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Nas empresas o capital humano, o valor das marcas ou o seu valor futuro não
determinados na contabilidade e podem revelar-se aspetos determinantes na sua
existência, valor e seu sucesso.
Até aqui tudo simples: temos sempre do lado direito os capitais próprios e o
passivo (as origens dos recursos )registados a credito e, do lado esquerdo, o
registo do ativo (disponibilidades da organização).
Se a conta possuir mais débitos do que créditos terá saldo devedor, se pelo
contrario possuir mais créditos que débitos, terá saldo credor.
Essa classificação dos registos de acordo com o SNC intitula-se razão ou conta.
Desta forma, temos que conta significa o suporte classificado relativamente aos
factos patrimoniais. Na contabilidade existem contas do ativo, do passivo e ainda
contas mistas.
Como já vimos as contas do ativo, reportam as aplicações e as contas do
passivo reportam-se aos recursos que tiveram origem das aplicações. As contas
mistas representam as contas do ativo e passivo e são ou podem ser
representadas nos dois lados do balanço. É o caso das contas Estado e entes
públicos: no lado do passivo registamos as dividas ao Estado, e no lado do ativo
o crédito sobre o Estado. P. Ex. pagamento por conta, que é um adiantamento
de pagamento ed imposto que será acertado no final do exercício.
Ativo – vincula tudo o que a empresa tem e que pode ser convertido em dinheiro
e que está divido em ativo não circulante e em ativo circulante. O primeiro,
chamado ativo não corrente, é constituído por tudo o que pertence ao
imobilizado, ou seja, os bens que não constituem atividade da empresa, não
constituem a sua mercadoria e estes classificam-se segundo a sua categoria em
ativo intangível (patentes, marcas, projetos) e ativo tangível (terrenos, edifícios,
maquinaria, instalações, mobiliário, automóveis, investimentos financeiros,
participações e empréstimos realizados pela empresa a outras entidades
coligadas) e créditos a receber; o segundo, ativo corrente, este é constituído por
4 categorias, cada uma formada por contas próprias: existências (mercadorias,
matérias primas e os produtos destinados ao exercício da atividade da empresa),
dividas a terceiros (medio, longo ou curto prazo, clientes, Estado ou outros
devedores), disponibilidades (contas bancárias, aplicações financeiras de curto
prazo facilmente convertidos em dinheiro e valores em caixa) e diferimento
(conjunto de contas que tem por objetivo concretizar um do principio da
contabilidade: o principio da especialização dos exercícios que já atrás
referimos.
A classificação de ativos, quer como não circulante quer como circulante, tem
repercussões da maior relevância, bem maiores que aquelas que à partida se
imaginam. E porquê? Porque a diferente classificação dos ativos tem
consequências diretas na atuação dos gestores da empresa e na tributação da
empresa.
Quanto à atuação dos gestores e à limitação das competencias – nos termo do
CSC, art.º 259º, os gerentes devem praticar os atos que forem necessários ou
convenientes para a realização do objeto social e o art.º 405 CSC determina que
é da copetencia da administração gerir as atividades da sociedade. De acordo
com stas normas a legitimidade para aprática de negócios jurídicos peos
gestores etsá limitada pelo seu objeto social. Ora, imaginemos uma empresa que
vende imóveis ou automóveis, à partida os seus gestores têm legitimidade para
os vender desde que aqueles integrem o ativo circulante, ou seja, as existências,
as mercadorias da empresa. Quer isto dizer que se lgum daqueles bens tiver sido
comprado para revenda, e como tal estiver registado como mercadoria, os
gestores da empresa podem vendê-los pois é esse o objeto da empresa.
Contudo, já é assim se imóvel ou o automóvel estiver classificado como
imobilizado, chamado ativo não circulante da emrpesa. Nesse caso o bem não
constitui mercadoria da empresa e, para que possa ser vendido, a gerência ou a
administração da empresa, tem de ter autorização da sociedade a obter por meio
de assembleia geral, caso contrário estaria perante uma venda sem que os
gerentes da empresa tivesse legitimidade pra a concretizar e consequentemente
um venda ferida de nulidade.
Deste modo, quando nos deparamos com um cenário de venda de bens que não
integrem a atividade da empresa ou que, integrando o ativo da empresa podem
constituir bens do seu imobilizado, num primeiro passo, é essencial olhar para o
balanço da empresa e analisar como o bem está ou estava contabilisticamente
classificado. No segundo passo, na eventualidade do bem estar ou ter estado
classificado como imobilizado, conferir se foi ou não concedida autorização pela
assembleia para o vender.
Acresce que ainda dentro dos limites previstos do art.º 48º do CIRC, este ultimo
cenário em caso de reinvestimento, o ganho (mais-valia) é apenas considerada
diferença do valor, ou seja, os € 450.000 são neste caso o valor da fatura fiscal
de € 94.500.
Para a concessão deste beneficio fiscal é necessário provar, junto da AT, que do
ativo circulante do sujeito passivo faz parte imóvel adquirido ou vendido no
exercício anterior. A prova é feita por balanço ou balancete, pelo que a incorreta
classificação do ativo determinará a não concessão do beneficio.
Passivo
Não confundir situação liquida de uma organização com liquidez, que significa
disponibilidades financeiras de curto prazo.
Apenas uma nota para recordar que o capita social mínimo para a constituição
de uma sociedade por quotas é de € 1,00 por cada quota – art.º 219º, n.º 3
CSC; e para a constituição de uma sociedade por ações é de € 50.000 – art.
276º, n.º 3 do CSC.
Segunda nota para lembrar que é possível constituir uma sociedade por ações
com apenas € 15.000, ou seja, 30% do capital mínimo desde que seja deferido
os restantes 70% - art.º 277º CSC.