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Exame

da Pele e
Fâneros
SUMÁRIO
1. Introdução ..........................................................................................................3

2. Fâneros...............................................................................................................4

3. Anamnese...........................................................................................................5

4. Exame da Pele.....................................................................................................6

5. Lesões Elementares da Pele................................................................................9


Lesões primárias........................................................................................................... 9
Lesões secundárias.................................................................................................... 14

5. Exame dos Fâneros...........................................................................................19


Pelos............................................................................................................................. 20
Unhas........................................................................................................................... 20

Referências ........................................................................................................................23
1. INTRODUÇÃO
A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo cerca de 15% do peso
corporal. Responsável pelo revestimento do organismo, a pele tem a função de
manter a homeostasia. Para isso, protege o corpo de agentes nocivos (físicos,
químicos ou biológicos), modula a temperatura corporal e sintetiza a vitamina D.
Possui anexos como os pelos, cabelos, unhas, além das glândulas sebáceas e
sudoríparas. A pele é constituída de 3 camadas, sendo elas:

• Epiderme: a mais superficial, fina, que não contém vasos sanguíneos.


Dividida em uma camada mais externa, o estrato córneo, que contém célu-
las queratinizadas mortas; e a mais interna, o estrato basal, na qual se for-
mam a melanina e a queratina.
• Derme: camada de tecido conjuntivo, rica em fibras de colágeno, fibras elás-
ticas e reticulares, na qual se alojam vasos, nervos e anexos epidérmicos
(glândulas, folículos pilosos).
• Hipoderme (ou subcutâneo): situa-se abaixo da derme, sendo constituída de
células adiposas agrupadas e delimitadas por septos conjuntivoelásticos.
Representa uma reserva energética importante para o organismo.

Figura 1: Camadas da pele e seus componentes.


Fonte: ONYXprj/shutterstock.com

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2. FÂNEROS
Os anexos cutâneos, também chamados de fâneros, são os folículos pilosos, as
glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e as unhas.
A maior parte das glândulas sebáceas encontram-se ao redor dos folículos pilo-
sos, constituindo a unidade pilossebácea, cercada de fibras musculares lisas (mús-
culo eretor do pêlo). A secreção sebácea é feita de forma constante, sendo um dos
fatores protetores contra microorganismos. A unidade pilossebácea dá origem aos
pêlos, que têm uma parte livre e uma parte intradérmica.
As glândulas sudoríparas estão presentes em toda a pele, principalmente nas áre-
as palmoplantares e axilas. Sua secreção tem importância fundamental no equilíbrio
da temperatura corporal.
Já as unhas são constituídas de queratina dura, que recobrem a falange distal dos
dedos e são fixadas no leito ungueal. Pode sofrer alterações de espessura e forma
diante da presença de patologias locais e sistêmicas.

MAPA MENTAL – FÂNEROS

FÂNEROS

Glândulas Glândulas
Folículos Pilosos Unhas
Sudoríparas Sebáceas

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3. ANAMNESE
O exame da pele e dos fâneros deve ser iniciado com a anamnese, onde são abor-
dadas informações sobre a identificação do paciente, como idade, escolaridade, ocu-
pação, naturalidade e procedência.
A queixa principal pode estar ou não relacionada à pele e fâneros, porém deve-se
colher a história e investigar sobre possíveis queixas dermatológicas, além de infor-
mações sobre o estado geral do paciente, hábitos de vida e aspecto psicossocial.
Se houverem queixas de lesões em pele, questionar:

• O tempo decorrido desde o aparecimento;


• Existência de lesões semelhantes em outra região do corpo;
• Alterações de cor, textura, umidade, temperatura e sensibilidade em algum local
da pele;
• Fatores associados, como prurido e queimação;
• Exposição solar e uso de protetor solar;
• Uso de medicações prescritas ou de uso por conta própria.

Se liga! Mesmo que a queixa principal não seja relacionada à pele,


a sua avaliação deve ser realizada, mesmo que de forma menos minuciosa.
Deve-se buscar por alterações que possam estar relacionadas ao quadro princi-
pal, ou que não façam parte do quadro, mas que sejam importantes ser desta-
cadas na lista de problemas geral.

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4. EXAME DA PELE
Para o exame adequado da pele, deve-se procurar condições adequadas, como
iluminação suficiente e desnudamento das partes a serem examinadas. Devem
ser analisados os seguintes elementos: coloração, umidade, textura, espessura,
temperatura, elasticidade, mobilidade, turgor, sensibilidade e presença de lesões
elementares.
Na avaliação da coloração deve-se identificar a presença de alterações de cor,
como:

• Palidez: pode ser generalizada, tendo como principal causa a anemia, ou locali-
zada/ segmentar, na qual pode estar presente uma isquemia.
• Vermelhidão: também pode ser generalizada, em casos de exposição ao sol
ou patologias que comprometem toda a pele (com eritrodermia, escarlatina ou
psoríase); ou localizada, em casos de inflamação, por exemplo.
• Cianose: presença de cor azulada na pele e mucosas, que deve ser pesquisada
principalmente no rosto (cianose central) e nos dedos dos pés e das mãos (de
extremidades). De forma geral, representa a diminuição da oferta de oxigênio
ao tecido afetado.

Se liga! O Fenômeno de Raynaud é uma alteração cutânea que


ocorre devido à diminuição do fluxo nas pequenas artérias e arteríolas das
extremidades. Isso pode ser provocado por vários fatores, inclusive pelo frio
excessivo, sendo um mecanismo de defesa do organismo para manter a tem-
peratura central estável. Outras possíveis causas para essa alteração são: trom-
boangeíte obliterante, lúpus eritematoso sistêmico, policitemia, intoxicação
medicamentosa e outros.

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• Icterícia: pele de cor amarelada. Pode estar presente em quadros em que há
aumento da bilirrubina circulante ou aumento presença do pigmento beta-caro-
teno no organismo.

Se liga! Como diferenciar a icterícia da hiperbilirrubinemia da icte-


rícia por beta-carotenemia? A icterícia da hiperbilirrubinemia, de forma geral,
está presente também em regiões mais centrais, como mucosas e escleras, en-
quanto a beta-carotenemia acomete, predominantemente, regiões de pele mais
espessa, como palma das mãos e planta dos pés.

A umidade é avaliada mais adequadamente pela palpação da pele. O paciente po-


de apresentar pele com umidade normal, pele seca ou pele sudoreica (com umidade
aumentada).
A textura também é avaliada pela palpação, deslizando-se os dedos sobre a su-
perfície. A textura pode ser normal, fina (encontrada em pessoas idosas ou com
hipotireoidismo, por exemplo), áspera ou enrugada (pessoas idosas após intenso
emagrecimento ou pós-edema).
Em relação à espessura podem ser identificadas peles normais, atróficas (presen-
ça de translucidez, com visualização dos vasos sanguíneos da derme) ou hipertrófi-
ca/ espessa (presente principalmente nos pacientes que se expõem muito ao sol e
na esclerodermia).
A temperatura da pele varia muito entre as extremidades e pode não corresponder
à temperatura corporal. Deve ser sempre avaliada de forma comparativa ao lado con-
tralateral, com o dorso da mão, possuindo grande importância semiológica.
A elasticidade refere-se à capacidade da pele se estender quando é tracionada e
a mobilidade é a capacidade de se movimentar em relação aos planos profundos. O
turgor, por sua vez, é a capacidade da pele de voltar rapidamente à sua conformação
normal, após ser pregueada e está relacionado com hidratação adequada.
Por fim, podem ser analisados alguns tipos de sensibilidade, como a dolorosa
(tocando-se a pele com um material pontiagudo), a sensibilidade tátil (friccionan-
do o local com uma mecha de algodão) ou térmica (utilizando-se temperaturas
quentes e frias).

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MAPA MENTAL – EXAME DA PELE

Palidez

COLORAÇÃO Vermelhidão

Cianose
Icterícia

Capacidade de
TURGOR
desfazer a prega

Capacidade de deslizar
MOBILIDADE
pelos planos

Capacidade de
ELASTICIDADE
se estender

Avaliar lado
TEMPERATURA
contralateral

Dolorosa

SENSIBILIDADE Tátil

Térmica

Normal, seca
UMIDADE
ou sudorenta

Normal, fina,
TEXTURA
áspera ou enrugada

Normal, atrófica
ESPESSURA
ou hipertrófica

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5. LESÕES ELEMENTARES DA PELE
São causadas por modificações na pele decorrentes de processos inflamatórios,
degenerativos, circulatórios, neoplásicos, alterações metabólicas ou congênitas.
Podem ser divididas em primárias ou secundárias. As lesões primárias são as que
ocorrem na pele que previamente não havia lesões, enquanto as secundárias são as
decorrentes de alterações nas lesões primárias.
Esse tópico será abordado com mais detalhes na gaveta sobre “Lesões
Elementares” do curso de Dermatologia.

Lesões primárias
• Alterações de cor: representam áreas circunscritas de coloração diferente da
pele normal, porém não têm alterações na superfície. São chamadas de má-
culas e manchas, a depender do tamanho da lesão: até 1 cm e acima de 1 cm,
respectivamente. Essas alterações de cor podem ser pigmentares, vasculares,
hemorrágicas ou por deposição pigmentar.
• Pigmentares: decorrem de alterações da deposição de melanina. Podem ser
acrômicas, hipocrômicas ou hipercrômicas.

Figura 2: Mancha acrômica em mãos (vitiligo).


Fonte: JelenaBekvalac/shutterstock.com

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• Vasculares: resultantes de distúrbios da microcirculação da pele. Podem ser
divididas em telangiectasias ou máculas/ manchas eritematosas.

Figura 3: Eritema em bochechas.


Fonte: Yevhen Prozhyrko/shutterstock.com

• Hemorrágicas: podem ser diferenciadas dos eritemas porque não desapare-


cem à compressão, já que é um sangue extravasado. Podem ser subdividi-
das em petéquias (até 1 cm) e equimoses (>1 cm).

Figura 4: Petéquias
Fonte: Zay Nyi Nyi/shutterstock.com

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Se liga! A coloração das manchas hemorrágicas varia de verme-
lho-arroxeada até amarelada, a depender do tempo de evolução. Esse dado é
muito utilizado em Medicina Legal para avaliar o tempo decorrido entre o apare-
cimento da lesão e o momento do exame.

Deposição pigmentar: decorrente de deposição de bilirrubina (icterícia), pigmento


carotênico (ingesta exagerada de mamão e cenoura), tatuagem e outros.

MAPA MENTAL – ALTERAÇÕES DE COR

MÁCULAS
X
MANCHAS

Deposição
Pigmentares Vasculares Hemorrágicas
pigmentar

Hipercrômicas Eritema Petéquias Bilirrubina

Artificial:
Acrômicas Telangiectasias Equimoses
tatuagem

Hipocrômicas Beta-caroteno

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• Formações sólidas: abrangem as pápulas/placas, nódulos, cistos e vegetações.
• Pápulas/ placas: são elevações superficiais da pele bem delimitadas. Podem
ser puntiformes (<1 cm), recebendo o nome de pápulas, ou um pouco maio-
res (>1 cm), podendo coalescer, denominada então de placa. A cor da lesão
é muito variada, podendo ser rósea, castanha ou arroxeada, a depender da
dermatose (picada de inseto, verruga, erupções medicamentosas, acne, han-
seníase e outras).

Figura 5: Pápula
Fonte: laksena/shutterstock.com

Se liga! A lesão urticada consiste em uma pápula ou placa de su-


perfície plana, vermelho-pálida, que desaparece em 24 a 48 horas após seu
surgimento. Essas lesões podem ser arredondadas, espiraladas ou irregulares e
são decorrentes do edema da derme. A presença de um exantema com lesões
urticadas é chamado de exantema urticariforme ou urticária, que encontramos
principalmente em reações alérgicas.

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• Nódulos: formações sólidas localizadas na hipoderme, mais perceptíveis na
palpação do que na inspeção, diferentemente das pápulas e placas. De for-
ma geral, os limites das lesões são imprecisos, podendo ter uma consistên-
cia firme, elástica ou mole.
• Vegetações: lesões sólidas, salientes, que podem ter formas lobulares, filifor-
mes ou em couve-flor, com consistência mole. Algumas dermatoses podem
apresentar vegetações, como: verrugas, sífilis, condiloma acuminado, granu-
loma venéreo, neoplasias e dermatites medicamentosas.
• Coleções líquidas: diferenciam-se pelo conteúdo líquido que está presente,
podendo ser classificadas como vesículas/ bolhas, pústulas, abscessos e
hematomas.
• Vesículas/ bolhas: diferenciadas pelo tamanho (<1 e 1 cm, respectivamente),
são elevações que contém líquido claro em seu interior. Encontradas em si-
tuações muito comuns no cotidiano médico, como na varicela, no herpes, em
queimaduras e no pênfigo foliáceo.

Figura 6: Vesícula
Fonte: Katarish/shutterstock.com

• Pústulas: são vesículas de conteúdo purulento, aparecendo, por exemplo, na


acne pustulosa.
• Abscessos: consistem também em coleções purulentas, de tamanho variá-
vel, localizando-se na derme e hipoderme.

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Figura 7: Abscesso cutâneo (furúnculo).
Fonte: Casa nayafana/shutterstock.com

• Hematomas: formações líquidas resultantes do derramamento de sangue na


pele ou nos tecidos adjacentes.

Lesões secundárias
• Alterações da espessura: abrangem a queratose, o espessamento, a liquenifica-
ção, esclerose, edema e atrofias.
• Queratose: a pele torna-se mais dura e inelástica pelo espessamento da ca-
mada córnea; o exemplo mais comum é o calo.
• Espessamento: há um aumento da consistência e espessura, porém a pele
se mantém depressível. Se diferencia da queratose por ter menor evidência
dos sulcos dermatológicos e ter limites imprecisos.
• Liquenificação: espessamento da pele com aumento dos sulcos, formando
um quadriculado em rede.

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Figura 8: Liquenificação em região de fossa cubital.
Fonte: DoanDoanDoanN/shutterstock.com

• Perdas e reparações teciduais: são lesões decorrentes da eliminação ou des-


truição patológica da pele, ou por reparação dos tecidos cutâneos. São elas:
escama, erosão, úlceras, fissuras, crostas e cicatrizes.
• Escamas: lâminas epidérmicas secas, que tendem a se desprender. Ao se
desprender, podem apresentar um aspecto de farelo (furfuráceas) ou em ti-
ras (laminares ou foliáceas).
• Erosão: eliminação da epiderme, podendo ser traumática (escoriação) ou não
traumática (pós-ruptura de vesículas, bolhas e pústulas, por exemplo).
• Úlcera: perda das estruturas da pele, que atinge pelo menos a derme (o que a
diferencia da erosão).

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Figura 9: Úlceras em maléolo medial.
Fonte: Casa nayafana/shutterstock.com

• Fissuras: perda da continuidade da pele de forma linear (superficial ou pro-


funda), que não é causada por instrumento cortante.

Figura 10: Fissuras no pé.


Fonte: ANURAK PONGPATIMET/shutterstock.com

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• Crostas: aspecto secundário ao ressecamento de secreções existentes em
uma pele previamente lesada; estão presentes muitas vezes na fase final da
cicatrização de lesões como impetigo.
• Cicatriz: proliferação de tecido fibroso como reposição ao tecido destruído.
Podem ser róseo-claras, avermelhadas ou com um pigmento mais escuro do
que a pele ao redor. As cicatrizes podem ser deprimidas ou exuberantes (co-
mo a cicatriz hipertrófica e o queloide).

Figura 11: Queloide no ombro


Fonte: sukra13/shutterstock.com

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FLUXOGRAMA – LESÕES ELEMENTARES DA PELE

LESÕES
ELEMENTARES
DA PELE

Pele previamente
sadia?
SIM NÃO

PRIMÁRIAS SECUNDÁRIAS

Sem alteração Com alteração Alteração de Reparação/


do relevo do relevo espessura perda tecidual

Queratose Escamas
Alterações
de cor Formações Coleções
sólidas líquidas
Espessamento Erosões
Máculas x Pápula x Vesículas x
manchas placa bolhas
Liquenificação Úlceras

Nódulos Pústulas
Fissuras

Vegetações Abscessos
Crostas

Hematomas
Cicatrizes

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5. EXAME DOS FÂNEROS
Para análise do cabelo, devem ser levados em consideração o tipo de implanta-
ção, a distribuição, a quantidade presente, a coloração e outras características (co-
mo espessura e consistência).

• Tipo de implantação: nas mulheres, a implantação do cabelo é mais baixa,


diferente dos homens, nos quais existem as “entradas” laterais. Alterações
hormonais em ambos os sexos podem determinar mudanças nesse tipo de
implantação.
• Distribuição: no geral, é uniforme; por isso, quando existem regiões sem pelos,
chamamos de alopecia, que pode ser causada por diversos fatores. A calvície é
uma alteração comum, de componente genético, que pode ser parcial ou total.

Figura 12: Alopecia circunscrita.


Fonte: justplay1412/shutterstock.com

• Quantidade: varia de um indivíduo para outro, porém, de forma geral, à medida


que ocorre o envelhecimento, a quantidade de cabelo se torna mais escassa.
• Coloração: varia com a etnia, porém alterações na cor podem decorrer de mu-
danças artificiais ou patológicas.

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Pelos
Localizam-se nos folículos pilossebáceos e até a puberdade, têm a característi-
ca de ser fino, escasso e de cor castanho-claro. Após a puberdade, tornam-se mais
grossos, abundantes e de coloração mais escura.
Nos homens, há formação da barba, pelos no tronco e distribuição dos pelos pu-
bianos em forma de losango. Já nas mulheres, não há barba, nem pelos no tronco;
os pelos pubianos se distribuem em forma triangular.
A principal alteração que deve chamar atenção é o hirsutismo e a hipertricose. A
hipertricose é o aumento exagerado de pelos em localização habitual; por outro lado,
o hirsutismo consiste no aumento exagerado de pelos masculinos na mulher (ou se-
ja, uma distribuição androgênica).

Unhas
Deve-se analisar as seguintes características das unhas: forma, tipo de implanta-
ção, espessura, superfície, consistência, brilho e coloração.
As unhas normais têm curvatura lateral nítida, com superfície lisa, brilhante, com cor
róseo-avermelhada, além de apresentar espessura e consistência firmes.
Algumas alterações são importantes de serem destacadas:

• Onicólise: unhas parcialmente descoladas do leito ungueal;


• Unhas distróficas: espessadas, rugosas, de formato irregular. Ocorre principal-
mente em pacientes que sofrem traumatismos constantes na unha e aqueles
com onimicose.
• Paroníquia: processo inflamatório de origem micótica que rodeia as unhas.
• Unhas em “vidro de relógio”: implantação da unha forma ângulo maior que o
habitual, tornando-se convexa em todos os sentidos. Pode estar presente em
pessoas hígidas da raça negra, porém podem ter outras causas, como cardio-
patias congênitas.

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MAPA MENTAL – EXAME DOS FÂNEROS

UNHAS CABELO PELOS

Consistência Distribuição nnnn

Brilho Alopecia nnnn

Coloração Calvície

Superfície Tipo de implantação

Tipo de implantação Homens x mulheres

Forma Coloração

Espessura Quantidade

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FLUXOGRAMA EXAME DA PELE E FÂNEROS

EXAME
DA PELE

COLORAÇÃO UMIDADE TEXTURA

Palidez Normal Normal

Vermelhidão Pele seca Fina

Cianose Pele sudoreica Àspera

Icterícia TEMPERATURA Enrugada

ESPESSURA SENSIBILIDADE ELASTICIDADE

Normal Dolorosa TURGOR

Atrófica Tátil MOBILIDADE

Hipertrófica Térmica

LESÕES ELEMENTARES: manchas, máculas, pápula, placa, nódulo, vegetação,


vesícula, bolha, pústula, abcesso, hematoma, queratose, espessamento,
liquenificação, escama, erosão, úlcera, fissura, crosta, cicatriz.

EXAME DOS
FÂNEROS

UNHAS CABELOS PELOS

Forma Implantação Hipertricose

Implantação Quantidade Hirsutismo

Espessura Distribuição

Superfície Coloração

Brilho

Consistência

Coloração

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REFERÊNCIAS
Porto CC, Porto AL. Semiologia Médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2014.
Bickley LS, Szilagyi PG. Bates Propedêutica Médica. 11. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015.
Wolff K, Johnson RA, Suurmond D. Dermatologia de Fitzpatrick – Atlas e Texto. 5. ed.
Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil, 2006.

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