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Introdução e Epidemiologia
• Mecanismo Fisiológico: A tosse é um mecanismo de defesa essencial
para expelir secreções e partículas das vias respiratórias.
• Função: Serve para eliminar materiais inalados em excesso e excesso de
muco.
• Causas: Enfatiza a importância de tratar a causa da tosse e não apenas os
sintomas. Comum em fumantes e processos infecciosos devido ao
aumento da produção de muco.
• Epidemiologia:
• Prevalência global estimada em aproximadamente 10% na
população adulta.
• Maior prevalência em mulheres, especialmente aquelas com mais de
60 anos, possivelmente devido a maior atenção à saúde e higiene.
• Diferenças baseadas em gênero, onde mulheres têm uma área maior
do córtex somatossensorial dedicada à tosse.
4. Tosse Pós-Infecciosa
• Características:
• Quadro de tosse persistente após uma infecção do trato respiratório
superior ou inferior.
• A tosse desaparece geralmente dentro de quatro semanas.
• Diagnóstico:
• Clínico, baseado na exclusão de outras causas.
• Radiografia do tórax normal, excluindo outras patologias
pulmonares.
• Tratamento:
• Focado no alívio dos sintomas, utilizando corticoides e
medicamentos antitussígenos.
• Importante monitorar para potenciais infecções por patógenos
específicos como Bordetella pertussis ou Mycoplasma pneumoniae.
5. Diagnóstico de Tosse
• Exame Clínico:
• História médica detalhada e exame físico.
• A identificação de sintomas associados e fatores desencadeantes é
crucial.
• Exames Complementares:
• Radiografia de Tórax: Usada para excluir doenças pulmonares.
• Espirometria: Ajudar a diagnosticar asma ou outras doenças
pulmonares obstrutivas.
• Teste de Provocação Bronquial: Para casos suspeitos de asma.
• TC de Tórax de Alta Resolução: Para uma avaliação detalhada das
vias aéreas e do parênquima pulmonar.
• Broncoscopia: Indicada quando as causas comuns de tosse são
excluídas e pode incluir lavado broncoalveolar e biópsias.
6. Tratamento de Tosse
• Medicação:
• Dependendo da causa, inclui broncodilatadores, corticosteroides,
anti-histamínicos, inibidores da bomba de prótons, ou
medicamentos específicos para tratar infecções.
• Fisioterapia Respiratória:
• Fundamental para pacientes com secreção mucopurulenta e
condições como bronquiectasias.
• Intervenções Específicas:
• Para Asma: Uso de corticosteroides inalatórios e
broncodilatadores.
• Para Refluxo Gastroesofágico: Antagonistas H2 ou inibidores da
bomba de prótons.
• Para Tosse Psicogênica: Psicoterapia é recomendada após a
exclusão de outras causas.
Definição: É uma condição crônica onde partes das vias aéreas (brônquios)
ficam permanentemente dilatadas e deformadas, levando ao acúmulo de muco
e frequentes infecções.
TOSSE 4
Gizelle Felinto
Diagnóstico DIAGNÓSTICO CLÍNICO + IMAGEM (TC DE TÓRAX) Tosse seca sem evidência clínica ou radiológica de outras
Manifestações Clínicas: doenças pulmonares
Tosse produtiva diária com escarro mucopurulento Espirometria normal, sem resposta bd e a broncoprovocação com
Dispneia metacolina é normal
Sibilância (22%) no local da infecção Presença de eosinofilia no escarro espontâneo ou induzido
Dor torácica pleurítica Resposta parcial ao tratamento para tosse
Responde bem ao tratamento com corticoesteróides inalados,
Creptações (75%)
com a eosinofilia desaparecendo do escarro em duas semanas
Imagem presença de ESPESSAMENTO DA PAREDE BRONQUICA
Condição é autolimitada
e DILATAÇÃO DAS VIAS AÉREAS em TC de tórax
Tratamento:
Tratamento:
Corticoide inalatório
Medicações que fluidificam a expectoração
A maioria é tratado como paciente asmático, assim não se
Fisioterapia respiratória é fundamental
chega ao diagnóstico de BENA
TOSSE POR USO DE MEDICAMENTOS
USUÁRIOS DE IECA (Inibidores da Enzima Conversora de
Angiotensina):
Tosse seca noturna relatada por 5 – 35% dos pacientes
Pouca relação dose-resposta
Pode ocorrer após a 1ª semana do tratamento, embora
possa aparecer também somente 6 meses após o início
Ocorrer liberação de bradicinina, que normalmente é
metabolizada pela ECA nos pulmões o excesso de
bradicinina nos pulmões causa a tosse
Tratamento interrupção do medicamento
OUTRAS MEDICAÇÕES:
Bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA)
Tosse é comum 3 a 4x menos que com o IECA
Betabloqueadores:
CARCINOMA BRONCOGÊNICO Hiperresponsividade das vias aéreas ou por
broncoconstrição
Causa mais comum de TOSSE AGUDA
Ocorre, geralmente, em pacientes que já possuem
Tosse crônica com hemoptise e sinais de obstrução focal das vias
predisposição alérgicos e asmáticos
aéreas em pacientes fumantes
Tosse por irritação brônquica tecido neoplásico geralmente é AINES:
mais frágil e mais vascularizado Em torno de 5% dos asmáticos
Representam 23% dos casos de hemoptise Ocorre por broncoconstrição relacionada aos
Carcinoma broncogênico é o câncer de pulmão mais comum leucotrienos maior produção de leucotrienos
responsável pela hemoptise 30 min a 3h após a administração rubor facial e
Podem ser secundários à invasão superficial da mucosa, erosão sintomas nasais
em vasos sanguíneos ou lesões altamente vascularizadas Tratamento Antagonistas dos Leucotrienos
As lesões obstrutivas podem causar uma infecção secundária, Antagonistas do Cálcio:
resultando em hemoptise Tosse por refluxo devido à ação de relaxamento da
pressão do esfíncter esofágico inferior
BRONQUITE EOSINOFÍLICA NÃO ASMÁTICA (BENA) O Verapamil e o Anlodipino apresentam mais queixas de
tosse do que o Diltiazem
Presença de tosse crônica responsiva ao uso de corticoides em
pacientes não fumantes, sem evidência de asma e que não FIBROSE CÍSTICA
apresentam alterações na função pulmonar ou na hiper-
reatividade brônquica. O processo inflamatório é evidenciado pela Desordem multisistêmica
existência de eosinofilia no exame de escarro induzido Mutações no gene regulador de condutância transmembranar da
Ou seja, é a presença de tosse crônica em pacientes sem fibrose cística (CFTR)
evidência de asma associada à presença de eosinofilia no Muco espesso
escarro (EOSINÓFILOS = 3%) Membrana apical impermeável ao cloro, dificultando a sua saída e
Foi descrita há apenas cerca de 20 anos favorecendo o acúmulo
Cerca de 10% dos pacientes em clinicas terciárias por tosse O conteúdo da célula fica hipertônico e a água sai da célula por
crônica osmose
TOSSE 5
Gizelle Felinto
A morte prematura ocorre como resultado de infecções Baixo peso ao nascer e/ou recém-nascidos prematuros
pulmonares recorrentes expectativa de vida é de 35 anos correm risco de doenças Asma, Bronquiectasias e
(morre por infecção) Infecções recorrentes
Aumento na prevalência de doenças relacionadas com a idade e Ademais, a síndrome da prematuridade e do desconforto
progressão da doença com o avançar da idade há a respiratório neonatal são precursores da displasia
progressão da doença broncopulmonar, que pode causar sintomas respiratórios
Pseudomonas pode se modificar geneticamente para a Fibrose persistentes em crianças e adolescentes
Cística, fazendo com que a secreção ao redor se torne uma Asma (39%)
barreira infecção crônica por pseudomonas Sinutites (23%)
O mnemônico "
NASA" refere-se
(Antibioticoterapia e Nebulização) RGE (15%)
a: Tosse úmida ou produtiva:
PARASITISMO
N: Necator A bronquite bacteriana prolongada (PBB) é uma causa
americanus
A: Ancylostoma Causa de tosse crônica importante
duodenale
S: Strongyloides
Vermes que fazem o ciclo pulmonar Presença de tosse úmida crônica isolada em uma criança
stercoralis Tratamento CORTICOIDE + ANTIBIOTICOTERAPIA (pois pode com ausência de outros sintomas ou evidências
A: Ascaris
lumbricoides surgir uma pneumonia por inflamação no pulmão) laboratoriais
Tratamento AMOXICILINA COM CLAVULANATO
Se a tosse não se resolver com o tratamento com antibióticos
devem ser consideradas e investigadas:
Corpo estranho retido
Aspiração recorrente em crianças com distúrbios
neurológicos e anormalidades das vias aéreas superiores
Outras doenças pulmonares supurativas crônicas
fibrose cística, discinesia ciliar primária, anormalidades
anatômicas ou imunodeficiência
Tosse Pós-Infecciosa descartar Mycoplasma pneumoniae,
Chlamydia pneumoniae e Bordella pertussis
ANOTAÇÕES
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Gizelle Felinto
ANOTAÇÕES: