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Ciência e Tecnologia de Alimentação Animal 216 (2016) 30–39

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Ciência e Tecnologia de Alimentação Animal

Página inicial do jornal:www.elsevier.com/locate/anifeedsci

Digestibilidade de nutrientes e metabolismo ruminal de ácidos graxos em


cordeiros suplementados com óleo de soja parcialmente substituído por mistura
de óleo de peixe

Evandro Maia Ferreiraa, Alexandre Vaz Piresb,∗, Ivanete Susinb,


Marcos Vinícius Biehlb, Renato Shinkai Gentilb,
Michelle de Oliveira Maia Parenteb, Daniel Montanher Polizelb,
Cláudio Vaz Di Mambro Ribeiroc, Eduardo de Almeidad
aDepartamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Avenida General Carlos Cavalcanti, n 4748, 84.030-900 Ponta Grossa, Paraná,
Brasil
bDepartamento de Zootecnia, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Avenida Pádua dias, n. 11, Caixa Postal 09,
13418-900 Piracicaba, São Paulo, Brasil
cDepartamento de Zootecnia, Universidade Federal da Bahia, Avenida Adhemar de Barros, n. 500, 40170-110 Salvador, Bahia, Brasil
dCentro de Energia Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo, Avenida Centenário, n 303, Caixa Postal 96, 13400-970 Piracicaba, São
Paulo, Brasil

artigoinfo abstrato

Historia do artigo: O objetivo destes experimentos foi avaliar os efeitos da substituição parcial do óleo de soja por pequenas
Recebido em 25 de fevereiro de 2015 quantidades de mistura de óleo de peixe sobre o consumo e digestibilidade de nutrientes, SCFA ruminal e
Recebido em forma revisada em 10 de
pH, e fluxo duodenal de ácidos graxos. Cinco cordeiros carneiros com rúmen e duodeno proximal canulados
setembro de 2015
(51,7±3,1 kg de PV inicial; significar±SD) foram atribuídos a um 5×5 Projeto quadrado latino. Os óleos foram
Aceito em 11 de setembro de 2015
adicionados a uma dieta basal que continha 900 g/kg de MS de concentrado (milho, farelo de soja, casca de
soja, uréia, cloreto de amônio, calcário, mistura mineral e rumensina®100) e 100 g/kg MS de forragem
Palavras-chave:
(bagaço de cana in natura). Os tratamentos foram os seguintes: (1) dieta basal sem adição de óleo (CONT); (2)
CLA
40 g/kg MS de óleo de soja (0FO); (3) 2,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 37,5 g/kg MS de óleo de soja
fluxo duodenal
ácido graxo
(2,5FO); (4) 5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 35 g/kg MS de óleo de soja (5,0FO); e (5) 7,5 g/kg MS de
Ovelha mistura de óleo de peixe + 32,5 g/kg MS de óleo de soja (7,5FO). Todas as dietas foram isonitrogenadas (160±
3 g/kg MS de PB). Os consumos de MS, matéria orgânica (MO), carboidratos não fibrosos (CNF) e fibra em
detergente neutro (FDN) (kg/d) não foram afetados pelos tratamentos. A digestibilidade aparente da MS, MO
e FDN foi semelhante para todas as dietas. Os suplementos de mistura de óleo de soja e óleo de peixe
diminuíram a digestibilidade da PB. A digestibilidade dos ácidos graxos totais e nutrientes digestíveis totais
(NDT) foram maiores nas dietas com óleos em comparação com a dieta controle. As concentrações ruminais
de acetato, butirato e ácidos graxos totais de cadeia curta (SCFA) foram maiores para os animais alimentados
com a dieta controle. O pH ruminal foi menor para os animais que consumiram a dieta controle em
comparação com as dietas com óleos. O fluxo duodenal de C18:0 e C18:1trans- 11 foi maior para cordeiros
que receberam suplementos de óleo de soja, e o fluxo duodenal de C18:1trans-11 e CLA C18:2cis-9,trans-11
foi maior para dietas com óleos. Além disso, C18:1trans-11 fluxo para o duodeno aumentou linearmente à
medida que a mistura de óleo de peixe foi

∗Autor correspondente.
Endereço de email:pires.1@usp.br (AV Pires).

http://dx.doi.org/10.1016/j.anifeedsci.2015.09.007
0377-8401/© 2015 Elsevier BV Todos os direitos reservados.
EM Ferreira e cols. / Ciência e Tecnologia de Alimentação Animal 216 (2016) 30–39 31

adicionado às dietas. O biohidrogenarion ruminal de C18:2cis-12; C18:3cis-9,cis-12,cis-


15, os ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) foram semelhantes para todas as dietas.
Quando associado a grandes quantidades de óleo de soja, apenas uma pequena quantidade de mistura de
óleo de peixe (2,5 g/kg MS) foi necessária para otimizar a concentração ruminal de CLA. Apesar desse achado,
recomenda-se a adição de 7,5 g/kg MS de blend de óleo de peixe misturado com 32,5 g/kg MS de óleo de
soja, pois aumentou o fluxo duodenal de C18:1trans-11 ácido vacênico. A utilização do óleo de soja como
única fonte de gordura adicional melhorou o perfil lipídico do conteúdo duodenal, mas a substituição parcial
do óleo de soja pela mistura de óleo de peixe mostrou ser uma estratégia mais eficiente para elevar o perfil
de gordura no conteúdo duodenal.
© 2015 Elsevier BV Todos os direitos reservados.

1. Introdução

A hipótese de que um suplemento de óleo de peixe aumenta a concentração de ácido linoleico conjugado (CLA) no leite de animais
ruminantes é bem fundamentada.Abughazaleh et al., 2002; Donovan et al., 2000; Toral e outros, 2010). Um intervalo de 80 (Mosley e outros,
2006) para 93% (Piperova e outros, 2002) do CLA C18:2cis-9,trans-11 encontrado em produtos de ruminantes é sintetizado a partir de C18:1
trans-11 ácido vacênico.
Otrans-11 C18:1 que é usado para a síntese endógena de CLA C18:2cis-9,trans-11 é derivado da biohidrogenação incompleta de
ácidos graxos insaturados no rúmen. O ácido docosahexaenóico (DHA) é o principal componente do óleo de peixe e é responsável
por inibir a biohidrogenação ruminal do ácido vacênico em ácido esteárico.Abughazaleh e Jenkins, 2004). No entanto, altas
concentrações de ácido linoleicoper setambém reduziu a biohidrogenação do ácido vacênico (Kepler e outros, 1970).
Whitlock et ai. (2006)descobriram que um suplemento de apenas 3,3 g/kg MS de óleo de peixe misturado com 16,6 g/kg MS de óleo de soja foi
suficiente para otimizar a síntese ruminal de CLA C18:2cis-9,trans-11. Em um experimento recente, nossa equipe observou aumento na concentração de
C18:1trans-11 ácido vacênico e CLA C18:2cis-9,trans-11 no leite de ovelhas alimentadas com dietas contendo grandes quantidades de óleo de soja
misturado com pequenas quantidades de mistura de óleo de peixe (Ferreira e outros, 2014).
Apesar de algumas sugestões de que a digestibilidade reduzida da fibra é um dos fatores que favorecem a redução do consumo de matéria seca
(CMS) em dietas contendo óleo de peixe, a quantidade de dados sobre esse assunto é limitada (Toral e outros, 2009).
Nossa hipótese é que o fornecimento de até 7,5 g/kg MS de óleo de peixe misturado com uma rica fonte de ácido linoléico aumentará linearmente o
fluxo duodenal de ácido vacênico sem afetar adversamente a digestibilidade de CMS e FDN em ovinos alimentados com dietas de alto concentrado.

Para testar esta hipótese, avaliamos os efeitos de pequenas inclusões de mistura de óleo de peixe na dieta de cordeiros em substituição
parcial ao óleo de soja sobre o consumo e digestibilidade de nutrientes, constituintes ruminais selecionados e fluxo duodenal de ácidos
graxos.

2. Materiais e métodos

2.1. Animais e instalações experimentais

Este estudo foi conduzido nas instalações para estudos metabólicos com ovinos do Sistema de Produção Intensiva de Ovinos e
Caprinos (SIPOC) do Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo,
localizada em Piracicaba – São Paulo (22◦42′24“S e 47◦37′53“V), Brasil. Todos os procedimentos de uso de animais seguiram as
diretrizes recomendadas pelo Animal Care and Use Committee da mesma instituição.
Cinco cordeiros F1 inteiros (Dorper×Santa Inês) com peso inicial (PC) de 51,7±Foram selecionados 3,1 kg, todos com
aproximadamente oito meses de idade e foram canulados no rúmen (feito de borracha, id 50,8 mm) e duodeno (feito de borracha,
em forma de T com base tipo calha, id 11 mm; Kehl®, São Carlos, SP, Brasil).
Os animais foram preparados cirurgicamente para colocação da cânula um mês antes do início do experimento. Após a
cicatrização das feridas, os animais foram colocados em caixas de metabolismo (1,30×0,55 m) para testes de metabolismo que foram
equipados com comedouro, bebedouro e sistema de coleta de fezes e urina. As caixas de metabolismo foram mantidas em
ambiente interno protegido da chuva e da luz solar direta. Todos os animais foram vermifugados com moxidectina 1,0% (Cydectin,
Fort Dodge Animal Health, Campinas, São Paulo, Brasil) na dosagem de 1 mL/50 kg PC. Além disso, todos os indivíduos receberam
suplementos vitamínicos ADE antes do início do experimento.

2.2. Desenho Experimental e Tratamentos

O período experimental durou 130 dias e foi dividido em cinco subperíodos de 26 dias. Nesse período, foram utilizados 18 dias
para adaptação dos animais às dietas experimentais, quatro dias para mensuração do consumo de matéria seca (CMS) e coleta de
fezes e urina, três dias para coleta do conteúdo duodenal e um dia para coleta do conteúdo ruminal. Os animais foram divididos em
5×5 Delineamento experimental quadrado latino com cinco tratamentos e cinco repetições.
32 EM Ferreira e cols. / Ciência e Tecnologia de Alimentação Animal 216 (2016) 30–39

tabela 1
Proporções de ingredientes e composição química das dietas experimentais, g/kg MS.

Item Tratamentosa

CONT 0FO 2,5FO 5.0FO 7,5 FO

Ingredientes
Bagaço da cana-de-açúcarin natura 100 100 100 100 100
Milho 563 514 514 514 514
Refeição de grãos de soja 100 109 109 109 109
casca de soja 200 200 200 200 200
uréia 5 5 5 5 5
cloreto de amônio 5 5 5 5 5
Calcário 14 14 14 14 14
mistura mineralb 13 13 13 13 13
Mistura de óleo de peixe – – 2.5 5.0 7.5
Óleo de soja – 40 37,5 35,0 32,5
Composição química
Matéria seca (g/kg, como alimentado) 835 836 837 833 838
Matéria orgânica 951 948 943 950 951
Proteína bruta 163 165 159 163 158
Carboidratos não fibrosos Fibra 455 407 407 414 414
em detergente neutro Ácidos 305 313 314 310 314
graxos totais 27 64 64 64 65
a
CONT = dieta sem adição de óleo; 0FO = 40 g/kg MS de óleo de soja; 2,5FO = 2,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 37,5 g/kg MS de óleo de soja; 5,0FO = 5 g/kg MS de
mistura de óleo de peixe + 35 g/kg MS de óleo de soja; 7,5 FO = 7,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 32,5 g/kg MS de óleo de soja.
bComposição: 7,5% P; 13,4% Ca; 1,0% Mg; 7% S; 14,5% de Na; 500 ppm Fe; 300 ppm Cu; 4600 ppm Zn; 15 ppm Se.

mesa 2
Composição de ácidos graxos de dietas experimentais e mistura de óleo de soja e óleo de peixe.

Ácidos graxos, g/100 g FAMAb Tratamentosa Óleo de sojac Mistura de óleo de peixed

CONT 0FO 2,5FO 5.0FO 7,5 FO

C12:0 (láurico) 0,03 0,01 0,02 0,03 0,03 nde nd


C14:0 (mirístico) 0,15 0,13 0,17 0,23 0,27 0,08 1.31
C16:0 (palmítico) 15.69 14.46 14.33 14.53 14.56 11.32 12.07
C16:1 (palmitoleico) 0,18 0,14 0,17 0,22 0,25 nd 1.29
C18:0 (esteárico) 3,65 3,66 3,67 3,78 3,69 4.05 3.46
C18:1n-9 (oleico) C18:2 32,89 27.46 26.27 26.56 26.27 23.38 21.96
n-6 (linoléico) C18:3n-3 44.23 48,78 50,34 49,61 49,44 54,79 47,55
(linolênico) 2.07 3.08 3.28 3.31 3.36 4,90 5.19
C20:5n-3 (EPA – eicosapentaenóico) ndd nd 0,11 0,19 0,29 nd 2.86
C22:6n-3 (DHA – docosahexaenóico) nd nd 0,10 0,19 0,28 nd 3.11
Saturado 20.01 18.83 18.51 18.83 18.84 15.64 17h55
PUFAf 47,51 52,25 54.22 53,70 53,76 60,98 59.06
MUFAg 1.15 1,45 1,00 0,91 1.13 23.38 23.39
PUFAn-6 45,83 49.14 50,73 50.01 49,83 56.08 47,55
PUFAn-3 2.07 3.08 3,49 3,68 3,93 4,90 11.51

aCONT = dieta sem adição de óleo; 0FO = 40 g/kg MS de óleo de soja; 2,5FO = 2,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 37,5 g/kg MS de óleo de soja; 5,0 FO = 5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe
+ 35 g/kg MS de óleo de soja; 7,5 FO = 7,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 32,5 g/kg MS de óleo de soja.
b
FAME = ésteres metílicos de ácidos graxos.
c
“Azevedo Indústria e Comércio de Óleos LTDA”, São Paulo, Brasil.
d
“Azevedo Indústria e Comércio de Óleos LTDA”, São Paulo, Brasil. nd =
e
não detectado.
f
PUFA = ácidos graxos poliinsaturados.
g
MUFA = ácidos graxos monoinsaturados.

Os tratamentos foram definidos pela adição de níveis crescentes de mistura de óleo de peixe (59,7 g/kg MS de DHA mais EPA e
4,1 relação n-6/n-3; Azevedo Indústria e Comércio de Óleos LTDA, São Paulo, SP, Brasil;mesa 2) em substituição ao óleo de soja (Campestre
Indústria e Comércio de Óleos Vegetais LTDA, São Paulo, SP, Brasil;mesa 2) na dieta, mantendo o teor de ácido graxo suplementar em 40 g/kg
MS (tabela 1). Os óleos foram adicionados a uma dieta basal que continha 900 g/kg MS de concentrado e 100 g/kg MS de forragem (bagaço de
cana in natura). Os tratamentos foram os seguintes: (1) dieta basal sem adição de óleo (CONT); (2) 40 g/kg MS de óleo de soja (0FO); (3) 2,5 g/
kg MS de mistura de óleo de peixe + 37,5 g/kg MS de óleo de soja (2,5FO); (4) 5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 35 g/kg MS de óleo de
soja (5,0FO); e (5) 7,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 32,5 g/kg MS de óleo de soja (7,5FO). As dietas foram formuladas para atender
NRC (2007)recomendações para cordeiros em crescimento com ganho médio diário de 300 g/d. A proporção dos ingredientes e a composição
química das dietas são apresentadas emtabela 1. A composição de ácidos graxos das dietas, óleo de soja e mistura de óleo de peixe são
apresentados emmesa 2.
EM Ferreira e cols. / Ciência e Tecnologia de Alimentação Animal 216 (2016) 30–39 33

2.3. Gerenciamento de alimentação e coleta de amostras

A casca de milho e a casca de soja foram moídas grosseiramente com auxílio de um moedor (Nogueira®DPM – 4, Itapira, Brasil) sem
peneira, e misturado com farelo de soja, uréia, calcário, mistura mineral e monensina sódica (Elanco do Brasil, São Paulo, Brasil) usando um
misturador horizontal com capacidade de 500 kg (Lucato®, Limeira, Brasil). A monensina (Rumensina®100, Elanco Animal Health, Greenfield,
IN) foi adicionado na proporção de 25 mg/kg de dietas (com base na alimentação). Misturas de óleo foram adicionadas ao concentrado
imediatamente antes da distribuição da ração. O concentrado + óleo(s) e o bagaço de cana-de-açúcar foram pesados separadamente em
balança elétrica com precisão de 1 g (Marte®, LC 100, São Paulo, Brasil), misto, e oferecidoAD Libitumàs 7h e 19h na forma de ração mista
total. As sobras foram pesadas no mesmo horário no dia seguinte para obtenção do CMS por animal. As quantidades de ração oferecidas aos
animais foram calculadas de acordo com o CMS anterior, e ajustes foram feitos quando necessário para que a ração recusada não
ultrapassasse 0,10 de ingestão diária.

2.4. Fluxo duodenal de nutrientes

2.4.1. Infusão de marcadores e amostragem


O óxido de cromo foi usado como marcador externo, 3 g/dia de óxido de cromo foi infundido diretamente no rúmen dos animais em duas
doses diárias de 1,5 g. As infusões foram realizadas imediatamente antes da alimentação às 7h e 18h. A infusão de óxido crômico começou no
dia 17 de cada subperíodo experimental às 7h e foi interrompida às 7h do dia 25 de cada subperíodo. período. Os primeiros cinco dias de
infusão (do dia 17 ao 22) foram utilizados para saturar o trato digestivo com o marcador, e os últimos três dias (do dia 23 ao 25) foram para
amostragem.
O procedimento usado para a amostragem da digesta duodenal foi originalmente relatado porUeda et al. (2003). Durante os
últimos três dias da infusão, amostras de 100 mL de digesta duodenal foram coletadas de cada animal. As amostras foram
compostas dentro do subperíodo animal e experimental e armazenadas a -20◦C.

2.5. Digestibilidade dos nutrientes no intestino de cordeiro e em todo o trato digestivo

Nos dias 19 a 25 de cada subperíodo experimental, a produção fecal total dos animais foi quantificada às 7:00 da manhã, e uma
amostra representativa de 0,10 da produção fecal diária foi coletada e armazenada a -20◦C. As fezes coletadas entre os dias 19 e 22
de cada subperíodo foram usadas para determinar a digestibilidade dos nutrientes no trato digestivo total e as fezes coletadas entre
os dias 23 e 25 foram usadas para calcular a digestibilidade dos nutrientes no intestino.

2.6. SCFA ruminal, pH e amônia

Amostras de fluido ruminal foram coletadas manualmente no dia 25 de cada período experimental. As amostras foram coletadas em 0, 2, 4,
6, 8, 10 e 12 horas após o fornecimento da ração. A cada intervalo, uma amostra representativa do conteúdo ruminal foi coletada de cada
animal.através daa cânula, que foi rapidamente filtrada em tecido de náilon para um rendimento de aproximadamente 200 mL de líquido
ruminal filtrado, que foi então utilizado para medir o pH em um potenciômetro digital (DIGIMED DM20, São Paulo, Brasil). A fase sólida do
conteúdo ruminal que permaneceu no tecido após a filtração foi devolvida ao rúmen. Após a determinação do pH, duas alíquotas de 25 mL de
líquido ruminal foram reservadas, armazenadas em frascos plásticos e congeladas a -20◦C para subsequentes ácidos graxos totais de cadeia
curta (SCFA) e nitrogênio amoniacal (NH3-N) análises.

2.7. Análises e cálculos laboratoriais

Amostras de ração, sobras, conteúdo duodenal e fezes foram secas em estufa de ventilação forçada a 60◦C (AOAC, 1990; nº 930.15). Em
seguida, todas as amostras foram moídas em peneira Wiley Mill de 1 mm (Marconi, Piracicaba, Brasil). O teor final de matéria seca (MS) foi
determinado após a secagem das amostras em estufa a 105◦C por 24 h de acordo com o método da Associação de Químicos Analíticos Oficiais
(AOAC, 1990; nº 934.01). A matéria orgânica (MO) foi determinada por diferença após o aquecimento das amostras em mufla a 550◦C por 4h (
AOAC, 1990; nº 942.05). A concentração total de nitrogênio (N) foi determinada usando um LECO®
FP-528 Analisador de Nitrogênio Total (LECO®Corporation, St. Joseph, MI, EUA;AOAC, 1990; nº 968.06). A proteína bruta (PB) foi
obtida multiplicando-se o teor de N total por 6,25. A fibra em detergente neutro (FDN) foi determinada de acordo comVan Soest et
ai. (1991), usando alfa-amilase termoestável e sulfito de sódio com um Ankom 200 Fiber Analyzer (Ankom Tech. Corp., Fairport, NY,
EUA). Os carboidratos não fibrosos (CNF) foram calculados de acordo com a equação: CNF (%) = 100 − (% FDN + % PB + % ácidos
graxos totais + cinzas). O teor de nutrientes digestíveis totais (NDT) foi calculado de acordo comWeiss e outros. (1992)usando a
seguinte equação: TDN = CPdigestível+ (lipídeosdigestível×2.25) + FDNdigestível+ NFCdigestível.
Para determinar o SCFA, 1,6 mL de fluido ruminal adicionado de 0,4 mL de ácido metafosfórico:ácido fórmico (3:1; 250 mL/L de
ácido metafosfórico:980–1000 mL/L de ácido fórmico) e 0,2 mL de 100 mM de 2-etil- ácido butírico (o padrão interno). O
homogeneizado foi então centrifugado por 30 minutos a 15.000×ge 4◦C. Após a centrifugação, 1,2 mL do sobrenadante foi
transferido para um frasco de cromatografia. A quantificação de SCFA foi realizada utilizando cromatógrafo a gás Agilent 7890A
equipado com detector de ionização de chama (7683B) e uma coluna capilar de sílica fundida (J&W19091F-112, Agilent Technologies,
Santa Clara, CA, EUA), com 25 m de comprimento e 320 m diâmetro interno, contendo 0,20 -M de cianopropil polissiloxano. O
34 EM Ferreira e cols. / Ciência e Tecnologia de Alimentação Animal 216 (2016) 30–39

a aquisição de dados foi realizada usando o software ChemStation (Agilent Technologies, Santa Clara, CA, EUA). O tempo total da
corrida cromatográfica foi de 16,5 min, divididos em três ciclos de aquecimento, a saber: 80◦C (1 min), 120◦C (20◦C/min por 3 min) e
205◦C (10◦C/min por 2 min). O hidrogênio foi usado como gás de arraste a uma taxa de fluxo de 1,0 mL/min, e a temperatura do
injetor e do detector foi de 260◦C. Gás nitrogênio foi usado como gás de “composição” a uma taxa de 30 mL/min. O hidrogênio foi
usado como gás de arraste a uma taxa de fluxo de 1,35 mL/min, e a temperatura do injetor e do detector foi de 260◦C. Gás
nitrogênio foi usado como gás de “composição” a uma taxa de 40 mL/min. A opção de divisão na proporção de 20:1 foi usada. A
concentração de SCFA (mM) foi calculada com base em uma curva de calibração externa feita com padrões cromatográficos (Chem
Service, West Chester, PA, EUA) de ácido acético (995 mL/L, CAS 64-19-97); ácido propiônico (990 mL/L, CAS 9.4.79); ácido isobutírico
(990 mL/L, CAS 79-31-2) ácido butírico (987 mL/L, CAS 107-92-6), isovalérico (990 mL/L, CAS 503-74-2) e ácido valérico (990 mL/L, CAS
109-52-4).
o NH3-N concentração foi determinada com um método colorimétrico que foi descrito porChaney e Marbach (1962) e adaptado
para leitor de microplacas (BioRad, Hercules, CA, EUA) com filtro de absorbância de 550 nm.
A concentração total de ácidos graxos das rações, sobras, conteúdo duodenal e fezes foi obtida a partir de amostras de 2 g, que foram
submetidas a extrações de ácidos graxos de acordo comFolk, 1957. As amostras foram homogeneizadas em 20 mL de clorofórmio:metanol
(2:1). O homogeneizado foi então centrifugado por 20 min a 2400×g,e o sobrenadante transferido para um tubo Falcon de 50 mL usando uma
seringa de vidro. Uma alíquota de 4,4 mL de solução de NaCl (15 mL/L) foi adicionada ao sobrenadante e centrifugada novamente por 20 min
a 2400×g.A fase inferior, que continha os componentes lipídicos diluídos em clorofórmio, foi coletada com uma seringa de vidro e transferida
para outro tubo. Para completar o processo de extração, o conteúdo do tubo foi evaporado com nitrogênio gasoso para remover
completamente o solvente. Uma alíquota do extrato lipídico foi metilada por um procedimento de metilação em duas etapas, usando 2 mL de
metóxido de sódio 0,5 M (10 min a 50◦C) seguido da adição de HCl metanoico (10 min a 80◦C), de acordo comKramer et ai. (1997), e
armazenado em -20◦C em frascos âmbar de 1,5 mL contendo gás nitrogênio. A quantificação e determinação dos ácidos graxos foi realizada
utilizando um cromatógrafo a gás Agilent 7890A equipado com detector de ionização de chama (7683B) e uma coluna capilar de sílica fundida
(J & W 112-88A7, Agilent Technologies, Santa Clara, CA, EUA), 100 m de comprimento e 250 -m de diâmetro interno, contendo 0,20 -M de
cianopropil polissiloxano. A aquisição de dados foi realizada com o software ChemStation (Agilent Technologies, Santa Clara, CA, EUA). O
tempo total da corrida cromatográfica foi de 87,5 min, divididos em quatro ciclos de aquecimento, a saber: 70◦C (1 min), 100◦C (5◦C/min por 2
min), 175◦C (10◦C/min por 40 min), 225◦C (5◦C/min) e 245◦C (20◦C/min durante 20 min). O hidrogênio foi usado como gás de arraste a uma taxa
de fluxo de 1,0 mL/min, e a temperatura do injetor e do detector foi de 260◦C. Gás nitrogênio foi usado como gás de “composição” a uma taxa
de 30 mL/min. Foi utilizada a opção de divisão na proporção de 50:1. A identificação dos ácidos graxos da amostra foi baseada no tempo de
retenção dos ésteres metílicos dos padrões de ácidos graxos; foi usado um padrão de 37 compostos (Supelco mix C4-C24/n 18919). Além
disso, padrões individuais (Nu-Chek Prep, Elysian, MN, EUA) foram usados para identificar C18:0, CLA C18:2cis-9,trans-11, e CLA C18:2trans-
10,cis-12 ácidos graxos.

A concentração de cromo elementar foi determinada com fluorescência de raios X por energia dispersiva (EDXRF) pelo
Laboratório de Instrumentação Nuclear na Agricultura (CENA-USP).
O fluxo da digesta duodenal foi calculado com a seguinte equação: gramas de cromo infundido/concentração de cromo na MS da
digesta duodenal (g/g). O fluxo duodenal de nutrientes foi obtido multiplicando-se o fluxo duodenal de MS (g/dia) para cada
concentração de nutriente na digesta duodenal.

2.8. Análise estatística

As medidas ruminais foram analisadas como medidas repetidas ao longo do tempo, usando oSAS (1999)MISTURADO de acordo
com o seguinte modelo estatístico:Y = - + Aeu+Dj+Tk+ (DT)jk+Peu+eijkl, onde - = média,Aeu=efeito de animal (eu =1–5),Dj=efeito da dieta
(j =1–5),Tk=efeito de horas após a alimentação (k =1–7), (TD)jk=efeito da interação entre dietas e horas após a alimentação, Peu=efeito
do período (eu =1–5) eeijkl=erro experimental. A matriz de covariância de melhor ajuste ao conjunto de dados foi a
“autoregressiva” (AR 1). As médias de cada tratamento foram obtidas usando o comando LSMEANS. Havia dois contrastes
previamente definidos: 1 – dieta controle (CONT)contradieta contendo 40 g/kg MS de óleo de soja (0FO) e 2 – CONTcontradietas
contendo mistura de óleo de peixe (2,5FO, 5,0FO e 7,5FO). Os efeitos do teor de mistura de óleo de peixe (0FO, 2,5FO, 5,0FO ou
7,5FO) incluídos nas dietas em substituição ao óleo de soja foram avaliados por meio de contrastes ortogonais lineares e
quadráticos. Os efeitos da semana e a interação da dietacontrasemanas foram definidas peloFanálise de teste de variância.
Dados sobre o consumo, digestibilidade dos nutrientes e composição de ácidos graxos também foram analisados usando oSAS (1999)
Procedimento “MISTO” de acordo com o modelo:Y = - + Aeu+Dj+Pk+eijk, onde - = média,Aeu=efeito de animal (eu =1–5),Dj=efeito das dietas (j =
1–5),Pk=efeito do período (k =1–5) eeijk=erro experimental. As médias foram obtidas usando o comando LSMEANS. Os contrastes descritos
anteriormente (dieta controlecontraa dieta contendo 40 g/kg MS de óleo de soja e o controlecontradietas contendo mistura de óleo de peixe)
foram realizadas. Os efeitos do teor de mistura de óleo de peixe (0FO, 2,5FO, 5,0FO ou 7,5FO) incluídos nas dietas em substituição ao óleo de
soja foram avaliados por meio de contrastes ortogonais lineares e quadráticos. Os efeitos foram considerados significativos quandoP <0,10.

3. Resultados

Não houve diferenças na ingestão de MS e nutrientes (Tabela 3). No entanto, houve maior ingestão de ácidos graxos totais (P <0,05) para
animais que receberam dietas contendo óleo.
EM Ferreira e cols. / Ciência e Tecnologia de Alimentação Animal 216 (2016) 30–39 35

Tabela 3
Consumo e digestibilidade aparente dos nutrientes em cordeiros recebendo dietas experimentais.

Itemd Tratamentosa SEMb Efeitoc

CONT 0FO 2,5FO 5.0FO 7,5 FO eu Q

Ingestão, g/dia
DM 1253 1026 1144 1170 965 57.3 0,81 0,29
OM 1196 974 1080 1115 922 54,6 0,85 0,30
NDF 389 316 361 366 314 17.6 0,99 0,30
NFC 57 42 46 48 40 25.6 0,84 0,30
Ácidos graxos totais*** 34 66 73 74 61 4.5 0,77 0,31
Nitrogênio total 33 28 29 31 24 1,5 0,62 0,31
Digestibilidade total
DM 0,81 0,80 0,79 0,80 0,81 <0,01 0,56 0,28
OM 0,82 0,82 0,81 0,82 0,83 <0,01 0,56 0,24
CP** 0,80 0,78 0,78 0,78 0,78 0,01 0,96 0,83
NFC 0,95 0,97 0,95 0,96 0,96 <0,01 0,89 0,19
NDF 0,66 0,67 0,65 0,65 0,68 0,01 0,54 0,19
Ácidos graxos totais*** 0,73 0,83 0,84 0,86 0,86 0,01 <0,05 0,65
NDT (% de MS)*** 0,81 0,85 0,83 0,85 0,86 0,01 0,19 0,13
Digestibilidade ruminal
NDF 0,51 0,45 0,51 0,51 0,54 0,02 0,28 0,80
Ácidos graxos totais** − 0,15 − 0,05 0,08 0,05 0,06 0,04 0,20 0,24
Digestibilidade intestinal
NDF 0,33 0,40 0,35 0,33 0,29 0,02 0,21 0,90
Ácidos graxos totais 0,90 0,90 0,88 0,91 0,89 0,01 0,75 0,87
a
CONT = dieta sem adição de óleo; 0FO = 40 g/kg MS de óleo de soja; 2,5FO = 2,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 37,5 g/kg MS de óleo de soja; 5,0FO = 5 g/kg MS de
mistura de óleo de peixe + 35 g/kg MS de óleo de soja; 7,5 FO = 7,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 32,5 g/kg MS de óleo de soja.
b
SEM = erro padrão da média (n =5 cordeiros para cada dieta). L =
c
efeito linear; Q = efeito quadrático.
d
MS = matéria seca; MO = matéria orgânica; FDN = fibra em detergente neutro; CNF = carboidratos não fibrosos; NDT = nutrientes digestíveis totais.
**
Interação do CONTcontra2,5FO, 5,0FO, 7,5FO (P <0,05).
***
Interação do CONTcontra0FO e interação de CONTcontra2,5FO, 5,0FO, 7,5FO (P <0,05).

A digestibilidade aparente da MS, MO, FDN e CNF no trato digestivo total (Tabela 3) não foi afetada pelos tratamentos. A digestibilidade
aparente dos ácidos graxos totais no rúmen foi maior (P <0,01) em dietas com mistura de óleo de peixe (Tabela 3) em comparação com a dieta
controle. Além disso, a digestibilidade aparente dessa fração no trato digestivo total foi maior (P <0,01) em animais que receberam dietas
contendo óleo, bem como sua digestibilidade aumentou linearmente (P <0,05), pois o óleo de soja foi substituído por mistura de óleo de peixe
(Tabela 3).
Como consequência da alta contribuição do nitrogênio microbiano para o fluxo intestinal total de nitrogênio, a digestibilidade
compartimentalizada da PB não foi considerada. No entanto, quando analisado em todo o trato digestivo (Tabela 3), sua digestibilidade
aparente não foi afetada pelos tratamentos. O NDT de dietas suplementadas com gordura foi maior (P <0,01) do que a dieta controle (Tabela
3).
Não houve interação entre as dietas×horas após a alimentação para qualquer um dos constituintes ruminais. A concentração média de acetato,
butirato, isovalerato, valerato e SCFA total foram maiores (P <0,05) no conteúdo ruminal dos animais que receberam a dieta controle em comparação
com dietas contendo óleo (Tabela 4). A concentração de propionato não foi afetada pelos tratamentos. A proporção de acetato para propionato foi
menor (P <0,001) em dietas contendo óleo em comparação com a dieta controle. Como resultado das maiores concentrações de SCFA total, o pH ruminal
nos animais que receberam a dieta controle foi menor (P <0,01) do que em animais alimentados com dietas suplementadas com gordura (Tabela 4). Os
animais que receberam 40 g/kg MS de óleo de soja apresentaram menores concentrações ruminais de amônia em comparação com a dieta controle; no
entanto, as concentrações ruminais de amônia aumentaram linearmente (P =0,02) de acordo com o fornecimento de mistura de óleo de peixe (Tabela 4).

O fluxo duodenal de C12:0, C14:0 e C18:2cis-9, cé-12 foram semelhantes entre os tratamentos (Tabela 5). Em contraste, não
houve diferença no fluxo duodenal de C16:0 e C16:1 entre a dieta controle e a dieta com 40 g/kg MS de óleo de soja. No entanto, o
fornecimento de mistura de óleo de peixe aumentou (P =0,06) fluxo desses ácidos graxos quando comparado à dieta controle.

Animais alimentados com dietas com 40 g/kg de MS de óleo de soja apresentaram maior (P <0,10) fluxo duodenal de C18:0; C18:1cis-9; C18:3cis-
9,cis-12,cis-15; C18:1trans-11; e CLAs C18:2cis-9,trans-11 e C18:2trans-10,cis-12, um aumento semelhante (P <0,10) no fluxo duodenal
de C18:1cis-9; C18:3cis-9,cis-12,cis-15; C18:1trans-11 e CLAs C18:2cis-9,trans-11 e C18:2 trans-10,cis-12 ácidos foi observado nas
dietas com mistura de óleo de peixe em relação ao controle. Entre as dietas contendo óleo, houve uma queda linear (P =0,09) no
fluxo duodenal de C18:0, seguido de um aumento linear (P =0,07) no fluxo de C18:1trans-11 em resposta a níveis crescentes de
mistura de óleo de peixe nas dietas. Como pretendido, a substituição da mistura de óleo de soja por óleo de peixe resultou em um
aumento linear (P <0,01) no fluxo duodenal dos ácidos graxos EPA e DHA (Tabela 5).
36 EM Ferreira e cols. / Ciência e Tecnologia de Alimentação Animal 216 (2016) 30–39

Tabela 4
Níveis ruminais de ácidos graxos de cadeia curta (SCFA), amônia e pH ruminal em cordeiros alimentados com dietas experimentais.

Item Tratamentosa SEMb Efeitoc

CONT 0FO 2,5FO 5.0FO 7,5 FO eu Q

SCFA, mm
Total*** 119,9 105.2 103.4 105 102,5 2,75 0,75 0,95
Acetato (C2)*** 76,8 62,4 63.2 62,9 61,7 1,70 0,84 0,71
Propionato (C3) 25,0 29,0 25.6 28.6 26.4 0,80 0,51 0,72
isobutirato 0,9 0,8 0,9 0,8 0,8 0,04 0,80 0,58
Butirato*** 13.2 10.1 10.8 9.9 10.7 0,34 0,77 0,99
Isovalerato*** 3.1 2.2 2.1 2.0 2.1 0,08 0,57 0,22
valer*** 0,9 0,8 0,8 0,8 0,8 0,02 0,28 0,92
Relação C2/C3*** 3.1 2.2 2.6 2.3 2.5 0,05 0,14 0,22
pH*** 6.1 6.3 6.3 6.3 6.4 0,03 0,23 0,56
Amônia, mg/dL* 13.3 10.6 12.2 11.6 12.9 0,30 0,02 0,83

aCONT = dieta sem adição de óleo; 0FO = 40 g/kg MS de óleo de soja; 2,5FO = 2,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 37,5 g/kg MS de óleo de soja; 5,0 FO = 5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe
+ 35 g/kg MS de óleo de soja; 7,5 FO = 7,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 32,5 g/kg MS de óleo de soja.
b
SEM = erro padrão da média (n =5 cordeiros para cada dieta). L =
c
efeito linear; Q = efeito quadrático.
*
Interação do CONTcontra0FO (P <0,05).
**
Interação do CONTcontra2,5FO, 5,0FO, 7,5FO (P <0,05).
***
Interação do CONTcontra0FO e interação de CONTcontra2,5FO, 5,0FO, 7,5FO (P <0,05).

Tabela 5
Fluxo duodenal de ácidos graxos em cordeiros recebendo as dietas experimentais.

Fluxo, g/dia Tratamentosa SEMb Efeitoc

CONT 0FO 2,5FO 5.0FO 7,5 FO eu Q

C12:0 (láurico) 0,08 0,11 0,06 0,09 0,09 0,01 0,76 0,49
C14:0 (mirístico) 0,44 0,32 0,35 0,49 0,35 0,03 0,50 0,26
C16:0 (palmítico) 5.91 9.20 9.05 10.19 8h30 0,57 0,83 0,58
C16:1 (palmitoleico) 0,06 0,08 0,08 0,10 0,10 0,01 0,27 0,89
C18:0 (esteárico)* 21.94 36,57 35,42 32.12 23.06 2.05 0,09 0,45
n-9 C18:1 (oleico)*** 2.37 6.23 5.89 6.51 5.26 0,50 0,69 0,72
n-6 C18:2 (linoléico) n- 2.30 4.08 3.82 3,96 2.61 0,36 0,38 0,61
3 C18:3 (linolênico) 0,07 0,21 0,19 0,19 0,13 0,02 0,43 0,75
n-3 C20:5 (EPA – eicosapentaenóico)** ndd nd 0,01 0,01 0,01 0,00 <0,001 0,37
n-3 C22:6 (DHA – docosahexaenóico)** nd nd 0,01 0,01 0,02 0,00 0,01 0,83
Intermediários da biohidrogenação ruminal
trans-11 C18: (vacênico)*** 3.11 11.37 10.76 15.34 17h49 1,45 0,07 0,99
cis-9,trans-11 C18:2 (rumênico)*** 0,02 0,07 0,08 0,07 0,05 0,01 0,05 0,04
trans-10,cis-12C18:2** 0,01 0,05 0,04 0,06 0,05 0,01 0,53 0,97
a
CONT = dieta sem adição de óleo; 0FO = 40 g/kg MS de óleo de soja; 2,5FO = 2,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 37,5 g/kg MS de óleo de soja; 5,0FO = 5 g/kg MS de
mistura de óleo de peixe + 35 g/kg MS de óleo de soja; 7,5 FO = 7,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe + 32,5 g/kg MS de óleo de soja.
b
SEM = erro padrão da média (n =5 cordeiros para cada dieta). L =
c
efeito linear; Q = efeito quadrático.
d
nd = não detectado.
*
Interação do CONTcontra0FO (P <0,05).
**
Interação do CONTcontra2,5FO, 5,0FO, 7,5FO (P <0,05).
***
Interação do CONTcontra0FO e interação de CONTcontra2,5FO, 5,0FO, 7,5FO (P <0,05).

4. Discussão

Quando usados como única fonte de gordura suplementar, suplementos superiores a 8 g/kg MS (Shingfield e outros, 2010) ou 10 g/kg
MS (Donovan e outros, 2000) de óleo de peixe reduziu o IMS. Ao comparar diferentes dietas isolipídicas, 10 g/kg de MS de óleo de peixe
misturado com 10 g/kg de MS de óleo de soja também reduziu o CMS quando comparado a 20 g/kg de MS de óleo de soja como única fonte
de gordura.Abughazaleh et al., 2002; Whitlock e outros, 2002). No entanto,Whitlock et ai. (2006)e o presente experimento (Tabela 3) mostram
que o óleo de peixe não compromete a ingestão quando utilizado em pequenas quantidades e associado ao óleo de soja.
Nas dietas contendo óleo, 40 g/kg MS de milho foram substituídos por fontes lipídicas (tabela 1), o que consequentemente reduziu a concentração
de CNF e aumentou o teor de ácidos graxos totais das dietas; isso explica o baixo NFCI e a alta ingestão de lipídios em animais alimentados com dietas
suplementadas com óleo (Tabela 3).
Os resultados do presente estudo demonstram que o fornecimento de até 7,5 g/kg MS de óleo de peixe associado a 32,5 g/kg MS de óleo de soja
não compromete a digestibilidade da FDN em rações com alto teor de concentrado. Outros autores também encontraram resultados semelhantes (Lee e
outros, 2008; Shingfield et al., 2010; Toral e outros, 2009, 2010).
EM Ferreira e cols. / Ciência e Tecnologia de Alimentação Animal 216 (2016) 30–39 37

Uma baixa digestibilidade da PB no trato digestivo total foi observada em dietas de animais alimentados com mistura de óleo de peixe em comparação com
animais alimentados com dieta controle. Esse resultado pode refletir a menor digestibilidade da PB da dieta no rúmen, o que ocorreu em relação a um possível efeito
inibitório dos ácidos graxos poliinsaturados da mistura de óleo de peixe e óleo de soja no crescimento microbiano ruminal.
Com base no OMI (Tabela 3) e dados de digestibilidade aparente ruminal da MO (dados não apresentados), a quantidade de MO digerida
no rúmen dos animais que receberam a dieta controle foi maior do que aqueles que receberam 40 g/kg MS de óleo de soja (P =0,01) ou
mistura de óleo de peixe (P =0,05). Esse achado explica a maior concentração ruminal de SCFA e, consequentemente, o menor pH ruminal nos
animais controle.Tabela 4). Uma diminuição semelhante (P <0,10) na concentração total de SCFA em resposta ao óleo de peixe foi observado
porToral et al. (2009).Shingfield et ai. (2003)também relataram um aumento semelhante no pH ruminal ao incluir mistura de óleo de peixe na
dieta.
A concentração média de acetato foi maior no conteúdo ruminal dos animais que receberam a dieta controle em comparação com as
dietas contendo óleo. A diminuição da concentração ruminal de acetato é uma resposta comum à adição de óleo de peixe.Doreau e Chilliard,
1997; Fivevez et al., 2003; Toral e outros, 2009) ou fontes ricas em ácido linoléico para a dieta (Zhang e outros, 2008). Esta tendência suporta a
hipótese de que os ácidos graxos poliinsaturados podem exercer um efeito inibitório sobre as bactérias produtoras de acetato.Toral e outros,
2009). No entanto, essas bactérias são predominantemente fibrolíticas e, no presente experimento, não houve efeito da suplementação com
óleo de peixe na digestibilidade da fibra, o que está de acordo com os achados de outros autores.Lee e outros, 2008; Shingfield et al., 2010;
Toral e outros, 2009, 2010). Além disso,Doreau e Chilliard (1997)relataram redução da concentração ruminal de acetato, mesmo quando a
digestibilidade da FDN aumentou em resposta à infusão de 300 mL/dia de óleo de peixe no rúmen das vacas. Mais estudos são necessários
para entender melhor as razões pelas quais os ácidos graxos poliinsaturados reduzem a concentração ruminal de acetato sem afetar a
digestibilidade da fibra.
Os animais que receberam dietas com 40 g/kg MS de óleo de soja apresentaram menores concentrações ruminais de amônia em comparação ao
tratamento controle. Esse achado pode ser atribuído a uma menor digestão ruminal da PB pelos animais desse tratamento, o que é compatível com a
menor digestibilidade da PB no trato digestivo total.Tabela 3). A concentração ruminal de amônia aumentou linearmente com o aumento dos níveis de
mistura de óleo de peixe na dieta. Se uma maior substituição da mistura de óleo de peixe por óleo de soja reduziu o crescimento microbiano ruminal,
também pode-se dizer que o aumento da concentração ruminal de amônia foi devido à menor utilização de amônia disponível no rúmen para o
crescimento microbiano.
A diminuição observada (P =0,09) no fluxo duodenal de C18:0, seguido de um aumento linear (P =0,07) no fluxo de C18:1trans-11
em resposta ao aumento da substituição de óleo de soja por óleo de peixe provavelmente resultou do efeito inibitório de EPA e DHA
na hidrogenação ruminal de C18:1trans-11 a C18:0 (Abughazaleh e Jenkins, 2004; Wasowska e outros, 2006). Este aumento
dependente da concentração no fluxo duodenal de C18:1trans-11 com níveis crescentes de óleo de peixe é consistente com os
resultados relatados porWasowska et ai. (2006), que mostraram que EPA e DHA são mais tóxicos paraButyrivibrio fibrisolvens (
bactérias responsáveis pela redução de C18:1trans-11 a C18:0) do que o ácido linoleico. Aumentos na concentração ruminal de
C18:1 trans-11 e diminuição na concentração de C18:0 são efeitos consolidados do fornecimento de óleo de peixe para ruminantes (
Duckett e Gillis, 2010; Shingfield et al., 2006, 2011; Toral e outros, 2010). No entanto, para corroborar a hipótese postulada porToral
et al. (2010), os resultados da comparação entre a dieta com 40 g/kg MS de óleo de soja e o controle sugerem outro mecanismo de
ação do C18:2cis-9,cis-12 na biohidrogenação ruminal de ácidos graxos poliinsaturados, visto que o maior fluxo de C18:1trans-11 no
duodeno de animais alimentados com dieta com 40 g/kg MS de óleo de soja foi acompanhado por um aumento similar no fluxo
duodenal de C18:0 (Tabela 5). Nossa equipe também observou um aumento na concentração de C18:1trans-11 e C18:0 no leite de
ovelhas alimentadas com pequenos níveis de óleo de peixe misturado com altos níveis de óleo de soja. Outros estudos encontraram
uma resposta semelhante (Atkinson et al., 2006; Kucuk et al., 2004; Shingfield e outros, 2008).

O efeito quadrático do fornecimento de blend de óleo de peixe sobre o fluxo ruminal de C18:2 cis-9, trans-11, em que valores maiores
foram observados com a inclusão de 2,5 g/kg MS de blend de óleo de peixe quando combinado com 37,5 g/kg MS de óleo de soja, confirmam
a hipótese de que uma quantidade mínima de óleo de peixe combinada com altos níveis de óleo de soja é suficiente para otimizar a síntese
ruminal de CLA C18:2cis-9,trans-11. Além disso, este resultado indica que o acúmulo de CLA na carne ou no leite (Ramaswamy et al., 2001;
Toral et al., 2010; Whitlock e outros, 2002) de animais alimentados com dietas com altos níveis de óleo de peixe, dependem diretamente da
conversão endógena de C18:1trans-11 em CLA C18:2cis-9,trans-11 pela enzima estearoil-CoA dessaturase (Griinari et al., 2000). Esta
constatação é suportada por dados que mostram que o fluxo de C18:1trans-11 aumentou linearmente de acordo com o fornecimento de
mistura de óleo de peixe.Shingfield et ai. (2010)também encontraram um efeito quadrático no fluxo duodenal de CLA C18:2cis-9,trans-11 (230,
284, 278 e 212 mg/dia) e um aumento linear no fluxo de C18:1trans-11 (21,6, 38, 7, 69,5 e 79,1 g/dia) em resposta à inclusão de 0, 8, 16 ou 24
g/kg de MS de óleo de peixe nas dietas de bovinos em crescimento. Além disso,Whitlock et ai. (2006)observaram que a síntese de CLA C18:2
cis-9,trans-11 no leite foi ótimo quando fornecido às vacas dietas contendo 3,3 g/kg MS de óleo de peixe misturado com 16,6 g/kg MS de óleo
de soja. Esta descoberta sugere que altos níveis de óleo de peixe nas dietas de ruminantes são desnecessários porque correm o risco de
comprometer o desempenho animal.Annett et al., 2009; Donovan et al., 2000; Kitessa et al., 2001).

O baixo fluxo duodenal de EPA e DHA (Tabela 5) são reflexo de seus baixos níveis nesta mistura particular de óleo de peixe (mesa
2). A biohidrogenação ruminal de C18:2cis-9,cis-12 e C18:3cis-9,cis-12,cis-15 resultou na formação de C18:1trans- 11 e um
produto final de C18:0 (Harfoot e Hazlewood, 1997). Como o fluxo ruminal detrans-11 C18:1 aumentou consistentemente e C18:0
diminuiu com níveis crescentes de mistura de óleo de peixe nas dietas, era esperado que a biohidrogenação de C18:2cis-9,cis-12 e
C18:3cis-9,cis-12,cis-15 diminuiriam. No entanto, isso não foi observado (dados não apresentados).
Um aumento semelhante no fluxo duodenal de CLA C18:2cis-9,trans-11 e fluxo reduzido de C18:0 com a inclusão de blend de
óleo de peixe na dieta sem efeito nas taxas de biohidrogenação ruminal de C18:2cis-9,cis-12 e C18:3cis-9,
38 EM Ferreira e cols. / Ciência e Tecnologia de Alimentação Animal 216 (2016) 30–39

cis-12,cis-15 foi relatado porDuckett e Gillis (2010), o que foi consistente com os resultados deste estudo. Esses autores também
observaram uma redução da biohidrogenação ruminal de C18:1cis-9 ao usar óleo de peixe.

5. Conclusões

O uso do óleo de soja como única fonte de gordura adicional melhorou o perfil lipídico do conteúdo duodenal, mas a substituição parcial
do óleo de soja pela mistura de óleo de peixe mostrou-se uma estratégia mais eficiente para elevar o perfil de gordura no conteúdo duodenal.

Recomenda-se a adição de 7,5 g/kg MS de mistura de óleo de peixe misturado com 32,5 g/kg MS de óleo de soja, pois aumentou o fluxo
duodenal de C18:1trans-11 ácido vacênico sem efeito prejudicial sobre o consumo de matéria seca, digestibilidade dos nutrientes e
características da fermentação ruminal. A utilização do óleo de soja como única fonte de gordura adicional melhorou o perfil lipídico do
conteúdo duodenal, mas a substituição parcial do óleo de soja pela mistura de óleo de peixe mostrou ser uma estratégia mais eficiente para
elevar o perfil de gordura no conteúdo duodenal.

Reconhecimento

Os autores agradecem à FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) pela bolsa de primeiro autor.

Referências

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