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GUIA RÁPIDO DE CURATIVO E

COBERTURAS PARA TRATAMENTO


DE LESÃO POR PRESSÃO

PARA ENFERMEIROS

Trabalhar com a saúde


é cuidar da vida!
AUTORAS DO TRABALHO

Aline de Oliveira Castro


Graduanda em Bacharel em Enfermagem da Universidade de Fortaleza (UNIFOR).

Halya Virna Lucas Alves


Graduanda em Bacharel em Enfermagem da Universidade de Fortaleza (UNIFOR).

ORIENTADORA

Tatiana de Medeiros Colletti Cavalcante


Graduada em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR);
Especialista em Cardiologia pela Residência pela UNIFESP;
Mestre em Ciência pela UNIFESP;
Doutora em Ciência pela UNIFESP;
Docente da Graduação e Pós-Graduação pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR);
Ex Servidora Pública da UNIFESP e Secretária de Saúde do Estado do Ceará.

COLABORADORAS

Duanny Souza Mesquita


Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário Unichristus
Coordenadora de Enfermagem do Hospital Geral de Fortaleza - HGF

Natália Sousa
Graduada em Enfermagem pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
Coordenadora de Enfermagem do Hospital Geral de Fortaleza - HGF
Apresentação
Esse guia rápido é fruto de uma intervenção desenvolvida no Internato supervisionado

eletivo de Enfermagem , por alunas da graduação do bacharelado em enfermagem, da

Universidade de Fortaleza, que se deu a partir de uma intervenção em uma unidade hospitalar

de referência do município de Fortaleza,Ceará. Ele visa auxiliar os profissionais enfermeiros da

unidade no cuidado ao cliente com lesão por pressão.

Os conhecimentos e as práticas educacionais propostas neste material são voltadas para os

profissionais enfermeiros discutirem no âmbito da equipe de trabalho, no local de trabalho, ou

seja, no cotidiano da instituição de saúde, buscando a discussão e reflexão das práticas de

cuidado.

O objetivo deste guia é apoiar e auxiliar o profissional enfermeiro no desenvolvimento de

atividades educacionais para o cuidado de pacientes com úlcera por pressão. Este guia não

pretende esgotar este tópico de forma alguma, Por se tratar de um tema amplo e com constante

progresso científico, este guia visa orientar a prática educativa do serviço apartir da resolução de

problemas e criação de conhecimento e de um processo de ensino bastante abrangente.

Esperamos que este conteúdo seja útil no processo de educação das pessoas sobre curativos e

coberturas usadas no tratamento de lesões por pressão.


SUMÁRIO

1. Conceito teórico sobre Lesão Por Pressão (LPP) .........................................................………… 1

2. Avaliação da Lesão Por Pressão (LPP) ....................................................................……………… 3

3. Limpeza e preparo do leito da ferida ..........................................................................……….… 8

4. Coberturas para tratamento de feridas disponíveis na instituição……………………………….. 11

5. Prevenção da LPP na prática: Intervenções específicas .......………………………………………….. 19

6. Referências .........................................................................................………………….....................23
Conceito Teórico Sobre Lesão Por Pressão (LPP)

CONCEITO DE LESÃO POR PRESSÃO

Segundo American National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) :

“ Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma

proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou de outro artefato. A lesão pode se apresentar em

pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou

prolongada em combinação com o cisalhamento. A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode

também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição ” (NPUAP, 2016).

Figura 1. Estrutura da Pele - Fonte. SARDO, P., et al.,2015.

FATORES ÍNTRESECOS DA LPP

1.Pressão Contínua:
A pressão excessiva ou contínua em uma área de lesão ou proeminência óssea pode prejudicar a irrigação
sanguínea, dificultando a cicatrização.

2. Cisalhamento:
Quando o cliente desliza na cama, a pele das nádegas não o acompanha o movimento, ficando presa na cama.
Isso pode causar dobras na pele que podem se transformar em feridas. Um dos hábitos que favorece esse
deslizamento é apoiar as costas na cabeceira da cama.

3. Fricção:
Ocorre quando duas superfíceis ficam esfregando uma contra a outra podendo causar feridas. Uma das
causas comuns é arrastar o cliente em vez de levantá - lo. A umidade piora os efeitos da fricção.

4. Umidade:
Ressalta - se que é importante realizar o controle da umidade no leito do cliente (STUQUE, A.G., et al., 2017).

Fonte. Cartilha de Orientação sobre prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - Universidade Federal Fluminense (UFF).

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FATORES EXTRÍNSECOS DA LPP

1. Idade Avançada :
As pessoas idosas são mais propensas as feridas e cicatrização lenta devido a problemas nutricionais,
comprometimento imunológico, problemas circulatórios, problemas respiratórios, ressecamento da
pele,fragilidade capilar, produção de vitamina D, angiogênese, dificuldade de cicatrização e diminuição da
espessura da derme.

2. Doenças Concomitantes:
Doenças, tais como, HAS, DM, doenças hepáticas, renais, vasculares e cancêr podem retardar ou impedir a
cicatrização de feridas.

3. Condições Nutricionais:
Os nutrientes são essenciais para a cicatrização das feridas. A falta de alguns nutrientes pode prejudicar o
processo de cicatrização. Os pacientes devem ser acompanhados com exames laboratoriais e medidas
antropométricas para avaliar o estado nutruicional.

4. Drogas Sistêmicas:
Alguns medicamentos, tais como, corticóides, quimioterápicos, penicilina e anti-inflamatórios pode prejudicar
a cicatrização.

5. Mobilidade Reduzida ou Ausente:


O cliente que tem dificuldade ou não consegue mudar de posição sozinho para mover-se deve ter apressão
sobre a pele aliviada periodicamente para evitar a formação de feridas.

Fonte. Cartilha de Orientação sobre prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - Universidade Federal Fluminense (UFF).

DEVERES DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DA LPP

De acordo com a resolução nº 0567/2018 compete ao Enfermeiro Generalista :

Realizar curativos, coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidado às


feridas;
Estabelecer prescrição de medicamentos/coberturas utilizados na prevenção e cuidados às feridas,
estabelecer uma política de avaliação dos riscos potenciais, através de escalas validadas para a
prevenção de feridas, elaborando protocolo institucional (aplicação da Escala de Braden).

Fonte. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) (2018).

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Avaliação da Lesão Por Pressão (LPP)

AVALIAÇÃO DO CURATIVO

A avaliação das feridas por pressão deve ser realizada durante as trocas de curativos e registradas no
prontuário do paciente. A avaliação deve incluir as características da lesão, tais como, estadiamento, tipo de
tecido, presença de exsudato, espaço morto, bordas e pele adjascentes.

Pele íntegra com eritema não branqueável, após a remoção de


ESTÁGIO 1 pressão, ou com alterações na sensação, temperatura ou
consistência. No cliente de pele escura pode ser avaliado a
descoloração da pele.

Perda parcial da espessura da pele com exposição da derme.


ESTÁGIO 2 O leito da lesão é viável, rosa ou vermelho, úmida e pode se
apresentar como uma flictena com exsudato seroso intacto ou
rompido.

Perda da espessura total da pele com exposição de tecido adiposo.


ESTÁGIO 3
O tecido de granulação e a borda despregada estão
ESTADIAMENTO

frequentemente presentes. Esfacelo e/ou escara podem ser


visíveis.
Perda da espessura total da pele. Possível comprometimento de
ESTÁGIO 4
fáscia, músculos, ossos, tendões e/ou nervos. Esfacelo e/ou
escara podem ser visíveis. Bordas despregadas, descolamentos
e/ou tunelização ocorrem frequentemente.

LPP NÃO Perda da espessura total da pele. Possível comprometimento de


CLASSIFICÁVEL fáscia, músculos, ossos, tendões e/ou nervos. Esfacelo e/ou
escara podem ser visíveis. Bordas despregadas, descolamentos
e/ou tunelização ocorrem frequentemente.

LPP TISSULAR
PROFUNDA Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível,
devido a cobertura densa de esfacelo ou escara.

Pele intacta ou não intacta com área vermelho-escura persistente


LPP RELACIONADA A
DISPOSITIVO MÉDICOS
não branqueável, descoloração marrom ou roxa ou separação da
epiderme revelando um leito da lesão escuro ou com flictena de
sangue. Presente dor e alteração de temperatura local.

Fonte. Protocolo de Prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - UFTM- EBSERH (2020)
.

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CONTEÚDO BACTERIANO
A ferida pode apresentar conteúdo bacteriano, sendo caracterizada em diferentes formas:
Limpa: Lesão feita em condições assépticas e que está isenta de microrganismos.
Limpa Contaminada: Lesão com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e atendimento, sem
contaminação significativa.
Contaminada: Lesão com tempo superior a 6 horas entre o trauma e atendimento, com presença de
contaminantes mas sem processo infeccioso local.
Infectada: Presença de agente infeccioso local e lesão com evidência de intensa reação inflamatória e destruição
de tecidos, podendo haver pus.
Odor: Produzido por bactérias e tecidos em decomposição.
Fonte. Manual de Padronização de Curativo - Município de São Paulo (SP) (2021) .

TIPO DE EXSUDATO

EXSUDATO EXSUDATO EXSUDATO EXSUDATO


EXSUDATO SEROSSANGUINOLENTO
SEROSO SANGUINOLENTO SEROPURULENTO PURULENTO

Drenagem de
Drenagem aquosa, Drenagem Drenagem de Drenagem de
consitência semi-
de coloração conscitência consistência um consistência
espessa e/ou turva
tranparente ou aquosa, de pouco espessa e espessa e de
de coloração
levemente coloração fina de coloração coloração
amarelada ou
amarelado/ambar avermelhada à avermelhada. amarelada,
acastanhada.
com aspecto de rosa. acastanhada ou
plasma. esverdeada.

Fonte. Protocolo de Prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - UFTM - EBSERH (2020) .

QUANTIDADE DE EXSUDATO

Quantidade de exsudato:
Nenhum/ Seco: Curativo primário não tem fluido, é seco; pode estar aderido na lesão.
Pequeno/Úmido: Curativo primário apresenta pequena quantidade de fluido/secreção.
Moderado / Molhado: Curativo primário apresenta-se extensivamente molhado, mas não ocorre
extravasamento; a frequência de troca é normal para o tipo de curativo.
Grande/Saturado: O curativo apresenta-se extensivamente molhado e o extravasamento poderá estar
ocorrendo; a pele perilesional poderá estar macerada; a troca de curativo é necessária com mais frequência
para o tipo de curativo utilizado.
Fonte: Protocolo de Prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - UFTM - EBSERH (2020)
.

ESPAÇO MORTO DA FERIDA

PRESENTE

LOJA FÍSTULA EXTERNA


TÚNEL

Espaço morto abaixo da Canal que se aprofunda Canal entre uma viscera e
pele íntegra. leito da ferida. a pele.

MORFOLOGIA

Descrever a localização e a
profundidade em
centímetros.

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Fonte: Protocolo de Prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - UFTM - EBSERH (2020).
BORDA DA FERIDA

Borda Íntegra : Aderida a lesão; coloração clara; contorno definido, regular ou


indefinido.

Borda Prejudicada : Hiperqueratose; não aderida a lesão; descolada; fibrótica;


macerada; necrosada; sangrante; friável; edemaciada; enrolada (epíbole).
Fonte: Protocolo de Prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - UFTM - EBSERH (2020).

PELE ADJACENTE

ÍNTEGRA
PELE
ADJASCENTE
PRESERVADA
1 Pele sem lesões.

ALTERAÇÃO DE SENSIBILIDADE

PELE ADJACENTE
PREJUDICADA 1 Dor;
Anestesia;
Formigamento.

CONSITÊNCIA

2 Edema;
Endurecida.

TEMPERATURA

3 Quente;
Fria.

COLORAÇÃO

4 Pálida;
Avermelhada.

TEXTURA

5 Descamada;
Ressecada;
Masserada.

INTEGRIDADE

6 Vesículas/Bolhas;
Erosão.

Fonte: Protocolo de Prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - UFTM - EBSERH (2020).

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MORFOLOGIA DA FERIDA

A morfologia descreve e detalha a localização, dimensões, números e profundidade


das feridas.

QUANTO A LOCALIZAÇÃO DA FERIDA DA LPP

As feridas ulcerativas frequentemente acometem usuários que apresentam dificuldades de deambulação.

Áreas de Eisco para Pessoas que Passam Longos Períodos Sentados:

• Tuberosidades isquiáticas;
• Pés;
• Espinha dorsal torácica;
• Calcanhares.

Áreas de Risco para Pessoas quem Passam Longos Períodos Acamado:

• Região sacrococcígea ; • Cotovelos ;


• Tornozelos ; • Cabeça (região occipital e orelhas).
• Região trocantérica, isquiática e espinha ilíaca; • Joelhos (face anterior, medial e lateral);
• Calcanhares; • Cabeça (região occipital e orelhas).

Fonte: Manual de Padronização de Curativo - Município de São Paulo (SP) (2021) .

QUANTO A PROFUNDIDADE DA FERIDA DE LPP


Ferida Plana ou Superficial

Envolvem a epiderme, derme e tecido


subcutâneo.

Ferida Profunda

PROFUNDIDADE DA LPP Envolvem tecidos moles e profundos, tais


como, músculo e fáscia.

Ferida Cavitária

Caracterizam-se por perda de tecido e


formação de uma cavidade com envolvimento
de órgãos ou espaços. Podem ser
traumáticas, infecciosas, por pressão ou
complicações pós-cirúrgica.

Fonte. Manual de Padronização de Curativo - Município de São Paulo (SP) (2021) .

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AVALIAÇÃO DA PROFUNDIDADE

Cor Aspecto da Tecido Nível de Profundidade


Lesão Encontrado Exsudato

Área
A pele encontrasse intacta
Vermelhada Sem
exsudato

Descamação/ Há ruptura superficial da pele


Abrasão Escasso (epiderme)

Há ruptura profunda da pele


Escasso (epiderme/derme)
Skin tear

Tecido de Há ruptura profunda da pele


granulação Escasso à (epiderme/derme)
moderado

há ruptura total da pele envolvendo


Fibrina tecido subcutâneo, músculo, tensão
Moderado
e osso.
à intenso

Possibilidade Há ruptura total da pele envolvendo


de infecção tecido subcutâneo, músculo, tensão
Intenso
e osso.

há ruptura total da pele envolvendo


Escara tecido subcutâneo, músculo, tensão
De zero
e osso.
à intenso

Fonte. Manual de Padronização de Curativo - Município de São Paulo (SP) (2021) .

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Limpeza e Preparo do Leito da Ferida

TIPOS DE TECIDOS
1.Teciado Viável :
Tecido Epitelial: Novo tecido de coloração róseo ou brilhante, que se desenvolve a partir das bordas ou
como “ilhas” na superfície da lesão.
Tecido de Granulação: Vermelho vivo ou róseo, brilhante, úmida e granular ou vermelho pálido e opaco (em
risco).
. 2. Tecido Inviável :
Necrose de Coagulação (Escara): Caracterizada pela presença de crosta preta ou marrom, seco, endurecido
e bem aderido.
Necrose de Liquefação (Amolecida): Tecido amarelo - esverdeado e/ou quando a lesão apresenta infecção,
secreção purulenta.
Desvitalizado/Fibrinoso: Tecido de coloração amarelada ou esbranquisada, que adere ao leito da ferida e se
apresenta como cordões ou crostas grossas, podendo ainda ser mucinoso (esfacelo).

Fonte. Protocolo de Prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - UFTM - EBSERH (2020) .
Manual de Padronização de Curativo = Município de São Paulo (SP) (2021) .

MATERIAL DE CURATIVO DE LPP


IMPORTANTE
Luva de procedimento;
Pacote de curativo previamente escolhido conforme as Antes da realização da troca de curativo é
característica da lesão; imprecidível a relização da limpeza, que
Seriga de 20 ml; tem o intuito de remover os tecidos
Agulha 40x12; desvitalizados, exsudato e os resíduos
Solução fisiólogica 0,9%; dos curativos anteriores, além de permitir
Saco de lixo hospitalar (infectado). uma ótima visualização .

Fonte: Manual de Padronização de Curativo - Município de São Paulo (SP) (2021) .

LIMPEZA DE FERIDA

Limpe suavemente a ferida e a pele 3°
1° ao redor (não esfregue) no momento 2°
Seque a região perilesional,
PASSO de cada troca de curativo usando PASSO aplicando no leito da ferida a
Soro Fisiológico 0,9% e gaze com
cobertura indicada. Cobrir com o
movimentos rotatórios de dentro
curativo secundário.
para fora, local mais limpo para o
mais sujo


Aplique pressão suficiente para
IMPORTANTE limpar a ferida sem danificar o tecido
ou levar bactérias para a lesão sem
Utilize todas as faces da causar trauma ao leito da ferida. 3°
gaze apenas uma vez. Examine o leito da ferida e a pele PASSO
adjascente (coloração, exsduato,
granulação, sinais de infecção.

Fonte: Manual de Padronização de Curativo - Município de São Paulo (SP) (2021) .

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ESCOLHA DO CURATIVO

Vale lembrar que nem todos os produtos são apropriados para todas as
feridas e suas fases de cicatrização, cada um tem sua fase específica .

A seleção dos curativos é apenas um componente do tratamento de feridas :

CURATIVOS PARA LPP

Cuidados com o Considerações


Situação Clínica do Cuidado
Leito da Ferida

Proteger o
Granulação;
tecido de A seleção de curativo deve
Fibrina;
Tipo de Tecido granulação; estar baseada no tipo de
Escara;
Remover o tecido.
Secreção.
leito
necrótico.

Feridas infectadas
Localizada; Providenciar o requerem antimicrobiano
Inflamação e Difusa; controle oral e IV;
Infecção Sistêmica; bacteriano. Não use curativos oclusivos
em lesões infectadas.

Selecionar curativos com


Feridas base na quantidade de
Exsudação de Seca; Adicionar ou exsudato:
Feridas Baixa, Média remover a 1..Feridas secas > Aumentar
e Intensa umidade. umidade;
Exsudação. 2. Feridas com exsudação >
Curativos que o absorvam.

A seleção do curativo
Dor Dor contínua; depende do tipo da dor do
Realizar o
Dor ao trocar cliente.
controle de dor.
curativo. O curativo não pode
aderente.

Selecionar
Odor curativos que
Feridas sem Caso haja odor, certifique
promova
odor. da causa do odor.
redução de
odor.

Cavidade O espaço morto deve ser


Profundidade Ocupar os
Descolamento preenchido, mas não
espaços mortos.
de bordas. tampado com os produtos.

O tecido deve estra livre de


Feridas Sem evolução no Estimular o
tecido necrótico, biofilme ou
Inalteradas leito da ferida. tecido viável.
infecção.

Fonte: Manual de Padronização de Curativo - Município de São Paulo (SP) (2021) .

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DESBRIDAMENTO DA LPP

TIPOS DE DEBRIDAMENTO

Enzimático
Com bisturi Autolítico Mecânico
Químico

1..Aplique o 1..É a tentativa do


produto (prescrito corpo de
pelo médico ou desbridar o tecido
enfermeira necrótico usando
Remoção através
Remova o responsável) para suas próprias
de uma força
máximo de preencher o todo enzimas;
mecânica, por
Ação tecido leito da ferida e
meio da gaze
necrótico espaço morto; 2..O processo
umedecida com
possivel. autolítico pode
soro fisiológico.
2..Cubra com ser facilitado com
gaze e troque o curativos
curativo hidratantes, como
diariamente. hidrogel.

Fonte: Manual de Padronização de Curativo - Município de São Paulo (SP) (2021) .


Cartilha de Prevenção de Tratamento de Lesão Por Pressão (2019).

É importante lembrar que o tipo de desbridação com bisturi deve ser executado
por um médico experiente e/ou enfermeiro(a) capacitado (a).

Sempre use métodos autolíticos ou enzimáticos de desbridamento quando não


houver necessidade clínica urgente de drenagem ou remoção de tecido necrótico.

Não desbridar escara estável, dura e seca em membros isquêmicos.

Fonte: Manual de Padronização de Curativo - Município de São Paulo (SP) (2021) .

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Coberturas para Tratamento Disponíveis na
Instituição

ESCOLHA DO PRODUTO

OBJETIVO DO EXSUDATO
ESTÁGIO DA LPP CURATIVO IDEAL
TRATAMENTO

Proteger área e Protetores cutâneos,


Estágio 1
evitar piora. Creme de barreira e
Filme transparente.

Tratamento por meio Espuma de contato com


Estágio 2 úmido, mantendo o silicone para cobertura
equilíbiro da umidade no traumática e Tules não
leito da ferida. aderentes.

Curativos absorvente
Estágio 3 Manter o equilíbrio da com moderada
umidade no leito da ferida. exsudação à intensa,
hidrofibras e espumas .

OU
Curativos de alta
Limpar, desbridar, abosorção: Espuma e
Estágio 4 absorver exsudato e hidrofibras para controle
preencher o espaço morto. de umidade e bacteriano
no leito da ferida.

Curativos para absorver


Realizar o desbridamento exsudato como
Sem Estágio em tecidos não viáveis e hidrofibras e espumas
estabilizar os viáveis. com prata para controle
bacteriano.

Fonte: Manual de Padronização de Curativo - Município de São Paulo (SP) (2021) .

LEGENDA

SEM EXSUDATO

POUCO EXSUDATO

MÉDIO EXSUDATO

INTENSO
EXSUDATO

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TIPO DE DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO

Dispositivos Coberturas Secundárias + Características do Local

Espadrapo/Micropore Utilizado sobre ataduras + Estrutura da pele adjacente


íntegra plana.

Utilizado sobre ataduras + Estruturas anatômicas circulares e


Fita Crepe
periféricas.

Fonte: Protocolo de Prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - UFTM - EBSERH (2020).

TIPOS DE COBERTURAS

PASSIVO: Somente protegem e cobrem as feridas .


INTERATIVOS: Proporcionam um micro-ambiente ótimo para a cura da ferida.
BIOATIVOS: Resgatam ou estimulam a liberação de substâncias durante o processo de cura.

TIPOS DE COBERTURAS SECUNDÁRIAS

Tipos de Coberturas Características da Lesão

Gazes Esterelizadas
Lesões superficiais/profundas e secas/exsudativas

Compresa Esterelizadas Lesões profundas e muito exsudativas

Fonte: Protocolo de Prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - UFTM - EBSERH (2020).

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TIPO DE MATERIAL - GAZE COM SORO FISIOLÓGICO 0,9% (SF)

DESCRIÇÃO Gaze estéril umedecida com SF0,9% .

TIPO DE
Cobertura primária.
TRATAMENTO

Indicado para todos os tipos de lesões, excerto lesões com excesso


TIPO DE FERIDA
de exsudato e secreção purulenta.

Contribui na umidade da lesão, favorecendo a formação de tecido


MECANISMO DE
de granulação, estimula o desbridamento autolítico/mecânico e
AÇÃO
absorve exsudato.

Contribuir para a umidade da lesão;


INDICAÇÃO
Proteger o tecido.

Feridas que cicatrizam por primeira intenção;


CONTRAINDICAÇÃO
Lesões com excesso de exsudato e secreção purulenta.

Limpar a lesão com soro fisiológico 0,9%, preferencialmente


morno, utilizando o método de irrigação em jato;
Recobrir toda a superfície com a gaze umedecida ao leito da
lesão não fazendo compressão e atrito;
MODO DE USAR
Ocluir com cobertura secundária de gaze, chumaço ou
compressa, fi- xar com atadura, fita hipoalergênica ou
esparadrapo;
Ao trocar as gazes se necessário umedecer com SF 0,9%.

O curativo deve ser trocado toda vez que estiver saturado com
a secreção ou, no máximo, a cada 24 horas. Quando na
PERÍODO DE TROCA
presença de pouco exsudato, a gaze deverá ser umedecida
duas a três vezes ao dia, com SF0,9%.

Fonte. Manual de Curativo - Prefeitura Municipal de Campinas (2021).

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TIPO DE MATERIAL - ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL – AGE

Óleo vegetal composto de ácido linoleico, ácido caprílico, ácido


DESCRIÇÃO
cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja.

TIPO DE TRATAMENTO Cobertura primária.

Feridas agudas ou crônicas com perda de tecido superficial ou


TIPO DE FERIDA
parcial.

Protege a ferida preservando o tecido vitalizado e mantendo meio


úmido proporcionando nutrição celular local. Acelera o processo
MECANISMO DE AÇÃO
de granulação tecidual. Evita a aderência ao leito da lesão e em
lesões exsudativas atua como proteção de borda da lesão.

Tratar feridas abertas vitalizadas, não infectadas, em fases de


granulação e epitelização (com ou sem exsudato);
INDICAÇÃO
Proteção da pele peri-lesão;
Prevenção de úlcera por Pressão.

Tecidos desvitalizados, hipergranulação, lesões infectadas, feridas


CONTRAINDICAÇÃO
oncológicas.

Limpar a lesão com soro fisiológico 0,9% preferencialmente


morno, utilizando o método de irrigação em jato;
Aplicar o AGE topicamente sob a lesão;
MODO DE USAR
Ocluir com cobertura secundária de gaze, chumaço ou
compressa, fixar com atadura, fita hipoalergênica ou
esparadrapo.

O curativo deve ser trocado toda vez que estiver saturado com a
PERÍODO DE TROCA secreção ou, no máximo, a cada 24 horas.

É possível ocorrer coloração esverdeada no leito da ferida ou nas


gazes devido ao contato do AGE com o exsudato.
OBSERVAÇÃO Na SMS/PMC o uso do AGE é padronizado apenas para o
tratamento de lesões abertas.

Fonte. Manual de Curativos - Prefeitura Municipal de Campinas (2021).

Página | 14
TIPO DE MATERIAL - Papaína Gel 10%

DESCRIÇÃO Enzimas proteolíticas do látex do mamão papaia.

Cobertura Primária.
TIPO DE TRATAMENTO

TIPO DE FERIDA Lesões com necrose úmida.

Dissociação das moléculas de proteína (desbridamento


químico);
MECANISMO DE AÇÃO
Anti-inflamatório, bactericida e bacteriostático estimulando a
força tensil e acelera o processo cicatricial.

Feridas com presença de tecido inviável, mas que tenha tecido


INDICAÇÃO viável > 50%.

Desde que usada a concentração e quantidade adequada não


CONTRAINDICAÇÃO há contraindicação.

MODO DE USAR Aplicar topicamente sobre o ferimento.

Sempre que o curativo secundário estiver saturado ou no


PERÍODO DE TROCA
máximo a cada 24h.

OBSERVAÇÃO Conservar sempre no interior da geladeira.

Fonte. MANUAL DE CURATIVOS - Prefeitura Municipal de Campinas (2021)


.

Cobertura em GEL: É mais indicada nas seguintes situações: ferida com tecido
de granulação com pouco exsudato, necrose acompanhada de granulação com
exsudato moderado a abundante e úlcera venosa.

Fonte. MANUAL DE CURATIVOS - Prefeitura Municipal de Campinas (2021).

Página | 15
TIPO DE MATERIAL - Papaína Creme 10%

DESCRIÇÃO Enzimas proteolíticas do látex do mamão papaia.

TIPO DE Cobertura Primária.


TRATAMENTO

TIPO DE FERIDA Lesão com necrose seca.

Dissociação das moléculas de proteína (desbridamento


químico);
MECANISMO DE AÇÃO
Anti-inflamatório, bactericida e bacteriostático. Estimula a força
tensil e acelera o processo cicatricial.

Tratamento de feridas abertas com tecido inviável seco ou


INDICAÇÃO
úmido baixo exudato.

Desde que usada a concentração e quantidade adequada não


CONTRAINDICAÇÃO há contraindicação.

MODO DE USAR Aplicar topicamente sobre o ferimento.

Sempre que o curativo secundário estiver saturado ou no


PERÍODO DE TROCA máximo a cada 24h.

OBSERVAÇÃO Conservar sempre no interior da geladeira.

Fonte. MANUAL DE CURATIVOS - Prefeitura Municipal de Campinas (2021).

A apresentação da papaína de 10% em creme é preferível para


casos de epitelização e escoriação.

Fonte. MANUAL DE CURATIVOS - Prefeitura Municipal de Campinas (2021).

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TIPO DE MATERIAL - Kollagenase

DESCRIÇÃO Agente desbridante enzimático

TIPO DE Cobertura Primária.


TRATAMENTO

TIPO DE FERIDA Úlceras e lesões necróticas.

É uma enzima proteolítica que apresenta a propriedade de


MECANISMO DE AÇÃO decompor o colágeno em seu estado natural ou desnaturado
devido a sua alta especificidade ao colágeno.

INDICAÇÃO indicada para desbridamento de úlceras e feridas com necrose.

é contra-indicado a pessoas com alergia à colagenase ou aos


CONTRAINDICAÇÃO demais componentes da fórmula do produto. também é
contra-indicado a pacientes com queimaduras extensas.

Deve ter um contato pleno com toda a área lesada; a pomada


MODO DE USAR deve ser aplicada uniformemente, com espessura de cerca de 2
mm, uma vez ao dia.

a cada 24h.
PERÍODO DE TROCA

Fonte. MANUAL DE CURATIVOS - Prefeitura Municipal de Campinas (2021).

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TIPO DE MATERIAL - Cavilon™ Película Protetora

Solução polimérica de secagem rápida que, aplicada à pele, forma


uma película protetora indolor, transparente e curavel, resistente a
água e permeavel ao ar, permitindo a transpiração da pele;
DESCRIÇÃO
Não possui álcool, portanto não provoca ardor ao ser aplicado em
regiões já hiperemiadas e lesadas.

TIPO DE TRATAMENTO Cobertura Primária

Pode ser utilizado em lesões de pele no estagio l e em lesões sem


TIPO DE FERIDA
exsudação nas feridas de estágio II.

Indicado para proteção da pele ao redor de ostomias, fistulas e feridas


INDICAÇÃO
drenantes

A pele deve estar limpa e seca antes da aplicação;


Deixe-o secar. Se uma segunda camada for necessária, deixe a
MODO DE USAR
primeira secar completamente antes de aplicar a nova;

Permanece aplicado até 72h (excepto quando aplicado sob


produtos adesivos de trocas constantes).
Nos casos de incontinência, reaplicar a cada 24 horas ou com mais
PERÍODO DE TROCA
frequência, se houver a necessidade de limpezas frequentes;
Para protecção sob adesivos, reaplique a cada troca de curativos
ou fitas adesivas

Fonte. MANUAL DE CURATIVOS - Prefeitura Municipal de Campinas (2021).

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TIPO DE MATERIAL - PÓ HIDROCOLÓIDE

Ele absorve a umidade da pele lesionada ao redor do estoma e


DESCRIÇÃO dermatite, melhorando a adesão da barreira de proteção mantém a
pele seca evitando futuras irritações.

Sua fórmula é isenta de látex de borracha natural, o que minimiza as


TIPO DE FERIDA
chances de alergia,

Apresenta resina sintética em pó que é capaz de absorver exsudato,


MECANISMO DE AÇÃO secreções e efluentes, mantendo a pele peristoma seca reduzindo a
sua irritação.

Excelente absorção de umidade, pouco a moderado exsudato e


efluentes ;
Proteção da pele periestomal do contato com efluentes da
INDICAÇÃO
estomia criando uma camada protetora ;
Indicado para peles escoriadas em geral, dermatite, prevenção e
tratamento de LPP.

Não deve ser utilizado em pessoas com sistema imunológico


comprometido, tais como, leucêmicos e clientes em uso de
CONTRAINDICAÇÃO imunossupressores, além de neonatos ou bebês em incubadoras;
Feridas muito exsudativas, infectadas, cavitárias e em região de
sacra em caso de incontinência fecal ou urinária.

1. Limpe a ferida;
2. Agite suavemente o frasco e espalhe o produto na área desejada;
MODO DE USAR 3. Espalhe o pó uniformemente utilizando gaze;
4. Retire o pó excedente antes de aplicar o adesivo de um bolsa de
estomia ou inserir o curativo.

Fonte. Feridas e Curativos (2021).

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Prevenção da LPP na Prática: Intervenções
Específicas

MEDIDAS DE CUIDADOS PARA PREVENÇÃO DE LPP

1..Cuidando da Pele :
Identificar sinais precoces de lesões causadas por pressão;
Utilizar Ácidos Graxos Essenciais (AGE), cremes de barreiras, filmes transparentes para proteção da
pele;
Identificar sinais de ressecamento, rachaduras, eritema, maceração, fragilidade, calor e enduração;
Uso de creme de barreira e sonda retal (se necessário para desvio de efluente);
Hidratar pele.

Clientes/paciente de pele escura de eritemas são mais difíceis de detecção.

2. Reduzindo a Umidade :
Identificar e tratar causas de umidades;
Realizar higiene íntima após cada troca de fralda;
Incentivar o uso de comadre e dispositivos urinários (exemplo: jontex), mantendo as roupas de cama
sempre secas.

3. Avaliando a Pressão :
Realizar mudanças de decúbito a cada 2 - 3 horas;
Utilizar dispositivos de alívio de pressão tais como: colchões especiais (colchão pneumático),
travesseiros, almofadas de gel;
Aumentar a superficie de apoio na região onde está sendo exercida a pressão;
Proteger calcâneo manter os membros inferiores aquecidos;
Necessidade de elevação dos MMII (descompressão dos calcâneos);
Não utilizar almofadas tipo "donut" com furo no meio;
Realizar a elevação do calcâneo, não usar luvas com água para apoiar os calcâneos.

Não massagear as áreas proeminências ósseas e hiperemiadas.

4. Reduzindo a Fricção e Cisalhamento:


Realizar transferências e movimentações do cliente com o auxílio de coxins e apoios;
Posicionar o paciente no leito de forma correta.

5. Estimulando a Movimentação:
Estimular a movimentação ativa, no caso do paciente restrito ao leito, sob acompanhamento;
Estimular o paciente a sentar no leito e/ou fora do leito com auxilio, minimizando o risco de quedas;
Utilização de traçados na mobilização do paciente;
Estimular a deambulação com auxílio, minimizando o risco de queda (Ministério da Saúde, 2013).

Fonte. Cartilha de Orientação sobre prevenção e Tratamento de Lesão Por


Pressão - Universidade Federal Fluminense (UFF).

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AVALIAÇÃO DA LPP

Avaliação a Lesão Por Pressão na Admissão

Avaliação do risco do Avaliação da pele para detectar a


desenvolvimento de Lesão Por existência de Lesão Por pressão
Presão (LPP) (LPP)

Tempo de Avaliação da
Escala de Braden Classificação
existência lesão

Aspecto;
Estágio 1;
Localização;
Reavaliação diária Estágio 2;
Exsudato;
Estágio 3;
Borda;
Estágio 4;
Pele ao redor;
Não Classificável.
Dor ;
Tamanho;
Profundida.

Fluxograma 1. Avaliação a Lesão Por Pressão na Admissão na unidade.


Fonte: Vasconcelos, J.M.B. (2014).

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ESCALA DE BRADEN

ESCALA DE BRADEN

PONTUAÇÃO 1 2 3 4

Percepção
Sesorial:
Capacidade
Totalmente Levemente Nenhuma
de reagir à Muito limitado
limitado limitado limitação
pressão
causando
desconforto

Umidade:
Nível a qual a
Completament Ocasionalmente Raramente
pele é Muito molhado
e molhado molhado molhado
exposta a
umidade.

Atividades:
Confinado à Anda Anda
Grau de Acamado
FATORES DE RISCO

cadeira ocasionalmente frequentemente


atvidade

Mobilidade:
Capacidade
de mudar e Totalmente Bastante Levemente Não apresenta
controlar a imóvel limitado limitado limitações
posição do
corpo

Nutrição:
Provavelmente
Padrao usal Muito pobre Adequado Excelente
inadequado
de consumo.

Fricção e
Cisalhament
o: Ocorre
quando a
pele e a
superfície Problema em Nenhum
Problema
óssea se potencial problema
move contra
a superfície e
uma sobre a
outra.

Risco Muito Risco


Risco Alto Risco Baixo Sem risco
Alto Moderado

6 - 9 pontos 10 - 12 pontos 13 - 14 pontos 15 - 16 pontos > 17 pontos

Fonte: Escola de Enfermagem - Ribeirão Preto- USP

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AVALIAÇÃO DO RISCO

Entradas com Úlceras

Escalação do Braden

Ação de Ação de Ação de Ação de


Prevenção Prevenção Prevenção Prevenção

Risco Alto / Muito Alto Risco Moderado Risco Baixo Sem risco
10 - 12 / 6 - 9 13 - 1 4 15 - 16 > 17

Colchão Pneumático Colchão Pneumático Colchão Pneumático Higiene


Higiene Higiene Higiene Ajuda/Supervisão

Filme transparente Filme transparente Filme transparente Mobilidade


nas proeminências nas proeminências nas proeminências Ajuda/Supervisão
ósseas. ósseas. ósseas. Higiene

Higiene Higiene Higiene Nutrição


Pele limpa e seca Pele limpa e seca Pele limpa e seca
Avaliação inicial e
Creme hidratante Creme hidratante Creme hidratante
Roupa sem rugas Roupa sem rugas Roupa sem rugas semanal

Mobilidade Mobilidade Mobilidade


Mudança de decúbito Mudança de decúbito Mudança de decúbito
2h/2h 2h/2h 2h/2h

Nutrição Nutrição Nutrição


Avaliação inicial e
Avaliação inicial e Avaliação inicial e
semanal
Ajuda total e parcial semanal semanal

Fluxograma 2. Avaliação a Lesão Por Pressão na Admissão na Unidade.


Fonte. Cartilha de Orientação sobre prevenção e Tratamento de Lesão Por Pressão - Universidade Federal
Fluminense (UFF).

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REFERÊNCIAS

1. VASCONCELOS JMB. Construção, utilização e avaliação dos efeitos de protoco-lo de prevenção

de úlceras por pressão em Unidade de Terapia Intensiva. Escola de Enfermagem de Ribeirão

Preto, 2014.

2. NPUAP. European Pressure Ulcer Advisory Panel, National Pressure Ulcer Ad- visory Panel.

Prevention and treatment of pressure ulcers: quick reference guide. Washington (DC):

Pressure Ulcer Advisory Panel, 2016.

3. COFEN - Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 567/2018. Regulamenta

sobre a Competência da Equipe de Enfermagem no cuidado às feridas. Diário Oficial da União:

seção 1, Brasília, DF, n. 152, p. 156, 7 out. 2018. ISSN 1677-7042. Disponível em:

https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05012015/.

4. PÓ PARA ESTOMIA. Responsável Técnico Dra. Paula M. Rudow de Almeida. Rio de Janeiro:

Coloplast do Brasil, s/d. Bula.

5. PORTUGAL, L. B. A.; CHRISTOVAM, B. P. Cartinha de orientações sobre prevenção e

tratamento de lesão por pressão. Livro digital. Rio de Janeiro: Universidade Federal

Fluminense, eduCapes, 2019.

6. SARDO P, et al. Pressure Ulcer risk assessment: Retrospective analysis of Bra- den Scale scores

in Portuguese hospitalized adult patients. Journal of Clinical Nur- sing, 2015.

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