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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

ENGENHARIA AMBIENTAL
CÂMPUS LONDRINA

ARLETE ALVES PEREIRA

GABRIEL CANHETTE DOS SANTOS LUZ

JOÃO FERNANDO FURLAN

RESPIRAÇÃO CELULAR

RELATÓRIO DE LABORATÓRIO

LONDRINA

2015
ARLETE ALVES PEREIRA

GABRIEL LUZ

JOÃO FERNANDO FURLAN

RESPIRAÇÃO CELULAR

Relatório das aulas práticas da disciplina de


Biologia I realizadas no laboratório de
microbiologia do curso de graduação em
Engenharia Ambiental, a fim de analisar as
reações envolvidas na respiração celular.

Professor: Edson Fontes de Oliveira

LONDRINA

2015
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................4

2. OBJETIVO.....................................................................................................6

3. PROBLEMA...................................................................................................7

3.1. HIPÓTESE.................................................................................................7

4. MATERIAIS UTILIZADOS.............................................................................8

5. PROCEDIMENTOS.......................................................................................9

6. RESULTADOS OBTIDOS.............................................................................10

6.1. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS............................................................11

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................14

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................15
1. INTRODUÇÃO

Pode-se afirmar que a respiração aeróbica (em que há dependência de


oxigênio) é um dos principais processos de liberação de energia dos compostos
orgânicos, tendo como principal componente desse processo o composto orgânico
mais usado na obtenção de energia: a glicose. As células necessitam dessa
energia para realizarem suas funções básicas e se manterem em funcionamento.

Esse processo acontece em várias etapas, e através dele, a célula


consegue quebrar as moléculas de glicose e suprir suas necessidades
energéticas, sendo que nele há liberação (oxidação) e incorporação (redução) de
elétrons.

Através da equação da respiração podemos notar a obtenção de energia.

C6H12O6 + 602 6CO2 + 6H2O + 36/38 ATP

Nas células há vários compostos ricos em energia, sendo que o composto


ATP é um dos mais ricos, além de sua obtenção ser a mais rentável à célula,
devido à presença abundante de enzima que o rompe (ATPase), pois mesmo com
um depósito maior de energia em outros compostos, suas sínteses possuem um
alto custo à célula, sendo, portanto a quebra das moléculas de glicose a utilizada
pela mesma.

Por essa reação ser uma reação exotérmica, que libera calor, se a célula
fosse adaptada, e suportasse o alto nível exotérmico da reação de quebra de
outros compostos que liberam mais energia, a obtenção de energia seria mais
elevada, no entanto, para a célula não é possível essa síntese.

Logo, como citado anteriormente, esse processo tem reações de redução


e oxidação, devido ao trajeto feito pelas moléculas de glicose utilizadas no
mesmo, logo sua síntese provoca essas reações que são o foco principal do
experimento.
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As reações que ocorrem durante a respiração celular, nas quais há


transferência de elétrons são conhecidas como reações de ÓXIRREDUÇÃO.
Quando os elementos perdem elétrons tendem a oxidar (oxidação). E elementos
que ganham elétrons tendem a se reduzir (redução).

Essas reações ocorrem com o transporte dos elétrons liberados durante a


respiração, na degradação das moléculas da glicose há formação de duas
moléculas de ácido pirúvico (sendo que cada uma mantém três átomos de
carbono) com formação de 2 NADH e 2 ATPs.

Assim que o ácido pirúvico penetra na matriz mitocondrial, ele é transformado em


acetil, nessa fase há liberação de gás carbônico e de elétrons de hidrogênio, que
são captados pelo NADH.

O acetil se combina com uma substância denominada coenzima A, formando


assim o acetilcoenzima A, que entra no ciclo de Krebs. No ciclo de Krebs, também
conhecido como ciclo do ácido cítrico, ocorre a liberação de duas moléculas de
CO2, para cada molécula de acetil-CoA, mais uma de ATP, três de NADH 2 e uma
de FADH2. Todo gás carbônico liberado durante a respiração provém da formação
de acetil e do ciclo de Krebs.

Durante toda a cadeia respiratória há liberação de elétrons excitados, que são


captados por transportadores intermediários, dentre esses transportadores estão
os citocromos. Nessa fase da respiração, no ciclo de Krebs com a liberação dos
elétrons é que temos a reação de redução, observada no experimento, no qual
através do indicador azul-de-metileno tivemos a oportunidade de observar as
mudanças de coloração.

Tanto o NADH2 quanto o FADH2 são transportadores dos elétrons de hidrogênio


que se combinam com o oxigênio formando assim água. Logo, temos o oxigênio
como o aceptor final de elétrons.
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2. OBJETIVO

O objetivo deste experimento é observar a ocorrência de reações de


oxidação e redução nos fenômenos respiratórios.
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3. PROBLEMA

Ocorrem reações de oxidação e redução nos fenômenos respiratórios?

3.1. HIPÓTESE

As reações de oxidação e redução implicam a transferência de elétrons ou


prótons entre compostos químicos. O azul-de-metileno é uma substância que
altera sua cor à medida que se reduz (recebe elétrons) ou oxida (perde elétrons).
Portanto, caso o azul - de- metileno seja submetido a tecidos vivos, deverá
alterar a sua cor em função das reações de oxidação e de redução, resultante do
processo respiratório celular.
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4. MATERIAIS UTILIZADOS

 Tubos de ensaio;
 Suportes para tubo de ensaio;
 Solução de Ringer;
 Azul-de-Metileno;
 Óleo de Soja;
 Marcador de CD e DVD;
 Bisturi ou faca de cozinha;
 Nabo Cru e Cozido,
 Pipetas.
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5. PROCEDIMENTOS

1. Numerar os tubos de ensaio de 1 a 3.


2. Colocar em cada um dos tubos a solução de Ringer até 2\3 de altura e
adicionar uma gota de azul-de-metileno. A solução de Ringer é um
composto hidrosalino que permite que as células permaneçam vivas.
3. Ao tubo 1 adicionar uma porção de nabo cru.
4. Ao tubo 2 adicionar o mesmo tipo de material biológico do tubo 1, mas
previamente cozido.
5. Ao tubo 3 adicionar apenas solução de ringer e azul de metileno.
6. Colocar em todos os tubos um pouco de óleo para formar uma camada
isolante à superfície.
7. Colocar os tubos em banho-maria, a 40º C durante uma hora.
8. Observar e registrar as alterações verificadas nos tubos,
9. Sabendo que o azul-de-metileno pode apresentar duas formas, oxidado
(azul) ou reduzido (incolor), interpretar os resultados obtidos.
10. Nas células o oxigênio desempenha uma função idêntica ao do azul-de-
metileno, nesta experiência.

Para observar e analisar as diferenças no processo de respiração celular,


foram utilizados tecidos vivos no tubo de ensaio 1, tecidos mortos no tubo de
ensaio 2 e um terceiro tubo de ensaio foi utilizado como controle.
A mudança na coloração dentre os dois tubos de ensaio seria verificada
com a ajuda do tubo de ensaio 3 que chamamos de tratamento controle. Como
nele havia somente a solução de Ringer, o azul-de-metileno e o óleo não haveria
nenhum tipo de reação, portanto poderíamos notar a coloração inicial e comparar
com os tubos de ensaio 1 e 2 após todo os processos decorridos.
Outra substância utilizada no experimento foi o óleo vegetal extraído da
soja, que atuou como isolante térmico e isolante do ambiente.
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6. RESULTADOS OBTIDOS

Para análise dos resultados do experimento, observamos os tubos 24h, 48h


e uma semana depois de isolados do ambiente externo.

Após aproximadamente 24h da realização do experimento, as células vivas


do tubo de ensaio número 1 já demonstraram uma diferenciação com relação ao
terceiro. Porém, pudemos observar também que o tubo número 2 também sofrera
alteração na coloração.

Em discussão com o grupo, chegamos à conclusão de que o material


utilizado no tubo 2, que deveria conter somente células mortas devido ao
cozimento, continha vestígios de matéria orgânica viva, visto que há contato direto
com o material (ainda que com luvas), podendo acarretar num processo de
respiração idêntico ao ocorrido no tubo 1.

Portanto, o grupo decidiu repetir o experimento, apenas com o material


orgânico cozido, isto é, aquele com células mortas (Foto: segundo tubo, da
esquerda para direita).

Dessa vez, observamos que não houve alteração na coloração do tubo,


provando assim nossa hipótese de que há oxidação e redução durante o processo
de respiração celular.
Autor: João Fernando M. Furlan

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6.1. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

1) Qual a importância de se utilizar tecidos vivos e mortos no experimento?

Como a oxidação ocorre no processo de respiração, a importância de usar


os tecidos vivos (tubo 1) se relaciona ao fato de que somente células vivam
podem executar essa função. Em contrapartida, o uso de células mortas se deve
ao fato de precisarmos provar que não ocorre oxidação e redução no tubo
contendo células mortas, pois estas não executam mais respiração celular.

2) Por quê utilizar um tubo de controle sem tecidos vivos?

Era necessário criar um padrão de análise, onde teríamos apenas a solução


de Ringer e o azul-de-metileno para compararmos as mudanças de coloração e
certificar-nos de que não houvesse alterações no experimento devido à solução
utilizada para reproduzir a função do oxigênio na respiração.

3) Quais os processos de oxidação e redução que ocorrem durante a


respiração celular? Descreva-os.
Oxidação é o processo químico em que uma substância perde elétrons,
partículas elementares de sinal elétrico negativo. O mecanismo inverso,
a redução, consiste no ganho de elétrons por um átomo, que os incorpora a sua
estrutura interna. Tais processos são simultâneos.
As reações do processo de respiração celular em que há a degradação da
molécula de glicose e de oxigênio, produzindo gás carbônico, água e ATP, são de
oxirredução. Ou seja, os organismos oxidam a glicose na presença de oxigênio,
formando gás carbônico e água.
A energia da glicose é retirada por meio do processo de oxirredução

4) Qual a composição química da solução de Ringer? Detalhe sua função no


experimento.
A composição química da solução de Ringer Lactato:
A cada 100 mL tem-se:
 600 mg de cloreto de sódio; 11

 30 mg de cloreto de potássio;
 310 mg de lactato de sódio;
 20 mg de cloreto de cálcio hidratado;
 20 mg de água para injetáveis QSP;
 130 mEq/L de sódio;
 4 mEq/L de potássio;
 28 mEq/L de lactato;
 3 mEq/L cálcio,
 109 mEq/L de cloreto.

A solução de Ringer foi utilizada no experimento para manter a célula


nutrida e dar condições para que a mesma realizasse suas funções vitais, isto é,
que continuasse o processo de respiração celular, sabendo que sua composição é
basicamente para a reidratação e restabelecimento do equilíbrio hidroeletrolítico,
quando há perda de líquido e de íons.
Essa solução também é utilizada em hospitais quando há falta de sangue
para transplantes imediatos, nutrindo o indivíduo de uma maneira eficaz e
ajudando no aguardo de sangue para a transfusão.

5) Qual a importância de se utilizar um isolante do azul-de-metileno para o


ambiente externo?
Como o azul-de-metileno muda de cor quando oxida ou quando reduz, é um
bom indicador do que ocorre no experimento. Com enzimas em ação, a
substância torna-se incolor, o que indica células vivas executando respiração
celular, do contrário, permanecendo azul, as células mortas ou as enzimas não
estão mais com a mesma funcionalidade.
No experimento, foi colocada uma camada de óleo de soja sobre o azul-de-
metileno para que esse não entrasse em contato com o meio externo, isto é, para
que não houvesse participação do oxigênio do meio externo, como também evitar
a contaminação com microrganismos externos, interferindo nos resultados.
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6) Nas células, o oxigênio desempenha uma função idêntica à do azul-de-


metileno nesta experiência. Com base nesta informação, explique a
importância do oxigênio na respiração aeróbia.
O oxigênio serve como um intermédio entre e degradação inicial da
molécula orgânica e os produtos da reação: gás carbônico e água. No
experimento, o responsável por esse processo é o azul-de-metileno.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a realização desse experimento foi possível confirmar que, no


processo de respiração aeróbia, certos compostos oxidam e outros sofrem
redução. Neste caso, o azul-de-metileno foi a substância aceptora do hidrogênio,
ficando azul quando oxidando e incolor quando reduzindo.
Como no primeiro tubo de ensaio houve a reação de redução, a solução
ficou incolor. Isso aconteceu porque as células do vegetal ganharam elétrons.
Ao colocar o óleo nos tubos de ensaio, ele se manteve acima do nível da
solução, devido sua baixa densidade, impedindo o contato da amostra com o
oxigênio atmosférico uma possível contaminação com microrganismos. Assim,
pôde desempenhar sua função de isolante.

Os resultados obtidos na primeira parte do experimento fizeram surgir


algumas hipóteses. A mais evidente era que provavelmente haveria vestígios de
material orgânico ainda vivo no tubo de ensaio 2, visto que também ocorreu
processo de oxirredução. No entanto, ao repetir o experimento, alcançamos o
objetivo que desejávamos: provamos que no processo de respiração celular há o
fenômeno natural de oxirredução.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANÁ. NORMAS


PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS. Curitiba, 2009, p. 19-
22, 38-39, 50-51, 65-75, 77.

2 DE ROBERTIS, EDUARDO D. P. – HIB – PONZIO. BIOLOGIA


CELULAR E MOLECULAR. Guanabara Koogan, 2006, cap. 9.
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