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Internato clínica médica Ângelo Gabrielli – 9º Período

DPOC Segundo o estudo Bold, existem pacientes não


fumantes que apresentam DPOC devido a outras
80 milhões de pessoas no mundo têm DPOC
causas que são discutidas mais adiante. Esse
moderado a severo. Um dos grandes problemas é o
fenômeno tem maior prevalencia a medida que se
não reconhecimento do doença.
aumenta a idade, história prévia de asma tratada
incorretamente que faz com a obstrução das vias
aéreas se torne irreversível, além de níveis menores
de educação espacialmente entre as mulheres que
têm exposição a fogão a lenha.

O tabagismo foi responsável por 13,64% de todas as


mortes nas 16 capitais estudadas no Brasil em 2003.
Fumantes devem passar pelo exame de espirometria
para realizar o diagnóstico de DPOC. O não
rastreamento, leva ao subdiagnóstico.

O DPOC é a segunda causa de morte em homens em


decorrência do tabagismo, enquanto nas mulheres,
essa doença assume a primeira posição. Diferentemente da asma, o DPOC é um quadro não
reversível. Na asma, a prova broncodilatadora é
positiva e o VEF1 normaliza, enquanto na DPOC
continua alterado.

Se ninguém fumasse, cerca de 74% de pessoas não


morreriam em decorrência do DPOC.

Definição de 2006.
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Em 2014, o GOLD chama atenção para limitação do Segundo esse estudo, a probabilidade de
fluxo aéreo habitualmente progressiva, mas não desenvolvimento de DPOC aumenta à medida que se
inexorável em um paciente com DPOC. acentua a carga tabágica, enquanto a cessação do
hábito reduz o risco.

Charutos e narguilés também aumentam o risco de


DPOC, já que as sessões de narguilé apresentam
muito monóxido de carbono. Cigarro eletrônico e
cachimbo tambem contribuem para o aparecimento
da patologia.

Além dos fatores de risco já conhecidos, a desnutrição


em idade precoce, presença de infecções respiratória
na infância e baixa condição econômica também
contribuem para o surgimento da DPOC.

Em uma sessão de narguilé que dura em média 90


minutos, em relação a 01 cigarro:

- ocorre 125 vezes mais inalação de fumaça;

- 2,5 vezes mais nicotina;

- 25 vezes alcatrão (onde se concentram substâncias


cancerígenas);

- 10 vezes mais monóxido de carbono que está


relacionado ao monóxido de carbono e uma
síndrome denominada de narcose, em que o paciente
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tem muita dificildade de concentração após uma


sessão de narguilé.

Fumantes de narguilé apresentam 10x mais chances


de desenvolverem dpoc, enquanto fumantes
passivos de narguilé dispõem de 5x mais risco para
desenvolver essa doença.

Quanto mais pecocemente o paciente cessa o


tabagismo, menos função pulmonar é perdida.

Fumantes jovens de cigarros eletrônicos têm 44% de


chance de evoluir para DPOC se houver manutenção
do hábito.

Nesse estudo foi evidenciado que cerca de 50% dos


pacientes fumantes entre 76-77 anos desenvolveram
DPOC.

Além disso, foi observado que 88% dos pacientes


apresentavam sintomas como tosse, dispneia e
intolerâncias aos esforços, mas somente 18% tinham
sido diagnosticados.
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A tensão radial que mantém a via aérea aberta é


perdida e ocorre aumento de células caliciformes e
eleva a produção de muco apresentando um
componente bronquite crônico.

À esquerda pulmão de aspecto normal. À direita,


parênquima pulmonar enfisematoso com destruição
dos septos interalveolares.

1 – secreção do bronquitico crônico obstrui


parcialmente a luz;

2 – hipertrofia do músculo liso ou edema da parede


ajuda na obstrução;

3 – destruiçao dos septos interalveolares ajuda a


diminuir o calibre da via aérea.

A perda dos septos interaalveolares leva ao


colabamento da via aérea que perde seu suporte. No
momento da sua abertura, ela apresenta crepitação.
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O paciente pode ser classificado usando a escala de


dispneia do MRC ou aplicando o questionário CAT (8
perguntas em que o paciente dá nota de 0 a 5).

O paciente que apresenta CAT maior ou igual a 20 já


deve receber broncodilatação dupla: beta
adrenérgico + anticolinérgico.

Classificação por meio de espirometria pós


Se houver discrepância na classificação do CAT e broncodilatador.
MRC, considerar o que for pior para não subtratar o
paciente.

Os pacientes com menos sintomas se encontram à


esquerda do quadrado e áqueles com mais
sintomatologia se encontram à direita.

Se o paciente teve no último ano duas ou mais


exacerbações e necessitou de atb ou 1 exacerbação
que levou a internação hospitalar, ele é classificado
em C ou D dependendo da sua sintomatologia.

Quanto maior a letra, maior o número de


medicamentos que podem ser utiizados:

- A: pode ser usado 1 broncodilatador de curta ação;

- B: broncodilatador de longa ação, anticolinérgico ou


beta adrenérgico;

- C: associação de medicamentos como


broncodilatador + anticolinérgico;
Os fenótipos bronquitícos crônicos e enfisematosos
- D: também ocorre associação de medicamentos. são grupos de pacientes que tem características
prognósticas e terapêuticas particulares.
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Paciente apoiado sobre a maca ou sentado com os


braços sobre o joelho para que a musculatura
postural seja usada para auxiliar na respiração.

Fenótipo bronquítico crônico. Sintoma predominante


é a a tosse produtiva durante 3 meses ou mais
durante 2 anos ou mais.

Diversos fenótipos de DPOC que ele não entrou em


detalhes.

Fenótipo enfisematoso. Paciente emagrecido com


ombros “em ponto de ancoragem” para usar a
musculatura intercostal e respirar com os lábios A avaliação fenotípica é baseada no principal sintoma
entreabertos. apresentado pelo paciente dispneia ou exacerbação,
sendo este último o principal fator de risco futuro.
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Na exacerbação, além de perder função pulmonar, Grupo C: anticolinérgicos para diminuir o número de
50% dos pacientes falecerão em 5 anos após 1 exacerbações. Mas, pode ser usado anticolinérgico
exacerbação com hospitalização. Dessa forma, as em associação com broncodilatador de longa ação.
exacerbações devem ser evitadas nos pacientes.
Grupo D: broncodilatador de longa e curta ação. Além
de corticoide inalatório para paciente com mais de
300 eosinófilos ou que possuem asma em associação
com DPOC.

À medida em que o número de exacerbações


aumenta, o VEF1 reduz.

Para todos os pacientes é recomendado reabilitação


pulmonar, atividade física feita de forma adequada,
cessação de tabagismo. Além de vacinar para
influenza, coqueluche, pneumococo e covid – 19.

Basicamente será analisado se o paciente tem perfil


de dispneia ou exacerbação. Verificar qual inalador
utilizado, se o paciente adere ao tratamento e faz uso
correto do dispositivo, incluir as abordagens não
farmacológicas e eventualmente aumentar ou
diminuir o número de drogas.

Critérios para prescrição de oxigênio:

- Pao2 < 55 mmHg ou saturação menor que 88%;

- Paos >55 mmhg e < 60mmhg com insuficiência


cardíaca direita ou aumento de massa eritrocitária;

Grupo A: 01 broncodilatador, normalmente de curta O oxigênio quando prescrito deve ser usado por 16
ação. horas/dia, sendo obrigatório no período noturno
mantendo uma saturação maior ou igual a 90%.
Grupo B: Broncodilatador de longa ação;

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