Dermatologia

Semiologia e exame físico

Ligante: Lara Victória Moraes Cordeiro
A pele é o maior órgão do corpo Hipoderme
humano e é constituída por três
Camada mais interna;
camadas.
Composta de tecido adiposo;

Exerce a proteção a traumas

mecânicos.

A pele também desempenha múltiplas

funções, como proteção;
termorregulação levando a
Epiderme conservação da homeostasia; excreção
de ureia, amônia e ácido úrico; além de
Camada mais externa;
funções metabólicas através de
Composta de epitélio estratificado, vitamina D e imunológica pela presença
queratinizado e impermeável. das suas células de Langerhans que

Derme captam e processam antígenos.

Camada média; Anamnese

Composta de tecido conjuntivo; Geral

Rica em polissacarídeos, fibras elásticas Além dos dados clássicos da anamnese

e colágeno; geral, - como identificação, hábitos de
vida, antecedentes pessoais, entre
Irrigada pelo sistema venoso, arterial e
outro - é importante saber a estação do
linfático;
ano em que a consulta está sendo feita,
Abriga as glândulas sudoríparas e
visto que diferentes doenças podem
sebáceas.
surgir a depender da mudança de
temperatura.
Dermatológica
temos que nos atentar a morfologia da
lesão - se ela é monomórfica,
polimórfica, pápulas, bolhosas,
ulcerosas – o tempo de evolução dessa
lesão, o início dos sinais e sintomas, a
época do aparecimento, distribuição –
se é restrita a uma região ou presente
em várias regiões, organização, fatores
de piora e melhora, fatores
desencadeantes e sintomas associados.
A semiologia dermatológica tem sua
máxima expressão na inspeção, onde
avaliamos pele e mucosas. Mas, no
exame físico, além da inspeção, temos
mais duas etapas: palpação e exame
físico geral.
Na inspeção podemos notar se na pele
do paciente há presença de palidez,
hiperemia, cianose e icterícia.
Assim como na palpação devemos
investigar umidade, textura, espessura,
sensibilidade, elasticidade, turgor e
temperatura.
Outro elemento que deve ser
investigado durante o exame físico são
as lesões elementares.
Segundo o livro Azulay de
Dermatologia: “Definem-se as lesões
elementares como padrões de
alteração no tegumento cujo
reconhecimento possibilita a
construção de hipóteses diagnósticas.”
Entre elas, existem as primárias, que
não são precedidas de outra alteração
cutânea, provém da pele sadia. E
secundárias, que são uma evolução de
lesão primária de uma pele já
lesionada.
As primárias são notadas através das
alterações de cor da lesão, que inclui
manchas pigmentates, vasculares,
hemorrágicas e desposição pigmentar.
Lesões com formações sólidas, e entre
elas temos pápulas, placas, nódulo,
urtica e vegetação.
Coleções líquidas e purulentas, onde se
tem vesícula, bolha e pústula.
E como elevação dermo-hipodérmica
temos os abcessos.
Já entre as secundárias temos lesões
por perda de superficial cutânea, que
se manifestam como erosão, úlcera e
fissura.
Por material depositado sobre a Bibliografia
superfície cutânea, que pode ser uma
AZULAY, Dermatologia, 6. ed 2013.
crosta, escama, escara e fístula.
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia
E alterações de espessura:
médica. 8. ed. 2009.
liquenificação, atrofia e cicatriz.

Importante notar durante o exame

físico também os sinais dermatológicos.
Entre eles temos o de Auspitz,
conhecido como sinal de orvalho
sangrante, que é surgimento de pontos
com sangramento ao remover as
escamas e sugere psoríase.

E o Nikolsky, no qual a pele se

desprende da lesão com atrito,
removendo a superfície epitelial, o que
gera uma vesícula ou úlcera e sugere
pênfigo vulgar.