Universidade Pitágoras Unopar

Anhanguera
SUPERIOR TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

ROMISSON JOSÉ SHOCKNESS DA SILVA

MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA

Porto Velho-RO
2024
 Universidade Pitágoras Unopar
Anhanguera
SUPERIOR TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

ROMISSON JOSÉ SHOCKNESS DA SILVA

MEDICINA NUCLEAR E RADIOTERAPIA

Projeto apresentado ao Curso de Tecnologo em

Radiologia da Instituição Anhaguera.

Orientador(a): Denise Maria de Paula Mascagni

Porto Velho-RO
2024
 Universidade Pitágoras Unopar
Anhanguera
SUPERIOR TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

2 DESENVOLVIMENTO 5

3 ATIVIDADE PROPOSTA 1 6

4 ATIVIDADE PROPOSTA 2 10

5 CONCLUSÃO 12
 4

1 INTRODUÇÃO

A medicina nuclear e a radioterapia desempenham funções essenciais e em

constante desenvolvimento no âmbito da saúde, assumindo responsabilidades cruciais
tanto no diagnóstico quanto no tratamento de uma ampla variedade de condições
médicas.
Na medicina nuclear, são utilizadas substâncias radioativas conhecidas como
radiofármacos para diagnóstico e terapia. Esses compostos são administrados aos
pacientes, geralmente por via intravenosa, e emitem radiações que são captadas por
equipamentos especializados. Essa técnica possibilita a visualização de órgãos e
estruturas internas do corpo, contribuindo para um diagnóstico precoce e preciso de
condições como câncer, doenças cardíacas, distúrbios neurológicos, entre outras.
Por sua vez, a radioterapia emprega radiação ionizante para destruir células
cancerosas e conter o crescimento tumoral. Esse método terapêutico é amplamente
utilizado no tratamento do câncer, seja como terapia principal, adjuvante ou paliativa. A
administração da radioterapia pode ser realizada externamente, por meio de feixes de
radiação direcionados ao tumor a partir de uma fonte externa, ou internamente, com
implantes radioativos inseridos diretamente no tecido afetado pelo câncer.
Ambas as disciplinas demandam uma equipe multidisciplinar composta por médicos,
físicos, tecnólogos em medicina nuclear, radioterapia e outros profissionais de saúde.
Essa colaboração é fundamental para o planejamento e a execução adequados dos
procedimentos, além de assegurar o monitoramento constante dos pacientes, visando
garantir a segurança e a eficácia do tratamento.
 5

2 DESENVOLVIMENTO

A medicina nuclear e a radioterapia destacam-se como campos médicos que têm

revolucionado tanto o diagnóstico quanto o tratamento de diversas condições médicas,
abrangendo desde cânceres até enfermidades cardíacas e neurológicas. Ambas as
áreas compartilham um princípio central: o uso criterioso da radiação ionizante para
interagir com o tecido biológico, seja para fins diagnósticos ou terapêuticos.
Na medicina nuclear, os radiofármacos desempenham um papel vital. Essas
substâncias, marcadas com traçadores radioativos, são administradas aos pacientes,
permitindo aos médicos visualizar o funcionamento interno dos órgãos e tecidos por
meio de técnicas como cintilografia, tomografia por emissão de pósitrons (PET) e
tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT). Tais modalidades
fornecem informações detalhadas sobre a função e a anatomia corporal, possibilitando
diagnósticos precisos e o acompanhamento da resposta ao tratamento.
Por outro lado, a radioterapia é uma ferramenta indispensável no combate ao
câncer. Por meio de feixes de radiação ionizante, os oncologistas radioterapeutas
conseguem direcionar a energia para o tumor, danificando seletivamente as células
cancerosas e impedindo seu crescimento. Com avanços tecnológicos como a
radioterapia conformacional, a radioterapia guiada por imagem (IGRT) e a radiocirurgia
estereotáxica, os médicos podem administrar doses precisas de radiação, minimizando
os danos aos tecidos saudáveis circundantes e aumentando as chances de cura.
Além disso, tanto a medicina nuclear quanto a radioterapia estão em constante
evolução, impulsionadas pela pesquisa e pelo desenvolvimento de novas tecnologias.
Por exemplo, a terapia de radionuclídeos surge como uma promissora opção de
tratamento, utilizando substâncias radioativas para atacar seletivamente as células
cancerosas, especialmente em casos como o câncer de próstata.
No entanto, é imprescindível ressaltar que o uso da radiação na medicina nuclear
e na radioterapia requer uma abordagem meticulosa e personalizada. Os profissionais
dessas áreas são capacitados para garantir que os benefícios do tratamento superem
os potenciais riscos, implementando protocolos de segurança rigorosos e adaptando
os planos de tratamento conforme as necessidades individuais de cada paciente.
Em resumo, a medicina nuclear e a radioterapia representam pilares essenciais da
prática clínica moderna, oferecendo diagnósticos precisos e opções terapêuticas
avançadas para pacientes em todo o mundo. Seja desvendando os segredos do corpo
humano por meio da medicina nuclear ou combatendo o câncer com a radioterapia,
essas disciplinas continuam a desempenhar um papel vital na promoção da saúde e
na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
 6

Atividade proposta 1:

1. Para nossa primeira atividade, vamos nos aprofundar nos conhecimentos de alguns
radiofármacos e entender e compreender suas finalidades e objetivos esperados após
sua aplicação:

a. Descreva como é realizado a marcação do radiofármaco Sestamibi, qual o radionuclídeo

utilizado, quais os exames de medicina nuclear este radiofármaco pode ser utilizado e
como este radiofármaco interage dentro do organismo humano.
A marcação do radiofármaco Sestamibi envolve o uso do radionuclídeo tecnécio-99m
(Tc-99m). O processo de marcação geralmente é realizado em um equipamento
especializado chamado marcador de Tc-99m. O Sestamibi é marcado por meio da
adição do Tc-99m a uma substância específica, que é o metoxiisobutilisonitrila (MIBI).
Essa ligação entre o radionuclídeo e o MIBI permite que o Sestamibi seja utilizado
como agente de contraste em exames de medicina nuclear.

Os principais exames de medicina nuclear nos quais o Sestamibi é utilizado incluem:

 Cintilografia miocárdica: Este é um exame que avalia o fluxo sanguíneo para o

músculo cardíaco. O Sestamibi é administrado ao paciente e se acumula nas
áreas do coração com boa perfusão sanguínea, permitindo a detecção de áreas
com redução ou ausência de fluxo sanguíneo, indicativas de problemas
cardíacos como isquemia ou infarto.

 Cintilografia paratireoidiana: Neste exame, o Sestamibi é utilizado para localizar

glândulas paratireoides hiperativas ou tumores paratireoidianos. As glândulas
paratireoides são responsáveis pelo controle dos níveis de cálcio no sangue, e a
cintilografia paratireoidiana ajuda a identificar anormalidades nessas glândulas.

 Cintilografia da mama: Na cintilografia da mama, o Sestamibi é utilizado para

auxiliar na detecção de tumores mamários, especialmente em casos de câncer
de mama oculto ou suspeito. O radiofármaco é absorvido por tecidos tumorais,
permitindo sua identificação por equipamentos de medicina nuclear.

Dentro do organismo humano, o Sestamibi interage de acordo com a função

específica de cada órgão ou tecido alvo. Por exemplo, no caso da cintilografia
miocárdica, o Sestamibi é injetado na corrente sanguínea e se acumula nos tecidos
 7

do coração, refletindo o fluxo sanguíneo nessa região. Em outros exames, como a

cintilografia paratireoidiana e a cintilografia da mama, o Sestamibi é absorvido por
células específicas das glândulas paratireoides ou por tecidos tumorais na mama,
permitindo a visualização dessas áreas por equipamentos de medicina nuclear.

O controle de qualidade dos radiofármacos é um processo de garantia de qualidade

obrigatório em todos os serviços de medicina nuclear de modo atender a resolução da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e tem a função de garantir sua
aplicação aos pacientes. Os controles de qualidade se dividem em duas categorias:
• Teste físico-químico
• Teste biológico

2. Com base nas informações descrita acima descreva o processo de passo a passo do
controle de qualidade e qual a importância de realizar do Sestamibi após sua marcação e
que garante sua aplicabilidade aos pacientes antes da realização dos exames.

O controle de qualidade do Sestamibi é uma etapa crucial para garantir sua eficácia e
segurança antes de sua administração aos pacientes em exames de medicina nuclear.
Aqui está um passo a passo do processo de controle de qualidade e sua importância:

 Teste físico-químico:

 Verificação da concentração do radiofármaco: É importante garantir que a

concentração do Sestamibi seja a adequada para o procedimento diagnóstico.

 Avaliação do pH: O pH do Sestamibi deve estar dentro de uma faixa específica

para garantir sua estabilidade e compatibilidade com o organismo humano.

 Teste de esterilidade: O radiofármaco deve ser estéril para evitar infecções ou

reações adversas nos pacientes.

 Teste de pureza química: Verificação para garantir que o Sestamibi esteja livre
de impurezas que possam afetar sua qualidade ou segurança.

 Teste biológico:

 Avaliação da biocompatibilidade: Testes em culturas celulares ou modelos

animais são realizados para garantir que o Sestamibi não apresente efeitos
tóxicos ou adversos significativos.
 8

 Verificação da estabilidade: Avaliação da estabilidade do Sestamibi ao longo do

tempo, garantindo que o radiofármaco mantenha suas propriedades e eficácia
durante o período de armazenamento.

A importância desses controles de qualidade reside na garantia de que o Sestamibi

esteja em conformidade com os padrões estabelecidos pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) e outras autoridades regulatórias. Isso assegura que o
radiofármaco seja seguro e eficaz para uso em pacientes, minimizando o risco de
efeitos adversos ou diagnósticos imprecisos.
Além disso, o controle de qualidade do Sestamibi também ajuda a garantir a
consistência dos resultados dos exames de medicina nuclear. Ao verificar a qualidade
e a estabilidade do radiofármaco, os profissionais de saúde podem confiar nos
resultados dos exames para tomar decisões clínicas precisas e eficazes em relação ao
tratamento dos pacientes. Em resumo, o controle de qualidade do Sestamibi é
essencial para garantir sua aplicabilidade e segurança antes da realização dos exames
de medicina nuclear.

Atividade proposta 2:
3. Para a nossa próxima atividade e com base nas informações acima descreva: a) Quais
modalidades de radioterapia encontramos hoje?
b) Quais aparelhos são oferecidos para tratamento?
c) Com base nas pesquisas da primeira questão indique quais são as etapas de tratamento
das duas modalidades pesquisadas principais aplicabilidades e o protocolo de tratamento.
d) Com uma rotina tão atribulada e sempre tão corrida, o ser humano tem sido alvo de
muitas doenças e o câncer está entre os mais frequentes. Indique quais são os principais
canceres que acometem o homem e a mulher.

R: a) Modalidades de Radioterapia:

1. Radioterapia Externa (EBRT - External Beam Radiation Therapy): Utiliza feixes de radiação
externos direcionados para o tumor a partir de uma fonte fora do corpo. Inclui técnicas como a
radioterapia conformacional tridimensional (3D-CRT), radioterapia de intensidade modulada
(IMRT), e radioterapia estereotáxica.

2. Radioterapia Interna (Braquiterapia): Coloca fontes de radiação diretamente no interior ou

próximo do tumor. Pode ser usada, por exemplo, em casos de câncer de próstata, mama, ou
 9

ginecológico.

b) Aparelhos para Tratamento:

1. Aceleradores Lineares: São amplamente utilizados em radioterapia externa para gerar feixes
de radiação de alta energia.

2. Unidades de Braquiterapia: Incluem fontes radioativas encapsuladas que são posicionadas

próximas ou dentro do tumor.

3. Tomoterapia: Combina a radioterapia conformacional com a capacidade de girar em torno do

paciente, proporcionando uma administração mais precisa.

4. CyberKnife e Gamma Knife: São exemplos de aparelhos estereotáxicos usados em

radiocirurgia estereotáxica, aplicando doses altas de radiação em áreas específicas.

c) Etapas de Tratamento e Principais Aplicações:

1. Radioterapia Externa (EBRT):

- Simulação: Mapeamento da área a ser tratada.
- Planejamento: Determinação da dose e direcionamento do feixe.
- Tratamento: Administração da radiação em sessões diárias.

2. Radioterapia Interna (Braquiterapia):

- Seleção da Fonte: Escolha da fonte de radiação apropriada.
- Posicionamento: Colocação da fonte próxima ou dentro do tumor.
- Controle: Monitoramento do tratamento para assegurar a posição adequada da fonte.

d) Os tipos de câncer mais comuns podem variar dependendo de vários fatores,

incluindo idade, sexo, estilo de vida e fatores genéticos. No entanto, alguns dos
principais cânceres que afetam homens e mulheres são:
Principais cânceres que afetam os homens:

 Câncer de próstata: É o câncer mais comum entre os homens, afetando a

glândula da próstata. Geralmente é diagnosticado em estágios iniciais devido
aos exames de triagem como o PSA (antígeno prostático específico) e o exame
digital retal.

 Câncer de pulmão: Este é um dos cânceres mais mortais em homens em todo o

 1

mundo e está fortemente associado ao tabagismo.

 Câncer colorretal: Afeta o cólon ou o reto e pode se desenvolver lentamente ao

longo do tempo. A colonoscopia é frequentemente usada para rastrear e
diagnosticar este tipo de câncer.

 Câncer de bexiga: Este tipo de câncer se desenvolve na bexiga e pode estar

relacionado ao tabagismo, exposição a produtos químicos industriais e outros
fatores.

 Linfoma não Hodgkin: Este é um grupo diverso de cânceres que afetam o

sistema linfático e pode se manifestar em diferentes partes do corpo.

Principais cânceres que afetam as mulheres:

 Câncer de mama: É o câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo

e pode se desenvolver nos ductos ou nos lóbulos da mama.

 Câncer de pulmão: Assim como nos homens, o câncer de pulmão é uma das
principais causas de morte por câncer em mulheres e está fortemente
associado ao tabagismo.

 Câncer colorretal: Este tipo de câncer afeta o cólon ou o reto e pode se

desenvolver lentamente ao longo do tempo.

 Câncer de útero (endométrio): Afeta o revestimento do útero e pode causar

sangramento anormal entre os períodos menstruais ou após a menopausa.

 Câncer de ovário: Este tipo de câncer se desenvolve nos ovários e muitas vezes
não apresenta sintomas óbvios nos estágios iniciais, o que torna o diagnóstico
mais desafiador.
É importante ressaltar que esses são apenas alguns dos principais tipos de câncer que
afetam homens e mulheres, e há muitos outros tipos que também podem ocorrer. A
detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para melhorar as taxas
de sobrevivência e qualidade de vida dos pacientes com câncer.

3 CONCLUSÃO

No contexto da medicina moderna, a radioterapia e a medicina nuclear se destacam como pilares

essenciais, oferecendo avanços significativos no diagnóstico precoce, tratamento eficaz e
acompanhamento contínuo de uma variedade de condições médicas complexas. À medida que
exploramos os intricados meandros do corpo humano, essas disciplinas fornecem ferramentas
cruciais para enfrentar desafios clínicos com precisão e compaixão.

Por meio da medicina nuclear, somos capazes de mergulhar nas profundezas do corpo humano,
 1

visualizando o funcionamento interno dos órgãos e tecidos, identificando anomalias e

monitorando a resposta ao tratamento de forma não invasiva. A radioterapia, por sua vez,
permite-nos direcionar feixes de radiação precisos para áreas específicas, combatendo o câncer
com eficácia enquanto protegemos os tecidos circundantes.

No cerne de ambas as disciplinas reside um compromisso inabalável com a qualidade de vida

dos pacientes, priorizando a segurança, o bem-estar e a eficácia do tratamento. À medida que
avançamos no conhecimento e na tecnologia, continuamos a refinar nossas abordagens,
adaptando-nos às necessidades individuais de cada paciente e explorando novas fronteiras no
campo da saúde.

Em última análise, a radioterapia e a medicina nuclear não são apenas áreas de estudo e prática,
mas sim testemunhos do poder da ciência e da inovação para transformar vidas. Por meio do
compromisso contínuo com a excelência clínica e a pesquisa pioneira, podemos continuar a
oferecer esperança, cura e conforto a todos aqueles que enfrentam desafios médicos, hoje e no
futuro.