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Via das Pentoses

GRUPO: VERMELHO
Alunas: Amanda Duarte, Beatriz Lima, Karoline de Souza, Laura Abreu,
Pâmella de Moura e Raissa Guimarães

Comente/descreva:

1) Sobre a via das pentoses, comente:


a) Local onde ocorre;
No citosol da célula, já que é o local onde todas as enzimas são encontradas.
b) Funções;
Em células que se dividem rapidamente como a da pele, da medula óssea e da mucosa
intestinal, a pentose ribose-5-fosfato, produto essencial gerado na via das pentoses fosfato,
é utilizada como fonte de produção de material genético (DNA e RNA) e de algumas
coenzimas (ATP, NADH, FADH2 e coenzima A).
Em locais com constante exposição ao O2, como eritrócitos e células da córnea e do
cristalino, o NADPH é utilizado para impedir ou reparar os efeitos prejudiciais do O2 em
moléculas sensíveis como proteínas e lipídios. Ou seja, na via das pentoses, o NADPH vai
atuar removendo radicais livres.
Vale destacar que tecidos que produzem muito colesterol ou hormônios sexuais precisam
de NADPH, por isso a necessidade das via das pentoses.
c) Situação metabólica/hormônio;
A via das pentoses atua em situação de bem alimentado e o hormônio que está relacionado
com a situação de bem alimentado é a insulina, estimulando a via das pentoses.
d) Substrato(s) inicial(is).
Glicose-6-fosfato + 2NADP+ + H20.

2) Fases da via das pentoses.


Possui duas fases, a oxidativa e não oxidativa.

3) Fase oxidativa/importância.
A fase oxidativa, importante para a redução de NADP a NADPH, inicia-se pela oxidação da
glicose-6-fosfato pela glicose-6-fosfato desidrogenase formando 6 fosfoglicona-gama-
lactona e NADPH. A lactona é hidrolisada em ácido livre 6-fosfogliconato por uma lactonase
específica; este substrato, por sua vez, vai sofrer oxidação e descarboxilação pela 6-
fosfogliconato desidrogenase para formar cetopentose ribulose-5-fosfato, e nesta reação
será gerada a segunda molécula de NADPH. A ribulose 5-fosfato é isomerizada,
principalmente em ribose 5-fosfato, pela fosfopentose isomerase, e, secundariamente,
isomerizada em xilulose 5-fosfato, pela fosfopentose epimerase. A importância da fase
oxidativa se deve aos NADPH formados nesta fase que são usados para produzir glutationa
reduzida a partir de glutationa oxidada e para participar das biossínteses redutoras e
também a produção de riboses 5-fosfato que são precursoras de nucleotídeos, coenzimas e
ácidos nucleicos.

4) Fase não oxidativa/ importância.


A fase não oxidativa ocorre em tecidos que demandam fundamentalmente NADPH,
portanto, ribuloses 5-fosfato produzidas na fase oxidativa são transformadas em ribose-5-
fosfato por uma isomerase ou em xilulose-5-fosfato por uma epimerase. As enzimas
transcetolase e transaldolase são específicas desta via que transportam grupamentos
carbônicos de uma molécula a outra até refazer estruturas moleculares e assim os
compostos formados retornarem a via glicolítica como frutose 6 fosfato e gliceraldeído 3
fosfato. Ou seja, essa fase é importante, pois permite que o excesso de ribose 5-fosfato
formado pela via das pentoses fosfato seja convertido em intermediários glicolíticos.

5) Ponto(s) de união das duas fases.


O ponto de união das duas fases é a molécula de ribose-5-fosfato, pois é formada no fim de
uma via e serve de iniciador para outra via e também a ribulose-5-fosfato que faz parte das
duas vias.

6) Ligação via das pentoses com a glicólise.


A via glicolítica e a via das pentoses ocorrem no citoplasma. Estão intimamente ligadas e
estão em equilíbrio e podem ocorrer simultaneamente independente uma da outra. Os
produtos dos substratos podem estar interligados, a ribulose-5-fosfato vai dar origem a
gliceraldeído 3-fosfato e a frutose 6-fosfato que vão ser intermediários para a via glicolítica.
A interação entre a via glicolítica e a via das pentoses fosfato também possibilita um ajuste
contínuo dos níveis de NADPH, ATP e da ribose 5-fosfato e o piruvato, para suprir as
necessidades da célula.

7) Regulação/controle
A regulação na fase oxidativa é feita por uma enzima que é regulada alostericamente que é
a glicose-6-fosfato desidrogenase, a enzima marca-passo da via, que é inibida
alostericamente pelo próprio produto da via, o NADPH. Se há altos níveis de NADPH a
enzima é inibida e se tem baixos níveis de NADPH a enzima é ativada e repõe os níveis de
NADPH. Já a fase não oxidativa é regulada por balanço de massas, se há consumo de
algum açúcar específico as reações são deslocadas para produzir mais desse açúcar e se
há o acúmulo de um açúcar específico as reações são deslocadas para consumir e remover
esse açúcar. O consumo e produção dos açúcares não acontecem só na via da pentoses,
porque vários dos açúcares da via não oxidativa são da via glicolítica também, ou seja, a
concentração desses açúcares na via das pentoses e na via glicolítica vai determinar esse
balanço de massas.

8) Deficiência da via.
Em casos de deficiência da enzima glicose 6 fosfato desidrogenase, os processos de
combate aos danos por espécies reativas de oxigênio estão inibidos. Esses danos
acarretam na peroxidação de lipídeos, levando a degradação das membranas dos
eritrócitos e a oxidação de proteínas e do DNA.
Em casos de mutação do gene de transcelotase, essa enzima possui até dez vezes menos
afinidade com o co-fator tiamina pirofosfato (TPP). Mesmo uma queda pequena nos níveis
de tiamina, indivíduos com essa mutação tornam-se mais sensíveis a deficiência, já que o
nível de TPP cairá abaixo dos níveis necessários para a saturação da enzima, diminuindo a
velocidade da via como um todo. Os sintomas clínicos incluem perda severa de memória,
confusão mental e paralisia parcial.
Já em casos de indivíduos que consomem muito álcool, eles estarão sujeitos a deficiência
de tiamina, pois o consumo exacerbado de etanol acarreta em uma diminuição da absorção
intestinal da tiamina. A deficiência de tiamina leva a baixa produção do TPP, um cofator
com alta afinidade a transcelotase. Por sua vez, a falta de TPP em quantidades necessárias
para saturação da enzima leva a desaceleração da via das pentoses-fosfato.

9) Resumo da via.
Em síntese, a via das pentoses é uma via metabólica para obtermos açúcar com
cinco carbonos a partir da glicose que é uma hexose. Possui dupla finalidade: produção de
NADPH ou a produção de açúcares com 3, 4, 5 e 7 carbonos (sendo o mais comum 5
carbonos: muito importante para a síntese de ácidos nucleicos).

- A via é responsável pela produção de NADPH a partir de NADP: sendo a via das
pentoses a fonte para essas reações.
- A reação global da primeira fase oxidativa é feita a partir de glicose 6 fosfato,
gastando NADP e água, produzindo ribulose 5 fosfato (que é uma pentose),
perdendo um gás carbonico (ficando 5) e produzindo 2 NADPH. Com isso é reposto
na célula moléculas reduzidas de NADPH, uma vez que estas moléculas estão
sendo bastante oxidadas durante as etapas relacionadas ao anabolismo anabolismo
(carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos nucleicos).
- A ribulose 5 fosfato vai ser precursora da síntese de ribose para sintetizar
nucleotídeos e NADPH serve como doador de protons e eletrons no anabolismo,
mas também participa no metabolismo da eliminação dos radicais livres (espécies
reativas de oxigênio).

Reações da fase oxidativa da via das pentoses:


- A glicose vai ser a partir da ação da enzima desidrogenase, formar 5 fósforo
gluconolactona que é um tricidio da via das pentoses.
- Toda regulação metabólica vai estar condiciona a demanda, ocorrendo quase uma
auto regulação.
- A glicose 6 fosfato se transforma então na gluconolactona que é uma dupla O,
formando um novo grupo carbonila c dupla O na glicose original.
- Agora a glucono lactona vai receber água e vai se transformar em um ácido
carboxílico, rompendo a ligação, um hidrogênio forma OH e a hidroxila formando C
dupla O OH.
- O 6 fosfogliconato já não é mais uma molécula cíclica e sim aberta, vai agora se
oxidar novamente produzindo a ribulose 5 fosfato que é decorrente da perda desse
carbono e dos oxigênios, saindo co2 e da redução de uma outra molécula de NADP
para nadph, saindo os dois hidrogênios e formando uma dupla o.
- Isso vira álcool virando cetona, saindo o co2 e o hidrogênio fica para estabilizar as 4
ligações de carbonos, possuindo agora 5 carbonos, pois um saiu na forma de co2.
- A molécula aberta da ribulose (podem ficar também fechado, em uma
interconversão) vai então a partir de uma isomerase formar a ribose. Ribulose é uma
cetona por ter uma dupla o no carbono 2, a enzima traz essa dupla o pro carbono 1
e transforma cetona em um aldeído, então ribulose se transforma em ribose.
- A forma aberta é menos estável que a forma fechada porque o hidrogênio é atraído
pelo oxigênio e acaba formando então um composto cíclico que é resultado da
quebra dessa ligação, hidrogênio forma oh e ciclista.
- Se o organismo estiver precisando de nadph, pode-se pegar a ribose (para não
acumular) e reorientar as reações para recuperar 5 carbonos ribose da xilulose (que
também é uma cetona), uma outra ribulose da ribose e a soma desses dois resulta
em 10 carbonos ou 7+3, então quebra a molécula, formando uma sedoheptulose e
os 3 que sobram formam o gliceraldeído 3 fosfato. Isso pode ser consumido na
glicólise e virar acetil coa ou acumular como acetil coa e virar gordura (gera então
atp ou gordura).
- A sedoheptulose pode reagir com o gliceraldeído gerando 10 carbonos ou 6+4,
então a sedoheptulose se transforma em frutose e eritrose (4 e 7 carbonos).
- A eritrose pode se combinar com outra pentose xilulose que está sendo produzido e
gerar gliceraldeído e frutose.

Reações não-oxidativas:
- Ribulose com xilulose (5+5) origina 7+3
- 7+3 origina 6+4
- 4+5 origina 6+3
- tem-se a formação a partir das pentoses formadas, se pode recuperar hexoses e
trioses (que fazem parte da via glicolítica), então esses compostos podem ser
usados metabolicamente pra fazer glicose 6 fosfato na gliconeogênese.
- A glicose 6 fosfato, caso o requerimento de nadph ainda estiver grande, ela pode
voltar e fazer via das pentoses novamente, se não, pode ser estocada, ou fazer a via
glicolítica caso haja demanda de energia, suprindo a célula das moléculas que foram
produzidas.
- Caso as pentoses sejam consumidas para fazer nucleotídeos, as vias acima não vão
precisar ser acionadas.

Balanço:
- 3 ribulose 5 fosfato, 2 frutose 6 fosfato + gliceraldeído 3 fosfato.

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