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PREVENÇÃO E

TRATAMENTO DE
LESÕES POR PRESSÃO

E-BOOK EXPLICATIVO
PARA PREVENÇÃO E
O TRATAMENTO
DE LESÕES POR
PRESSÃO

EDUCAÇÃO | CORPORATIVA
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

LESÕES POR PRESSÃO (LPP):


2 CONCEITUALIZAÇÃO
2

E CLASSIFICAÇÃO

3 PRODUTOS PARA PREVENÇÃO DE


LPP

SOLUÇÕES PARA LIMPEZA DO


4 LEITO DA LPP

COBERTURAS PARA TRATAMENTO


5 DE LPP

TÉCNICAS DE LIMPEZA E
6 APLICAÇÃO DE COBERTURAS

REGISTRO SISTEMATIZADO PELO


7 T.I.M.E

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento fisiopatológico da

Lesão por Pressão foi explorado por mais de 50

anos, com o trabalho dos primeiros teóricos

enfatizando as relações de pressão intensa e

prolongada, além da tolerância do tecido à

pressão no desenvolvimento de lesões tissulares.

Da mesma forma, Braden e Bergstrom, aplicaram o trabalho desses

primeiros pesquisadores e identificaram os 2 determinantes críticos para o

desenvolvimento de Lesões por Pressão como intensidade/duração e tolerância do

tecido à pressão. Alinhados com seu esquema mais de 100 fatores de

INTRODUÇÃO:
risco relacionados ao desenvolvimento de Lesão por Pressão foram citados na

literatura, sendo afirmado que 20 deles possuem etiologia multifatorial ao

desenvolvimento de Lesão por pressão.

Embora escalas de avaliação de risco, como a Escala de Braden, possuam

o refinamento para captação de 21 desses fatores, outros tais como os que

incluem comorbidades, aparecem também como contribuintes para a formação de

lesões.

O tratamento de lesões por pressão acarreta gastos expressivos ao serviço

de saúde, em especial as de estágio 3 e 4, visto que exigem grande quantidade de

recursos materiais e humanos. Auditorias realizadas em serviços de saúde públicos

mostraram que inconsistências na prática da gestão do tratamento de feridas e uso

de métodos ultrapassados contribuem para altos custos e resultados pouco

efetivos.

3
O custo com a saúde no Brasil é elevado, vem

crescendo em ritmo acelerado, e resulta na dificuldade

para manter a sustentabilidade do sistema de saúde,

intensificada pela atual crise econômica mundial. A

preocupação de gestores, prestadores, financiadores,

autoridades e usuários com custos e sua repercussão na

qualidade dos serviços é progressiva, pois além do

consumo de materiais, temos ainda a quantidade de

tempo de enfermagem envolvida no cuidado deste grupo

de pacientes, relacionado ao tratamento de complicações

de lesões de pele.

Há que se considerar que além de todos os esforços injetado, temos as

sequelas e qualidade de vida para o paciente e família, que participam com a

experiência frente ao convívio com essas lesões, evidenciado pela insatisfação dos

pacientes diante da piora em sua qualidade de vida, principalmente no domínio

físico, reforçando a necessidade da equipe de saúde dispor de informações aos

pacientes e cuidadores, com o objetivo de explicitar medidas preventivas de Lesão

por Pressão e a adoção de tratamentos eficazes para sua cicatrização.

Essas inquietações nos motivaram à construção deste e-book com o objetivo

de padronizar a linguagem institucional, redução de desperdício e melhorar o

conhecimento quanto aos insumos disponíveis para prevenção e tratamento de

lesão por pressão.

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2 LESÃO POR PRESSÃO (LPP)

Lesão por pressão (LPP) é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles
subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de
dispositivo médico ou a outro artefato.
A lesão pode se apresentar em pele íntegra, ou como úlcera aberta,
podendo desenvolver componente doloroso.
Este tipo de lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou
prolongada em combinação com o cisalhamento. A tolerância do tecido mole à
pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição,
perfusão, comorbidades e pela sua condição.

A LPP abrange desde o aparecimento de alterações da pele até


ulceração, atingindo estruturas anexas (músculos, tendões e ossos) e se
organiza, segundo os critérios de classificação descritos a seguir.

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LPP: ESTÁGIO 1

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS:

Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que
pode ocorrer alteração de coloração em pele de pigmentação mais
escura. Apresenta-se como eritema que embranquece ou evidencia
mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência (endurecimento)
do local.

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:

Eritema não branqueável.

PONTO DE ATENÇÃO:

Mudanças na cor da pele não incluem coloração púrpura ou castanha,


essas podem indicar Lesão Tissular Profunda.

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LPP: ESTÁGIO 2

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS:

Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. O leito


da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também
apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso)
ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Tecido
de granulação, esfacelo e escara não estão presentes. Essas lesões
geralmente resultam de microclima inadequado e cisalhamento da pele
na região da pélvis e no calcâneo.

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:

Rompimento da Epiderme. Bolhas com exsudato seroso são


classificados nesta categoria.

PONTO DE ATENÇÃO:

Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de pele
associadas à umidade, incluindo a dermatite associada à incontinência
(DAI), a dermatite intertriginosa, lesão de pele associada a adesivos
médicos ou as lesões traumáticas (lesões por fricção, queimaduras,
abrasões).

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LPP: ESTÁGIO 3

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS:

Perda total da espessura da pele na qual o tecido adiposo é visível e,


frequentemente, estão presentes tecido de granulação e epíbole
(contração das bordas da lesão). É possível visualizar a presença de
esfacelo e /ou necrose. A profundidade do dano tissular varia conforme a
localização anatômica; áreas com maior quantidade de tecido adiposo
podem desenvolver lesões profundas, pode ocorrer descolamento de
tecidos e formação de túneis.

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:

Exposição de tecido adiposo.

PONTO DE ATENÇÃO:

Não há exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem


e/ou osso. Quando o esfacelo ou necrose prejudica a identificação da
extensão da perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão por
Pressão Não Classificável .

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LPP: ESTÁGIO 4

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS:

Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou


palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou
osso. É possível visualizar a presença de esfacelo e/ou necrose.
Frequentemente podem ocorrer o desenvolvimento de Epíbole (lesão com
bordas enroladas), descolamento de tecidos e/ou formação de túneis. A
profundidade varia conforme a localização anatômica.

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:
Exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamentos, cartilagem ou osso.

PONTO DE ATENÇÃO:

Quando o esfacelo ou necrose prejudica a identificação da extensão da


perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão não
classificável.

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LPP NÃO CLASSIFICÁVEL

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS:

Perda de pele na qual a extensão do dano não pode ser confirmada


porque está encoberta pelo esfacelo ou necrose. Ao ser removido
(esfacelo ou necrose), a lesão pode ser classificada como em Estágio 3
ou Estágio 4.

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:
Presença de capa de necrose ou esfacelo sob a lesão.

PONTO DE ATENÇÃO:

Necrose estável (seca, aderente, sem eritema ou flutuação) em membro


isquêmico ou no calcâneo não deve ser removida.

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LPP TISSULAR PROFUNDA

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS:

Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração


vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece, ou
separação epidérmica que mostra lesão com leito escurecido, ou bolha
com exsudato sanguinolento. A dor e mudança na temperatura
frequentemente precedem as alterações de coloração da pele. A
descoloração pode apresentar-se diferente em pessoas com pele de
tonalidade mais escura. Essa lesão resulta de pressão intensa, e/ou
prolongada, e de cisalhamento na interface osso-músculo. A ferida pode
evoluir rapidamente, e revelar a extensão atual da lesão tissular, ou haver
o restabelecimento da área afetada sem perda tissular.

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:
Pele íntegra com coloração vermelha, marrom ou purpura. Bolhas com
exsudato sanguinolento são classificados nesta categoria .

PONTO DE ATENÇÃO:

Não se deve utilizar a categoria Lesão por Pressão Tissular Profunda


(LPTP) para descrever condições vasculares, traumáticas, neuropáticas
ou dermatológicas.

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LPP POR DISPOSITIVOS MÉDICOS

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS:

Essa terminologia descreve a etiologia da lesão e resulta, do uso de


dispositivos criados e aplicados para fins diagnósticos e terapêuticos. A
lesão por pressão resultante, geralmente apresenta o padrão ou forma
do dispositivo.

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:
Formato ou trajeto do dispositivo.

PONTO DE ATENÇÃO:

Essa lesão deve ser categorizada usando o sistema de classificação de


lesões por pressão.

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LPP EM MEMBRANA MUCOSA

CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS:

Pode ser desenvolvida quando há histórico de uso de dispositivos


médicos no local do dano.

CARACTERÍSTICA PRINCIPAL:
Ulceração em mucosa.

PONTO DE ATENÇÃO:

Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem ser


categorizadas.

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3 PRODUTOS PARA PREVENÇÃO DE LPP

As instituições de saúde tem passado pelo grande desafio de atuar frente a


Prevenção de LPP, diante dos muitos obstáculos a serem enfrentados.
Assim cada vez mais, o reconhecimento que as LPPs corroboram para um
grave problema de segurança para o paciente, os profissionais de saúde não devem
medir esforços para a prevenção deste tipo de evento.
Portanto, diante da população que apresenta risco para o desenvolvimento
de LPP, o engajamento da equipe multiprofissional para a implementação de
medidas preventivas, no intuito de aumentar a segurança e a qualidade do
atendimento ao paciente, é essencial, frente a diminuição do impacto deste
agravo.
A seguir, vamos discorrer sobre alguns produtos que contribuem para esta
prática com seu correto uso.

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SOLUÇÃO POLIMÉRICA

INDICAÇÃO:
Proteção contra irritações de pele decorrentes de incontinência e
umidade, danos causados pelos adesivos em curativos repetitivos.

MECANISMO DE AÇÃO:
Formação de uma película protetora uniforme e semipermeável a
líquidos, fluídos corporais e fezes por até 72 horas. .

MODO DE USO:

Após limpeza, aplicar fina camada na região que requer proteção contra
fluídos corpóreos, adesivos ou fricção, deixe-o secar. Se uma segunda
camada for necessária, deixe a primeira secar completamente antes de
uma nova aplicação.

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FILME TRANSPARENTE

INDICAÇÃO:

Para proteção de áreas em risco para desenvolver LPP e fixação de


coberturas.

MECANISMO DE AÇÃO:
Reduz a perda de água trans epidérmica e mantém o pH da pele.

MODO DE USO:

Após limpeza da pele, aplicar a face adesiva diretamente na pele ou sob


a cobertura aplicada, no leito da lesão .

NÃO APLICAR CREMES EM ÁREAS DE APLICAÇÃO DO FILME POIS


NÃO HÁ FIXAÇÃO DO ADESIVO.

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PLACA DE HIDROCOLÓIDE

INDICAÇÃO:

Pode ser utilizado para prevenção, mas estudos recentes têm


demonstrado que é menos efetivo para prevenção quando comparado
ao filme transparente de poliuretano. Sua principal utilização pode ser
sob necroses e prevenção de lesões por dispositivos.

MECANISMO DE AÇÃO:
Mantém o meio úmido do leito da lesão, e favorece o desbridamento
autolítico. Possui baixa capacidade de absorção de exsudato.
Estimula a angiogênese e protege as terminações nervosas,
reduzindo a dor.

MODO DE USO:

Após a adequada limpeza da lesão, medir a extensão e recortar a placa


conforme necessário, com uma margem de segurança nas bordas da
LPP para fixação. O lado adesivo deve ficar em contato com a pele.

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CREME BARREIRA

INDICAÇÃO:

Para prevenção de lesões cutâneas decorrentes de incontinência


urinária e fecal, descamação da pele, diminuição da resposta vascular
levando a redução do ressecamento e temperatura.

MECANISMO DE AÇÃO:
Creme que contém em sua fórmula polímero (terpolímero), agentes
emolientes e umectantes, que fornece hidratação e proteção ao
estrato córneo.

MODO DE USO:
Após higiene, aplique uma pequena quantidade do produto. Na
sequência o creme barreira deve ser espalhado na pele até ficar
transparente.

O EXCESSO DE PRODUTO NA PELE, NÃO FORMARÁ A BARREIRA


PROTETORA ESPERADA, OU PODERÁ PROPICIAR A FORMAÇÃO
DE DERMATITES DEVIDO AO EXCESSO DE UMIDADE.

APLICAR A CADA 2 HIGIENES ÍNTIMAS.

Clique aqui e assista um vídeo sobre


a aplicação correta do creme barreira:

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LOÇÃO CREMOSA A BASE DE A.G.E

INDICAÇÃO:

Hidratação da pele, prevenção do ressecamento tissular e manutenção


da umidade adequada.

MECANISMO DE AÇÃO:
Atuação na epiderme de indivíduos que, por sua vez possui uma
diminuição importante na capacidade de hidratação natural da pele, e
tem elevada perda de umidade transepidérmica; contribuindo com a
regeneração e renovação celular.

MODO DE USO:

Após higiene corporal, aplicar pequena quantidade de solução


hidratante em cada área do corpo, garantindo que seja espalhada de
maneira uniforme e promovendo a absorção deste produto.

NÃO DEVE SER APLICADO EM REGIÃO INTERTRIGINOSAS,


INTERGLÚTEA, GENITÁLIAS E INGUINAIS.

NÃO DEVE SER USADO NO TRATAMENTO DE LESÃO POR


PRESSÃO ESTÁGIO 2,3,4,INCLASSÍFICÁVEIS OU LESÕES
MUCOSAS.

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COBERTURA DE ESPUMA ABSORVENTE
MULTICAMADAS COM ADESIVO SILICONE

INDICAÇÃO:

Pode ser utilizado tanto para prevenção de LPP em áreas de


proeminências ósseas, quanto ao tratamento de lesões, seu uso está
empregado como cobertura secundária.

MECANISMO DE AÇÃO:
Esta cobertura minimiza a dor e os danos à pele perilesional durante
sua troca. Absorve o exsudato, mantém o ambiente úmido propício à
cicatrização e minimiza o risco de maceração. Sua aplicação em
áreas de proeminências ósseas, auxilia na prevenção de formação de
lesões por pressão por conta de cisalhamento e fricção.

MODO DE USO:

Após limpeza da lesão ou área a ser protegida, manter a área seca,


colocar o curativo sobre a ferida ou região, fixando-o com suas bordas
adesivas em contato com a pele .

A COBERTURA É CONTRA INDICADA PARA FERIDAS CAVITÁRIAS.

O ENFERMEIRO DEVE INSPECIONAR DIARIAMENTE AS ÁREAS


PROTEGIDAS COM ESTA COBERTURA, PODENDO REPOSICIONAR
O MESMO CURATIVO NA ÁREA AVALIADA.
.

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REMOVEDOR DE ADESIVOS

INDICAÇÃO:

Recomenda-se o uso para a remoção de adesivos como, Fitas


adesivas; Película filme; placas de hidrocolóide; adesivo
microporoso; adesivos de coberturas ou fitas aderidos à pele, de
maneira que o seu uso evita traumas e irritação cutânea.

MECANISMO DE AÇÃO:
Sua composição a base de silicone, age desintegrando as partículas
adesivas através dos emolientes presentes neste produto, fazendo
com que os adesivos soltem-se facilmente da epiderme sem agredir o
extrato córneo e permitindo o uso de novos adesivos na área.
.

MODO DE USO:

Aplique o produto nas bordas do curativo e aguarde agir. Lentamente


levante as bordas dos adesivos e passe levemente o lenço entre o
adesivo e pele, aquardando a ação do produto, para que consiga ir
removendo o adesivo a medida que for aplicando o lenço removedor.
.

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4 SOLUÇÕES DE LIMPEZA DO LEITO DA LPP

A limpeza do leito das lesões, mesmo apoiando no consenso, ainda tem sido
discussão quanto a eficácia para redução das taxas de infecção frente as vantagens e
desvantagens evidenciadas na prática clínica.

Ainda em discussão temos linhas de estudos apoiando o próprio exsudato


como auxiliador neste processo, devido sua composição conter fatores de
crescimento e quimiocinas que, contribuem para a cicatrização de lesões. Porém,
enquanto esses estudos não demonstrem clareza e representatividade, a limpeza das
lesões continuará como processo crucial para o tratamento e cuidado com lesões.
Vários estudos recomendam diferentes soluções para limpeza, frente a
proposta de resultados terapêuticos que podem ser promovidos de maneira eficaz.
É evidenciado que a limpeza do leito da lesão “liberta e desbrida resíduos
celulares, tais como bactérias, exsudato, resíduos de secreção e principalmente
resíduos de curativos utilizados anteriormente”. Portanto esta prática nos abarca
quanto a sua importância e necessidade de efetiva realização.
A seguir apresentaremos algumas soluções que podem ser utilizadas .

Existe um consenso de que a limpeza de feridas reduz


as taxas de infeção. Saiba mais clicando aqui:

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SOLUÇÃO SALINA

INDICAÇÃO:
Para limpeza da lesão promovendo a retirada de resíduos de coberturas
e tecidos desvitalizados do leito da lesão.

MECANISMO DE AÇÃO:
O Soro fisiológico possui PH ideal sem causar danos aos tecidos,
porém sua aplicação exige a preocupação de não lesar o tecido
neoformado durante o procedimento. Os valores considerados
normais para a irrigação sob pressão variam, de 8 a 15 “psi”. Sendo
que, se a pressão na irrigação, é muito baixa, inferior a 8 “psi”, a
limpeza da lesão não será eficaz e se for superior a 15 “psi” poderá
lesar os tecidos e levar bactérias para camadas mais profundas da
lesão correndo o risco de infecção.
.
MODO DE USO:

Após retirada da cobertura, deve ser aspirado soro fisiológico em


seringa de 20 ml e agulha de 40x12, para gerar uma pressão de 9,5
PSI. Após a aplicação do soro fisiológico , pode ser retirado o excesso
de resíduos com gaze umedecida em soro fisiológico suavemente com
técnica estéril. Após pode ser levemente aplicada uma gaze seca para
retirada do excesso da umidade das bordas e áreas adjacentes
externas ao leito da lesão.
.

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POLIHEXANIDA COM BETAÍNA (PHMB)

INDICAÇÃO:
Para tratamento em LPP infectadas e com elevada carga microbiana ou
presença de biofilmes.

MECANISMO DE AÇÃO:
Possui polihexanida , agente antimicrobiano de amplo espectro, que
atua na redução da carga microbiana do leito da lesão.
.

MODO DE USO:

Umedecer algumas gazes com o produto e manter estas gazes


cobrindo o leito da lesão por 10 a 15 minutos e após proceder a
aplicação da cobertura indicada.

PRODUTO INCOMPATÍVEL COM SUBSTÂNCIAS OLEOSAS.


.

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5 COBERTURAS PARA TRATAMENTO DE LESÃO POR
PRESSÃO

As coberturas (popularmente conhecidas como “curativos”) são recursos


utilizados para o tratamento de lesões de pele, cuja determinação para escolha do
material adequado depende de fatores intrínsecos e extrínsecos.

Atualmente dispomos de inúmeros materiais e produtos, facilmente


encontrados no mercado nacionalmente.
Porém, os recursos financeiros e custos envolvidos neste processo de
terapia, são aspectos que devem ser considerados frente a variedade e investimentos
plausíveis nos tratamentos, com o objetivo de que a, continuidade aconteça de
maneira segura, e haja uma ação sem rupturas de propostas terapêuticas, de acordo
com a natureza , localização, características, tamanho da lesão e recursos a serem
empregados.
Considerando a imensa variedade de coberturas que temos disponíveis, não
podemos afirmar que uma só terapia contemple suficientemente as necessidades
propostas. Assim um olhar apurado para a real aplicabilidade frente as características
e particularidades de cada tipo de lesão e paciente, seja a alternativa mais prudente.
A seguir apresentaremos algumas opções de coberturas utilizadas no
tratamento de LPP.

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ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS SUBSTÂNCIA OLEOSA
(A.G.E)

INDICAÇÃO:
Tratamento de LPP com o intuito de manter a umidade e nutrição do
tecido, estimulando a granulação tecidual.

MECANISMO DE AÇÃO:
Os triglicérides de cadeia média atuam de forma positiva no processo
de cicatrização, tanto por sua ação bactericida como por sua
interferência em diversas fases do processo: atuam sobre a
membrana celular, aumentando sua permeabilidade; facilitam a
entrada de fatores de crescimento; promovem mitose e proliferação
celular; estimulam a neoangiogênese; quimiotáxicos para leucócitos.

MODO DE USO:

Após limpeza, aplicar diretamente no leito da lesão e ocluir com


cobertura secundária.

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MALHA NÃO ADERENTE COM PETROLATUM

INDICAÇÃO:
Evitar a agressão aos tecidos e novos vasos sanguíneos, permitindo
que não haja aderência da gaze ou coberturas no leito da lesão.

MECANISMO DE AÇÃO:

Manter a umidade no leito da lesão.

MODO DE USO:

Aplicar diretamente no leito da lesão após a limpeza. Permite ser


associada à outras coberturas. Ocluir com cobertura secundária.

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ALGINATO DE CALCIO

INDICAÇÃO:
Para tratamento de LPP com moderado a alta exsudação. Altamente
indicado no tratamento de lesão com sangramento ativo.

SÓ POSSUI INDICAÇÃO PARA LESÃO INFECTADA SE ESTIVER


ASSOCIADA COM PRATA.

MECANISMO DE AÇÃO:
O sódio presente no leito da lesão interage com o cálcio do curativo e
essa troca iônica, favorece a manutenção do meio úmido e a
hemostasia.

MODO DE USO:

Recortar a placa do tamanho aproximado da ferida utilizando tesoura


estéril. Após a limpeza, acomodar a placa de alginato no leito da lesão
não deixando ultrapassar as bordas. Proteger bordas com creme
barreira ou solução polimérica. Ocluir com cobertura secundária.

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HIDROCOLÓIDE GEL

INDICAÇÃO:
Hidratação de feridas secas, LPPs com tecidos desvitalizados e feridas
limpas para manutenção do meio úmido, desbridamento autolítico.

NÃO UTILIZAR EM LESÕES EXSUDATIVAS E INFECTADAS.

MECANISMO DE AÇÃO:

Cria um ambiente úmido que favorece o processo de


cicatrização, auxiliando o desbridamento autolítico e permitindo
remoção não traumática do curativo secundário, sem causar dano ao
tecido recém formado.

MODO DE USO:

Após limpeza da lesão, aplicar uma fina camada do produto diretamente


no leito da lesão. Realizar proteção adequada das bordas com creme
barreira ou solução polimérica. Ocluir com cobertura secundária.

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HIDROGEL

INDICAÇÃO:
Hidratação de feridas secas, LPPs com tecidos desvitalizados e feridas
limpas para manutenção do meio úmido, desbridamento autolítico.

NÃO UTILIZAR EM LESÕES EXSUDATIVAS.

MECANISMO DE AÇÃO:

Favorece a quimiotaxia dos leucócitos e angiogênese, mantendo o


meio úmido.

MODO DE USO:

Após limpeza da lesão, aplicar uma fina camada do produto diretamente


no leito da lesão. Realizar proteção adequada das bordas com creme
barreira ou solução polimérica. Cobrir a lesão utilizando gaze
umedecida com sf ou óleo AGE, e cobertura secundária.

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PAPAÍNA GEL

INDICAÇÃO:
Para desbridamento de necrose tecidual secas, adota-se a papaína a
10%. Para desbridamento de tecidos de esfacelo, são indicadas as
concentrações de 4, 6 ou 8%. Para a hidratação do tecido de
granulação, indica-se a papaína a 2%.

MECANISMO DE AÇÃO:

Age como desbridante através da ação do radical sulfidrila, que


promove a hidrólise de proteínas e outras substâncias. Possui ação
seletiva, não lesionando tecidos saudáveis.

MODO DE USO:

Após limpar o leito da lesão, aplicar uma camada fina do gel


diretamente no leito da ferida. Proteger bordas com creme barreira ou
solução polimérica. Ocluir com cobertura secundária.

NÃO ASSOCIAR PAPAÍNA COM PRATA DEVIDO PRECIPITAÇÃO E


OXIDAÇÃO POR REAÇÃO QUÍMICA ENTRE AS SUBSTÂNCIAS.

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Kollagenase

INDICAÇÃO:
Para tratamento por meio de desbridamento enzimático da lesão com
esfacelos ou necrose.

MECANISMO DE AÇÃO:

Modo seletivo de degradação do colágeno encontrado no tecido


desvitalizado, acelerando o processo de remoção de tecidos inviáveis
com preparação do leito da lesão para estimular a cicatrização.

MODO DE USO:

Após limpeza, plicar fina camada da pomada diretamente no leito da


lesão. Proteger bordas com creme barreira ou solução polimérica. Ocluir
com cobertura secundária.

ATENÇÃO AO USO PROLONGADO DA COLAGENASE SE


ASSOCIADA À ANTIBIÓTICO DEVIDO AO RISCO DE
DESENVOLVIMENTO DE RESISTÊNCIA BACTERIANA.

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ESPUMA DE POLIURETANO OU HIDROPOLÍMERO

INDICAÇÃO:
Para tratamento de LPPs de estágios 2 e 3 exsudativas. Pode ser usado
também para prevenção das LPPs

MECANISMO DE AÇÃO:

Espuma composta por poliuretano com capacidade absorvente e


maior afinidade por líquidos.

MODO DE USO:

Após limpeza, aplicar a face de espuma diretamente no leito da ferida.


Não precisa de cobertura secundária. Caso o produto não tenha bordas
adesivas, necessita ser fixado com filme transparente ou adesivo
microporoso hipoalergênico .

NÃO COLOCAR GAZE SOB A ESPUMA.

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ESPUMA DE POLIURETANO OU HIDROPOLÍMERO COM
PRATA

INDICAÇÃO:
Para tratamento de LPPs infectadas e excesso de exsudação.

MECANISMO DE AÇÃO:
Espuma de poliuretano, impregnado com íons de prata. Quando em
contato com exsudato, estrutura de espuma em 3D se adapta
intimamente ao leito da ferida, mesmo sob compressão, liberando
continuamente íons de prata no leito da lesão proporcionando um
efeito antimicrobiano.

MODO DE USO:

Após limpeza, aplicar a face de espuma diretamente no leito da ferida.


Não precisa de cobertura secundária. Caso o produto não tenha bordas
adesivas, necessita ser fixado com filme transparente ou adesivo
microporoso hipoalergênico .

NÃO COLOCAR GAZE SOB A ESPUMA.

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HIDROALGINATO COM PRATA

INDICAÇÃO:
Para tratamento de lesões infectadas, com a função de inativar as
bactérias retiradas do leito da lesão e retidas na fibra do curativo,
promovendo uma barreira antimicrobiana que protege o leito da lesão.
Este curativo tem a capacidade de absorver grandes quantidades de
exsudato, formando um gel macio e coesivo, que se adapta à superfície
da ferida, formando um meio úmido que auxilia na remoção de tecidos
desvitalizados (desbridamento autolítico).

MECANISMO DE AÇÃO:
O ambiente de cicatrização em meio úmido ao redor da ferida, e o
controle do número de bactérias, contribuem com o processo de
cicatrização do próprio organismo e ajudam o controlar o risco de
infecção.

MODO DE USO:

Após limpeza da lesão, aplique a cobertura em toda a circunferência da


lesão. Em LPP cavitária preencha o espaço em até 80% do volume com
o produto, na sequência deverá ocluir com cobertura secundária
apropriada e observe nível de exsudação.

ATENÇÃO: Se houver dificuldade na retirada do curativo, deve-se


umedecer a cobertura com água ou solução salina estéril, até que seja
removido facilmente.

Este produto não deve ser associado com papaína.

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PLACA DE CARVÃO ATIVADO

INDICAÇÃO:
Sua aplicação é indicada em lesões com odor fétido de difícil manejo.

ATENÇÃO ESTA COBERTURA SÓ POSSUI AÇÃO ANTIBACTERIANA


CASO ESTEJA ASSOCIADA COM PRATA .

MECANISMO DE AÇÃO:
Promove a adsorção de odores da ferida por meio da ação
neutralizadora do carvão ativado.

MODO DE USO:

Após limpeza de toda a área, aplique a cobertura diretamente no leito


da lesão, modelando para que suas propriedades absorventes sejam
eficazes, a fim de tamponar cavidades. Ocluir com cobertura
secundária.

NÃO PODE SER RECORTADO EM HIPÓTESE ALGUMA, E SIM


APENAS MODELADO OU DOBRADO.

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MATRIZ DE COLÁGENO

INDICAÇÃO:
Para tratamento de LPP de estágios 3 e 4 não infectadas, com demora
na cicatrização ou, com intuito de estimular o crescimento de tecido de
granulação.

MECANISMO DE AÇÃO:
Possui capacidade de absorver o exsudato, já que normalmente é
associado ao alginato. O colágeno proporciona apoio estrutural para a
angiogênese e o crescimento celular, promove a deposição e
organização das fibras de colágeno presentes no leito da ferida e
organização do tecido de granulação.

MODO DE USO:

Aplicar diretamente no leito da lesão após a limpeza. Se a lesão estiver


seca, umedecer a placa antes de sua aplicação. Ocluir com cobertura
secundária.

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V.A.C (TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA – TPN)

INDICAÇÃO:
Feridas agudas e crônicas, extensas e/ou de difícil resolução. Indicado
sua aplicação sobre enxertos cutâneos

ATENÇÃO SEU USO É CONTRA INDICADO EM TECIDOS


NECROSADOS, OSTEOMIELITE OU MALIGNIDADE NA LESÃO.

MECANISMO DE AÇÃO:
Pressão negativa, contínua ou intermitente, que estimula
vascularização, granulação e retração da ferida.

MODO DE USO:

Após limpeza de toda a área, posicionar a esponja sobre o leito da


lesão e aplicar a película oclusiva . Conectá-la ao reservatório e este ao
sistema a vácuo. Ligar o aparelho. Esta terapia possui uma
periodicidade de troca que varia de dois a cinco dias ou quando saturar
a esponja. O reservatório deve ser substituído se atingido sua
capacidade máxima independente da troca da espuma do leito da lesão.

Conheça mais sobre esta tecnologia, clique no


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6 TÉCNICA DE LIMPEZA E REALIZAÇÃO APLICAÇÃO DE
COBERTURAS

1. Higienizar as mãos;

2. Manter o paciente em posição confortável e

sem dor, orientar sobre o procedimento,

preservar a intimidade e certificar que há boa

luminosidade no quarto;

3. Reunir material necessário, mesa de apoio e

garantir um saco plástico para desprezo de lixo

e resíduos;

NÃO ABRIR MATERIAL SOBRE A CAMA OU SOBRE O PRÓPRIO PACIENTE. É

IMPRESCINDÍVEL O USO DE MESA DE APOIO HIGIENIZADA ANTES DE SUA

MONTAGEM PARA REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO.

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4. Higienizar as mãos, e fazer uso do EPI (óculos,

máscara, luvas, gorro);

5. Remover o curativo anterior, utilizar

removedor de adesivos para retirada dos

fixadores de cobertura secundária. Aplicar o

soro fisiológico umedecendo as coberturas e

remover delicadamente, com a finalidade de

evitar traumas ou danos tissulares;

6. Desprezar no lixo a cobertura e luvas, e

calçar novas luvas de procedimento;

7. Irrigar o leito da ferida exaustivamente com o

jato de soro utilizando uma seringa de 20 ml e

agulha 40x12 g, numa distância em torno de 20

cm até a retirada de toda a sujidade;

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8. Realizar limpeza mecânica da pele ao redor da

ferida com gaze umedecida em SF 0,9%;

NÃO SECAR O LEITO DA FERIDA !

10. Aplicar a cobertura escolhida conforme a

prescrição do enfermeiro, utilizar pinça ou luvas

estéril com técnica asséptica;

11. Proteger bordas com solução polimérica ou

creme barreira e aplicar cobertura secundária;

12. Higienizar as mãos;

13. Limpar e organizar o quarto , mantendo o

paciente confortável, higienizar as mãos

novamente;

14. Realizar o registro em prontuário.

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7 REGISTRO SISTEMATIZADO PELO T.I.M.E.

O registro é imprescindível para que seja efetiva a comunicação entre as


equipes e garantir a continuidade do tratamento.
Para tanto, a uniformidade deste registro faz-se necessário, e assim dispomos
da ferramenta T.I.M.E como direcionador para uma descrição sistematizada quanto
avaliação, que contempla todas as características das lesões.

T Tecido: Representa o tipo de tecido encontrado no leito da lesão. Pode ser


(TISSUE)
descrito os achados: Remodelação, Granulação, Esfacelos e Necrose,
representados por %. É importante também a descrição do tamanho da lesão
medindo com régua específica largura x comprimento x profundidade.

I Infecção: Descreve as características ou sinais de infecção no leito da lesão.


(INFECTION)
Pode ser descrito os achados : presença de secreção purulenta, biofilmes,
odor fétido, ou ausência de sinais de infecção.

M Umidade: Refere-se à umidade do leito da lesão relacionado com a produção


(MOISTURE)
de exsudato. Pode ser descrito como: Grande quantidade, Moderada
quantidade , Pequena quantidade ou ausência de exsudato. Caso haja
sangramento ativo pode ser descrito o volume frente a estas denominações
referenciando material sanguinolento.

E Bordas: Faz alusão as condições das bordas da lesão. Pode ser descrito
(EDGE)
como: Normais, Maceradas, Dermatites Associadas ou Epíbole ( enrolada).

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8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

• European Pressure Ulcer Advisory Panel, National Pressure Injury Advisory


Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevention and Treatment of
Pressure Ulcers/Injuries: Clinical Practice Guideline. The International Guideline.
Emily Haesler (Ed.). EPUAP/NPIAP/PPPIA: 2019.

• Delmore B, Cox J, Rolnitzky L, Chu A, Stolfi A. Differentiating a Pressure Ulcer


from Acute Skin Failure in the Adult Critical Care Patient. Advances in skin &
wound care, vol. 28, no. 11, 2015.

• Langemo DK, Brown G. Skin Fails Too: Acute, Chronic, and End-Stage Skin
Failure. Advances in skin & wound care & vol. 19 no. 4, 2006.

• Santos E, Queirós P.,Cardoso D, Cunha M, Apóstolo J. A eficácia das soluções


de limpeza para o tratamento de feridas: uma revisão sistemática. Revista de
Enfermagem Referência - IV - n.° 9 – 2016

• Franco D, Gonçalves LF. Feridas Cutâneas: A Escolha do Curativo Adequado.


Rev. Col. Bras. Cir. Vol. 35 - Nº 3, Mai. / Jun. 2008

• Palfreymana SJ, Stone PW. A systematic review of economic evaluations


assessing interventions aimed at preventing or treating pressure ulcers. /
International Journal of Nursing Studies 52 ,769–788, 2015

• Domansky RC, Borges EL. Manual para prevenção de lesões de pele:


recomendações baseadas em evidências. Rio de Janeiro, Rubio, 2014.

• Ferreira AM, Neves DD da S, Silva APM da, Felício NB. Feridas. ESTIMA
[Internet]. 2003 Sep. 1 [cited 2021 Jul. 22];1(3). Available from:
https://www.revistaestima.com.br/estima/article/view/135

• Bulas dos fabricantes: Coloplast do Brasil, Convatec, Smith & Nephew, B Braun
Brasil, 3M Solutions, Molnlycke Health Care, Curatec, DBS, Cristália,

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ELABORAÇÃO DO CONTEÚDO TÉCNICO:
Michele Navarro Flores – Especialista em Enf. Dermatológica – Prática Assistenciais Corporativo ASM

REVISÃO TÉCNICA:
Maria Fernanda Zorzi Gatti – Gerente de Enfermagem - Práticas Assistenciais Corporativo ASM
Rosana Macedo - Estomaterapeuta- Referência Nacional da Estomaterapia da Amil

DIAGRAMAÇÃO E ESTRUTURA VISUAL :


Mariza Toledo - Enfermeira Educadora Corporativa UHG
Edilaine Vasconcelos - Enfermeira Educadora Corporativa UHG

DIVULGAÇÃO E APOIO EDUCACIONAL:


EDUCAÇÃO CORPORATIVA

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EDUCAÇÃO | CORPORATIVA

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