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Técnicas Radioterápicas

Existem 2 tipos de radioterapia usados no tratamento do câncer de próstata: radioterapia


externa e braquiterapia (radioterapia interna). Vamos nos deter à radioterapia externa, no
qual se propõe este projeto:

                      Radioterapia externa

A radioterapia externa é focada sobre a glândula prostática a partir de uma fonte de radiação
externa. Esse tipo de radioterapia pode ser usado para tentar curar tumores em estágio inicial
ou aliviar sintomas, como dor óssea, se a doença se disseminou para uma óssea específica.

Cada sessão dura apenas alguns minutos, mais o tempo de posicionamento do paciente. O
procedimento em si é indolor. Os tratamentos são administrados 5 dias por semana durante 6
a 7 semanas. As diferentes técnicas de radioterapia são:

 Radioterapia conformacional 3D. A radioterapia conformacional tridimensional utiliza


imagens adquiridas por tomografia computadorizada, ressonância magnética ou
tomografia por emissão de pósitrons e as transfere ao computador de planejamento
para criar uma imagem tridimensional do tumor, possibilitando que múltiplos feixes de
radiação de intensidade uniforme possam ser conformados para o contorno da área
alvo de tratamento, com as margens de segurança determinadas. Essa tecnologia
proporciona um bom controle durante o tratamento e garante aos pacientes doses
adequadas de radiação no tumor, com menos exposição à radiação dos tecidos
saudáveis.
 

 Radioterapia de intensidade modulada (IMRT). A IMRT é outra modalidade de


radioterapia externa conformacional altamente precisa que permite de forma muito
eficaz a administração de altas doses de radiação no volume alvo, minimizando a dose
nos tecidos normais adjacentes.  O objetivo da IMRT é concentrar uma maior dose de
radiação no volume alvo e poupar os tecidos normais. A dose de radiação é projetada
para conformar a forma tridimensional do tumor pela modulação ou controle da
intensidade dos subcomponentes de cada feixe de radiação. Portanto, utiliza-se alta
dose de radiação no tumor alvo, enquanto se espera diminuir a exposição à radiação
dos tecidos normais adjacentes, buscando a redução da toxicidade ao tratamento.
Desta forma, os efeitos colaterais a curto e longo prazo são diminuídos.
 

 Radioterapia guiada por imagem (IGRT). Consiste na realização de imagens, em


tempo real, na própria máquina de tratamento antes de cada aplicação de
radioterapia, garantindo com a maior precisão possível que o tumor esteja dentro do
campo de irradiação todos os dias, uma vez que ele pode mudar de posição devido aos
movimentos respiratórios, ao preenchimento ou esvaziamento de alguns órgão, ou
mesmo por pequenas alterações de posicionamento de um dia para o outro.
 

 Arcoterapia volumétrica modulada (VMAT). A VMAT consiste no uso do IMRT em


campos no formato de arcos, com maior eficácia na conformação da dose em torno do
volume alvo, poupando significativamente os órgãos normais adjacentes, é um
tratamento extremamente rápido. Reduzir o tempo de tratamento significa
proporcionar mais conforto aos pacientes e diminuir a possibilidade de sua
movimentação durante a sessão de tratamento.
 

 Radioterapia estereotáxica. Esta técnica utiliza técnicas avançadas de imagem para


fornecer grandes doses de radiação com precisão em uma determinada área. Nesta
técnica são administradas altas doses de radiação em cada sessão, de modo que o
tratamento é realizado em apenas alguns dias.
 

 Radioterapia com feixe de prótons. Ao contrário dos raios X, que liberam energia
durante seu trajeto, os prótons causam poucos danos aos tecidos que atravessam,
liberam sua energia no órgão alvo. Em teoria, isso significa que a radiação do feixe de
prótons fornece mais radiação à próstata provocando menos danos aos tecidos
normais próximos. Entretanto, ainda são necessários mais estudos para avaliar se é
mais seguro ou mais eficaz do que a radiocirurgia estereotáxica.

Fonte: American Cancer Society (11/03/2016), www.oncoguia.org.br

 Radioterapia ultra-hipofracionada. Reduz o número de sessões para cinco aplicações


frente à 40 frações do tratamento convencional. O tratamento é realizado em cinco
dias, com duração média de 22 minutos por fração, o que torna o procedimento
menos agressivo. Nesta terapia é utilizada um sistema chamado Calypso. Três
transponders (sistema que recebe e emite sinal), são colocados na próstata através da
pele com auxílio de ultrassom e raio-x. Os dispositivos são identificados por uma placa
com nove receptores. Uma imagem é realizada pelo próprio aparelho que faz o
tratamento para checar a localização dos dispositivos, que já estarão bem próximos às
células tumorais. Como os transponders são colocados dentro da próstata, órgãos
como bexiga, uretra e reto ficam protegidos contra radiação. O paciente é colocado na
mesa do acelerador linear. Os transponders emitem 25 sinais cada um por segundo,
que são reconhecidos pelo sistema através de uma placa com nove receptores. O
acelerador é ligado e quando os sinais da próstata são reconhecidos, o feixe de
radiação é liberado e ataca as células tumorais. Se o alvo sair da mira, o aparelho pára
de girar em torno do paciente e desliga automaticamente. O tratamento não necessita
de anestesia e não tem restrições físicas, sexuais ou ocupacionais durante a sua
execução. Este procedimento aumenta as chances de cura mais rapidamente e
permite que o homem leve uma vida sem restrições, mantendo atividades físicas e
sexuais. A técnica garante um ganho de sobrevida sem metástase e não é agressivo ao
corpo, por ser realizado em apenas uma semana. 

Fonte: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/noticias/Paginas/Tecnica-de-
radioterapia-inovadora-e-desenvolvida-para-combater-cancer-de-prostata.aspx

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