com a capacidade de transportar energia. Quanto maior for a
frequência, maior será a energia, maior será a penetração e maior o calor gerado.

As microondas são absorvidas por todos os corpos, líquidos ou sólidos, cujas moléculas sejam
sensíveis a um campo elétrico alternado. Isto ocorre em vários processos industriais possíveis
com o uso de microondas, como pré-aquecimento, secagem, imobilização de enzimas nos
cereais, esterilização de legumes e frutas, entre outros.

Infravermelha
A radiação infravermelha (IV) é uma radiação não ionizante na porção invisível do
espectro eletromagnético que está adjacente aos comprimentos de onda longos, ou final
vermelho do espectro da luz visível. Ainda que em vertebrados não seja percebida na forma de
luz, a radiação IV pode ser percebida como calor, por terminações nervosas especializadas da
pele, conhecidas como termorreceptores.

Ultravioleta
A radiação ultravioleta (UV) é a radiação eletromagnética ou os raios ultravioleta com
um comprimento de onda menor que a da luz visível e maior que a dos raios X, de 380 nm a
1 nm. O nome significa mais alta que (além do) violeta (do latim ultra), pelo fato de que o
violeta é a cor visível com comprimento de onda mais curto e maior frequência.
A radiação UV pode ser subdividida em UV próximo (comprimento de onda de 380 até 200 nm
- mais próximo da luz visível), UV distante (de 200 até 10 nm) e UV extremo (de 1 a 31 nm).

Nome Abreviação Faixa de comprimento de onda (nm)


Ultravioleta UV 100 nm – 400 nm
Ultravioleta de vácuo VUV 10 nm – 200 nm
Ultravioleta extremo EUV 10 nm – 121 nm
Ultravioleta longínquo FUV 122 nm – 200 nm
Ultravioleta C UVC 100 nm – 280 nm
Ultravioleta médio MUV 200 nm – 300 nm
Ultravioleta B UVB 280 nm – 315 nm
Ultravioleta próximo NUV 300 nm – 400 nm
Ultravioleta A UVA 315 nm – 400 nm

Luz Visível
A luz é uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui num
determinado intervalo dentro do qual o olho humano é a ela sensível. Trata-se, de outro modo,
de uma radiação eletromagnética que se situa entre a radiação infravermelha e a radiação
ultravioleta. As grandezas físicas básicas da luz são herdadas das grandezas de toda e qualquer
onda eletromagnética: intensidade (ou amplitude), frequência e polarização (ângulo de
vibração). No caso específico da luz, a intensidade se identifica com o brilho e a frequência com
a cor. Deve ser ressaltada também a dualidade onda-partícula, característica da luz como
fenômeno físico, em que esta tem propriedades de onda e partículas, sendo válidas ambas
as teorias sobre a natureza da luz.

Raios-X
O dispositivo que gera raios X é chamado de tubo de Coolidge. Da mesma forma que uma
válvula termiônica, este componente é um tubo oco e evacuado, ainda possui um catodo
incandescente que gera um fluxo de elétrons de alta energia. Estes são acelerados por uma
grande diferença de potencial e atingem ao ânodo ou placa.

O ânodo é confeccionado em tungstênio. A razão deste tipo de construção é a geração de calor


pelo processo de criação dos raios X. O tungstênio suporta temperaturas que vão até 3340 °C.
Além disso, possui um razoável valor de número atômico (74) o que é útil para o fornecimento
de átomos para colisão com os elétrons vindos do catodo (filamento). Para não fundir, o
dispositivo necessita de resfriamento através da inserção do tungstênio em um bloco de cobre
que se estende até o exterior do tubo de raios X que está imerso em óleo. Esta descrição refere-
se ao tubo de anodo fixo.

Ao serem acelerados, os elétrons ganham energia e são direcionados contra um alvo; ao atingi-
lo, são bruscamente freados, perdendo uma parte da energia adquirida durante a aceleração. O
resultado das colisões e da frenagem é a energia transferida dos elétrons para os átomos do
elemento alvo. Este se aquece bruscamente, pois em torno de 99% da energia do feixe
eletrônico é dissipada nele.

A brusca desaceleração de uma carga eletrônica gera a emissão de um pulso de radiação


eletromagnética. A este efeito dá-se o nome de Bremsstrahlung, que significa radiação de freio.

As formas de colisão do feixe eletrônico no alvo dão-se em diferentes níveis energéticos devido
às variações das colisões ocorridas. Como existem várias formas possíveis de colisão devido à
angulação de trajetória, o elétron não chega a perder a totalidade da energia adquirida num
único choque, ocorrendo então à geração de um amplo espectro de radiação cuja gama de
frequências é bastante larga, ou com diversos comprimentos de onda. Estes dependem da
energia inicial do feixe eletrônico incidente, e é por isso que existe a necessidade de milhares de
volts de potencial de aceleração para a produção dos raios X.

Radiação gama
Radiação gama ou raio gama (γ) é um tipo de radiação eletromagnética produzida geralmente
por elementos radioativos, processos subatômicos como a aniquilação de um par pósitron-
elétron. Este tipo de radiação tão energética também é produzido em fenômenos astrofísicos de
grande violência. Possui comprimento de onda de alguns picômetros até comprimentos muito
menores. Entretanto, as leis da Física deixam de funcionar em comprimentos menores que 1,6 ×
10−35 m, conhecido como comprimento de Planck, e este é, teoricamente, o limite inferior para o
comprimento de onda dos raios gama.
Por causa das altas energias que possuem, os raios gama constituem um tipo de radiação
ionizante capaz de penetrar na matéria mais profundamente que a radiação alfa ou beta. Devido
à sua elevada energia, podem causar danos no núcleo das células, por isso usados para
esterilizar equipamentos médicos e alimentos.
A energia deste tipo de radiação é medida em Megaelétron-volts (MeV). Um Mev corresponde
a fótons gama de comprimentos de onda inferiores a metros ou frequências superiores
a Hz.
Radiação alfa
A emissão alfa , desintegração alfa ou decaimento alfa é uma forma de decaimento radioativo
que ocorre quando um núcleo atômico instável emite uma partícula alfa transformando-se em
outro núcleo atômico com número atômico duas unidades menor e número de massa 4 unidades
menor.
A partícula alfa é um núcleo de um átomo de hélio. Portanto, a partícula alfa ou “raio alfa’’ é
um íon de carga 2+ com dois nêutrons e dois prótons, representado por 4He2+.
As partículas alfa apresentam grande poder de ionização devido a sua carga. No entanto, seu
poder de penetração é inferior ao da partícula beta, dos raios-X e dos raios gama.

Radiação beta
A radiação beta é uma forma de radiação ionizante emitida por certos tipos de núcleos
radiativos. Como exemplo podem ser citados potássio-40,carbono-14, iodo-132, bário-126 entre
outros. O decaimento beta é amplamente utilizado na medicina em fontes de braquiterapia para
o tratamento de câncer e diagnósticos médicos.
Esta radiação ocorre na forma de partículas beta (β), que são elétrons de alta energia ou
pósitrons emitidos de núcleos atômicos num processo conhecido como decaimento beta.
Existem duas formas de decaimento beta, β− e β+.
No decaimento β−, um nêutron é convertido num próton, com emissão de um elétron e de um
antineutrino de elétron (a antipartícula do neutrino):

No decaimento β+, um próton é convertido num nêutron, com a emissão de um pósitron, e de


um neutrino de elétron:

Radiação Terahertz (Raios T)


As ondas eletromagnéticas enviadas nas freqüencias do Terahertz são conhecidas
como Radiação Terahertz, Ondas Terahertz, Luz Terahertz, Raios-T,Luz-T, Lux-T e THz,
estão na região do espectro eletromagnético entre os 300 gigahertz (3x1011 Hz) e os 3 terahertz
(3x1012 Hz), correspondendo acomprimento de onda inferiores a 1 milímetro e superiores a 100
micrómetros (terminando na parte inferior do infravermelho).
Como a radiação infravermelha e as microondas, estas ondas deslocam-se entre pontos que se
avistam. A radiação T é não-ionizante e partilha com as microondas a capacidade de penetrar
em diversos materiais não-condutores. Os raios T podem atravessar roupa, papel, cartão,
madeira, plástico e cerâmicas, conseguem ainda atravessar nevoeiro e nuvens, mas não
conseguem penetrar metais nem água.
A atmosfera terrestre absorve fortemente a radiação T, pelo que o alcance da radiação é bastante
curto, limitando a sua utilidade. Além disso, a produção de radiação T coerente foi um desafio
tecnológico até aos anos 90.

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