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: SAMARA CARDOSO
COMPLICAÇÕES PULMONARES: são frequentes e graves para o
paciente cirúrgico, em especial para os idosos e debilitados ou
aqueles cujo período de convalescença é longo. Grande parte das
complicações respiratórias, no entanto, pode ser evitada.
Dentre as principais complicações encontramos:
Atelectasia: EXPANSÃO INCOMPLETA DO PULMÃO, é a
redução do volume de um lobo ou de uma parte ainda maior do
pulmão, frequentemente causada pela obstrução de um dos
brônquios. Os principais sinais e sintomas são a dispnéia de
intensidade variável, a cianose em caso de estarem comprometidas
grandes áreas do pulmão, dor torácica de localização imprecisa e
febre. Em outras palavras, é a obstrução do brônquio por um
tampão de muco provocando colabamento dos alvéolos
pulmonares.
AÇÕES
Higiene íntima adequada do cliente, bem como técnica asséptica na
passagem da sonda e sempre utilizar extensões, conectores e
coletores esterilizados com sistema fechado de drenagem.
Infecção: é grande o número de bactérias que causam
infecção da ferida operatória, sendo os fatores de risco
principais o estado geral, onde a debilidade ou obesidade
excessiva, idade avançada, tempo prolongado de internação e
da cirurgia, doenças associadas, como o DM e a HAS,
responsáveis por grande parte destes casos. Outra situação
depende do local da ferida, seu grau de contaminação, falhas
cirúrgicas, de realização de curativos, preparo inadequado da
pele no pré-operatório, a presença de corpo estranho, de
tecido desvitalizado e de hematoma.
SINAIS E SINTOMAS
• Aumento da temperatura local / rubor
• Hipertermia
• Drenagem de exsudato purulento (3-6 dias após o ato
cirúrgico)
DEISCÊNCIA DE SUTURA E EVISCERAÇÃO: é a abertura total ou
parcial na incisão operatória. A deiscência com saída de órgãos
internos ao meio externo denomina-se evisceração, ocorrendo
com maior frequência após cirurgias abdominais.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
No caso de deiscência pode-se fazer a lavagem com soro fisiológico,
utilizar medidas de prevenção e tratamento da ferida operatória e
prevenir e tratar a distensão abdominal. No caso da evisceração
não manipular os órgãos expostos e não tentar recolocá-los na
cavidade, cobrir os órgãos eviscerados com compressas estéreis,
umedecidas com soro fisiológico, manter o paciente calmo, em
decúbito dorsal e com os joelhos flexionados, deixar o paciente em
jejum, comunicar o médico e preparar o paciente para a cirurgia.
Fatores que interferem retardando ou impedindo a
cicatrização de feridas:
• Pressão
• Ambiente seco
• Traumatismos e edema
• Infecção
• Necrose
• Incontinência
DISTENSÃO ABDOMINAL: é uma complicação relativamente comum no
pós-operatório, especialmente em operações abdominais.
CAUSAS: Após a anestesia, os movimentos peristálticos desaparecem e,
muitas vezes, demoram a retornar, fazendo com que líquidos e gases se
avolumem no estômago e intestinos, imobilidade do paciente no PO,
alimentação imprópria, traumatismo cirúrgico intestinal no transoperatório.
PREVENÇÃO: Medidas profiláticas incluem a mobilização no leito ou a
deambulação precoce.
OS SINAIS E SINTOMAS: mais clássicos incluem: abdome de volume
aumentado, sensação de plenitude como se estivesse com o estômago cheio,
dor abdominal tipo cólica, dificuldade respiratória pela pressão sobre o
diafragma, o que pode ocorrer em casos extremos.
OS CUIDADOS INCLUEM: estímulo da deambulação, mobilizar o paciente
com exercícios passivos no leito quando necessário, incentivar o paciente a
alimentar-se de acordo com a prescrição evitando alimentos que provoquem
fermentação, realização da sondagem retal por aproximadamente 20 minutos
para eliminação de gases do cólon inferior, administrar se prescrito clisteres ou
laxantes para estímulo da peristalse, aplicar calor no abdome se não for
contraindicado, aspiração gástrica em casos muito graves e que é possível à
descompressão por drenagem de conteúdo gástrico.
VÔMITO: Quando em excesso será chamado de Hiperemese.
Pode ser atribuído ao efeito anestésico, deglutição de sangue,
muco e saliva ou
não observância do jejum no pré-operatório.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter a cabeça lateralizada ou lateralizar o pacte;
Higiene oral do pacte após o episódio do vômito;
Administrar Antiemético prescrito e comunicar ao enfermeiro;
Anotar no prontuário;
Paciente em uso de SNG, limpar a mesma evitando obstrução;
DOR: No pós-operatório a dor é aguda e acontece em
resposta ao processo cirúrgico, sua intensidade é
influenciada por diversos fatores, tais como: local da
incisão, extensão do trauma tecidual, presença de
drenos, condições físicas, culturais e emocionais.
A dor pósoperatória não tratada adequadamente pode
causar complicações clínicas como a hipertensão
artérial e alterações na frequência cardíaca e
respiratória, contribuindo para a morbidade.
A Sociedade Americana de Dor denominou-a como o 5º
sinal vital, daí a importância de sua avaliação e registro.
Existem instrumentos específicos para a avaliação da
dor que facilitam a comunicação na assistência..
Em relação às ações de enfermagem não
farmacológicas as mais utilizadas são: a aplicação de
calor e frio, massagem e acompanhamento do perfil
cognitivo-comportamental do indivíduo.
CUIDADOS COM O BISTURI ELÉTRICO
IMPORTANTE : Deve-se iniciar o uso do bisturi elétrico a partir de
potências baixas, tanto para o corte e a coagulação, incrementando
valores até o ponto desejado.
* Isolar o paciente dos objetos condutores eletricos. Os revestimentos
elasticos pretos das mesas de operação apresentam uma certa
condutibilidade eletrica, é necessario colocar entre o paciente e o
revestimento uma camada intermediaria com isolamento eletrico,
por exemplo, panos.
* Não colocar eletrodos de ECG a uma proximidade inferior a 15 cm do
campo da operação.
* Regular sempre de forma audível o sinal acústico que anuncia o estado
de ativação do gerador de alta frequencia.
* Colocar a placa dispersiva em área de massa múscular próxima ao sítio
cirúrgico, como panturrilha, face posterior da coxa e glúteos. Afastada
de próteses metálicas.
* Evitar as superfícies muito pilosas, com pele escarificada ou com
saliência ósseas que diminuem o contato da placa com o corpo do
paciente.
* Utilizar gel para aumentar a condutibilidade entre a placa e o corpo do
indivíduo.
* Colocar a placa após o posicionamento do paciente e zelar
para que não haja deslocamento da peça quando houver
mudança de posição.
* Quando for utilizar substâncias inflamáveis como : anti-
sépticos e anestésicos, atentar para o risco de combustão.
* Manter o indivíduo sobre uma superfície sêca, sem contato
com as partes metálicas da mesa de cirurgia.
* Dispensar cuidado especial a pacientes portadores de
marca-passo para evitar a interferência do bisturí. Quando
não for possível utilizar instrumentos bipolares, colocar a
placa de retorno o mais próximo possível do local da cirurgia
e manter um desfibrilador pronto para uso.
* Manter o plugue do cabo da placa afastado do corpo do
paciente para não causar lesões de pele em decorrência da
pressão. É importatnte lembrar que é de responsabilidade do
circulante de sala cirúrgica a colocação da placa
Os 10 mandamentos da Cirurgia Segura
•1. Operar o paciente certo da cirurgia proposta (lado correto, local
correto).
•2. Anestesia: tirar a dor, prevenir complicações.
•3. Reconhecimento e preparo para prevenir ameaças letais à via
aérea.
•4. Reconhecimento e preparo para evitar ou tratar perda sanguinea
importante.
•5. Não usar nada a que o paciente tenha sabidamente alergia ou
drogas com efeitos adversos
•6. Usar todo o conhecimento para evitar infecção (uso de materiais
estéreis, uso de antibioticoprofilático adequadamente).
•7. Prevenir esquecimento de objetos estranhos dentro do paciente
(compressas, instrumental).
•8. Identificar corretamente todos os materiais encaminhados à
anatomia patológica
•9.Comunicar qualquer problema havido durante cirurgia;
•10. Vigilância e dados epidemiológicos sobre volume cirúrgico e
resultados.