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1. A Ventilação Fisiológica X
Ventilação Mecânica....................................................... 3
2. Curvas............................................................................. 3
3. Conceitos....................................................................... 6
4. Modo ventilatório e seus tipos............................... 9
5. Aplicação prática.......................................................17
6. Desmame da VM......................................................28
7. Traqueostomia...........................................................32
Referências Bibliográficas..........................................35
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ficando aprisionado nos mesmos. Isto vel destaque que a presença de uma
pode contribuir para a formação de au- área pequena indica um volume cor-
to-PEEP, como veremos adiante. rente baixo. Ademais, irregularidades
A área abaixo da curva constitui o na curva demonstram assincronia na
volume corrente e é de imprescindí- ventilação do paciente.
A B C
D
Figura 2. Curva Fluxo-tempo: A - fluxo constante (curva quadrada); B - curva sinusoidal; C - curva ascendente (em
rampa); D - curva descendente (rampa reversa). Fonte: Azevedo (2015)
Na ausência
de volume Quando ocorre perda de
Volume
Volume
perdido
Tempo
Figura 4. Curvas de Fluxo-tempo e Pressão-tempo nos disparos à fluxo ou à pressão. Fonte: Guimarães (2014)
VENTILAÇÃO MECÂNICA 11
Tabela 3. Combinações de FiO2 e PEEP para manutenção de valores adequados de SatO2 (entre 88 e 95%) e de
PaO2 (entre 55 e 80 mmHg). Fonte: Guimarães (2014)
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respiratória e gastrointestinal. O espec- to ou retenção de CO2 (PaCO2 >50
tro clínico da infecção por coronavírus é
muito amplo, podendo variar de um sim-
mmHg e ou pH< 7,25) deverão ser
ples resfriado até uma pneumonia seve- prontamente intubados e ventilados
ra. No entanto, neste novo coronavírus, mecanicamente.
não está estabelecido completamente o
espectro, necessitando de mais investi- A ventilação mecânica invasiva prote-
gações e tempo para caracterização da tora poderá ser iniciada no modo vo-
doença. lum e ou pressão controlada (VCV ou
Segundo os dados mais atuais, os si- PCV) com volume corrente igual a 6 ml/
nais e sintomas clínicos referidos são
kg de peso predito e pressão de platô
principalmente respiratórios. O paciente
pode apresentar febre, tosse e dificulda- menor que 30 cmH2O, com pressão
de para respirar. No curso da doença, as de distensão ou driving pressure (=
complicações mais comuns são Síndro- Pressão de platô menos a PEEP) me-
me Respiratória Aguda Grave – SRAG,
(17-29%), lesão cardíaca aguda (12%)
nor que 15 cmH20. Ajustar a menor
e infecção secundária (10%). PEEP suficiente para manter SpO2
entre 90-95%, com FiO2 < 60% (em
casos de necessidade de FIO2 acima
Dez a 15% dos pacientes com CO- de 60%, utilizar tabela PEEP/FIO2 -
VID-19 irão necessitar de interna- SARA moderada e grave – Tabela 3).
ção nas unidades de terapia intensi- A frequência respiratória deverá ser
va devido ao quadro de insuficiência estabelecida entre 20 e 35 respira-
respiratória aguda. Esse paciente ge- ções por minuto para manter ETCO2
ralmente apresenta aumento da fre- entre 30 e 45 e/ou PaCO2 entre 35 e
quência respiratória (>24incursões 50 mmHg. Nos casos de PaO2/FIO2
respiratórias por minuto, hipoxemia, menores que 150 já com PEEP ade-
saturação de oxigênio (SpO2) <90% quada pela tabela PEEP/FIO2 suge-
em ar ambiente, necessitando de oxi- re-se utilizar ventilação protetora com
gênio nasal de baixo fluxo (até 5 litros/ paciente em posição prona por no mí-
minuto). nimo 16 horas, com
Se esses pacientes todos os cuidados e
evoluírem com ne- paramentação ade-
cessidade de O2 na- quada da equipe
sal maior que 5litros/ assistente que irá
minuto para manter realizar a rotação,
SpO2 > 93% e ou devido ao alto po-
apresentarem fre- der infectante deste
quência respiratória vírus e à necessida-
>28 incursões res- de de pelo menos
piratórias por minu- cinco profissionais
VENTILAÇÃO MECÂNICA 22
Alguns detalhes devem ser vistos Tabela 2. Aspectos da VMI para pacientes com DPOC
CURVA
CURVA QUADRADA CURVA SINUSOIDAL CURVA ASCENDENTE
DESCENDENTE
CURVA FLUXO-TEMPO
PRESSÃO DE PICO
PEEP
VOLUME CORRENTE
FiO2 100%
CICLO VENTILATÓRIO
FR 8 – 18ipm
A TEMPO PEEP 5 cmHg
SENSIBILIDADE FLUXO INSPIRATÓRIO
A FLUXO DISPARO
FORMA DE ONDA
A PRESSÃO MODO VCV
DE FLUXO
FASE INSPIRATÓRIA
DESMAME DIFÍCIL
DESMAME DESMAME
DESMAME SIMPLES
PROLONGADO DA VM
TESTE DE RESPIRAÇÃO
Critérios de aptidão
ESPONTÂNEA
FC 20% ↑ ou ↓ em
Hemodinâmica estável
relação ao basal
Equilíbrio ácido-básico e
eletrolítico normais
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Azevedo LCP, Taniguchi LU, Ladeira JP, Martins HS, Velasco IT. Medicina Intensiva: Aborda-
gem Prática. 2. ed. - Barueri, SP: Manole, 2015.
Batista RM. Procedimento Operacional Padrão: Fisioterapia no Desmame Ventilatório Difí-
cil - Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo
Mineiro (HC-UFTM), Uberaba, 2018 – Versão 2.0. 21p.
Guimarães HP, Assunção MSC, Carvalho FB, Japiassú AM, Veras KN, Nácul FE, Reis HJL,
Azevedo RP. Manual de Medicina Intensiva – AMIB. São Paulo: Editora Atheneu, 2014.
Brigham and Women’s Hospital COVID-19 Critical Care Clinical Guidelines Updated:
3/23/2020
Ministério da Saúde. Protocolo de Tratamento do Novo Coronavírus (2019-nCoV). 2020.
Surviving Sepsis Campaign: Guidelines on the Management of Critically Ill Adults with Co-
ronavirus Disease 2019 (COVID-19). European Society of Intensive Care Medicine and the
Society of Critical Care Medicine 2020.
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