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O que é e para que serve?

A contabilidade é o campo que orienta, controla e registra ações e fatos relacionados com a
administração econômica de um negócio ou organização. Essa ciência teórica e social está
baseada nos estudos de métodos e cálculos, além do registro da movimentação financeira de
uma empresa ou órgão.

Na prática, a contabilidade auxilia no controle de patrimônio das empresas, realizando registros


contábeis ao longo da história do negócio, a partir de demonstrações de resultados do que foi
produzido. A partir de uma boa contabilidade, os gestores da empresa conseguem tomar
decisões, pois é papel do contador orientá-los sobre os caminhos que são mais lucrativos e
seguros para o negócio.

O conceito de contabilidade vem da origem de sua palavra, que significa: “área científica teórica
e/ou prática que estuda métodos e técnicas usados para calcular e registrar a movimentação
financeira de uma firma, companhia ou empresa”.

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segurança.

Por que a contabilidade é importante para os negócios?

Dados da pesquisa Sobrevivência de Empresas, realizada pelo Sebrae, revelam que três em cada
10 MEIs fecham as portas antes dos cinco anos. Enquanto isso, as microempresas apresentam
uma taxa de falência de 21,6% e as de pequeno porte, de 17%.

Os motivos que levam a esse fechamento estão relacionados com a falta de planejamento e a
ineficácia ou ausência de uma boa gestão financeira. A administração financeira de um negócio
é determinante para que a empresa continue no mercado, cumprindo com a exigência da lei e
dos órgãos reguladores.

Você sabe o que é empreendedorismo?

A contabilidade tem papel fundamental nesse funcionamento, pois é responsável por cuidar das
finanças do negócio e acompanhar o cumprimento das leis e tributações. Uma boa contabilidade
é capaz de medir os resultados da empresa, avaliar seu desempenho e, com base nessas
informações, definir diretrizes que vão nortear a tomada de decisões nas empresas.

Cabe ao contador realizar atividades fundamentais para o pleno funcionamento financeiro da


empresa, como controle financeiro, acompanhar o fluxo de caixa, entregar as obrigações
acessórias dentro do prazo e fazer o plano tributário do negócio, seguindo o enquadramento
adequado para a empresa.

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Para quem deseja empreender, a contabilidade é uma área fundamental, que vai auxiliar não só
no controle do patrimônio, mas também vai coletar dados para a empresa. Essas informações
serão transformadas de forma estratégica em ações que vão nortear os rumos do negócio. Não
abra mão de ter um bom contador em sua empresa ou de entender como a contabilidade
funciona para aplicá-la adequadamente ao negócio.

Princípios Contábeis
Os princípios da contabilidade são um conjunto de normas gerais que delimitam a aplicação das
Ciências Contábeis. Elas representam a essência das doutrinas e teorias contábeis, que regem a
atuação dos profissionais de contabilidade.

Os Princípios Fundamentais da Contabilidade foram publicados no Brasil pelo Conselho Federal


de Contabilidade (CFC) na Resolução nº 750/93, considerando o entendimento científico e
profissional da contabilidade. São sete princípios que vamos apresentar neste artigo.

Em 2016, essa resolução foi revogada pela publicação da NBC TSP Estrutura Conceitual, que
definiu uma base conceitual para a aplicação das normas contábeis e eliminou conflitos
normativos que existiam. No entanto, isso não quer dizer que os princípios foram extintos —
eles estão englobados na nova publicação do CFC.

Portanto, os princípios da contabilidade estão vivos no exercício da profissão e devem ser


conhecidos por todos os envolvidos nessa área. A seguir, vamos entender melhor quais são
eles e porque é importante conhecê-los. Acompanhe:

Por que é importante conhecer os princípios da contabilidade?

Se você é um profissional da área, precisa saber e cumprir os princípios da contabilidade para


exercer suas atividades com ética e correção.

Esses princípios garantem que você registre os fatos contábeis de acordo com o regramento,
que permite mensurar corretamente o patrimônio das entidades, a favor dos interesses da
coletividade, dos particulares e dos sócios e acionistas. Dessa forma, você atua conforme as
exigências profissionais e não coloca em risco as informações das entidades que atende.

Tanto empresário quanto contador devem atuar de acordo com os princípios da contabilidade

Se você é um empresário, não pense que não tem nada a ver com os princípios da contabilidade.
Também é importante que você conheça para saber se o contador que você contratar está
exercendo sua profissão conforme as normas das Ciências Contábeis.

Assim, você garante que as informações contábeis da sua empresa sejam registradas de acordo
com as orientações da área.

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Quais são os princípios da contabilidade?

Vamos, então, conhecer os sete princípios contábeis, publicados na Resolução nº 750/93.


Confira:

Princípio da Entidade

O Princípio da Entidade reconhece que o patrimônio é o objeto da contabilidade e pertence à


entidade, sem se confundir com os patrimônios particulares (dos seus sócios ou proprietários).

Além disso, também diz que a soma de patrimônios de diferentes entidades não cria uma nova
entidade. Por exemplo: se uma pessoa tiver mais de uma empresa e registrar em relatório todos
os seus negócios, seus patrimônios continuam independentes um do outro.

Princípio da Continuidade

O Princípio da Continuidade diz que a contabilidade deve considerar que a entidade continuará
suas operações indefinidamente no futuro. Isso é necessário para garantir a utilidade de alguns
ativos que, caso a empresa encerrasse suas atividades, teriam o seu valor econômico anulado,
o que geraria insegurança jurídica e tributária.

Princípio da Oportunidade

O Princípio da Oportunidade se refere ao registro dos fatos contábeis de maneira tempestiva e


íntegra, ou seja, no momento oportuno (mais próximo possível de quando ele foi gerado) e com
as informações completas e fidedignas, sem omissões ou excessos.

Princípio do Registro pelo Valor Original

Esse princípio diz que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores
originais das transações, expressos na moeda do país. Quando as transações são feitas com o
exterior, o valor deve ser transformado em moeda nacional no momento do registro, a fim
de homogeneizar os dados do patrimônio da entidade.

Princípio da Atualização Monetária

Esse princípio se relaciona com o Princípio do Registro pelo Valor Original. De acordo com o
princípio anterior, o patrimônio deve ser registrado pelo valor original, mas esse valor deve ser
atualizado de acordo com as variações de poder aquisitivo da moeda nacional.

Princípio da Competência

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O Princípio da Competência diz que os registros de receitas e despesas devem ser incluídos na
apuração dos resultados do exercício (DRE) quando o fato gerador ocorre, independentemente
de quando acontece o pagamento ou recebimento. É isso que chamamos de Regime
de Competência, em contraponto ao Regime de Caixa, que registra o fluxo de caixa das
empresas.

Princípio da Prudência

O Princípio da Prudência também é conhecido como Princípio do Conservadorismo. Trata-se de


considerar o menor valor na mensuração de ativos e o maior valor na mensuração de passivos.
Dessa maneira, evitam-se possíveis equívocos no levantamento das informações e descontrole
financeiro ao subestimar ou superestimar valores.

Patrimônio
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa ou pessoa física. Ou
seja, o conceito engloba tanto o que uma entidade possui como aquilo que ela deve. Para fins
contábeis, o patrimônio constitui apenas aquilo que pode ser medido em valores monetários.

O termo patrimônio possui relação direta com a contabilidade, ciência cuja definição é estudar,
interpretar e registrar os fenômenos que afetam o patrimônio de uma organização.

O patrimônio é composto de ativo e passivo. O ativo corresponde aos bens e direitos, que
possuem valores positivos. Já o passivo é a parte negativa do patrimônio e reúne as suas
obrigações.

O significado de patrimônio pressupõe que ele é indivisível, ou seja, não é possível que uma
empresa ou pessoa tenha mais de um patrimônio. Essa característica impede a organização ou
o indivíduo de tornar inatingível parte de seus bens e direitos em caso de execução de uma
cobrança.

O patrimônio de uma empresa não se confunde com o de seus sócios. As dívidas de uma
empresa, portanto, não afetam o patrimônio de seus donos, exceto se eles praticarem algum
ato ilícito.

Em relação às pessoas físicas, o patrimônio é aquilo que é transmitido por meio da herança.

O que compõe o patrimônio?

O patrimônio é composto pelos bens e direitos, que correspondem ao ativo, e pelas obrigações,
que são o passivo. Veja o significado de cada um desses termos.

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Bens

Os bens são tudo aquilo que possui algum valor econômico, ou seja, que pode ser convertido
em dinheiro. Os bens podem ser classificados como tangíveis, intangíveis, móveis e imóveis.

Bens tangíveis

Como o próprio nome diz, os bens tangíveis são aqueles que podem ser “tocados”. Também são
chamados de bens corpóreos ou materiais. Os bens tangíveis possuem uma existência física,
concreta. É o caso do dinheiro, dos veículos, dos equipamentos e dos terrenos, dentre outros.

Bens intangíveis

Ao contrário dos bens tangíveis, os bens intangíveis são aqueles que não existem fisicamente,
mas que possuem, ainda assim, um valor monetário. Também são chamados de bens
incorpóreos ou imateriais. Marcas, patentes, domínios de internet e pontos comerciais são
alguns exemplos.

Bens móveis

Correspondem a todos os bens concretos que não estão fixos ao solo, ou seja, que podem ser
mudados de lugar sem provocar danos. Inclui, dentre outros, as máquinas, os estoques, os
utensílios, o dinheiro e os animais.

Bens imóveis

São os bens que não podem ser retirados do lugar sem provocar danos ao solo ou ao subsolo,
como os edifícios, os terrenos e as árvores, por exemplo.

Direitos

Os direitos são aquilo que a empresa ou o indivíduo pode cobrar, ou seja, seus recursos que
estão em posse de terceiros. Um exemplo é o pagamento de uma venda feita a prazo. A
empresa, nesse caso, não possui o dinheiro, mas tem o direito de o receber de quem comprou
a mercadoria.

Obrigações

Uma obrigação é o contrário de um direito. É aquilo que a empresa ou o indivíduo precisa pagar.
Se encaixam nesse conceito os valores dos financiamentos e empréstimos, as contas de
consumo e os salários dos funcionários, dentre outros.

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Patrimônio bruto

Patrimônio bruto é sinônimo de ativo. Ou seja, o patrimônio bruto corresponde à soma entre
bens e direitos.

Patrimônio líquido

O patrimônio líquido é corresponde à soma dos bens e direitos, descontado o valor das
obrigações. Ele pode ser obtido por meio da equação patrimonial, cuja fórmula é:

Patrimônio líquido = ativo – passivo

Patrimônio de afetação

Patrimônio de afetação é um mecanismo adotado no Brasil para o setor da construção. Ele é a


permissão para que cada empreendimento de uma construtora possua um patrimônio próprio,
ou seja, tenha uma contabilidade própria, separada das demais operações da empresa.

Essa medida dá maior segurança a quem adquire um imóvel na planta, pois impede a empresa
de transferir recursos de um empreendimento mais novo para outro mais antigo em caso de
dificuldade econômica.

Ativo: os bens e direitos da empresa


Para iniciarmos essa jornada, o primeiro passo é entender o que é o Balanço Patrimonial e para
que ele serve.

O Balanço Patrimonial é um relatório contábil que demonstra com valores e classificações, em


uma determinada data, quanto de patrimônio a empresa possui. O balanço se assemelha a uma
fotografia da empresa em determinado momento que demonstra tudo que ela tem e tudo que
ela deve.

Existem uma série de regras contábeis para a elaboração de um balanço patrimonial, emitidas
pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), mas é importante que você saiba que ele será
dividido em:

Ativo

Corresponde aos bens e direitos da empresa, ou seja, todos os valores que ela possui em caixa,
conta bancária, aplicações, valores que ainda possui a receber de clientes, estoques, máquinas
e equipamentos, entre outros.

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Passivo

Compreende as obrigações para com terceiros, como por exemplo o pagamento de


fornecedores, folha de pagamento, impostos, empréstimos com bancos

Patrimônio Líquido

São os recursos próprios da empresa como o capital social, reservas de lucros criadas e prejuízos
acumulados.

O balanço patrimonial sempre é apresentado comparando o ativo com o passivo somado ao


patrimônio líquido, sendo que o valor de ambos sempre tem que ser o mesmo.

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Ativo-balanço-calculadora-

O que isso significa?

No passivo e no patrimônio líquido temos todas as origens de recursos, ou seja, de onde o


dinheiro foi tirado para operar a empresa, seja ele dos sócios como capital inicial ou de terceiros
como bancos ou fornecedores em compras a prazo.

Todo esse valor, seja ele dinheiro físico ou não, é investido na empresa, e isso será demonstrado
no ativo do balanço patrimonial.

O que é ativo de uma empresa?

O ativo da empresa corresponde aos bens e direitos que ela possui e que podem ser convertidos
em dinheiro. É a parte positiva do balanço patrimonial e identifica onde os recursos da foram
aplicados.

Para que um ativo possa ser considerado desta forma é necessário que ele seja considerado um
bem ou um direito para a empresa, seja de propriedade da mesma (tem que ter nota fiscal em
nome da empresa se for um bem, por exemplo), poder ter seu valor monetário calculado e gerar
benefícios para o negócio.

O que significa a palavra ativo na contabilidade?

Pode ser classificado como ativo tudo o que pode ser convertido em dinheiro de alguma forma.
Por exemplo, o dinheiro em banco é um ativo, o estoque da empresa pode ser vendido e virar

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dinheiro, então é um ativo, o carro da empresa pode ser vendido e virar dinheiro, então é um
ativo.

Todos estes itens são de propriedade da empresa, tem seu valor estabelecido em nota fiscal ou
outro documento fiscal e geram benefícios para a empresa.

Quais são os ativos de uma empresa?

São exemplos de ativos em uma empresa:

Ativo circulante: caixa, banco, aplicações financeiras, clientes a receber, estoques, entre outros;

Ativo não circulante: móveis, equipamentos, veículos, softwares, computadores, investimentos,


entre outros.

O que é ativo circulante?

O Ativo de uma empresa é separado entre ativo circulante e ativo não circulante. Essa divisão é
realizada com base no prazo de conversão em dinheiro que estes bens e direitos possuem.

São entendidos como contas do ativo circulante aquelas que já registram o dinheiro em espécie
como caixa, bancos e aplicações financeiras. Também entram no grupo os bens e direitos que
pretendem ser transformados em dinheiro a curto prazo, ou seja, até o final do ano seguinte ao
do fechamento do balanço.

Por exemplo, uma empresa que encerra seu exercício social em 31 de dezembro, no balanço
patrimonial de 2020 apresentará no ativo circulante todos os bens e direitos realizáveis até
31.12.2021.

O que é ativo não circulante?

Já no ativo não circulante se encontra o grupo das contas contábeis com os bens e direitos que
podem ser convertidos em dinheiro, mas com um prazo maior de 12 meses de realização, como
a intenção de venda de móveis, computadores etc.

No mesmo exemplo anterior, uma empresa que encerra seu exercício social em 31 de dezembro,
no balanço patrimonial de 2020 apresentará no ativo não circulante todos os bens e direitos
realizáveis após 31.12.2021.

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Qual é a importância do ativo?

Entender a estrutura, composição e acompanhar os saldos do ativo da empresa é importante


para a análise da aplicação dos recursos da empresa.

Em outras palavras, no ativo você vai identificar onde está aplicando o dinheiro da empresa e
quanto tem disponível para pagar suas obrigações.

Como o ativo é organizado?

Além da separação com relação ao prazo de realização do ativo, como já vimos, entre ativo
circulante e não circulante, existem outras classificações importantes que são feitas para
organizar o balanço patrimonial e facilitar as análises posteriores.

Vamos utilizar como exemplo uma empresa que encerra seu exercício social em 31 de
dezembro. Em 2020, o balanço patrimonial terá em seu ativo:

Ativo Circulante

Ativo Não Circulante

Ativo Realizável a Longo Prazo: Bens e Direitos da mesma natureza das do ativo não circulante,
porém realizáveis após 31.12.2021

Investimentos: Participações em outras empresas, de caráter permanente

Imobilizado: Bens e direitos necessários à manutenção da atividade da empresa e que sejam


tangíveis, como máquinas, edifícios, computadores, etc.

Intangível: Bens e direitos necessários à manutenção da atividade da empresa e que sejam


incorpóreos, como o fundo de comércio, marcas e patentes, softwares.

Ativo-balanço-computador-

Depreciação e Amortização, o que são?

Agora que já entendemos um pouco melhor sobre a composição do ativo, é importante


entender sobre algumas particularidades que também precisam ser contabilizadas e afetam o
balanço da empresa, mas que não necessariamente afetam o financeiro do negócio.

A principal delas é o desgaste que alguns ativos sofrem com o tempo de uso pelo tempo de vida
útil, a chamada depreciação no caso de bens tangíveis e amortização no caso de intangíveis.

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Este desgaste reduz o valor final do bem contabilizado no balanço patrimonial e deve ser
considerado para fins de análise dos investimentos realizados na empresa.

Por exemplo, se você comprou um computador para sua empresa, a Receita Federal determina
que a taxa de depreciação dele será de 20% ao ano, ou seja, ao final de 5 anos, ele não terá mais
nenhum valor contábil e se você o vender por qualquer valor, terá um ganho de capital.

A depreciação e amortização são importantes, pois, funcionam como uma “provisão” para a
aquisição de novos equipamentos, indicando o tempo de vida útil dos bens permanentes da
empresa.

Por que analisar o ativo é tão importante?

Analisar o ativo da empresa é importante pois é neste grupo que teremos os recursos disponíveis
da empresa para honrar com os compromissos e reinvestir na empresa.

Alguns indicadores importantes que utilizem o ativo em seu cálculo são:

Giro do Ativo

Giro do ativo = Receita Líquida / Ativo Total

Este indicador demonstra o quanto a empresa foi eficiente em seu resultado utilizando ao usar
seus ativos. Se o resultado for muito baixo, o indicador pode estar demonstrando que sua
empresa tem ativos que não estão gerando receitas da forma esperadas.

Liquidez

Liquidez Imediata = DISPONÍVEL / PASSIVO CIRCULANTE

Liquidez Seca = (ATIVO CIRCULANTE – ESTOQUES) / PASSIVO CIRCULANTE

Liquidez Corrente = ATIVO CIRCULANTE / PASSIVO CIRCULANTE

Liquidez Geral = (ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL A LONGO PRAZO) / (PASSIVO CIRCULANTE +


EXIGÍVEL A LONGO PRAZO)

Os indicadores de liquidez determinam a capacidade monetária que uma empresa tem para
cumprir com suas obrigações do passivo. Ou seja, analisando os resultados destes quatro índices
financeiros, fornecedores, bancos, investidores, e os próprios sócios podem averiguar a saúde
financeira do negócio em determinado período.

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O índice de liquidez imediata corresponde a capacidade de pagamento dos compromissos com
os recursos disponíveis em curtíssimo prazo: caixa, banco e aplicações financeiras.

A liquidez seca e corrente tratam da capacidade de pagamento de contas de curto prazo, ou


seja, aquelas que vencem em até um ano após o fechamento do balanço patrimonial, com os
recursos do ativo circulante.

Já a liquidez geral corresponde a capacidade que a empresa possui de pagar todas as suas dívidas
considerando todos os seus bens e direitos.

Ativo-balanço-caderno-antigo

Mas como analisar?

Para os indicadores de liquidez, existe uma regra que avalia os resultados da seguinte forma:

Resultado > 1: bom grau de liquidez;

Resultado = 1: recursos se igualam ao valor dos pagamentos;

Resultado < 1: não possui como quitar suas dívidas no momento.

Desta forma, para ser considerada uma empresa com bom índice de liquidez, o resultado de
suas contas deve ser sempre superior a 1, o que significa que seu ativo disponível é maior que o
passivo a pagar.

Conhecer mais sobre os números de sua empresa e o que eles significam é de extrema
importância para alavancar seu negócio e garantir a correta gestão e otimização de seus
recursos. Com isso, o retorno será muito maior!

Neste processo é muito importante ter uma contabilidade que te dê todo o suporte necessário
para que você possa analisar seus indicadores periodicamente.

Na contabilizei você tem acesso aos relatórios contábeis de forma tempestiva e transparente,
em sua plataforma online, a qualquer tempo.

São mais de 400 colaboradores, prontos para te ajudar a desenvolver sua empresa e
desburocratizar a contabilidade do país.

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Passivo: as obrigações da empresa
O que é passivo em uma empresa? Passivo é o termo presente em um Balanço Patrimonial para
especificar todas as obrigações e dívidas financeiras de um negócio.

Essas, por sua vez, podem ser devidas tanto para Pessoas Físicas (PF) quanto para Pessoas
Jurídicas (PJ).

Assim, fazem parte dos passivos de um negócio as despesas relacionadas a pagamento de


salários, impostos, tributos, empréstimos, fornecedores, entre muitas outras.

Ou seja, o passivo também é visto como o saldo redutor dos lucros e do valor do patrimônio de
uma empresa. Isso quer dizer que, quanto maior ele for, menos valor e lucros têm o negócio.

Qual é a diferença entre ativo e passivo?

Mas para entender melhor o que é passivo de uma empresa, é fundamental falarmos também
um pouco sobre o seu ativo.

Assim, se o passivo representa os gastos que um negócio tem para se manter, o ativo representa
os seus recursos.

Nesse conceito, estão incluídos todos os direitos e bens de uma empresa. Ou seja, tudo o que
gera valor econômico para esse negócio, por exemplo, contas a receber, estoque, maquinários,
veículos etc.

Em outras palavras, os ativos são patrimônios pertencentes a um negócio que podem gerar
benefícios ou valor econômico em curto, médio ou longo prazo.

Dentro do Balanço Patrimonial, os ativos estão separados entre ativos circulantes e ativos não
circulantes.

Ativos circulantes

São considerados ativos circulantes todos os recursos, bens e direitos de uma empresa que
podem ser transformados em valores de maneira imediata, ou em um prazo menor do que um
ano.

Aqui entram o saldo em caixa, valores disponíveis em contas bancárias, contas a receber,
tributos a recuperar, estoques que podem ser vendidos, aplicações a serem resgatadas, entre
outros.

Ativos não circulantes

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Já os ativos não circulantes dizem respeito aos bens, direitos e recursos que pertencem a uma
empresa, os quais podem ser transformados em valores dentro de um prazo superior a um ano.

Esse conceito inclui aplicações com resgates em longo prazo, bem como imobiliários, máquinas,
veículos, móveis, ou seja, ativos tangíveis (com presença física).

Nessa lista também podem ser inseridos os ativos intangíveis (sem presença física), mas que
também geram benefícios econômicos para o negócio, se necessário, por exemplo, direitos
autorais e patentes.

Quais são os passivos de uma empresa?

Saber o que é passivo compreende entender que eles também são os recursos aplicados ou
emprestados por terceiros os quais deverão ser pagos em algum tempo.

Isso quer dizer que, além das despesas fixas mensais que um negócio tem, tudo o que precisa
ser quitado (pago), independentemente do prazo, é considerado um passivo.

Exemplos de passivos

Dentro desse conceito, são exemplos de passivos de uma empresa:

Contas recorrentes, tais como água, luz, telefone, serviço de internet, aluguel, prestação do
imóvel;

Obrigações trabalhistas, como pagamento do salário dos funcionários, 13º, recolhimento do


FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e
de outros encargos;

Pagamento de fornecedores;

Pagamento de prestadores de serviço;

Pagamento de empréstimos e financiamentos;

Obrigações fiscais, as quais contemplam o pagamento de impostos federais, estaduais e


municipais, a exemplo do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), ICMS (Impostos sobre
circulação de mercadorias e serviços), IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana) e
outros.

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O método de partidas dobradas
A contabilidade surge junto ao desenvolvimento da sociedade e do comércio. Nos seus
primórdios, a contabilidade tinha um caráter mais gerencial, tendo seu foco no controle dos
estoques, entre outras atividades que serviam mais para o controle do dono do negócio.

Com o passar do tempo, principalmente entre o século XV e XVI, com o advento da expansão
marítima europeia, os investidores começaram a realizar investimentos nas empresas e assim,
a contabilidade passa a ter um para o usuário externo.

Desse modo, com o avanço dos negócios, a contabilidade teve que ter sua primeira grande
mudança. Não se sabe até quando de fato surgiu a partida dobrada, mas a primeira pessoa a
documentar essa metodologia foi o Luca Bartolomeo de Pacioli.

De acordo com a literatura contábil, Luca Pacioli é tido como o pai da contabilidade moderna,
pois por meio da sua obra Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalità, a
metodologia da partida dobrada foi registrada pela primeira vez.

O método das partidas dobradas

O que é e como funciona

Depois de entender o que é a história por trás do surgimento da partida dobrada, abordaremos
o que é essa metodologia.

Antes do método das partidas dobradas, tínhamos a metodologia da partida simples, essa
metodologia servia apenas para controlar um único elemento. Exemplos para essa metodologia
são o livro caixa, controle de estoque e controle de clientes, os quais serviam apenas para
analisar entradas e saídas desses itens.

Com o surgimento das partidas dobradas, iremos não só controlar um dos lados da operação,
mas ambos os lados. Exemplos dessas operações são:

Venda de mercadoria: Redução do estoque e aumento do caixa (receita)

Compra de mercadoria: Aumento do estoque e redução de caixa (despesa)

Captação de empréstimo: Aumento da dívida e aumento do caixa;

Pagamento de juros: Diminuição da dívida e diminuição do caixa;

Controle do método das partidas dobradas

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Para fazer esse controle a metodologia das partidas dobradas precisamos realizar dois tipos de
lançamentos que são:

Lançamentos a débito: Quando se realiza o lançamento na partida dobrado no débito, esse


registro irá trazer um aumento no ativo ou diminuição no passivo, um aumento das despesas ou
diminuição nas receitas; e

Lançamentos a crédito: Já no caso de lançamentos a crédito, esse registro irá fazer um aumento
no passivo ou diminuição no ativo, um aumento da receita ou diminuição nas despesas.

Assim, toda vez que se realiza um lançamento na contabilidade, podemos seguir as seguintes
regras:

Um débito e um crédito com o mesmo valor;

Um débito e vários créditos, onde o débito terá o mesmo valor de todos os créditos somados;

Vários débitos e um crédito, na qual a soma de todos os débitos será igual ao crédito; e

Vários débitos e vários créditos, onde a soma de todos os débitos será igual a soma de todos os
créditos.

Para fins de visualização, a contabilidade representa as contas por meio da razão T e o lado
esquerdo da razão será o lado do débito e o lado direito será o lado do crédito, abaixo, o exemplo
da razão T.

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Fonte: Elaboração própria

Fonte: Elaboração própria

Método das partidas dobradas

Exemplo da utilização da metodologia

Depois de compreender a história do método das partidas dobradas e entender o que é e como
funciona a metodologia, apresentamos agora exemplos práticos de contabilizações por meio
das partidas dobradas.

Pagamento de fornecedores de R$200,00

Fonte: Elaboração própria.

Recebimento de venda de R$ 100,00

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Fonte: Elaboração própria.

Baixa de estoques de R$ 100,00

Fonte: Elaboração própria.

A importância do tema para o investidor

Consideramos que o texto vem para evidenciar aos investidores, como funciona a forma que a
contabilidade registra os atos econômicos, bem como o processo de surgimento do método das
partidas dobradas ao longo da história da contabilidade financeira.

Formas de registro: débitos e créditos


O avanço das vendas no cartão

Contra números, é bem difícil ter bons argumentos, não é mesmo? Alguns deles têm reforçado
o crescimento nas vendas no cartão e, por consequência, a necessidade de registro das
operações de débito e crédito na contabilidade. Confira:

Em 2016, o aumento nessas transações chegou a 6,3%, na comparação com o ano anterior;

Já no primeiro trimestre de 2017, o crescimento foi de 5,9%;

Estima-se que 95% dos clientes que têm cartão de crédito o utilizam todo mês.

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Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) e
mostram um avanço em ritmo superior ao da economia brasileira, inclusive.

Em parte, tal crescimento se deve à proliferação de maquininhas para a oferta deste meio de
pagamento. Modelos que funcionam sem fio, conectados ao celular e sem mensalidade vêm
tornando as vendas no cartão acessíveis mesmo a pequenos empreendimentos.

Mas o que isso tudo tem a ver com o seu escritório? Um contador atento, que não deixa escapar
uma boa oportunidade de crescimento, já sabe. Afinal, o maior uso da ferramenta implica no
aumento da necessidade de seu suporte. Em outras palavras, novos e antigos clientes precisam
de você para registrar corretamente as transações no débito e crédito na contabilidade.

Para muitos deles, inclusive, esse é um tópico desconhecido. Além da incidência de juros, tem a
particularidade de os prazos nos recebimentos serem diferentes das vendas. Tudo isso gera uma
série de dúvidas, e um bom contador deve prestar auxílio e marcar presença para respondê-las.

Débito e crédito na contabilidade: caixa ou competência?

Como acabamos de ver, há bons motivos para você dedicar atenção a esse tópico. Afinal, muitos
dos seus clientes talvez vendam no cartão hoje e, futuramente, muitos outros passem a vender.

A primeira entre as principais dúvidas que eles têm sobre o registro contábil dessas operações
diz respeito ao regime escolhido, se por caixa ou competência. O cartão é sempre um exemplo
clássico utilizado para explicar as particularidades de cada um. E não é por acaso.

Tanto no débito quanto no crédito, a data da venda nunca é a data do recebimento. O prazo
previsto para o dinheiro entrar na conta varia bastante conforme a operadora. Em alguns casos,
vendas no débito são creditadas em apenas 1 dia útil. Por outro lado, operações no cartão de
crédito podem demorar até 31 dias para o recebimento ser concretizado.

Se o cliente adotar o regime de competência, a receita é registrada na data do fato gerador. Ou


seja, isso deve ocorrer no dia exato em que a venda foi realizada. A particularidade aqui é que
independe de o pagamento ter sido realizado ou não.

Já se ele adotar o chamado regime de caixa, o registro contábil da venda ocorre tão somente
quando o dinheiro entra na sua conta. É como uma cópia fiel do extrato bancário. Isso pode ser
interessante para que não seja registrada uma despesa ou receita não realizada.

Esse é um assunto que um contador domina com tranquilidade, mas não o seu cliente. Perceba
aí que você pode se aproximar das oportunidades ao agir quase como um tradutor. É preciso ser
didático, pois, ao ajudar o cliente, seu escritório ganha pontos importantes.

Como auxiliar o cliente a fazer os registros

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Vencida a etapa da definição quanto ao regime para registro dos lançamentos contábeis, é
chegada a hora de entrar nos detalhes da operação. Como você sabe bem, esse tipo de
transação costuma ter taxas que variam bastante. Há descontos diferentes para o débito e o
crédito e datas e prazos que mudam conforme a maquininha usada.

Se o seu cliente já é o tipo de empreendedor que foge de números e de cálculos, esse é um


assunto bastante espinhoso. Mas lembre-se da dica que acabamos de dar: seja didático.

Sua estratégia aqui deve ser a de conquistar o cliente pela confiança. Ao estar ao seu lado como
um provedor de soluções, você ganha mais do que respeito, pois favorece a construção de um
relacionamento de longo prazo.

Caracterize como venda a prazo

Operações de venda à vista não se restringem ao dinheiro, certo? De fato, do ponto de vista do
consumidor, essa regra está correta. Mas pelo prisma da contabilidade, sempre que um cartão
é usado como meio de pagamento, o registro de débito e crédito na contabilidade conta como
uma venda a prazo.

A razão é simples e já abordada: a venda nunca gera receita imediata no caixa. Na melhor das
hipóteses, o dinheiro oriundo dela estará disponível em 1 dia útil. Na pior, quase 1 mês depois.

Identifique os prazos

Se o seu cliente fez o dever de casa, ao escolher sua maquininha ele já se atentou a essa questão.
Assim, sabe bem quais são os prazos de recebimento, tanto no débito quanto no crédito. Mas
se houver dificuldade da parte dele, não julgue, apenas esteja pronto para ajudar.

O que muitas vezes atrapalha os empreendedores é a existência de prazos diferentes conforme


o cartão utilizado. Quer um exemplo? Há equipamentos que estabelecem 5 dias úteis para uma
determinada bandeira e 15 para outras. Isso aumenta a exigência por controle e organização.

Confirme o peso das taxas

A variação encontrada nos prazos aparece nas taxas, que são diferentes não apenas entre as
máquinas, mas também entre as vendas no débito, no crédito à vista, no crédito parcelado e no
crédito parcelado em longo prazo. É muita coisa para pensar, concorda?

Trabalhe com exemplos

Mostrar no papel o comportamento dos registros é a ação mais efetiva para que haja
compreensão do cliente. De quebra, quando melhor preparado, ele contribui com informações
contábeis mais precisas.

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A partir da sua realidade e das vendas realizadas, vale detalhar como é construído o registro
contábil. Explique, por exemplo, que o total a receber da operadora por suas vendas é um tipo
de ativo circulante, enquanto os impostos sobre elas representam um passivo circulante.

Quanto mais acostumado ele estiver a conceitos e suas aplicações práticas, menos erros
cometerá e mais satisfeito ficará com o apoio do contador à sua empresa.

Livro Diário
O Livro Diário é um livro contábil no qual as empresas escrituram todas as movimentações que
envolvem valor, podendo ser modificativas ou permutativas.

Nesse livro, são lançados, dia a dia, os fatos contábeis em partidas dobradas, ou seja, todos os
créditos e débitos deverão sempre ter resultados iguais. Por padrão, a conta débito deve sempre
ser lançada antes da conta crédito, mesmo em lançamentos múltiplos.

Acesse grátis seu painel exclusivo

Os lançamentos no Livro Diário podem ser feitos de forma manuscrita, por reprodução ou por
meio eletrônico. Os registros precisam seguir uma ordem cronológica, desde o primeiro dia até
o último dia de cada ano, independente da forma de escrituração.

Para evitar erros e riscos para a empresa, o Livro Diário deve ser elaborado por um contador.
Hoje em dia, plataformas como a Conta Azul facilitam a escrituração online e reduzem muito o
trabalho operacional.

Livro Diário é obrigatório?

O Livro Diário possui escrituração obrigatória (exigido por lei), sendo instituído pelo Decreto-Lei
486 e regulamentado pelo Decreto-Lei 64.567.

Além disso, o Código Civil obriga que as empresas adotem um sistema de contabilidade e
elaborem o Livro Diário, juntamente com as demonstrações contábeis.

Dessa forma, todas as empresas, independente do porte ou tipo societário são obrigadas a fazer
a escrituração contábil seguindo as Normas Brasileiras de Contabilidade, não havendo exceção
na legislação.

Livro Diário: digital ou impresso

Tanto a versão digital quanto a impressa possuem a mesma finalidade. O que as diferencia é a
comodidade e facilidade para realizar os registros contábeis.

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Ambas as versões devem utilizar a moeda corrente no país e o idioma local. Os lançamentos
devem ser registrados de forma clara, com linguagem mercantil e seguir uma ordem cronológica
de dia, mês e ano.

O Livro Diário impresso precisa ser encadernado e ter suas folhas numeradas tipograficamente,
ter uma numeração única, conter os termos de abertura e encerramento preenchidos na
primeira e última página respectivamente e ser autenticado pelas Juntas Comerciais.

O livro tradicional também pode ser substituído por fichas contínuas. No entanto, o seu uso não
exclui a exigência de todos os requisitos previstos na lei para o Livro Diário. As empresas que
utilizam fichas também são obrigadas a adotar o livro próprio para a inscrição das
demonstrações financeiras.

No caso do Livro Diário digital, este também precisa conter os termos de abertura e de
encerramento e seguir a ordem cronológica de dia, mês e ano dos registros. A diferença é que
ele poderá ser elaborado e assinado digitalmente pelo representante da empresa e pelo
contador responsável pela escrituração.

A partir do aplicativo do Sped, é possível encaminhar o arquivo pela internet para que as Juntas
Comerciais façam a validação e autenticação do livro digital. A principal vantagem desse formato
é que qualquer pessoa que tiver o arquivo pode visualizar e imprimir a escrituração, sem precisar
solicitar o livro físico.

Caso essas formalidades não sejam respeitadas, o Livro Diário pode ser invalidado, passando a
fazer prova de irregularidade fiscal contra a empresa.

Atualmente, as empresas enquadradas no regimes do Lucro Real, Lucro Presumido, Terceiro


Setor e Sociedades em Conta de Participação (SPC) são obrigadas a entregar o livro digital via
ambiente Sped, em formato exigido pela Receita Federal. No entanto, a intenção é que, em
breve, todas as empresas passem a adotar a versão digital.

O que deve conter no livro diário

O Livro Diário precisa atender a determinadas exigências e formalidades. Veja algumas delas:

Termo de abertura

Deve informar a que se destina o livro, a empresa à qual ele pertença, o endereço da sede, o
número de CNPJ, número de ordem, quantidade de folhas, o número e data do arquivamento
dos atos constitutivos no Órgão de Registro estipulado.

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Escrituração

São registrados os fatos contábeis com a data da operação, títulos das contas de débito e
crédito, seus respectivos valores e histórico com algumas informações sobre o registro, como o
número da nota fiscal.

DRE

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) descreve as operações contábeis em


determinando período, apurando se a empresa teve lucro ou prejuízo, através das contas de
resultado.

Balanço patrimonial

O Balanço Patrimonial informa a situação patrimonial da empresa ao final de um exercício. Nele


são descritos todos os bens, direitos e obrigações de uma empresa.

Demonstração do Resultado Abrangente

A Demonstração de Resultados Abrangentes é uma importante ferramenta de análise gerencial.

Respeitando o princípio de competência de exercícios, atualiza o capital próprio dos sócios,


através do registro no patrimônio líquido (e não no resultado) das receitas e despesas incorridas,
porém de realização financeira “incerta”, uma vez que decorrem de investimentos de longo
prazo, sem data prevista de resgate ou outra forma de alienação.

Passou a ser obrigatória de acordo com a Resolução CFC nº 1.185/09 e o CPC 26 mesmo não
sendo prevista na Lei nº 6.404/76.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

É a demonstração que substituiu a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA).


Assim, todas as informações que faziam parte da DLPA passaram a compor a DMPL.

A DMPL demonstra todas as movimentações ocorridas no patrimônio líquido da organização em


determinado período, além da formação de todas as reservas.

Antes de entrar em vigor a Resolução n.º 1.185/2009, as empresas não eram obrigadas a
publicar a DMPL, no entanto ela passou a fazer parte do conjunto de demonstrações de
divulgação obrigatória.

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Demonstração dos Fluxos de Caixa

A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro no
caixa durante o período e o resultado desse fluxo.

Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica


e deve ser incluída no Livro Diário.

Notas explicativas

É obrigatório informar nas notas explicativas os critérios utilizados na avaliação do patrimônio


da empresa, principalmente estoques, cálculos de depreciação, amortização/exaustão,
provisões para encargos ou riscos, entre outros.

Devem ser apresentados os investimentos, aumento de valores de ativos, ônus reais, taxas de
juros, datas de vencimentos de obrigações e compras de ações.

Também é necessário detalhar ajustes de exercícios anteriores e eventos subsequentes que


ocorreram após a data de encerramento do período e que podem afetar a situação financeira
da empresa.

Termo de encerramento

Indica a finalidade do livro, o número de ordem, o número de folhas e a empresa a que ele
pertence.

Como fazer o Livro Diário

O lançamento é a técnica de escrituração contábil na qual são detalhados os fatos contábeis


como o histórico, as contas de débito e crédito, a forma de pagamento e a datas em que as
transações ocorreram.

Geralmente, os lançamentos utilizam as seguintes regras:

+ A: Mais bens e direitos (Mais Ativo)

- A: Menos bens e direitos (Menos Ativo)

+ P: Aumenta dívida, mais obrigações (Mais Passivo)

- P: Diminui dívida, menos obrigações (Menos Passivo)

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+ PL: Mais receita (Mais Patrimônio Líquido)

- PL: Menos receita, mais despesa, mais custo (Menos Patrimônio Líquido)

Exemplos de lançamentos no Livro Diário

Exemplo 1

10/03/2018

Débito: Caixa (+A) $ 10.000,00

Crédito: Capital subscrito (+PL) $ 10.000,00

Histórico: Constituição da empresa ABC, com um capital integralizado em dinheiro de R$


10.000,00.

Explicação: Como os sócios investiram dinheiro na empresa, aumentou o caixa (+A) e também
há mais receita no negócio (+PL).

Exemplo 2

25/04/2018

Débito: Veículos (+A) $ 30.000,00

Crédito: Caixa (-A) $ 30.000,00

Histórico: Compra de um automóvel, conforme Nota Fiscal n° 10, da empresa Comércio de


Veículos ME, por R$ 30.000,00.

Explicação: Com a compra desse veículo, a empresa reforçou os seus ativos (+A) e reduziu a
quantidade de recursos no banco (-A).

Exemplo 3

02/06/2018

Débito: Fornecedor (-P) $ 1.000,00

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Crédito: Banco (-A) $ 1.000,00

Histórico: Pagamento de um fornecedor, conforme Nota Fiscal nº 50, da empresa Restaurante


Bom Prato, no valor de R$ 1.000,00

Explicação: A conta de fornecedores teve sua dívida reduzida em R$ 1.000,00 e diminuiu a


quantidade de recursos no banco (-A).

Exemplo 4

30/06/2018

Débito: Caixa (+A) $ 5.000,00

Crédito: Clientes (-A) $ 5.000,00

Histórico: Recebimento de R$ 5.000,00 em dinheiro do Cliente João da Silva.

Explicação: A empresa recebeu dinheiro em caixa (+A) e diminuiu sua conta de bens a receber (-
A).

Livro Razão
Na contabilidade, o Livro Razão é um registro de escrituração que tem a finalidade de coletar
dados cronológicos de todas as transações registradas no Livro Diário e organizá-las por contas
individualizadas.

Com o Livro Razão, é possível controlar o movimento de todas as contas contábeis


separadamente. Esse controle individual permite apurar saldos e seus resultados (por exemplo,
saldo de uma determinada despesa ou da receita de vendas).

Dessa forma, o Livro Razão fornece um histórico detalhado de transações e o saldo atual de cada
conta do sistema contábil, durante o período selecionado.

No final do exercício, os livros, portanto, servem como fonte autorizada de dados para a criação
de relatórios contábeis/financeiros de uma empresa, como o balancete, balanço patrimonial,
entre outros.

Livro Razão é obrigatório?

O Livro Razão é indispensável em qualquer empresa, por demonstrar de forma analítica as


contas escrituradas no livro diário.

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Ele é obrigatório para as empresas cuja tributação do Imposto de Renda tem, como base, o Lucro
Real. A autenticação do Livro Razão é dispensada pela Junta Comercial, pois se trata de uma
cópia autêntica daquilo que já foi escriturado no livro diário.

A legislação atual do Imposto de Renda não impõe a obrigatoriedade de encadernação do Livro


Razão. Ele apenas deve ser mantido em boa ordem e seguir as normas da legislação comercial e
fiscal.

Ainda assim, deve conter o termo de abertura e de encerramento, além da assinatura do


representante legal da empresa e do contador responsável.

Para os optantes pelo Simples Nacional, a Resolução n° 140/2018, do Comitê Gestor do Simples
Nacional, definiu que as empresas que fizerem a apresentação do Livro Diário e Livro Razão
estão dispensadas do registro do Livro Caixa.

Livro Razão: digital ou impresso

No passado, o Livro Razão existia apenas em formato de livro impresso, no qual se atribuía uma
conta para cada página. Dessa forma, existia uma página para "caixa", outra para "estoque",
outra para "fornecedores", etc.

Com o passar do tempo, as folhas se tornaram avulsas, muitas vezes sendo substituídas por
“fichas razão”. Hoje o Livro Razão pode ser feito de forma digital, por meio de sistemas de gestão
contábil.

Historicamente, quando os livros contábeis eram encadernados e as entradas eram manuscritas,


os dados eram lançados periodicamente. Isso significava que os saldos das contas eram
conhecidos apenas pelo lançamento mais recente.

Sistemas baseados em software, no entanto, atualizam as contas contábeis com frequência ou


até mesmo continuamente. Assim, os saldos de contas são mantidos sempre atualizados.

Desde 2007, o Livro Razão pode ser enviado por meio do SPED Fiscal. Em relação aos fatos
contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, estão obrigadas as empresas no regime
tributário do Lucro Real a adotar a Escrituração Contábil Digital (ECD) e a substituição dos livros
físicos contábeis.

O que deve conter no Livro Razão

Para que o Livro Razão seja escriturado de forma correta e organizada, ele deve conter
determinados elementos contábeis.

A lista completa de contas que aparecem no livro diário da organização e nas entradas do Razão
é chamada de "plano de contas".

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Em grandes empresas, o plano de contas pode incluir centenas de contas diferentes. Nesses
casos, pode ser útil usar não apenas um Livro Razão geral, mas também adotar um conjunto de
livros auxiliares.

Os lançamentos demonstrados no Livro Razão precisam consolidar os seguintes dados:

Nome e código da conta

Data de lançamento: dia, mês e ano do evento que modificou o valor do componente
patrimonial da empresa
Histórico do lançamento: escrituração da descrição completa da movimentação ocorrida
Contrapartida: conta contábil que complementa o lançamento
Débito e Crédito: registro do valor que foi acrescido ou diminuído do saldo de determinada conta
contábil.
Saldo: diferença entre o total de débitos e o total de créditos de uma conta contábil
D/C: indicação da natureza do saldo escriturado, sendo o “D”, o devedor e “C”, o credor.

Como fazer o Livro Razão

O ato de transferir as transações do diário para as respectivas contas do Livro Razão é chamado
de lançamento. Cada transação financeira tem um documento de origem, como uma fatura ou
um cheque, bem como um lançamento contábil. Dependendo do tamanho e
da complexidade do seu negócio, o livro pode conter centenas de contas, incluindo ativos
circulantes, ativos permanentes, passivos circulantes, passivos de longo prazo, contas de
patrimônio líquido, receitas, contas de despesas, de resultados do exercício etc.

Exemplo de lançamento

Suponha que, para o início das atividades de uma empresa prestadora de serviços, o sócio
administrador investiu um montante de R$ 30.000,00, definido no contrato social da entidade.
Na imagem abaixo, demonstramos um lançamento contábil no livro razão, desta subscrição de
capital social.

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A primeira coluna se refere ao histórico, ou seja, a descrição da operação realizada.

A segunda coluna, chamada de n° Conta, mostrará a conta contábil utilizada em contrapartida


no lançamento, neste caso, a contrapartida contábil (crédito) do banco é a conta “capital
subscrito”.

A terceira e quarta colunas são dedicadas a quantias de débito e valores de crédito.

A coluna de saldo mostra a soma dos valores lançados dentro do período selecionado. Nesse
caso, como houve apenas o lançamento do capital social, os saldos das duas contas contábeis
estão com o mesmo valor, R$ 30.000,00.

Balancete de verificação
As demonstrações de uma empresa resultam dos saldos das várias contas conforme vão sendo
registradas. O Balancete de Verificação é um documento que reúne estes saldos e serve para
verificação dos mesmos.

Este Balancete é utilizado ainda durante as apurações da contabilidade principalmente para a


verificação de possíveis erros nos saldos e antes de se formar nas demonstrações finais.

Quando faz parte da fase inicial de apuramento, é conhecido como Balancete inicial e é utilizado
para regularizações ainda antes de se apurar os resultados da empresa (lucro ou prejuízo).

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Com as regularizações feitas e com os resultados calculados é obtido o Balancete final, podendo
se formar no Balanço Patrimonial e nas Demonstrações de Resultados do Exercício.

Como é feito um Balancete de Verificação

O Balancete de Verificação contém os saldos das contas de um outro documento contábil


conhecido como Razão. Nele são registradas todas operações a débito ou a crédito do período.

Ao Balancete são passados apenas as quantias somadas do Razão para cada conta, sintetizando
toda a informação financeira em um único documento.

Um dos objetivos principais do Balancete de Verificação é que o total de débitos seja igual ao
total de créditos. Isso acontece porque, pelo método digráfico, um débito em uma conta origina
crédito em outra. Se em algumas delas uma operação estiver em falta, o balancete não estará
saldado.

A montagem do Balancete de Verificação é feito em colunas que incluem os nomes de cada


conta, o total de operações a débito e a credito e os saldos de cada uma delas. O saldos podem
ser os anteriores e os atuais, depois dos movimentos.

Exemplo

No quadro abaixo temos um exemplo de um Balancete de Verificação com os movimentos do


período na coluna do meio:

Valores em R$

Esse balancete traz a identificação das contas, os seus saldos antes dos movimentos e os saldos
após as movimentações do período a analisar.

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Vale notar que as movimentações podem alterar o saldo da conta de um período a outro. No
caso da conta caixa, por exemplo, ao saldo já existente "entraram" R$ 150.000,00 e "saíram" R$
154.500,00.

Por ser uma conta dos Ativos do Balanço, o saldo positivo fica a débito. Neste caso:

R$ 13.000,00 + R$ 150.000,00 - R$ 154.500,00 = R$ 8.500,00

Como as contas possuem operações que inter-relacionadas, o total de débitos e o total de


créditos resultam nas mesmas quantias.

Nos próximos passos, o contabilista pode efetuar as correções que forem necessárias e
desenvolver um novo balancete se for preciso.

Nas operações finais são saldadas as contas de rendimentos e despesas para a formação da
Demonstração de Resultados do Exercício. Os saldos que permanecem destinam-se ao Balanço
Patrimonial.

Contas
Conta é o nome técnico que identifica cada componente do patrimônio (Bens, Direitos e
Obrigações ou Patrimônio Líquido) e cada elemento de resultado (Despesas e Receitas).

A função da conta é representar a variação patrimonial que um fato promove no patrimônio da


empresa. Todo fato mensurável em dinheiro é representado por uma conta.

É através das contas que a contabilidade consegue exercer o seu papel. Todos os
acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa (como compras, vendas, pagamentos e
recebimentos) são registrados pela contabilidade em contas próprias.

Assim, toda movimentação de dinheiro efetuada dentro da entidade é registrada em uma conta
denominada Caixa, os objetos comercializados pela entida de são registrados em uma conta
denominada Mercadorias/Estoques, e assim por diante.

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Exemplo: Suponha que você vá ao banco e efetue um depósito em seu próprio nome. Sendo
correntista do banco, você terá uma conta aberta em seu nome, o que significa dizer que o valor
depositado vai ser anotado em um registro, destinado a demonstrar todas as suas transações
com o banco, chamado Conta. Da mesma forma que o banco, as empresas utilizam contas para
registrar as transações ocorridas.

Teoria das Contas

Ao longo da história da Contabilidade, a classificação das contas tem dividido os doutrinadores


entre várias respostas, resultando em formas diferentes de classificação e interpretação das
contas. Isto fez com que aparecessem várias escolas defensoras de seus princípios para justificar
os critérios adotados para classificação das contas. Entre as teorias apresentadas pelas escolas,
três delas se tornaram as mais importantes: Teoria personalista, Teoria materialista e Teoria
patrimonialista.

Teoria Personalista

Para a escola personalista, as contas (elementos patrimoniais) podem ser representadas


por pessoas com as quais são mantidas relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a
entidade em termos de débito e crédito. Todos os débitos efetuados nas contas dessas pessoas
representam suas responsabilidades, enquanto todos os créditos representam seus direitos em
relação ao titular do Patrimônio.

Por essa teoria, as contas são classificadas segundo a natureza da relação jurídica que essas
pessoas mantêm com o titular do Patrimônio.

Na Teoria personalista, temos três tipos de contas (pessoas):

a) Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do patrimônio líquido e suas variações,
como receitas e despesas. São, portanto, contas dos proprietários: Capital social, Receita de
vendas, Custo da mercadoria vendida (CMV), ICMS sobre vendas, Devoluções de vendas,
Receitas financeiras, Reserva legal etc.

b) Agentes consignatários: consiste nas pessoas (contas) a quem a entidade confia a guarda os
bens (Ativo), ou seja, que representam os bens. São, portanto, contas dos agentes
consignatários: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos etc.

c) Agentes correspondentes: consiste nas pessoas que representam as contas de direitos (Ativo)
ou obrigações (Passivo). São terceiros, que se situam na posição de devedor ou credor da
entidade. São, portanto, contas dos agentes correspondentes as contas em que a entidade
mantém esse tipo de relação jurídica, como por exemplo, Clientes e Fornecedores. Os clientes
devem à empresa o valor correspondente a suas compras a prazo e os fornecedores são
credores da empresa em relação às vendas a prazo que a esta foram feitas. Daí resulta que
Clientes é conta devedora e Fornecedores é conta credora.

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Teoria Materialista

A escola materialista se opôs a teoria personalista, defendendo que as contas representam


entradas e saídas de valores e não simples relações de débito e crédito entre pessoas (excluídas
as relações com terceiros).

Esta é uma visão mais econômica do que vem a ser a conta, a relação entre as contas e a
entidade é uma relação material e não pessoal, de sorte que a conta só deve existir enquanto
houver também o elemento material por ela representado.

As contas dividem-se em:

a) Integrais (ou Elementares): são as representativas dos bens, dos direitos e das obrigações da
entidade, ou seja, ativo e Passivo Exigível.

b) Diferenciais (ou derivadas): são as representativas do Patrimônio Líquido, das receitas e das
despesas da entidade.

Teoria Patrimonialista

É a teoria usualmente adotada no Brasil. Segundo ela, criada por Vincenzo Masi, o objeto de
estudo da ciência contábil é o Patrimônio de uma entidade. A contabilidade tem como finalidade
controlar este patrimônio e apurar o resultado das empresas.

Estas contas se classificam da seguinte forma:

a) Contas Patrimoniais: são as contas representativas dos bens e dos direitos (Ativo), das
obrigações (Passivo) e do Patrimônio Líquido (PL) da entidade.

b) Contas de Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da entidade.

Balanço patrimonial
O Balanço Patrimonial faz parte de toda empresa. Assim como o nome sugere, procura
estabelecer uma verificação do equilíbrio (um balanço) entre o que a empresa tem e o que ela
“deve”, digamos assim.

Nesse dever estão dívidas e obrigações fiscais comuns do dia a dia do negócio. No entanto, se a
empresa não estiver de olho no quanto isso anda equilibrado, é provável que se desregule
financeiramente. Ao acabar contraindo mais dívidas do que arrecadando, por exemplo,
compromete seu futuro.

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Se ela tem um quadro difícil, pode analisar quais bens possui e liquidar algum deles para quitar
ou então até mesmo para investir em crescimento.

Contudo, é importante ressaltar que nem só o que ela lucra entra no balanço. Ali devem constar
também todas as suas posses, que compõem o patrimônio em si.

Desse modo, ele é muito mais que um simples controle de fluxo de caixa. Embora esse último
seja importante, não engloba todas as coisas que a empresa detém.

É por isso que o Balanço Patrimonial é muito mais completo. Ele ajuda a empresa na visão da
real situação geral em que se encontra.

O que é balanço patrimonial

Para que serve um balanço patrimonial?

Além de ser uma obrigação prevista pelo Código Civil para grande parte das empresas, tal
levantamento é de extrema utilidade.

Mesmo que sua empresa seja pequena, o balanço ajuda a enxergar com mais clareza, precisão
e transparência a situação financeira dela. Isso garante melhores condições para gerenciar um
negócio.

O Balanço Patrimonial tem como principal função fornecer um quadro preciso da contabilidade
e situação financeira da empresa em um certo período.

E esse balanço é feito geralmente sobre o período de 1 ano. Ele é considerado uma das principais
declarações financeiras de uma empresa e deve ser produzido de maneira precisa e rigorosa, a
fim de auxiliar um controle do patrimônio eficiente.

A partir do relatório é possível visualizar com clareza as entradas e saídas de dinheiro, dessa
forma:

Indicando o momento da empresa;

Identificando a capacidade de endividamento, lucratividade, crescimento e investimentos;

Facilitando a tomada de decisões e criação de planos certeiros baseados em dados.

Qual é a estrutura do balanço patrimonial ou contábil, como fazer e do que é composto?

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Um Balanço Patrimonial geralmente tem uma estrutura padronizada, informando data de início
e fim do relatório e prevendo uma parte para detalhar os ativos, outra para os chamados
passivos e, por fim, o Patrimônio Líquido. Para entender melhor, continue a leitura!

Antes de qualquer coisa, o que é Ativo, Passivo e Patrimônio líquido na contabilidade?

Para compreender melhor o que é cada parte do Balanço Patrimonial, abaixo explicamos a
diferença entre ativos, passivos e Patrimônio Líquido. Esses conceitos são pilares para a montar
um balanço:

Os ativos

Na parte dos ativos, ficam relacionados todos os bens que a empresa possui. Entre eles podem
estar imóveis, carros, equipamentos de escritório e até mesmo softwares. Dependendo da
atividade dela, entram também os maquinários, se tiver.

Em resumo, nos ativos fica tudo o que a empresa possui que pode ser transformado em valor
monetário. Ou seja, que ela pode vender e converter em dinheiro, além do valor já em caixa.

Além do que ela já tem, também conta aquilo que tem direito a receber. Geralmente isso se
configura nas dívidas a receber. Quer dizer, tudo o que lhe devem e ela tem direito assegurado
de receber.

Os passivos

Os passivos, por sua vez, são todas as obrigações que a empresa tem, sejam elas dívidas ou
gastos obrigatórios, como os salários dos funcionários e contas.

Nessa parte se enquadram também os impostos que precisa pagar, tributos de variadas
naturezas, eventuais empréstimos, custo com fornecedor, entre outros possíveis gastos que
tenha para funcionar.

Pode-se dizer assim que são todas as saídas de dinheiro e as despesas que fazem parte da rotina
e das atividades da empresa.

Assim, suas definições resumidamente são:

Ativos: se resumem aos bens, aos direitos e aplicações de recursos controlados pela empresa.
Também fazem parte dos ativos os investimentos financeiros ou de qualquer espécie que a
empresa fez, assim como também os títulos públicos ou privados que a empresa tem por
receber;

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Passivos: eles compreendem as obrigações financeiras da empresa com Estado, com outras
empresas e também com seus funcionários.

O Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido, no Balanço Patrimonial, se refere a uma conta entre os ativos e os


passivos, para ver o que a empresa tem de fato. Isso ajuda a entender também qual seria a
situação caso precisasse se desfazer dos ativos para cobrir o que há de obrigação.

O Patrimônio Líquido é considerado o capital que a empresa possui disponível em caixa,


efetivamente. Ele também pode ser usado para reinvestimento na própria empresa, seja com a
modernização ou expansão das atividades.

Como mencionado, ele também pode ser transformado em reserva financeira ou utilizado para
expandir os investimentos ativos e realizar novos investimentos financeiros.

Conhecer o Patrimônio Líquido ajuda a trabalhar com maior previsibilidade. Também é essencial
para saber se ela pode se manter, caso tenha que liquidar dívidas de vez. Se ela estiver operando
no “negativo”, ou seja, se seus passivos forem maiores que o ativo, esse é um grande sinal de
alerta para sua saúde financeira.

Concluindo, o Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia num determinado


momento a situação econômica e financeira do patrimônio de uma empresa. É possível
entender e estudar os atos administrativos que podem afetar o patrimônio, objeto de controle
no ativo e passivo compensado.

A visão que o Balanço Patrimonial passa é sempre estática e procura mostrar a realidade do
patrimônio da empresa em uma data específica.

Quando precisa ser feito o balanço patrimonial?

O Balanço Patrimonial precisa ser feito por várias empresas, desde micro e pequeno porte (se
não optarem pelo Simples Nacional), geralmente ao final de cada exercício social.

O exercício social é compreendido em um período de um ano completo, de janeiro a dezembro,


e deve ser apresentado no ano seguinte. Se parece bastante com o que é feito no imposto de
renda, que é feito até o quarto mês após o fim de cada exercício.

Se esse período corresponde a 12 meses, significa que até abril do ano seguinte toda empresa
precisa apresentar seu balanço do ano anterior. As empresas que estão enquadradas no Simples
Nacional, como dito anteriormente, podem ter dispensa. Por isso é sempre bem importante
conferir com a sua contabilidade em qual situação sua empresa se encaixa.

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Porém, cabe dizer que por motivos excepcionais, pode haver alteração nessa determinação. Foi
o caso de 2020, cujo prazo de elaboração do balanço se estendeu até julho, em função da
pandemia de coronavírus.

Por essa razão, é sempre importante consultar a situação ano a ano e manter todos os registros,
documentos e informações em dia. Para fazer o balanço, é muito mais fácil ter tudo previamente
bem registrado e controlado. Isso evita erros manuais e correria no momento de entregá-lo.

Modelo-balanco-patrimonial

O que analisar em um balanço patrimonial?

Para analisar o Balanço Patrimonial de forma estratégica, cabe lembrar, é preciso não só ver se
o Patrimônio Líquido é favorável.

Muitas vezes, em face da oportunidade de determinado investimento, é importante olhar


analiticamente para a saúde financeira da empresa e saber se ela consegue arcar com o ônus
até conseguir lucrar com determinada ação.

Por isso, o Balanço Patrimonial nunca indica só como a empresa está no momento, mas ajuda a
ter uma ideia de qual sua capacidade de expandir com os recursos que tem. Isso ajuda a fazer
boas projeções e serve de apoio para a tomada de decisão consciente de um gestor.

Do mesmo modo, o dono de um negócio pode esperar até que esse balanço seja mais tranquilo
para decidir expandir seu negócio com mais segurança.

Cabe lembrar, ainda, que ativo ou passivo circulantes são aqueles já “prontos” para alguma
operação. No caso dos ativos, imagine assim:

Circulantes são aqueles que já se movimentam em si pela empresa, como o caixa;

Não-circulantes seriam os que compõem o ativo, mas estão em outra forma, como os imóveis.

Como calcular os principais indicadores do Balanço Patrimonial?

Veja a seguir como é possível calcular os principais indicadores deste levantamento:

Indicadores de renda

Permitem verificar o giro de ativos (vendas/ativo total), para entender o quanto eles estão se
movimentando, o retorno sobre o Patrimônio Líquido (lucro líquido/patrimônio líquido) e o
retorno sobre os ativos (lucro líquido/ativo total).

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Indicadores de liquidez

Nos indicadores de liquidez está a liquidez corrente (ativo circulante/passivo circulante), ou seja,
do que ela dispõe para saldar obrigações a curto prazo, sem precisar vender imóveis ou algo que
demore mais.

A liquidez imediata é calculada dividindo-se o disponível pelo passivo circulante. Existe também
a liquidez geral, que é o ativo/passivo. A seca são os ativos circulantes menos o que está em
estoque, dividindo-se o resultado pelos passivos circulantes.

Indicadores de dívidas

Os indicadores de dívida medem o quanto a empresa tem de dívidas sobre o seu patrimônio. Há
um índice chamado EF que funciona da seguinte forma: dívida bruta/patrimônio líquido. Nessa
dívida entram todas, as mais imediatas e as que ainda faltam muito tempo para saldar.

Patrimônio líquido

O patrimônio líquido é calculado essencialmente retirando-se dos ativos tudo o que estiver na
aba de passivos.

Conceitos contábeis: custo, despesa, receita, lucro e prejuízos


Receita é a entrada de capital, é um dinheiro a ser recebido imediatamente ou no futuro. A
receita faz parte dos ativos no balanço de contabilidade de uma empresa ou empreendimento.

No caso de uma pessoa física, a receita é o que ela tem para receber no período (salário,
aposentadoria, pagamento pela venda de algum bem ou serviço, retorno de um investimento,
etc.).

A receita tem um impacto positivo sobre o balanço contábil, quanto maior a receita, maior a
possibilidade de lucrar. De maneira geral, o lucro representa as receitas menos as despesas.

Assim, uma grande receita possibilita que após todas as despesas ainda haja alguma sobra,
podendo ser poupada ou reinvestida para gerar mais receita.

Receitas maiores que as despesas = Lucro (superávit)

Despesas maiores que as receitas = Prejuízo (déficit)

O que é despesa?

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Despesa é o gasto com a compra de um bem ou produto, folhas de pagamentos, impostos,
parcelas de financiamentos, cobranças por consumo, aluguel ou outras taxas que visem a
manutenção ou operacionalização de um projeto.

Em outras palavras, despesa representa a saída de capital de uma pessoa ou empreendimento


durante um ciclo financeiro (anual, trimestral, mensal, etc.) de um projeto já em curso.

O conceito de despesa diferencia-se do conceito de custos porque não está diretamente


relacionado com a atividade-fim e não incide diretamente sobre o preço final do produto.

Para a contabilidade, enquanto a receita aumenta o ativo nos balanços, a despesa aumenta o
passivo. Assim, o objetivo de todo empreendimento é reduzir as despesas para maximizar os
lucros.

Veja também a diferença entre:

Custos e despesas

Ativo e passivo

Lucro e faturamento

Tipos de gráfico

Salário bruto e salário líquido

Débito e crédito

CAPEX e OPEX

PGBL e VGBL,

Estrutura da DRE, conforme Art. 187 da Lei 6.404/76


A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um relatório contábil que mostra o resumo
da posição financeira da empresa em um determinado período, de acordo com o regime de
competência.

Ele compara o que foi projetado no orçamento com as receitas e despesas, revelando o
resultado líquido do negócio — ou seja, se o saldo final foi de lucro ou prejuízo operacional.

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Com os custos, despesas, receitas e impostos detalhados, o empreendedor tem uma visão
completa da situação financeira da empresa e consegue tomar decisões mais efetivas.

A DRE pode ser mensal, bimestral, semestral ou anual, dependendo do período a ser avaliado e
frequência de análise da gestão.

Sua versão anual é obrigatória para algumas empresas, mas todas podem se beneficiar da
emissão do relatório para entender o desempenho financeiro do negócio e seus resultados
econômicos.

Para que serve a DRE

A DRE é fundamental para conferir todas as despesas pagas e receitas recebidas pela empresa
no período selecionado, chegando ao seu resultado líquido do período.

O relatório especifica todas as operações dentro dos grupos de contas patrimoniais a que
pertencem e justifica o saldo final em caixa.

Para isso, a DRE leva em consideração os valores recebidos, os valores gastos com a atividade
empresarial e as despesas a serem deduzidas das receitas para que se obtenha o valor do lucro
(ou prejuízo).

Dessa forma, o documento funciona como uma espécie de raio X completo do negócio, que
revela o que está por trás dos números e fornece informações essenciais à tomada de decisão
do gestor.

Os dados permitem, por exemplo, verificar quais foram as despesas mais significativas e
entender a relação entre a receita e os custos da empresa.

Além disso, a DRE pode ser usada tanto para o planejamento estratégico anual da empresa
quanto para a revisão periódica de receitas, custos e despesas.

Outra utilidade do demonstrativo é servir como base para o cálculo de impostos de empresas
enquadradas nos regimes tributários de Lucro Presumido e Lucro Real.

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O que uma DRE deve conter

O modelo padrão da DRE é estabelecido pela Lei 6.404/1976, que determina normas para as
sociedades por ações.

Segundo o artigo 187 da lei, a Demonstração do Resultado do Exercício deve conter:

A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos

A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro
bruto

As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais
e administrativas, e outras despesas operacionais

O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas

O resultado do exercício antes do imposto sobre a renda e a provisão para o imposto

As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na


forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de
empregados, que não se caracterizem como despesa

O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Embora a lei trate apenas das empresas de capital aberto, o formato é usado pela maioria dos
escritórios de contabilidade para detalhar as movimentações financeiras do negócio.

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Quem é obrigado a elaborar a DRE

Apenas as empresas de capital aberto, ou seja, sociedades por ações que têm papéis negociados
na bolsa de valores, são obrigadas perante a lei a elaborar e divulgar a DRE.

Elas devem publicar duas Demonstrações de Resultado de Exercício por período fiscal
(normalmente, a cada 6 meses) no diário oficial e veículos de comunicação, com o objetivo de
manter os investidores informados sobre o desempenho da empresa e garantir a transparência
do mercado de ações.

Já as Sociedades Limitadas (LTDA) não precisam divulgar seu DRE e podem decidir o período do
exercício, mas devem arquivar o documento impresso e encadernado para apresentar ao Fisco
em caso de auditoria.

Os restantes das empresas não estão obrigadas a elaborar a DRE, mas é altamente recomendado
que o façam, pois é uma das ferramentas de gestão financeira mais importantes.

Para as pequenas empresas, é essencial ter um documento estruturado para acompanhar a


saúde financeira do negócio e comprovar seu desempenho quando necessário.

Diferenças entre a DRE e outros relatórios

É comum a confusão entre DRE e fluxo de caixa, já que são os dois relatórios gerenciais mais
utilizados na gestão financeira das empresas.

A principal diferença entre eles é que a DRE deve ser elaborada de acordo com o regime de
competência, enquanto o fluxo de caixa é formulado com base no regime de caixa.

Por exemplo, se uma compra de R$ 1.000,00 de matéria-prima é feita em 5 parcelas, na DRE


será apresentada a despesa que ocorreu na competência, no valor de R$ 1.000,00.

Já no fluxo de caixa, o valor aparecerá em cinco parcelas de R$ 200,00, pois se considera


somente o momento em que foram debitadas.

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Ou seja: a DRE não considera as entradas e saídas de dinheiro como o fluxo de caixa, e sim o
resultado econômico geral independentemente de quando ocorreram pagamentos e
recebimentos de compra e venda.

Outro relatório confundido com a DRE é o balanço patrimonial, que mostra a evolução do
patrimônio total da empresa em um determinado período de tempo (geralmente, um ano).

A principal diferença entre os dois é que o primeiro reúne as despesas e receitas no regime de
competência, enquanto o segundo mostra o equilíbrio entre ativos (saldo em caixa, estoque,
bens, contas a receber, etc.) e passivos (contas a pagar, empréstimos, impostos, etc.).

Enquanto o balanço patrimonial serve principalmente para fazer um comparativo com os anos
anteriores, a DRE tem como objetivo esclarecer como se formou a situação líquida da empresa
no final do exercício.

Naturalmente, ambos se complementam na análise da situação econômica, financeira e


patrimonial do negócio.

Vantagens de utilizar a DRE na sua empresa

Mesmo que a DRE não seja obrigatória para a sua empresa, vale a pena elaborar o
demonstrativo para melhorar sua gestão.

Confira as vantagens de ter esse relatório à mão.

Embasamento para tomada de decisão

Uma das principais vantagens da DRE é tornar o processo de tomada de decisões mais eficiente
e assertivo.

Isso porque ele reúne e apresenta com exatidão as informações necessárias para avaliar o
desempenho da empresa e medir o progresso em direção aos objetivos de cada uma de suas
áreas.

Assim, você pode tomar decisões embasadas em dados concretos, corrigir distorções e traçar
estratégias para atingir metas financeiras.

Visão clara da situação financeira

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Além de mostrar se o seu negócio teve lucro ou prejuízo, a DRE também oferece uma visão clara
de todas as questões financeiras, tais como:

Composição dos custos relativos: mede o impacto dos gastos separando os fixos daqueles
associados às vendas.

Situação do caixa: revela a pressão dos custos operacionais sobre os preços dos produtos ou
serviços

Controle preventivo do fluxo de caixa: serve de alerta o empreendedor caso as despesas estejam
muito próximas das receitas

Nível de endividamento: apresenta o efeito de empréstimos tomados e permite analisar a


capacidade de pagamento da empresa

Estratégia de financiamento: permite a reavaliação de crédito ou busca de alternativas para


expandir o negócio, por exemplo

Lucro e Margem da operação: mostra quanto cada produto ou serviço rende e como está a
lucratividade do negócio.

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Transparência para negociação de crédito

A DRE também é um poderoso instrumento de comunicação para mostrar os resultados da sua


empresa a bancos, investidores, credores e outros stakeholders.

Dessa forma, ele pode ser apresentado ao gerente do banco para negociar um empréstimo ou
financiamento, por exemplo.

A instituição financeira usa o relatório para avaliar a capacidade de pagamento do seu negócio,
e, se o resultado for satisfatório, pode reduzir os juros e liberar mais crédito.

Para os startups, a DRE é valiosa para provar que a empresa tem potencial de crescimento e
captar investimentos.

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Como estruturar a DRE

A DRE deve ser estruturada da forma mais simples e intuitiva possível, para que todos os
gestores, financeiros ou não, possam interpretar corretamente os dados e, assim, buscar
caminhos para melhorar a receita líquida.

Por isso, o relatório deve ser elaborado em um modelo sequencial e lógico (receitas menos
dedução de impostos, custos e despesas), podendo conter tanto dados contábeis quanto
administrativos.

Você pode criar o documento do zero — confira nosso modelo de DRE para se inspirar — ou
utilizar formatos predefinidos.

O importante é que ele sempre obedeça ao princípio do regime de competência, que determina
que todo registro deve ser feito na data em que o evento aconteceu, seja uma entrada (vendas)
ou saída (despesas e custos).

Em uma linguagem mais técnica, trata-se do registro do documento na data do fato gerador,
não importando o dia de pagamento ou recebimento, como é feito nos documentos da
contabilidade.

Resumindo, o Demonstrativo de Resultado do Exercício em uma empresa é estruturado desta


forma:

Receita Bruta

(-) Deduções e abatimentos

(=) Receita Líquida

(-) CPV (Custo de produtos vendidos) ou CMV (Custos de mercadorias vendidas)

(=) Lucro Bruto

(-) Despesas com Vendas

(-) Despesas Administrativas

(-) Despesas Financeiras

(=) Resultado Antes IRPJ CSLL

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(-) Provisões IRPJ E CSLL

(=) Resultado Líquido.

Veja o que significa cada item a seguir.

1. Receita bruta

A receita bruta é o registro de tudo o que entra no caixa ou no patrimônio da empresa, seja em
forma de dinheiro ou créditos representativos de direitos (documentos que garantem ao
proprietário a posse de mercadorias ou bens).

Nesse caso, o valor registrado contabiliza as vendas de bens, prestação de serviços e


recebimento de juros, royalties e dividendos pelo uso de outros ativos por terceiros.

2. Deduções

Deduzir significa diminuir, subtrair ou retirar uma parte do total.

Nesse caso, as deduções após a Receita bruta são as devoluções de vendas, os descontos
oferecidos e os abatimentos de impostos que incidem diretamente sobre a venda, como ICMS
e ISS.

3. Receita líquida

A receita líquida corresponde ao montante exato que a empresa recebe pela venda de seus
produtos ou serviços.

Por isso, para representar o valor real de ganho, a receita líquida é obtida a partir de todo o valor
adquirido com as vendas e outros rendimentos (receita bruta) menos as deduções apresentadas
anteriormente.

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4. Custo de produtos vendidos (CPV)

O Custo de produtos vendidos (CPV) representa todos os custos relacionados à fabricação de


um produto.

Ele engloba toda a quantia que uma empresa precisa desembolsar para viabilizar a produção da
mercadoria vendida, incluindo os custos com compra de matéria-prima, energia, água
transporte, etc.

No caso dos serviços, é calculado o CSP (Custo de Serviços Prestados), que segue a mesma lógica.

5. Lucro bruto ou resultado bruto

O lucro bruto refere-se à diferença entre o que foi faturado (receita líquida) e o que foi gasto na
produção da mercadoria (custo de produtos vendidos).

No caso, ele é bruto porque ainda não teve alguns impostos e despesas descontados.

6. Despesas com vendas

As despesas com vendas são despesas variáveis relacionadas às vendas, como as comissões de
vendedores e demais custos pós-venda.

7. Despesas administrativas ou fixas

As despesas administrativas, ou despesas fixas, são todos os gastos necessários para garantir o
funcionamento da empresa.

Por isso, são caracterizadas pela periodicidade mensal, independente de ter ou não
faturamento.

Alguns exemplos são as contas de consumo geral, como água, energia e telefone, além da folha
de pagamento e aluguel do escritório.

Vale lembrar que os custos de produção já foram contabilizados e não entram nessa parte, pois
são considerados despesas variáveis — que variam conforme o volume de produção e vendas.

8. Despesas financeiras

A última categoria de despesas diz respeito a gastos financeiros com juros e multas, por
exemplo.

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Para empresas que atuam com importação e exportação, as variações cambiais também entram
neste tópico.

9. Resultados antes do IRPJ e CSLL

Aqui é apresentado o resultado do cálculo antes do desconto do IRPJ e CSLL, que são os
principais impostos que impactam o faturamento.

10. IRPJ e CSLL

IRPJ é a sigla utilizada para denominar o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, aplicado a todas
as empresas e sociedades, registradas ou não.

Outra taxa que deve ser paga pelas empresas é a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), que recebe as mesmas normas de apuração e pagamento do IRPJ, mantendo a base de
cálculo e as alíquotas previstas na legislação.

Ambos incidem sobre o faturamento da empresa e são calculados nesta etapa final.

11. Resultado líquido

Por fim, temos o resultado líquido, obtido a partir da subtração dos impostos e taxas pagas do
lucro bruto.

Esse valor corresponde ao resultado geral de uma empresa, considerando os ganhos e descontos
em determinado período.

Se for negativo, significa que o período resultou em prejuízo, e se for positivo, representa o lucro
total do negócio no período — e se for zero, quer dizer que o negócio está em ponto de
equilíbrio.

Portanto, é o valor que deve ser levado em conta para quitar dívidas, fazer investimentos ou
distribuir lucros entre sócios, acionistas e funcionários.

Como usar a DRE para analisar seu negócio

A DRE é uma fonte importante de informações para analisar seu negócio mais a fundo e
diagnosticar sua saúde financeira.

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sua empresa.

Conheça algumas técnicas para aproveitar o relatório ao máximo.

Análise horizontal

A análise horizontal tem como objetivo entender qual foi o aumento ou redução de cada uma
das contas ao longo dos meses.

Conforme o tempo passa, as variações dos saldos dos demonstrativos contábeis indicam se sua
empresa está crescendo, se mantendo em um patamar ou mesmo encolhendo em seus
resultados.

Nessa análise, o que se busca é a comparação dos resultados para os mesmos elementos,
considerando exercícios ou períodos distintos.

Por exemplo, sua empresa pode estar interessada em saber se um determinado produto está
sendo lucrativo ou não e se vale a pena manter suas vendas e investir em melhorias.

Para esse objetivo, a análise horizontal vai dizer se há potencial de mercado ou não, conforme
os resultados das vendas e da incidência de impostos.

Análise vertical

A análise vertical permite relacionar um elemento da DRE com a categoria que o integra.

Na linha do exemplo anterior, é possível comparar os resultados financeiros de uma


determinada mercadoria com os resultados de outras, similares ou não.

Além disso, essa análise oferece parâmetros de comparação entre despesas, receitas ou custos
em relação ao faturamento bruto.

Dessa forma, será possível notar de forma rápida e eficaz quais despesas contribuíram para
reduzir o lucro do período, por exemplo.

Indicadores com base na DRE

Os dados da DRE também permitem calcular uma série de indicadores financeiros, para
enriquecer ainda mais a análise do negócio.

Estes são alguns exemplos:

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EBITDA

EBITDA significa Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (Lucros antes
de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização): um indicador que serve para avaliar a realidade
financeira de empresas de capital aberto.

Ele é usado por muitos investidores para escolher em qual negócio investir, e pode ser calculado
a partir da fórmula:

EBITDA = Lucro Operacional Antes do Imposto de Renda e Receitas/Despesa Financeira +


Depreciação + Amortização

No caso, o Lucro Operacional corresponde ao lucro bruto da DRE.

Margem operacional

A margem operacional é o indicador que mede a eficiência operacional da empresa, dado pela
seguinte fórmula:

Margem operacional = Lucro Operacional/Receita Líquida

Retorno Sobre as Vendas (RSV)

O Retorno Sobre as Vendas, também chamado apenas de margem de lucro, mostra quanto cada
venda proporcionou de lucro para a empresa.

Para fazer o cálculo, é só aplicar a fórmula:

RSV = Lucro Líquido/Receita Total x 100

Margem de lucro líquida

A margem de lucro líquida representa a margem de lucro real do negócio, com todas as despesas
e impostos subtraídos.

Para encontrar o indicador, basta usar a fórmula:

Margem líquida = Lucro Líquido / Receita Líquida

DRE Gerencial da Conta Azul

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A forma mais simples de analisar os resultados da sua empresa é utilizando a DRE Gerencial da
Conta Azul, que é gerada automaticamente na plataforma de gestão online.

O relatório é alimentado com os lançamentos financeiros cadastrados no sistema, garantindo


uma visão atualizada das receitas, custos e despesas segundo a competência das
movimentações.

E o melhor é que seu contador tem acesso a todos os dados e pode ajudar na configuração para
gerar uma DRE mais precisa e coesa.

Assim, você tem um instrumento poderoso para avaliar a saúde financeira da sua empresa a
qualquer momento e entender se está tendo lucro ou prejuízo.

Com a DRE Gerencial, fica mais fácil agir para corrigir erros a tempo, aumentar suas margens,
fazer projeções de crescimento e analisar a evolução de custos ou recebimentos, por exemplo.

Principais contas do patrimônio líquido


O patrimônio líquido é um indicador contábil que representa a diferença entre o ativo e o
passivo da organização. Ou seja, o PL demonstra a subtração entre os bens e direitos que uma
empresa possui em relação às suas obrigações.

De modo geral, o Patrimônio Líquido corresponde à riqueza de uma organização, aquilo que
pertence realmente aos seus acionistas.

Saber ler e interpretar o balanço de uma empresa, de início, não é uma tarefa muito simples.
Sobretudo para aqueles que estão iniciando seus estudos sobre demonstrações financeiras.

Porém, a necessidade de entender o que os números estão nos mostrando, bem como
identificar as mutações no patrimônio de uma empresa é de suma importância para entender o
desempenho dela ao longo do tempo.

Warren Buffett, um dos maiores investidores de todos os tempos, costuma apresentar a


evolução deste indicador aos seus acionistas. Afinal, o patrimônio mede a riqueza dos acionistas
que está na empresa.

Como funciona o patrimônio líquido?


Para calcular o patrimônio de uma companhia é necessário compreender o que significam os
termos ativos e passivos, afinal, eles são os dois componentes formadores dessa métrica.

Dentro da estrutura do balanço patrimonial, o patrimônio líquido equivale ao resultado da


diferença entre o total dos valores do ativo e do passivo de uma empresa.

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Ativos

Ativos são bens e direitos pertencentes à organização em um determinado momento. Em outras


palavras, é tudo que pode ser convertido em valores monetários em maior ou menor tempo.

Alguns exemplos de ativos são dinheiro em caixa, estoques de produtos, equipamentos


industriais, imóveis, etc.

Passivos

Já os passivos são conhecidos como obrigações que a empresa possui perante terceiros. Esses

passivos podem ser dívidas, salários e contas em geral a pagar.

Fórmula do patrimônio líquido


Sabendo disso, para calcularmos essa métrica basta realizar essa seguinte diferença. A fórmula
do Patrimônio Líquido:

Patrimônio Líquido = Ativos – Passivos

Para encontrarmos esses componentes nos demonstrativos de uma empresa devemos procurar
no balanço patrimonial de uma companhia. Esse relatório é formado por duas colunas.

De um lado, fica a descrição dos ativos da empresa. Já no outro acharemos os passivos, sendo
que logo abaixo dele encontraremos o valor do patrimônio.

Estrutura e contas do patrimônio líquido

Matematicamente, o patrimônio é igual aos ativos menos os passivos, conforme foi visto.
Entretanto, este é o valor total do patrimônio, sem contar suas subdivisões.

Existem diversas contas que compõem o patrimônio da companhia. Segundo a legislação


brasileira, conforme a Lei 6404/76, as contas do Patrimônio Líquido são as seguintes:

Capital social;

Reservas de Lucros e de Capital;

Ações em tesouraria;

Ajustes de avaliação patrimonial;

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Patrimônio Líquido Negativo.

Capital Social

O capital social representa todos os recursos que foram injetados pelos sócios na fundação da
sociedade.

Além disso, todos aqueles recursos levantados pela empresa em ofertas de ações também são
contabilizados nesta subconta.

O exemplo clássico é o IPO, que ocorre quando a empresa lança ações ao mercado pela primeira
vez.

Quando o IPO for composto de emissão primária, então novas ações são emitidas ao público
investidor.

Desta forma, o capital social da empresa, e consequentemente o seu patrimônio, aumentam


pelo montante levantado junto ao mercado de capitais.

Além do IPO, a empresa também pode emitir ações em outras circunstâncias.

Por exemplo, através de ofertas secundárias de ações ou aumentos de capital decorrentes


do exercício de opções.

Reservas de Lucros e de capital


Outra subconta do patrimônio são as chamadas reservas de lucros.

Como o próprio nome indica, uma parte dos lucros gerados na operação são destinados a formar
reservas com algum propósito específico.

Por exemplo:

Reserva Legal;

Reserva para Contingências;

Reserva Estatutária;

Reserva de Lucros a Realizar;

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Reserva de Incentivos Fiscais.

A reserva legal, por exemplo, deve ser composta obrigatoriamente por 5% do lucro líquido,
tendo prioridade sobre qualquer outra destinação dos lucros. Além disto, o valor máximo desta
reserva é de 20% do capital social da companhia.

Outros tipos de reservas são as reservas de capital, que decorrem de algumas transações
contábeis específicas.

Quando não existe finalidade para destinação alguma parcela dos lucros ou para compensação
de prejuízos, então estes montantes são reunidos nas contas de lucros ou prejuízos acumulados.

Ações em tesouraria

Outro componente do patrimônio são as ações em tesouraria. Sempre que uma companhia
recompra suas ações, o montante recomprado reduz o patrimônio através de uma conta
redutora específica.

Estas ações que são mantidas em tesouraria podem ser reemitidas futuramente ou então
canceladas.

Ajuste de avaliação patrimonial


Esta é uma outra subconta do patrimônio de menor importância.

Esse resultado demonstra os ajustes necessários para avaliar os bens de uma empresa de acordo
com os seus valores justos.

O objetivo do ajuste de avaliação patrimonial consiste em assegurar a estipulação do valor justo


num momento em que elementos que forçam a liquidação da companhia não atrapalhem o
cálculo final desse valor.

Patrimônio líquido negativo

Existe uma situação bastante grave em um negócio que ocorre quando o patrimônio se torna
negativo. Isso acontece quando os valores das obrigações superam a soma de todos os ativos
de uma empresa.

Dito em outras palavras, com o patrimônio líquido negativo, a empresa possui um passivo maior
do que o ativo.

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Prejuízos acumulados: o que são e como funcionam esses débitos

Portanto, a parcela deste passivo excedente aos ativos caracteriza uma situação chamada de
passivo a descoberto.

Obviamente, esse fato põe uma empresa numa situação de extrema vulnerabilidade, podendo
ela necessitar entrar, a qualquer momento, com um pedido de recuperação judicial.

De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, situações como essa deverão ser
denominadas no balanço patrimonial como “passivo a descoberto”, no lugar da expressão
“patrimônio negativo”.

Para um negócio chegar a este extremo, geralmente são necessárias péssimas decisões de
negócio em sequência.

Na maioria dos casos as empresas se endividam de maneira excessiva e realizam uma alocação
de capital inadequada.

Já em outros casos, o risco advém de um fator desconhecido.

No atentado de 11 de Setembro, por exemplo, várias seguradoras quebraram pois não tinham
reservas suficientes.

Exemplo de Patrimônio Líquido


Para entender como funciona o cálculo do Patrimônio Líquido, confira o seguinte exemplo:

Uma loja tem um capital total de R$ 150.000,00. Desse valor, R$ 50.000,00 foram gastos na
compra de um imóvel e em material para a revenda. Já os R$ 100.000,00 restantes ficaram como
capital a ser integralizado

No primeiro mês de operação, o faturamento atingiu R$ 40.000,00, que representou


posteriormente um lucro de R$ 16.000,00.

Vamos ver como anda nosso patrimônio líquido até o momento?

Capital social = R$ 150.000,00

(-) Capital a integralizar = R$ 100.000,00

(+) Lucros acumulados = R$ 16.000,00

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Total do patrimônio líquido: R$ 66.000,00.

Depois, quando a empresa integralizar o restante do capital social, o patrimônio líquido será de:

Capital social = R$ 150.000,00

(+) Lucros acumulados = R$ 16.000,00

Total do patrimônio líquido: R$ 166.000,00.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido


Logicamente, existem transações que reduzem o valor do patrimônio.

Por exemplo, sempre que determinada empresa paga dividendos ou Juros Sobre Capital Próprio,
ocorre um desembolso de caixa que reduz o patrimônio.

E para divulgar ao mercado todas estas transações que afetam o patrimônio, as empresas
listadas na bolsa de valores divulgam a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é um documento que resume a


movimentação de patrimônio líquido que ocorre durante determinado período, bem como
todas as contas que o compõem.

Entretanto, em termos práticos esta demonstração não é tão importante assim para o
investidor.

Afinal, existem outras demonstrações financeiras mais relevantes para quem deseja estudar
uma empresa para potencial investimento.

Por que analisar o patrimônio líquido é importante?

Avaliar o patrimônio de uma empresa, de maneira isolada, não transmite muitas informações
diretamente. Mesmo assim, pode-se encontrar utilidade ao analisar a evolução do patrimônio
por ação.

Isto é, a medida que a empresa cresce, o patrimônio por ação deve ir aumentando também.

Portanto, é de se esperar que a medida que as empresas lucrem e cresçam, o patrimônio


também aumenta.

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De fato, pode-se compreender este processo através do seguinte modelo simplificado:

Patrimônio final = Patrimônio inicial + Lucro – Dividendos

Como empresas saudáveis costumam ter um payout abaixo de 100%, então o patrimônio tende
a crescer ao longo do tempo.

E desta forma, a ação também tende a valorizar.

Além disso, a porcentagem dos rendimentos distribuída aos acionistas através dos dividendos
também beneficia quem decide reinvesti-los para comprar mais ações.

Indicadores relacionados ao patrimônio líquido

A outra forma de analisar o patrimônio é através da construção de índices relativos.

Isto é, comparando o valor do patrimônio, retirado do balanço patrimonial, com outro indicador.

A seguir estão apresentados dois indicadores relativos que utilizam o patrimônio líquido.

1. ROE

Uma das métricas mais utilizadas para medir o grau de efetividade de uma empresa na geração
de lucro. Esse é um indicador – que em inglês é chamado de Return On Equity (ROE).

O ROE que relaciona o lucro líquido com o patrimônio líquido. Ou seja, mostra a rentabilidade
de uma companhia em relação ao investimento feito pelos acionistas.

Geralmente se utiliza o lucro de 12 meses no numerador, enquanto no denominador existe mais


flexibilidade. Alguns investidores gostam de utilizar o último balanço divulgado, outros o balanço
do início do período, e em outros casos, o patrimônio médio nos últimos 12 meses.

Por exemplo, imagine que determinada empresa lucrou R$ 600 milhões em 2017. O patrimônio
médio da empresa durante este ano foi de R$ 3 bilhões.

Assim, o ROE é de 20% (600/3000).

Como interpretar o ROE?

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O ROE essa é uma ótima forma de verificar a qualidade da alocação de capital que uma empresa
fez em tempos passados. Geralmente as empresas com ótimas vantagens competitivas possuem
um ROE elevado.

O que é um ROE elevado? De preferência acima da taxa básica de Juros, a taxa Selic. E
logicamente, quanto maior melhor.

Empresas que possuem baixa necessidade de capital, marcas muito fortes, ou outra vantagem
competitiva importante, conseguem ter esta métrica bastante elevada.

É o caso da Apple, por exemplo, que possui uma marca reconhecida mundialmente. Aqui no
Brasil, empresas como a Multiplus e Wiz, por exemplo, gozam de contratos exclusivos.

Além do modelo de fidelização e de corretagem de seguros, respectivamente, exigirem baixa


necessidade de investimentos. Por outro lado, toda empresa possui um preço máximo a partir
do qual o investimento não faz sentido.

Desta forma, mesmo empresas com excelentes resultados não valem infinitamente. Uma das
formas de ponderar estes dois fatores, qualidade e preço, é através da fórmula mágica de Joel
Greenblatt.

Cada investidor tem à sua maneira de realizar o valuation de uma empresa.

2. P/VPA

O P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial) é um indicador relacionado ao valuation de uma


empresa. Basicamente, este indicador é formado pela divisão da cotação da ação pelo
patrimônio líquido por ação.

Por exemplo, suponha que a empresa do exemplo anterior tivesse 60 milhões de ações em
circulação.

Assim, o VPA médio no ano é de R$ 10 por ação (R$ 600 milhões/60 milhões de ações). A cotação
da ação em uma determinada data era de R$ 20. Logo, o P/VPA foi de 2 vezes (20/10).

Como interpretar o P/VPA?

O indicador P/VPA precisa ser utilizado com muita cautela. Muitos investidores amadores
utilizam o P/VPA como critério definitivo para saber se uma ação está sendo negociada com
desconto.

Isto é, uma ação com P/VPA abaixo de 1 seria uma ação barata enquanto uma ação com P/VPA
acima de 1 seria uma ação cara. Mas este raciocínio nem sempre está correto.

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VPA e valor intrínseco
O VPA não necessariamente corresponde ao valor intrínseco, ou preço justo de uma
companhia. Primeiro de tudo, muitos ativos registrados no balanço estão com valores
históricos, e não atualizados pelo mercado.

Além disso, existem muitos ativos intangíveis cujo valor não se encontra registrado nas
demonstrações contábeis. Ou mesmo que esteja, muitas vezes são amortizados e passam a valer
contabilmente cada vez menos.

Entretanto, este cenário pode gerar diversas distorções visto que algumas marcas valem cada
vez mais apesar dos ativos relacionados estarem sendo reduzidos.

Warren Buffett fala sobre este assunto no caso de alguns de seus investimentos.

O preço pago por ele em algumas de suas participações ocasionou um ativo chamado
“Goodwill”, que foi sendo amortizado ao longo dos anos. Entretanto, este excesso contábil pago,
também chamado “Goodwill”, estava relacionado a marcas que foram valendo cada vez mais.

Desta forma, a realidade econômica apontava numa direção e a contabilidade em outro. Uma
aberração. Todos estes exemplos foram citados para que você não cometa o erro de deixar de
comprar uma boa empresa apenas porque o P/VPA está elevado.

Se você espera comprar ações da Apple ou do Google apenas pagando os valores dos servidores,
pode esperar sentado.

Este mesmo raciocínio se aplica à Ambev. Você não vai conseguir comprá-la pagando apenas o
valor das fábricas de cervejas.

Quando utilizar o P/VPA?

Existem algumas situações em que o uso do P/VPA faz mais sentido.

Por exemplo, no caso de instituições financeiras.

Estas empresas costumam registrar os seus ativos e passivos de maneira que refletem, em
média, o valor de mercado destes títulos ou compromissos, respectivamente.

Assim, o valor de liquidação da empresa e o patrimônio se aproximam.

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Mas é claro que as empresas devem possuir negócios sólidos e lucrativos.

Caso contrário, a ação ficará sempre descontada em relação ao VPA. E o barato vai acabar saindo
muito caro.

P/VPA em fundos de CRI

O P/VPA também pode ser utilizado no contexto dos fundos imobiliários (FIIs) de recebíveis
(CRI). Geralmente, o valor do patrimônio destes fundos reflete de maneira mais adequada a
realidade econômica.

Este não é o caso de muitos fundos de “tijolo”, que investem em propriedades cuja avaliação é
feita de maneira mais irregular.

Por que o Patrimônio Líquido é tão importante?

O patrimônio de uma sociedade mede a riqueza da sociedade que pertence aos acionistas, ainda
que este valor seja na realidade muito maior do que o registrado.

Todavia, analisar a evolução do patrimônio líquido por ação, além de indicadores de mercado e
financeiros, traz mais clareza ao investidor na hora de decidir por um novo investimento.

Curto prazo
Curto prazo é o nome dado ao período de tempo entre o passado e uma data limite no futuro,
que marca o alcance de uma meta ou a concretização de um acordo específico.

Em geral, são considerados eventos de curto prazo aqueles a se realizarem nos próximos 3 a 12
meses, a contar da data do compromisso. No caso dos objetivos, por exemplo, é a data em que
ele é traçado; nos investimentos, o momento da aplicação.

No entanto, como veremos a seguir, definir o que é ou não “de curto prazo” não é uma ciência.
Está muito mais relacionado à visão do espectador do que a um ponto específico no calendário.

Em O Hobbit, livro maravilhoso de J. R. R. Tolkien adaptado ao cinema por Peter Jackson, existe
uma passagem que exemplifica muito bem essa distorção.

No segundo filme da série, chamado “O Hobbit: A Desolação de Smaug”, a Companhia de Thorin


(anões que protagonizam a história) é rendido por um grupo de elfos, cujo rei se chamava
Thranduil. É esse mesmo rei quem, após a tentativa frustrada de um acordo, desdenha desses
prisioneiros, dizendo que tem todo o tempo do mundo para esperar até que morram em suas
celas.

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Afinal de contas, o que são alguns dias, meses ou até anos para um ser imortal, se não um curto
prazo?

E é isso que você e Thranduil não têm em comum: a mesma perspectiva do tempo e, portanto,
a mesma noção do que curto, médio ou longo prazo quer dizer.

Como o curto prazo funciona?

A grande questão é: se eu e você somos humanos, com tempo de vida semelhante, por que
então nem assim existe um consenso sobre a “duração” do curto prazo?

O motivo é que não é somente a variação da espécie que modela o que é ou não curto prazo: o
indivíduo e o evento também.

Pense bem: qual é o objetivo de curto prazo de um trabalho? Talvez, no seu caso, seja concluir
aquele projeto. Qual é o objetivo de curto prazo de um namoro? Em alguns casos, um noivado.
E qual é o objetivo de curto prazo de um universitário? Bom, há quem diga que seja sobreviver
a esse semestre.

Verifique, com exceção da faculdade, os outros eventos não têm necessariamente prazos
fixados.

Você pode entregar esse projeto daqui a 1 mês ou daqui a 10, não importa. A partir do momento
em que chegar ao seu chefe e for aprovado por ele, o seu objetivo de curto prazo estará
cumprido.

O mesmo vale para o relacionamento. Você pode pedir um(a) parceiro(a) em casamento
amanhã ou na virada do ano: se ele(a) aceitar (e esperamos que aceite), vocês estarão noivos e
o curto prazo será igualmente válido.

Portanto, embora tratemos a seguir do curto prazo considerando o período de tempo


convencionado, lembre-se sempre que você tem a grande responsabilidade ao identificar o que
compõe essa categoria na sua vida.

O que são investimentos de curto prazo?

No mercado financeiro, se convencionou chamar de investimentos de curto prazo as aplicações


cujo período de maturação é de até 1 ano. Ou seja, que o tempo entre a aplicação e o resgate
não ultrapassa 12 meses.

No entanto, existem alguns especialistas que preferem diferenciar curtíssimo e curto prazo,
criando então uma nova janela de tempo.

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Para eles, investimentos com período de maturação de até 6 meses, são investimentos de
curtíssimo prazo. Já aqueles que vão de 6 meses a 2 anos, são investimento de curto prazo.

De qualquer forma, operações como day trade e swing trade, além do próprio Tesouro Selic, são
os exemplos mais comuns da aplicação do conceito de curto prazo no mercado financeiro.

Longo prazo
O adjectivo longo, que tem origem no vocábulo latino longu, pode usar-se num sentido físico
(para evocar aquilo que tem muita longitude/comprimento ou cuja longitude supera a largura)
ou simbólico (para assinalar que algo é comprido, extenso ou continuado).

Prazo, do latim placĭtum (“convencionado”), é um tempo ou término combinado para algo. O


conceito também é usado em referência ao vencimento desse término.

A noção de longo prazo, por conseguinte, está associada à ideia de um período de tempo
relativamente extenso. Pode tratar-se de algo que se desenvolve, se concretiza ou finaliza
bastante tempo depois da sua criação ou do seu aparecimento.

Exemplos: “Trata-se de um investimento a longo prazo, que acabará por dar os seus frutos na
próxima década”, “Se ensinares uma crianças a poupar, estarás a favorecer o desenvolvimento
da sua capacidade de pensar a longo prazo”, “Estes problemas só poderão ser resolvidos a longo
prazo: não existem soluções mágicas e imediatas”.

Tomemos o caso de uma equipa de futebol que contrata um jogador de 15 anos de idade. Essa
contratação é pensada a longo prazo, já que se espera que o jovem continue a crescer e a
desenvolver antes de se juntar ao plantel profissional. É provável que o jogador se estreie na
primeira divisão aos 20 ou 21 anos, isto é, mais de cinco anos depois da sua contratação.

Uma empresa que decide começar a fabricar um novo produto, por sua vez, investe milhões de
dólares em máquinas. Tendo em conta o montante desembolsado e o tempo que levará a
recuperar o investimento, pode-se dizer que é um projecto rentável a longo prazo.

Provisões de férias
A provisão de férias é a estimativa de gastos da empresa com o período aquisitivo dos
funcionários. Trata-se de um débito mensal que vai custear os direitos dos trabalhadores,
incluindo o pagamento de impostos.

Esta provisão deve ser feita em obediência ao princípio da competência contábil, que rege todas
as atividades contábeis de uma empresa.

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Logo, a partir desse princípio, as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do seu
resultado final e no período em que ocorrerem, mesmo que o seu recebimento ou pagamento
ocorram posteriormente.

As empresas devem contabilizar o recebimento de uma contraprestação por um determinado


serviço, por exemplo, no momento da sua contratação e consequente execução, ainda que o
pagamento ocorra no mês seguinte. A esse procedimento, dá-se o nome de regime de
competência.

A mesma regra deve ser aplicada à provisão de férias dos empregados da empresa. Sabendo do
direito às férias remuneradas, assegurado pela CLT, a empresa deverá provisionar as despesas
com férias e seus respectivos encargos sociais de forma mensal, durante o período aquisitivo de
cada empregado.

Dessa forma, a empresa atua em obediência ao princípio da competência contábil, tendo em


vista que a obrigação de pagamento de férias é gerada a cada mês de trabalho do empregado.

Por fim, os valores correspondentes às férias e demais encargos deverão ser contabilizados na
“Conta de Custos” — quando o empregado estiver relacionado à produção de mercadorias ou
serviços — ou na “Conta de Despesa”, caso o funcionário realize atividades administrativas na
empresa.

Como calcular os valores a serem provisionados?

A base de cálculo para o provisionamento de férias é o valor do último salário do empregado, e


o número de dias de férias aos quais ele tem direito no momento em que a provisão for feita.

No entanto, é preciso ter em mente que o salário do empregado não é fixo em todos os meses
do ano. O seu valor pode ser acrescido de uma série de pagamentos, como adicional noturno,
horas extras, reajustes, comissões, dentre outros.

Exemplo prático

Imaginemos, por exemplo, um funcionário da empresa admitido em 01/03 deste ano, que
recebe um salário, hoje, de R$ 900,00 por mês. No dia 31/03, ele terá direito a 1/12 de suas
férias, provisionados em R$ 75,00 (900,00 / 12 = 75,00).

Na contabilização desses valores, a despesa com férias constará como débito da empresa,
enquanto a provisão de férias será contabilizada como crédito. Se não houver alteração no
salário desse empregado, ele terá direito todos os meses a R$ 75,00 correspondentes às férias
e a contabilização será a mesma.

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Por outro lado, em caso de modificação do salário, tais alterações deverão ser consideradas,
tanto dos meses em que elas ocorreram quanto dos meses anteriores. Afinal, as férias devem
ser sempre pagas com base no valor do salário atualizado do funcionário.

Além do correspondente ao salário do empregado, a empresa também deve considerar o valor


do 1/3 de férias e os encargos incidentes sobre as férias. Nesse caso, basta multiplicar o valor
da provisão de férias pelos percentuais correspondentes aos encargos e ao terço constitucional.

Enfim, no exemplo acima, considerando que não houve reajuste salarial para o empregado,
temos o seguinte cálculo:

abono de 1/3 de férias (75,00 / 3): R$ 25,00;

INSS (considerando a alíquota única de 20%): R$ 15,00;

FGTS (alíquota de 8%): R$ 6,00.

Logo, a empresa deverá considerar como provisão de férias, acrescido de encargos e demais
despesas, o valor total de R$ 121,00 para esse funcionário. Vale ressaltar que, no caso de salários
superiores a R$ 1.903,98, deverá ser considerado ainda o Imposto de Renda como encargo
social.

Passo a passo para calcular a provisão de férias

Acesse o valor do último salário pago (incluindo adicional noturno, horas extras, comissões,
etc.);

Calcule o número de dias de férias aos quais o trabalhador tem direito;

Divida o valor por 12 para obter o custo mensal de provisão;

Multiplique o valor obtido por 3 para obter o custo do adicional de ⅓ de férias;

Calcule 20% do primeiro valor para obter o custo do INSS;

Calcule 6% do primeiro valor para obter o custo do FGTS;

O resultado da soma entre o primeiro valor, com ⅓ de férias, INSS e FGTS é o custo total da
provisão de férias a ser contabilizado por mês.

Para salários superiores a R$1903,98, o Imposto de Renda também deve ser calculado para a
provisão.

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O que são férias indenizadas?

As férias indenizadas são pagas ao funcionário quando ocorre rescisão do contrato de trabalho.
Nesse caso, os encargos de INSS e FGTS citados acima não incidem sobre o valor provisionado
— inclusive para férias pagas em dobro ou proporcionais.

Em contrapartida, o abono pecuniário de 1/3 de férias deve ser considerado, e os encargos


sociais que já tiverem sido apropriados na provisão deverão ser revertidos para o empregado.

Como provisionar férias com adiantamento de 13º salário?

Assim como nas férias, a empresa deverá fazer a provisão do décimo terceiro dos seus
empregados tendo como base de cálculo o último salário pago para cada um deles.

Algumas empresas, aliás, fazem essa provisão em conjunto com a provisão das férias, tendo em
vista que o direito ao 13º salário é adquirido a cada mês de trabalho prestado à empresa.

Isso auxilia a empresa a provisionar também o adiantamento do 13º salário — um direito


conferido ao trabalhador, que consiste no pedido de adiantar a primeira parcela desse benefício
pago, geralmente, em novembro.

Nesse caso, cabe ressaltar, mesmo que a provisão seja feita dessa forma o 13º deve ser pago ao
final de cada ano, enquanto as férias devem ser pagas ao final de 12 meses trabalhados.

Como verificar estatísticas dos anos anteriores para provisionar?

Há um método de provisão de férias muito usado pelas empresas que consegue prever,
aproximadamente, os reajustes dos salários dos empregados para os próximos anos, com base
nos percentuais reajustados nos anos anteriores.

Nesse sentido, a empresa poderá ter uma ideia do quanto precisa provisionar para pagamento
de férias e de 13º salário. Imaginemos, por exemplo, uma empresa que reajustou o salário de
seus empregados em 7% por ano além do reajuste fixado anualmente pelo sindicato da
categoria — no geral, de 5%.

Para tanto, a empresa deverá prever que, para o ano seguinte, a provisão de férias e 13º
precisará considerar o percentual de 7% de reajuste aos salários dos empregados, e fazer uma
estimativa aproximada do percentual a ser definido pelo sindicato.

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De toda forma, ainda que não seja uma técnica de provisionamento exato, esse método auxilia
a empresa a organizar as suas finanças e a sua contabilidade para evitar surpresas no final do
ano.

O que fazer se o funcionário quiser vender dias de férias?

Por fim, o funcionário tem o direito de vender dias de férias quando não quiser usufruir deles.

Nesses casos, os valores pagos devem ser lançados como adiantamento de férias para o
empregado, e a baixa desse valor deve ser feita no fechamento da folha de pagamento, que
ocorre, em geral, no mês subsequente ao trabalho do empregado.

Entretanto, vale lembrar que nesse procedimento a provisão de férias é contabilizada como
débito, enquanto o adiantamento de férias é contabilizado como crédito.

Viu como a provisão de férias pode ser feita sem grandes mistérios? Esperamos que tenha
aprendido todos os detalhes desse cálculo com o nosso artigo.

Quais foram as alterações trazidas pelas novas leis trabalhistas?

Com a reforma trabalhista, o funcionário tem direito a tirar três férias por ano, sem que esses
tenham início dois dias antes de um feriado ou em dias de descanso semanal.

O direito ao abono pecuniário (venda de dias de férias para a empresa) permanece, sendo
restringido a dez dias (⅓ do período de férias).

O acerto dos valores relacionados às férias deve ser feito pelo menos dois dias antes do período
que o funcionário vai passar fora da empresa. Se houver atrasos, o pagamento deve ser feito em
dobro.

Com isso, a empresa deve ter ainda mais cuidado ao preparar a provisão, a fim de cobrir esses
três períodos e cumprir com a legislação vigente na hora de pagar os direitos do trabalhador.

PCLD
Também conhecida como Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, a PCLD é um indicador
contábil que informa o valor que uma empresa pode perder com clientes inadimplentes. Isto é,
como o próprio nome sugere, a PCLD é uma estimativa contábil do créditos do clientes que
possuem um risco considerável de não serem quitados.

Para que serve a PCLD?

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Além de servir como uma previsão para futuras perdas, como quando um negócio vende a prazo,
o PCLD também é uma importante ferramenta para calcular o patrimônio líquido. Além disso,
as perdas podem deduzidas como despesas.

Isto é, um negócio pode usar os valores não pagos por clientes para dedução de Imposto de
Renda. Isso porque o Art. 9º que regula o IR possibilita que as perdas de pessoas jurídicas sejam
descontadas.

Restituição do Imposto de Renda: como funciona e onde conferir a sua?

Restituição do Imposto de Renda: como funciona e onde conferir a sua?

As deduções precisam obedecer pelo menos um dos três critérios estabelecidos pela
regulamentação do Imposto de Renda:

Perda de até 5 mil reais, vencidas há pelo menos 6 meses.

Perdas com valor superior a 5 mil reais e até 30 mil reais. Os valores precisam estar vencidos há
pelo menos um ano.

Valores maiores que de 30 mil reais e vencidos há mais de um ano. Neste caso, é necessário que
se tenha começado uma cobrança judicial.

Essas deduções ajudam na economia das empresas. Uma vez que não precisam pagar o imposto
sobre valores que não receberam.

Utilizando a PCLD na gestão do negócio

Além de possibilitar a dedução do Imposto de Renda, a PCLD ainda é usada como uma estratégia
para diminuir os riscos de um negócio.

Inadimplência: entenda como evitá-la e se livrar das dívidas

Inadimplência: entenda como evitá-la e se livrar das dívidas

Isso porque muitos negócios usam da estratégia como uma ferramenta de contabilidade. Isto é,
consideram nas vendas feitas uma porcentagem de inadimplência. Assim, conseguem projetar
quais valores seriam mais próximos do lucro.

Para isso, muitas empresas consideram as perdas dos últimos anos para determinar o valor não
recebido. Por exemplo, se nos últimos dois anos o índice de inadimplência foi de 6%, um negócio
projeta esse índice para futuras vendas.

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Assim, a empresa deixa de contar com esse dinheiro. Isto é, a PCLD é aplicada quando
dificilmente vai se reaver ou se recuperar o valor de perda.

Utilização da PCLD na liberação de crédito

A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa também é um fator utilizada por instituições
financeiras e empresas para liberação de crédito.

Por exemplo, um banco quando vai conceder um empréstimo, ele realiza uma análise dos riscos
de perdas da empresa. Assim, o credor pode aumentar as taxas de juros de acordo com o
histórico de inadimplência do solicitante.

Desta forma, a empresa garante que as perdas possam ser menores. A provisão para devedores
duvidosos pode causar menos prejuízos ao lucro líquido do negócio e ajuda no planejamento
financeiro de uma empresa.

Provisões para contingências


Contingência, em uma tradução livre, remete a uma situação cujo resultado final, favorável ou
desfavorável, depende de eventos futuros incertos. E é aí que entra a provisão para
contingências, muito utilizadas em balanço patrimonial de empresas.

A provisão para contingências nada mais é que uma despesa que envolve valores financeiros
que ainda não foram pagos, mas derivam de fatos geradores contábeis já ocorridos.

Em resumo, em um balanço, a provisão é a despesa configurada como ocorrida, mesmo que,


ainda não paga, aprovisionada para eventos futuros incertos.

Assim que essa perda de ativo ou obrigação se torna totalmente previsível, ela deixa de ser
considerada uma provisão contábil.

Quais os tipos de provisões existentes?


Provisões para estimativas de perdas de ativo: investimentos ou ajuste de custo dos bens do
ativo a valor de mercado.

Provisões para exigibilidades: gratificações a empregados, férias e encargos, 13º salário e


encargos, contingências, imposto de renda, etc.

Provisão x reserva

Provisão para contingências

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As provisões estão atreladas às despesas ou antecipações contábeis.

Por outro lado, as reservas são valores recebidos pela empresa e não estão vinculadas à entrega
de bens ou serviços.

Como exemplo, imagine um terreno sendo cedido pela prefeitura para uma empresa abrir um
novo empreendimento e fortalecer a economia da região.

Neste caso, esse terreno é atribuído como reserva de incentivos fiscais.

Como as provisões, existem alguns tipos de reservas de lucro, são elas:

Reservas legais

Reservas para contingência

Reservas estatuárias

O segundo é um item do patrimônio líquido das empresas. Constituído pela destinação de


recursos para formação de um colchão de reserva para absorver eventuais perdas.

Portanto, perdas prováveis e estimáveis como calamidades, eventos cataclísmicos naturais ou


greves, devem estar respaldados por essa reserva.

Por fim, essa reserva tem o efeito de difundir perdas, evitando ameaças suficientemente
grandes, que possam impactar drasticamente o demonstrativo de resultado do exercício.

Provisão para contingências ambientais

Contingência é o reconhecimento de um passivo provável, que depende de condições ou


situações que são atreladas a eventos futuros que poderão ou não, acontecer.

Portanto, despesas previstas como recuperação ambiental, por exemplo, devem estar
provisionadas em decorrência de exigência legal.

Exemplo: Imagine um laudo que aponta um provável volume de gastos com recuperação
ambiental de R$ 1 milhão. Então teremos a seguinte provisão:

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Provisões com recuperação do meio ambiente – Conta de resultado

Provisão de gastos – Responsabilidade pelo meio ambiente – Passivo circulante

Dessa forma, a adequada divulgação da natureza da “perda” deve constar de nota explicativa às
demonstrações contábeis da empresa.

Depreciações
A depreciação pode ser entendida como um recurso contábil que tem por objetivo atribuir um
custo financeiro de um ativo tangível ao longo da sua vida útil. Neste sentido, as empresas
consideram esse tipo de conceito contábil dos seus ativos de longo prazo para fins fiscais e
contábeis.

Vale ressaltar nesse ponto que a depreciação é um cálculo contábil e, portanto, é importante
compreender o significado de depreciação na contabilidade. Ou seja, para aplicar a depreciação
sobre um bem, os responsáveis por uma empresa ou detentores de um bem deve observar os
conceitos pré-estabelecidos pela legislação e verificar como executá-los sobre os bens da
companhia.

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Este guia básico te ajudará a dar os primeiros passos no processo de análise de ações na hora
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Além disso, há tipos diferentes de depreciação na contabilidade, sendo a principal a depreciação


linear. Todavia, é importante compreender como funciona cada um dos tipos de depreciação,
visto que a depender dos bens ou da estrutura organizacional da companhia pode ser mais
vantajoso utilizar um outro tipo.

Para fins fiscais, as empresas podem deduzir o custo dos ativos tangíveis que compram como
despesas comerciais. No entanto, as empresas devem depreciar esses ativos de acordo com as
normas contábeis que dizem respeito a como e quando a dedução pode ser efetivamente
estabelecida.

Normalmente este é recurso contábil geralmente avaliado como um conceito difícil para quem
se propõe a estudar sobre contabilidade, pois não representa, de fato, o fluxo de caixa real. Essa
confusão ocorre justamente porque não há movimentação de caixa relacionada à depreciação,
o que difere da amortização e elucida o fato desse recurso ser contábil e não financeiro.

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A depreciação é uma convenção contábil que permite que uma empresa anule o valor de um
ativo ao longo do tempo. Contudo, para fins de contabilidade, a despesa relacionada a esse
conceito contábil não representa uma transação de caixa, apesar de ser utilizado como se fosse
um custo de depreciação.

Capex e Opex: conheça a diferença entre estes custos

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Como funciona a depreciação?

Como apontado, a depreciação é utilizada como um mecanismo contábil que atribui um custo
para os bens ao longo do tempo. Na prática, a depreciação funciona como uma forma de
atualizar o valor de um bem ao longo do tempo, calculando de forma padronizada a redução do
valor desse bem gerada pelo desgaste da utilização.

Dessa forma, conforme um bem é utilizado ao longo do tempo ele vai perdendo seu valor, ou
seja, o valor desse bem fica depreciado. Na prática, os bens se desgastam naturalmente ao longo
do tempo e vão ficando obsoletos, basicamente há depreciação de capital.

Dessa forma, é calculado um percentual de desgaste desse bem que é aplicado sobre o valor
para que se chegue ao valor atualizado do bem. Nesse sentido, o valor contábil de um bem é
reduzido ao longo do tempo, mas vale ressaltar que esse valor nunca chegará a zero, visto que
como o desconto é percentual, sempre haverá um valor residual para o ativo.

A depreciação só é aplicada em bens que uma companhia irá manter sob sua posse por mais de
um ano, visto que caso a empresa venda o bem no mesmo ano contábil não será necessário
calcular a depreciação do mesmo. Ou seja, o recurso da depreciação só é utilizado nos bens do
ativo permanente da companhia.

Portanto, na maioria dos casos, a depreciação contábil é aplicada sobre os bens essenciais para
o funcionamento da companhia. Entre os principais exemplos desses bens estão imóveis,
automóveis e maquinário da companhia. Em geral, esses são os principais bens utilizados para
o funcionamento cotidiano de uma companhia e com durabilidade prolongada.

Esse é um dos motivos, inclusive, que grandes empresas costumam registrar cada um de seus
bens em uma lista de ativos imobilizados. Até mesmo móveis como mesas e cadeiras são
registrados, visto que facilitam o controle do ativo permanente da companhia, além de facilitar
a aplicação da depreciação sobre todos os bens da companhia.

Para que serve a taxa de depreciação?

A taxa de depreciação serve justamente para que o desgaste dos bens ao longo do tempo seja
contabilizado. Sendo que o desgaste contabilizado independe da forma do desgaste, portanto,

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independente se o desgaste for gerado pela ação do clima ou pela utilização do bem, a taxa de
depreciação será a mesma, conforme previsto na legislação vigente.

Gestão de Caixa: tudo o que você precisa saber e como aplicar no negócio

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A função principal da taxa de depreciação para uma empresa é reduzir o lucro contábil, esse é
um dos motivos para as companhias aplicarem esse recurso da forma mais eficiente possível. A
partir da redução da contabilização da redução do lucro contábil, a empresa tende a reduzir os
valores a serem pagos de IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido).

A taxa de depreciação é uniforme de acordo com o tipo de bem. Dessa forma, a taxa de
depreciação de um imóvel é a mesma, independentemente do valor comercial desse imóvel ou
de onde ele está localizado. Nesse sentido, o percentual que será descontado anualmente do
seu valor contábil será o mesmo para todos os imóveis.

Além disso, mesmo que um bem seja pouco utilizado ou muito utilizado, a taxa de depreciação
aplicada sobre ele será a mesma. Dessa forma, no caso dos veículos, por exemplo, mesmo que
uma empresa utilize o veículo poucas vezes e outra empresa utilize um veículo igual todos os
dias e esse esteja mais deteriorado, a taxa de depreciação a ser aplicada em ambos não será
diferente.

Esses ativos sofrem depreciação todos os anos, em geral, essa contabilização é oficializada no
momento de realizar a Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda. A depreciação só deixa
de ser aplicada quando a empresa realiza a venda do referido bem, ou seja, quando o bem não
faz mais parte do ativo imobilizado da companhia.

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um profissional do mercado financeiro!

Quais são os bens depreciáveis e não depreciáveis?

Um ponto importante de ser compreendido é que nem todos os bens do ativo imobilizado de
uma companhia são depreciáveis. Dessa forma, existem bens depreciáveis e bens não
depreciáveis entre os bens de uma companhia.

Até mesmo bens do mesmo tipo, como imóveis, pode ser depreciável ou não depreciável. Essa
diferenciação ocorre porque o fato de um bem sofrer depreciação está diretamente ligada ao
seu uso para as atividades da companhia.

Recebíveis: o que são e como realizar a antecipação?

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Recebíveis: o que são e como realizar a antecipação?

Bens depreciáveis

Entre os principais bens depreciáveis de uma companhia estão:

Imóveis utilizados para as atividades da companhia ou alugados e, portanto, geradores de renda;

Bens móveis utilizados para o desempenho das atividades da empresa;

Máquinas e equipamentos;

Veículos utilizados tanto para execução das atividades da companhia, como para transporte de
funcionários.

Bens não depreciáveis

Entre os principais bens não depreciáveis de uma companhia estão:

Terrenos e imóveis não alugados e nem utilizados para as atividades da companhia;

Itens que podem aumentar de valor ao longo do tempo, como obras de arte;

Bens que tenham vida útil menor que um ano;

É possível verificar que a diferenciação entre os bens depreciáveis e não depreciáveis seguem
uma lógica. Caso um bem não seja utilizado para as atividades da companhia, ele em geral não
será considerado um bem depreciável, ao passo que os bens pelos quais a companhia execute
suas atividades ou seja gerador de renda entrará na lista de bens depreciáveis.

Por outro lado, também existem pontos mais específicos da lista de bens não depreciáveis. Entre
esses pontos estão os bens que podem aumentar de valor ao longo do tempo. Em geral, esses
tipos de bens são itens com valor histórico, como obras de arte ou ainda relíquias ou
antiguidades.

Além disso, há também aqueles bens que possuem vida útil muita curta e nem chegam a
ultrapassar um ano calendário. Em geral, esses itens são bens menores de uso de curta duração
e possuem baixo impacto no montante geral do ativo imobilizado da companhia.

Como calcular a depreciação?

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A título de exemplificação, consideremos que se uma empresa compra uma peça de
equipamento por R$ 50.000,00. A mesma pode considerar, em sua contabilidade, o custo total
do ativo no primeiro ano, ou pode escrever o valor do ativo sendo diminuído durante a vida útil
do mesmo, que nesse caso hipotético, é considerado de 10 anos.

É por isso que, normalmente, os empresários simpatizam com esse recurso contábil. A maioria
dos proprietários de empresas prefere gastar apenas uma parcela do custo, o que aumenta
artificialmente o lucro líquido no período de aquisição do mesmo.

Além disso, o equipamento em questão pode ser vendido, vamos supor, por R$ 10.000,00, que
foi o seu valor após a desvalorização natural que ocorre naturalmente em um processo de
revenda. Entretanto, não há como negar que a empresa em questão possui o valor real referente
a montante financeiro a considerar como um ativo em seu balanço patrimonial.

Avaliação Patrimonial: como avaliar o verdadeiro valor de um bem?

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Dito isso, normalmente o contador, utilizando-se desse princípio contábil, calcula a despesa de
depreciação como a diferença entre o custo do bem e o seu valor de revenda, dividido pela vida
útil do ativo.

Exemplo de cálculo de depreciação

O cálculo neste exemplo de um bem no valor de R$ 50.000,00 seria, então, desenvolvido da


seguinte maneira:

Depreciação = (R$ 50,000 – R$ 10,000) / 10

De acordo com a equação acima, portanto, a depreciação, neste caso, seria então de R$
4.000,00. Isso significa que o contador da empresa não precisa descontar do fluxo de caixa da
empresa os R$ 50,000 inteiros, mesmo que esse tenha disso o valor pago em dinheiro. Em vez
disso, a empresa precisa considerar o desconto de R$ 4.000,00 em cima do lucro líquido.

Ou seja, a empresa terá que considerar o desconto, em suas Demonstrações do Resultado do


Exercício, de mais R$ 4.000 no próximo ano. Além disso, terá que considerar outros R$ 4.000 no
ano seguinte, e assim por diante, até que o valor do equipamento seja completamente
cancelado no décimo ano após a sua aquisição.

Quais são os tipos de depreciação?

Os métodos para realizar o cálculo da depreciação podem ser diferentes, isso ocorre porque a
depender da estrutura de uma companhia pode ser interessante utilizar um ou outro método.

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Dessa forma, é importante conhecer todos os tipos de depreciação e avaliar qual se encaixa
melhor para cada empresa.

Depreciação Linear

A depreciação linear é o mais comum entre os tipos de depreciação, visto que ela considera que
o bem se desvaloriza aos poucos ao longo do tempo. Por esse motivo, esse é o método mais
utilizado pelas companhias.

Além de ser a que representa de forma mais próxima a real desvalorização de um bem, ela
também é a mais simples de ser calculada. Visto que basta aplicar o percentual de depreciação
sobre o valor do bem ao longo dos anos.

Análise horizontal: entenda o que é e como utilizá-la

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Depreciação Acelerada

A depreciação acelerada é utilizada por um tipo específico de companhia, que são aquelas que
operam seu maquinário por dois ou três turno diários. Ou seja, são companhias que utilizam
suas máquinas por 16 ou até mesmo 24 horas diárias.

Nesses casos, a taxa de depreciação pode ser aumentada de acordo com a utilização dos bens.
Para um bem cuja a taxa de depreciação seja de 10% para utilização de um turno, nesses casos
excepcionais será de 15% no caso de turno de 16 horas e de 20% no caso de um turno de 24
horas.

Depreciação Acumulada

A depreciação acumulada é na prática a soma da depreciação de todos os bens de uma


companhia. Apesar de parecer um conceito simples, ele também é importante porque esse é o
valor que será apresentado no balanço patrimonial de uma companhia.

Dessa forma, apesar de cada bem possuir a sua taxa de depreciação específica, os valores da
depreciação de todos os bens serão somados pelo contador. A partir desse número ele irá abater
do resultado final da companhia.

Depreciação Gerencial

A depreciação gerencial é um recurso contábil utilizado para normalmente para controle


interno. Esse fato ocorre porque esse tipo de depreciação é utilizado quando um bem
ultrapassou a sua vida útil ou não é mais utilizado pela indústria.

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Dessa forma, a depreciação gerencial serve para a empresa mensurar qual deve ser o valor para
esse bem ser vendido. Nesse caso, apesar de não ter mais vida útil, a companhia consegue
calcular um valor compatível com seu nível de desgaste.

Horizontalização: saiba como funciona esse modelo de produção

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Quais as diferenças entre a depreciação e amortização?

Como apontado a depreciação é o abatimento sobre o valor de um bem tangível, ou seja bens
físicos, como bens imóveis, veículos, entre outros. Já a amortização é o abatimento de bens
intangíveis, como é o caso de marcas e patentes, em suma, ela incide sobre algum direito legal
geralmente detido por contrato.

A depreciação e amortização são conceitos bem diferentes mas pelo fato de ambos serem uma
forma de abater um valor sobre um bem, pode haver confusão entre esses dois recursos. Ambos
são utilizados nas demonstrações contábeis de uma companhia.

Vale ressaltar que tanto os bens nos quais incidem a depreciação como os bens em que incidem
a amortização são registrados no ativo de uma companhia. Dessa forma, bens como marcas e
patentes são registrados no ativo de uma companhia e normalmente possuem uma validade
gerida por contrato ou pela própria legislação.

Portanto, a forma de amortizar cada bem deve variar de acordo com as condições e
peculiaridades de cada bem intangível e cada contrato estabelecido. Portanto, um bem
intangível com validade de 5 anos, deve ter seu valor de amortização dividido ao longo desses
cinco anos de forma que ao final do período de validade desses bens que sofrem amortização
cheguem a zero.

Em caso de renovação contratual, em termos contábeis, é como se fosse adquirido um novo


bem pela companhia. Portanto, a amortização começará de novo visando chegar a zero ao final
do novo contrato.

Dessa forma, da mesma forma que é aplicada a taxa de depreciação sobre um bem tangível, a
contabilidade de uma companhia pode amortizar o valor de um bem intangível. Esse recurso
contábil tem a mesma finalidade que a depreciação, o qual é abater o valor amortizado do lucro
líquido da companhia e reduzir o valor a ser pago em IRPJ e CSLL.

Qual a importância do conceito de depreciação no mercado financeiro?

O conceito de depreciação no mercado financeiro é importante especialmente para a análise de


investidores. Tanto para aqueles que investem no mercado de renda variável como para aqueles

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que investem em ativos como fundos imobiliários, entender bem esse conceito pode melhorar
a capacidade de análise.

Melhores ações da bolsa: saiba quais são e como encontrá-las

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No caso da análise de um fundo imobiliário, por exemplo, é importante que o investidor


compreenda qual a vida útil dos imóveis que compõe esse fundo. Dessa forma, compreender
esse tipo de conceito facilita para que o investidor consiga calcular a real capacidade de geração
de renda desse tipo de investimento.

No caso das empresas listadas em bolsa, a análise é mais centrada nos balanços das companhias.
A depreciação e amortização dos ativos da companhia podem contribuir para entender quando
a empresa terá que realizar novos investimentos para atualizar seus bens e também se a
contabilidade da companhia está sendo gerida de forma eficiente.

Em especial para quem investe com foco em dividendos, a análise sobre qual a vida útil dos
principais ativos de uma companhia pode ser ainda mais importante. Visto que a necessidade
de renovação dos bens pode significar um lucro líquido menor durante um período e, portanto,
uma distribuição de dividendos reduzida.

Além disso, o conceito de depreciação é essencial para compreender o tempo de maturação que
pode levar um novo investimento. Dessa forma, quando uma companhia passa por períodos de
novos investimentos, a vida útil de bens adquiridos pode contribuir para ajustar as expectativas
do investidor.

Apesar de ser um conceito complexo, chegando a ser discutido durante semestres inteiros em
cursos superiores, para um investidor, compreender a essência da depreciação é o necessário.
Inclusive pode contribuir de maneira direta para os seus resultados no que diz respeito a uma
análise fundamentalista de uma empresa de capital aberto e também para ativos como FIIs.

Amortizações
A amortização é, sobretudo, o pagamento de dívidas feito por empresas de forma parcelada,
em um prazo pré-estabelecido. Ou seja, é o processo de dividir um empréstimo em uma série
de pagamentos fixos por um determinado período. Você pagará os juros e o valor principal do
empréstimo em montantes diferentes a cada mês, embora seu pagamento total permaneça
igual.

Ela é calculada com base no valor principal da dívida, ou seja, é o montante real que foi
emprestado ou financiado. E as parcelas não se referem apenas à amortização, mas também
aos encargos e juros embutidos. Por exemplo: se foi feito um financiamento de R$ 100 mil para
a compra de uma casa, o valor principal da dívida será igual a esses R$ 100 mil.

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Diferentemente da depreciação, quando o fator considerado refere-se à eventual escassez de
recursos, a amortização leva em conta o tempo em que a empresa passa em posse do
investimento.

Portanto, a organização deverá guardar um determinado valor por certo período de tempo para
quitar a dívida e só depois poderá fazer um novo investimento.

Saiba como funciona o Sistema de Amortização Constante (SAC)

O Sistema de Amortização Constante (SAC) é aplicado em financiamentos de longo prazo,


estabelecendo pagamentos decrescentes para amortizar a dívida. Comumente, é uma opção
utilizada quando a pessoa financia um imóvel, por meio do qual o valor das prestações vai
diminuindo à medida as mensalidades são pagas.

E para calcular o valor da amortização de uma parcela pelo método SAC, é preciso dividir o valor
total da dívida pelo número de meses de parcelas. Assim, se obterá o montante das
amortizações e somar os juros.

Na prática, ela funciona assim:

Pegando novamente o exemplo de um empréstimo de R$ 100 mil, que foi financiado em 60


meses com juros de 0,68%, considere o valor da parcelas da seguinte forma:

Valor da amortização: R$ 100 mil ÷ 60 meses = R$ 1.666,67 (valor constante da amortização);

Valor da primeira parcela: R$ 1.666,67 de amortização + R$ 680 de juros (R$ 100 mil x 0,68%) =
R$ 2346,66;

Valor da segunda parcela: R$ 1.666,67 de amortização + R$ 668,66 de juros (R$ 100 mil –
R$1666,67 x 0,68%) = R$ 2.335,33;

Valor da terceira parcela: R$ 1.666,67 de amortização + R$ 657,33 de juros (R$ 100 mil –
(1666,67 x 2 parcelas já pagas) x 0,68% = R$ 2.324,00.

Após os 60 meses, o valor total de juros pago no final seria de R$ 20.739,99.

Tabela Price

Outro método usado para o cálculo da amortização é a Tabela Price. Trata-se de um sistema que
estabelece parcelas de mesmo valor pagas para a amortização da dívida.

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Desta forma, a amortização sobre a dívida é crescente, e os juros constantes. Normalmente é
usada para a compra de carros e eletrodomésticos.

Se um empréstimo no banco é feito pelo Sistema Price, mesmo que todas as parcelas pagas
sejam iguais, no início, você pagará uma maior porcentagem de juros do que o valor financiado.
Com o tempo, os juros vão baixando e, então, você passa a pagar uma maior porcentagem do
valor emprestado e menos juros.

No entanto, existem diferenças entre as tabelas SAC e Price. De forma simples, pode-se dizer
que elas aparecem das seguintes formas.

Parcelas: na tabela Price, elas são constantes, enquanto na SAC, elas são decrescentes;

Amortizações: na Price, a amortização acontece de maneira crescente. Já na SAC ela é constante;

Saldo devedor: Na tabela Price, o saldo devedor começa a ser reduzido lentamente, enquanto
na SAC ocorre a redução linear.

Leia também: Externalidade nos investimentos: como analisar em ações.

Outros sistemas de amortização

Além desses sistemas de amortização, há outros tipos de sistemas de pagamento de dívidas e


empréstimos: sistema americano, pagamento único e amortização extraordinária.

Sistema Americano

Neste sistema, as amortizações não são mensais. Contudo, o pagamento é feito apenas em cima
dos juros das parcelas. Após a finalização do empréstimo, o devedor deverá quitar o valor
integral.

Pagamento Único

Como sugere o nome, ao final do contrato, o pagamento deverá ser realizado de uma única vez,
calculado com base na amortização total da dívida, acrescida dos juros.

Amortização Extraordinária

A amortização extraordinária é quando o devedor antecipa as parcelas para reduzir o número


de pagamentos mensais. Um bom exemplo é o FGTS, no qual a pessoa pode utilizar esse recurso
para pagar algumas parcelas ou até mesmo quitar a dívida.

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Com a redução das parcelas, o que se diminui é o valor, e não o número de pagamentos. Mas
antes de optar por essa alternativa, é necessário avaliar os juros mensais e que o uso do dinheiro
não irá impactar no orçamento.

Política Cambial: o que é e qual a sua importância para os investimentos

Qual o melhor sistema de amortização para o seu investimento?

Para avaliar qual será o melhor sistema de amortização a ser escolhido no seu investimento,
analise os seguintes pontos:

Tempo estimado para pagar a dívida;

Qual sistema impacta menos o orçamento;

Condições financeiras.

Estas informações são necessárias para que se faça uma escolha ideal, evitando assim que se
tenha prejuízos futuramente.

Exaustões
A exaustão é a perda de valor de ativos naturais de uma empresa decorrente da exploração dos
mesmos. Como este valor é destinado para recursos minerais e florestais, existe um limite para
exploração e um valor residual para estes ativos.

Contas patrimoniais: conheça quais são as mais importantes

Contas patrimoniais: conheça quais são as mais importantes

O conceito serve para determinar a quota anual, os custos e os encargos relacionados a esses
ativos. Assim, a cota anual de exaustão é igual ao cálculo anual de encargos da depreciação.

Como calcular a exaustão?

A quota anual da exaustão é estabelecida de acordo com o volume de produção anual. Também
varia de acordo com o direito efetivo para exploração dos recursos minerais ou florestais
(possança). Por isso, existem dois critérios para calcular exaustão:

Prazo de exploração dos recursos minerais ou florestais

Quantidade estimada de recursos a serem explorados

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Os dois critérios podem ser usados no cálculo, porém é considerado o maior valor de exaustão
anual.

Quer entender como as informações de uma empresa influenciam no preço seus papéis? Faça
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Exemplo de cálculo

Os exemplos de exaustão mais comuns são para exploração de florestas, no caso das fábricas de
celulose e da exploração de jazidas, para retirada de commodities como minérios. Quanto mais
os recursos naturais vão se esgotando, mais essas perdas de valor serão contabilizadas.

Assim, o cálculo da cota anual será estabelecido de acordo com o prazo e os recursos.
Suponhamos que uma jazida já tenha calculado o valor para:

Exaustão acumulada: R$ 5.000,00

Valor contábil da jazida: R$ 50.000,00

Possança: 3.000 toneladas

Produção no período: 250 toneladas

Prazo do termino da concessão: 5 anos

Reavaliação de ativos: entenda como funciona esse cálculo contábil

Reavaliação de ativos: entenda como funciona esse cálculo contábil

A fórmula da exaustão de relação produção x possança será:

Valor em percentual = Produção por período x 100 / exaustão acumulada

Exaustão por período = Valor contábil x percentual

Assim, o cálculo seria:

8,3% = 250 toneladas x 100/ 3.000

R$ 4.150,00 = R$ 50.000,00 x 8.3%

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Para estabelecer o valor explorado até o prazo do termino da concessão, a fórmula seria:

Percentual = 100/prazo do termino da concessão

Valor de exploração = Valor contábil da jazida x o percentual do termino da concessão

No exemplo:

20% = 100/5

R$ 10.000,00 = R$ 50.000,00 x 20%

Portanto, o valor calculado nas duas fórmulas estabelecerá o valor a ser explorado dos recursos
minerais dessa jazida. Sendo que o valor por período até o termino de 5 anos será de R$
10.000,00. E os recursos a serem explorados possuem encargos no valor de R$ 4.150,00. Assim,
estes não excederão os recursos ao final de 5 anos de exploração.

Outras considerações

Por fim, as contas redutoras do ativo não-circulante também poderão ser subtraídas do valor
imobilizado. Este cálculo é feito para contabilizar a exaustão acumulada. Assim, a redução
patrimonial de uma empresa é o método responsável pelo registro dos bens utilizados ou
desgastados.

No caso das florestas naturais, a quota da exaustão é estabelecida sobre a relação percentual
dos recursos florestais extraídos no período e o volume existente destes recursos florestais
antes desta exploração.

Quadro sinótico
quadro sinóptico, ou também sinótico, é o resumo esquematizado de uma ideia, de um texto,
documento e até mesmo da aula de um professor. Sua principal vantagem permite a visualização
da estrutura e da organização do conteúdo que expõe um determinado texto.

Ele pode ser elaborado com a ajuda de chaves, diagramas e até mesmo utilizar uma série de
colunas e fileiras como sendo tabelas.

No entanto, a sinopse é o resumo das principais ideias de um texto, apresentadas de forma


analítica e organizadas de tal modo que fica evidente sua estrutura interna.

O quadro sinóptico cumpre basicamente com dois propósitos específicos. Por um lado, a
determinação dos elementos essenciais do texto em questão, e por outro lado, a representação
esquemática das relações estabelecidas entre esses conteúdos.

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Para confeccionar um quadro deste tipo, devemos em primeira instância, determinar as
principais ideias do texto e empregar as técnicas de elaboração de resumos consideradas mais
adequadas.

Assim, devemos relacionar os elementos essenciais do texto para serem organizados, no


entanto, deve-se identificar o grau de generalidade e uma vez realizada esta etapa, se elabora o
esquema para refletir nas relações dos elementos.

Outras considerações que devem ser levadas em conta são: não incluir ideias próprias, apenas
os pontos destacados do texto de maneira breve e concisa; indicar os conceitos centrais
ordenados e sistematicamente; representar as relações estabelecidas através de esquemas; ir
do geral para o particular; e os subtítulos devem ser elaborados a partir de frases curtas e com
sentido.

DRE
A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE – é um relatório contábil que evidencia se as
operações de uma empresa estão gerando um lucro ou prejuízo, considerando um determinado
período de tempo.

A DRE é confeccionada junto com o Balanço Patrimonial, e deve ser assinada por um contador
habilitado pelo CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Pela lei, o relatório é obrigatório para
todas as empresas, exceto o MEI, e deve ser feito anualmente (após o encerramento do ano-
calendário, que é o período compreendido entre janeiro e dezembro de um mesmo ano).

Neste artigo você vai ver:

O que é o DRE?

Para que serve a DRE?

Como fazer um DRE?

No entanto, a importância desse documento vai além do cumprimento das exigências contábeis
e fiscais. Ter este controle também é essencial para o sucesso do seu negócio.

Quer entender melhor sobre o papel da DRE no cotidiano da sua empresa? Vamos lá!

Para que serve a DRE?

A DRE é uma grande aliada do empreendedor. Por isso, saber usá-la é tão importante para a
administração da sua empresa. Esse relatório confronta os dados das receitas e das despesas do
negócio, mostrando o resultado líquido do seu desempenho e detalhando a real situação
operacional de um negócio.

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Ao utilizar esse controle também como relatório gerencial, você poderá avaliar como anda a
saúde financeira da sua empresa e, assim, usar as informações para tomar decisões que irão
reduzir gastos e fazer seu negócio faturar mais.

Além disso, a DRE é um documento importante para agentes externos à empresa. O governo
utiliza o relatório para verificar se os impostos foram calculados corretamente, e faz o confronto
do lucro declarado na DRE com os lucros declarados pelos sócios no IRPF.

A declaração ainda costuma ser fundamental na hora de conseguir uma ajudinha extra. Bancos
e analistas financeiros podem requerer o demonstrativo para avaliar a situação do negócio e
decidir se darão crédito ou não ao solicitante; enquanto eventuais investidores irão analisá-lo
para ter mais segurança ao aplicar seu dinheiro.

Legalmente, o demonstrativo deve ser feito a cada ano. Porém, a empresa pode optar por
realizá-lo mensalmente como um relatório gerencial para melhor acompanhamento da gestão
– ou trimestralmente, considerando as obrigações fiscais.

o que é o DRE computador celular e bloco de anotações

CTA Abertura 1_11/2020

Como fazer um DRE?

Como já informamos, a DRE somente pode ser realizada através de um contador habilitado junto
ao CRC e a sequência de informações nela seguem um padrão quando feitas para cumprimento
legal, independentemente do porte ou da natureza do negócio. De acordo com a Lei 6.404/1976,
Artigo 187 (e sua modificação pela Lei 11.638/2007), os dados detalhados na demonstração
devem ser:

1 – A receita bruta das vendas e serviços prestados, incluindo as deduções das vendas, os
abatimentos e impostos;

2 – A receita líquida das vendas e serviços, com o custo dos produtos e serviços comercializados,
e o lucro bruto;

3 – As despesas com as vendas, as despesas financeiras (deduzidas das receitas), e as despesas


operacionais, administrativas e gerais;

4 – O lucro ou prejuízo operacional, além de outras receitas e despesas;

5 – O resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a provisão para esse imposto;

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6 – Os valores relacionados às debêntures, aos funcionários, administradores e outros
beneficiários, mesmo que na forma de instrumentos financeiros, às instituições, aos fundos de
assistência ou à previdência de empregados – os quais não são classificados como despesas;

7 – O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Sendo assim, vários cálculos devem ser considerados na hora de fazer sua DRE. Vamos explicar
alguns deles:

Receita de vendas: compreende todas as vendas realizadas pela empresa, seja de produtos ou
serviços. Importante destacar que não devem ser lançadas na receita apenas as vendas com
entrada de dinheiro em caixa, o conceito de receita se remete à prestação efetiva do serviço ou
venda da mercadoria, independente do momento do recebimento pelo seu pagamento.

Impostos e deduções: são detalhadas todas as tributações que incidem nas vendas, como a DAS,
ICMS, ISS, entre outras. Aqui também temos o conceito da incidência e não do pagamento, ou
seja, serão escrituradas na DRE todos os impostos devidos, independente de terem sido pagos
ou não. Ainda deverão ser considerados os tributos calculados sobre o lucro, como o Imposto
de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). As demais
deduções a serem lançadas são as vendas canceladas, devoluções e descontos concedidos,
quando ocorrerem.

Receita líquida: equivale a receita bruta menos os impostos e deduções.

Custos de venda: implicam em todo o valor investido para comprar e vender a mercadoria que
será revendida ou para prestar o serviço ao cliente. Algumas vezes o conceito de custos parece
vago então vamos aos exemplos:

a) se a empresa é de engenharia e é contratada para fazer a planta de um edifício, e para fazer


esta planta ela precisa de um software, então o valor gasto no software é um custo para a
empresa. Já se a empresa tem um software de controle financeiro, este então é uma despesa,
pois ele não é utilizado para a realização da prestação do serviço.

b) se a empresa é de comércio, todo o valor gasto na aquisição das mercadorias é um custo,


como o frete, pedágios, entre outros. Se a empresa tiver funcionários, os vendedores são um
custo, já quem faz a parte administrativa, como departamento financeiro e rh são despesas.

Lucro Bruto: equivale a receita líquida menos os custos.

Despesas: são todos os gastos que não são custos, necessários para manutenção da atividade
da empresa, tais como conta de luz, internet, aluguel, entre outros. Elas podem se dividir entre
despesas com venda, administrativas, operacionais, conforme organização e controle de cada
empresa.

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Lucro Operacional: equivale ao lucro bruto menos as despesas.

IRPJ e CSLL: estes impostos ficam isolados dos demais por incidirem diretamente sobre o lucro
das empresas, contudo isso não se aplica aos optantes do Simples Nacional, uma vez que os
mesmos acabam incidindo também sobre a receita bruta.

Receitas e Despesas não operacionais: podem ocorrer receitas não relacionadas a atividade
principal da empresa, como por exemplo, a venda de um ativo imobilizado ou o recebimento de
algum prêmio dos sistemas de nota fiscal pelo país, entre outros. Neste caso essa receita é
isolada das demais para que fique claro na DRE o que a empresa obteve através da sua atividade
principal apenas; da mesma forma as despesas não operacionais também ficam isoladas, para
que o leitor da DRE compreenda que tais eventos não fazem parte da atividade principal, e
muitas vezes, da rotina da empresa. São exemplos de despesas não operacionais multas
ambientais, de trânsito ou quaisquer outras multas recebidas; despesas com confraternizações,
doações concedidas, entre outros.

Receitas e Despesas financeiras: também ficam isoladas em um grupo específico dentro da DRE
para que não prejudique a leitura do resultado operacional. São exemplos de receitas
financeiras os rendimentos de aplicações e descontos obtidos; já despesas financeiras são
multas e juros pagos por atraso no recolhimento de impostos e fornecedores e despesas
bancárias para manutenção de serviços, entre outros.

Resultado do exercício: é o lucro ou prejuízo apurado após o lançamento de todas as receitas e


despesas elencadas acima. Havendo lucro, este poderá ser distribuído aos sócios ou acionistas,
e ser declarado nos respectivos IRPFs dos mesmos.

Em resumo, para fazer corretamente a DRE com finalidade de cumprimento legal, diversos
controles, relatórios e cálculos deverão ser efetuados. Isto dito, guarde todos os comprovantes
relacionados à sua empresa e acompanhe os registros do seu contador em cada processo.

No entanto, se você precisa de um relatório para controle gerencial, não é necessário seguir
fielmente esse modelo. Considere a natureza do seu negócio e adapte esse documento à
realidade da sua empresa. Seu contador poderá te ajudar nessa tarefa.

Você sabe o que é cisão e qual a diferença dela para outras operações societárias?
Primeiramente, para responder essa pergunta, é necessário entender o que são operações
societárias, quais são os tipos de operações existentes e do que se trata a Lei das Sociedades por
Ações.

Uma vez que esses itens são compreendidos, é possível, de fato, entender o que é cisão. Tendo
isto em vista, no presente artigo você lerá sobre os seguintes tópicos:

Operações societárias;

Lei Nº 6.404/1976 e as Sociedades por Ações;

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Cisão;

Cisão de empresas.

Operações societárias

As operações societárias são voltadas para mudanças na sociedade de uma empresa – que pode
ser anônima ou não. Existem tipos de sociedades variadas, sendo que, no Código Civil, é possível
listar nove.

Tipos de sociedades listadas no Código Civil brasileiro

Tipos de sociedades listadas no Código Civil brasileiro

Tipos de operações societárias

São operações societárias, descritas em artigos da Lei Nº 6.404/1976 e do Código Civil (Lei
10.406/2002): cisão, transformação, incorporação e fusão. Para saber o que é cisão, foco desse
artigo, é válido entender do que se tratam as outras operações:

Transformação: essa operação deverá ser realizada caso queira mudar o tipo de sociedade de
uma empresa. Exemplo: mudar seu empreendimento para sociedade anônima;

Incorporação: quando uma empresa se incorpora a outra. Neste caso, o empreendimento


incorporado é extinto, e passa a ser parte da empresa que a incorporou;

Fusão: operação em que duas ou mais sociedades se integram buscando formar uma nova
sociedade. Ambas serão extintas para criação de uma nova.

Escolhendo uma operação societária

Diversos pontos devem ser analisados antes de escolher uma dessas operações. O processo de
fusão, por exemplo, é mais demorado do que o de incorporação. Isso ocorre porque, através
dela, uma nova pessoa jurídica é criada. Sabendo disto, às vezes pode ser mais vantajoso optar
pela incorporação.

Transformação, incorporação e fusão

Cada uma dessas operações envolvem situações distintas que irão alterar as sociedades
empresariais. Com a cisão não é diferente, porém, antes de saber o que é e como funciona a
cisão de empresas, é importante se informar sobre a lei das sociedades anônimas.

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A cisão é aplicada com base nessa lei, tanto em sociedades anônimas, quanto nas que não são
S.A. Sabendo disto, é essencial conhecer a lei para compreender essa operação societária
específica.

Lei Nº 6.404/1976 e as Sociedades por Ações

A Lei Nº 6.404/1976 é conhecida como Lei das Sociedades por Ações. Através dela, é possível ler
sobre o que é e como funcionam as sociedades anônimas.

Curiosidade: algumas pessoas se referem a esta lei como Lei das Sociedades Anônimas (LSA).

Sociedade Anônima

De acordo com o Dicionário Aurélio, uma Sociedade Anônima (S.A.) se refere a “empresa com o
capital dividido em parcelas, representadas por ações, cuja posse determina o grau de
participação e responsabilidade de cada sócio ou acionista”.

Em outras palavras, a S.A. envolve um empreendimento que tem o capital dividido em ações.
Quanto maior a posse de ações de um sócio, maior será o poder dele neste empreendimento –
ou sociedade anônima.

Significado das palavras ação, sócio e acionista, segundo o Dicionário Aurélio

Significado das palavras ação, sócio e acionista, segundo o Dicionário Aurélio

Cisão
A cisão é uma operação que pode ser realizada tanto em sociedades anônimas quanto nos
outros tipos de sociedade, mas você sabe qual é a definição desta operação? Afinal, o que é
cisão?

Caso consulte o dicionário, irá descobrir que se trata do ato ou efeito de cindir, ou ainda, da
separação do corpo de um partido, sociedade ou doutrina.

No âmbito empresarial, essas definições podem ser complementadas: trata-se de uma ação que
irá transferir uma parte ou a totalidade do patrimônio de uma empresa para outra.

Definição

O Art. 229 da Lei 6.404/1976 acrescenta alguns itens, no que se refere a definição desta
operação societária:

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A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou
mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia
cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a
versão.

Processo de Cisão no Brasil

Processo de Cisão no Brasil

Tipos de cisão

Cisão parcial: parte do patrimônio é cindido para uma ou mais sociedades, que podem ser novas
ou não. No parágrafo único do Art. 233 (LSA) é abordado sobre este tipo de cisão:

O ato de cisão parcial poderá estipular que as sociedades que absorverem parcelas do
patrimônio da companhia cindida serão responsáveis apenas pelas obrigações que lhes forem
transferidas, sem solidariedade entre si ou com a companhia cindida, mas, nesse caso, qualquer
credor anterior poderá se opor à estipulação, em relação ao seu crédito, desde que notifique a
sociedade no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação dos atos da cisão.

Cisão total: o patrimônio de uma empresa é cindido em sua totalidade à outra(s) e, ao final, ela
é extinta. O Art. 233 explica sobre os direitos dos credores após a cisão com extinção da
companhia cindida:

[…] as sociedades que absorverem parcelas do seu patrimônio responderão solidariamente


pelas obrigações da companhia extinta.

Ainda de acordo com esse Art.:

A companhia cindida que subsistir e as que absorverem parcelas do seu patrimônio responderão
solidariamente pelas obrigações da primeira anteriores à cisão.

Cisão de empresas

Ao optar por esta operação societária – cisão -, é preciso reunir alguns documentos (de
protocolo e justificativa) que irão comprovar o valor do capital das sociedades, patrimônio
líquido delas, dentre outros itens.

Incorporação
A incorporação de empresas é o nome que se dá ao processo iniciado por um empreendimento
ao adquirir toda a operação de outra empresa, de uma só vez. Nessa operação estão inclusos
seus bens, tecnologias, ativos e até mesmo os profissionais mais especializados, em suma,
podemos dizer que esse processo elimina a marca adquirida.

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Em um primeiro momento, o processo parece ser bem simples, no entanto, a partir da
incorporação, essa segunda empresa passa a ser responsável por todas as obrigações
trabalhistas, incluindo processos legais anteriormente iniciados, além de preservar o vínculo
empregatício do quadro dos colaboradores.

Dessa maneira, é importante realizar análises estratégicas das condições em que se encontram
a empresa, evitando assim maiores burocracias e gastos caso existam sérias pendências em
aberto que ficarão como uma herança para o novo dono.

COMO É REALIZADO O PROCESSO NA PRÁTICA?

Primeiramente, a incorporação de empresas deve ser aprovada tanto pelos sócios da


organização que será incorporada, como também dos sócios presentes na sua própria empresa.
Esse é o primeiro passo para dar início ao processo.

Com a autorização e ciência de todos os sócios, a incorporal empresarial passa por uma análise
preliminar e por um balanço patrimonial, sendo exigida também uma análise documental e dos
bens a serem incorporados por um perito especializado nessa função.

A empresa incorporada deixará de existir apenas após a aprovação desse processo. Nesse
momento, é preciso que os sócios solicitem uma averbação de registro, tornando pública a
operação de incorporação e aquisição das empresas.

Para a melhor aplicação do processo, ele deve ser realizado por escritórios de contabilidade
especializados nesse procedimento, seguindo tendências do mercado e trazendo ainda uma
gestão mais inovadora.

Diferença entre incorporação, fusão e cisão de empresas


É comum que a incorporação de empresas seja confundida com os procedimentos de fusão e de
cisão, ambos também são bastante comuns de acontecerem no mercado empresarial.

Diferente da incorporação de uma empresa a outra, a fusão entre duas ou mais instituições não
apaga a existência do empreendimento, mas formalizam uma nova marca, sendo assim ocorre
o agrupamento de patrimônios e funcionários.

Já no caso de uma cisão, é transferido apenas uma parte de uma ou mais empresas envolvidas
no processo, ou seja, uma empresa pode vender apenas um setor interno, ficando responsável
pelos outros igualmente. Esse procedimento pode ser tanto parcial como total. Dessa maneira,
a organização pode melhorar sua estratégia de marketing e se apoiar em processos de
tecnologia mais atualizados.

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Vantagens da incorporação de empresas

Mesmo tendo opções como fusão e cisão, a incorporação também traz alguns benefícios para
quem visa realizar esse negócio. Isso se deve ao fato de que esse processo, em muitas ocasiões,
é realizado para aumentar o domínio de mercado de uma marca.

Um bom exemplo recente de uma incorporação é analisar o caso da FOX com a Disney, a
empresa mundialmente conhecida fundada por Walt Disney, realizou a incorporação da FOX em
seus negócios e recentemente anunciou sua nova identidade aos seus cuidados, apagando até
mesmo o seu selo de distribuição cinematográfica.

Com isso, a Disney passou a ser reconhecida como um dos maiores estúdios cinematográficos
dos Estados Unidos e seu serviço de streaming já tem quase 100 milhões de inscritos em poucos
meses de operação ao redor do mundo, provando ser, de fato, um domínio no mercado do
entretenimento.

Outra grande vantagem da incorporação, são os ganhos administrativos, operacionais,


tributários e jurídicos. A reorganização do grupo permite a redução de impostos, muito
conhecida como elisão fiscal.

Isso ocorre por causa dos benefícios de algumas atividades fiscais, tornando o negócio ainda
mais rentável pela economia da carga tributária. Esses benefícios podem se dar por meio de
deduções fiscais ao Imposto de Renda dadas pelo governo ou até mesmo em benefícios para
que elas se estabeleçam em um determinado mercado que seja lucrativo para o futuro da região
ou do país como um todo.

Um bom exemplo disso são as empresas de energia renováveis, em alguns estados do país, ainda
há um debate para a taxação de impostos e a isenção de alguns deles para que esse mercado
possa vir a se estabelecer, sendo um bom negócio para investir no futuro.

Como fica a incorporação para os funcionários?


Ao realizar uma incorporação, a empresa em questão tem a obrigação de admitir os funcionários
para as novas operações, cumprindo com os contratos acordados previamente pela gestão
anterior da empresa. Apesar de a empresa agora funcionar com um outro nome, não é
necessário mudar a assinatura na carteira de trabalho.

No entanto, deve-se alterar o nome da pessoa jurídica no contrato desse profissional, além de
realizar uma pequena correção no registro da empresa em sua carteira de trabalho.

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Exemplos de incorporações bem-sucedidas no Brasil

No Brasil, dois exemplos ocorridos nos últimos anos provam que a incorporação pode ser um
bom negócio. Um deles ocorreu dentro do mercado bancário quando o Banco do Brasil decidiu
incorporar uma rede de bancos de São Paulo chamada a época de Nossa Caixa.

A análise ficou a cargo do Banco Central, que estudou os possíveis prejuízos para a concorrência
e elencou uma série de compromissos que o Banco do Brasil deveria assumir a fim de não
prejudicar os correntistas da Nossa Caixa.

Outro exemplo ocorreu na indústria alimentícia. Em 2021, a BRF anunciou a incorporação da


Sadia aos seus negócios, algo que começou a ser feito ainda em 2009 e resultou na criação da
holding Brasil Foods, um gigante do mercado com operações ao redor de todo o mundo.

Assim como a Sadia, a Perdigão e a Qually são outras duas marcas bastante famosas para os
brasileiros que foram incorporadas aos negócios da BRF, mantendo a sua concorrência até os
dias de hoje na disposição de alimentos em todas as redes de supermercado em operação do
país.

Exercícios
1) A Contabilidade registra:

a) os fenômenos econômicos que afetam o patrimônio das aziendas,provocados ou consentidos


pela administração;

b) os fenômenos econômicos e não-econômicos que afetam o patrimônio dasaziendas,


provocados, consentidos ou não pela administração;

c) os fenômenos econômicos e não-econômicos que afetam o patrimônio


dasaziendasprovocados/consentidos pela administração;

d) os fenômenos econômicos que afetam o patrimônio das aziendas,provocados, consentidos


ou não pela administração;

e) n.r.a.

2) De acordo com a corrente doutrinária hoje dominante, o objeto e o campo deaplicação da


contabilidade são, respectivamente:

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a) o crédito e as organizações;

b) as contas da azienda e o seu patrimônio;

c) o controle dos valores patrimoniais e a administração financeira dasempresas;

d) o patrimônio e a azienda;

e) n.r.a

3) De todas, a mais importante finalidade da contabilidade, ressalte-se,modernamente, a de:

a) servir de base para a apuração e tributação do Imposto de Renda;

b) possibilidade de cumprimento das exigências da Legislação Comercial;

c) ter conseguido um refinamento na linguagem e nos procedimentos adotados;

d) constituir instrumento essencial nas funções de planejamento e controle paraa empresa;

e) n.r.a.

4) O campo de aplicação e o objeto da contabilidade:

a) confundem-se;

b) são distintos, pois o primeiro é o patrimônio e o segundo é a azienda;

c) podem ser dissociados, pois o primeiro independe da existência do segundo;

d) são distintos, pois o primeiro é a azienda e o segundo é o patrimônio;

e) n.r.a.

92
5) Na maioria das empresas comerciais, o Ativo suplanta o Passivo(Obrigações). Assim, a
representação mais comum do patrimônio de umaempresa comercial assume a forma:

a) Passivo + Ativo = Patrimônio Líquido;

b) Ativo + Patrimônio Líquido = Passivo;

c) Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido;

d) Ativo Permanente + Ativo Circulante = Passivo;

e) Ativo + Situação Líquida = Passivo.

6) Diz-se que a situação líquida é negativa quando o Ativo total é:

a) maior que o Passivo Total;

b) maior que o Passivo Exigível;

c) igual à soma do Passivo Circulante com o Passivo Exigível a Longo Prazo;

d) igual ao Passivo Exigível;

e) menor que o Passivo Exigível.

7) Assinale a alternativa que indica situação patrimonial inconcebível:

a) Situação Líquida igual ao Ativo;

b) Situação Líquida maior que o Ativo;

c) Situação Líquida menor que o Ativo;

d) Situação Líquida maior que o Passivo Exigível;

e) Situação Líquida menor que o Passivo Exigível.

8) Aumenta o Patrimônio Líquido:

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a) compra de mercadorias a prazo;

b) recebimento de duplicatas a receber;

c) recebimento de duplicatas com juros;

d) pagamento de obrigações em dinheiro;

e) compra, à vista, de móveis e utensílios.

9) É função econômica da Contabilidade:

a) apurar lucro ou prejuízo;

b) controlar o patrimônio;

c) evitar erros e fraudes;

d) efetuar o registro dos fatos contábeis;

e) verificar a autenticidade das operações.

10) A palavra AZIENDA é comumente usada na Contabilidade como sinônimode fazenda, na


acepção de:

a) conjunto de bens e haveres;

b) mercadorias;

c) finanças públicas,

d) grande propriedade rural;

e) patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele poderesde
administração e disponibilidade.

94
Gabarito
1-D

2-D

3-D

4-D

5-C

6-E

7-B

8-C

9-A

10-E

95

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