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Cadeira: Pastos e tecnologia de conservação de forragem

Discente: Florentino Frank Júnior

Alimentação/Nutrição Animal

Alimentação animal
A quantidade e composição da dieta a ser fornecida é estabelecida com base no valor nutricional e
custo dos ingredientes disponíveis para formulação da mesma. A nutrição deve suprir toda demanda
que o animal tem de fibra, proteína, energia e minerais para atingir o objetivo preestabelecido pelo
produtor. E nada é mais importante na manutenção de saúde e produtividade do que a alimentação
adequada e a utilização de alimentos de boa qualidade.
Afinal, falhas na alimentação dos animais podem ocasionar doenças, perda de peso, baixa
produtividade e prejuízos.

Alimentação para gados de corte


Cada fase de vida do bovino tem exigências nutricionais diferentes. Na época da monta, a vaca é
tratada com mineral de reprodução ou suplemento proteico, para que as taxas reprodutivas sejam
bem-sucedidas. Após esse período, além de garantir a nutrição adequada para a vaca que está
prenha e, ao mesmo tempo, amamentando, os bezerros devem receber as devidas atenções

Alimentação da cria
A fase de cria é o primeiro passo para a produção de carne.A cria é feita, na maioria das vezes, de
forma extensiva e caracterizada por baixos índices produtivos. Uma alternativa para elevar o peso no
desmame e diminuir a idade de abate é a utilização de suplemen tação adicional para bezerros em
aleitamento, como, por exemplo, o chamado creep-feeding.
Em geral, vale ressaltar que o uso de suplementação na cria é vantajoso, desde que, nas fases
posteriores, seja mantido o fornecimento de nutrientes para suprir as exigências dos animais, que,
provavelmente, serão maiores se comparadas às dos animais que não receberam suplementação
durante o aleitamento.
Essa é a fase em que o bezerro ainda está mamando, mas que deve receber, logo no primeiro mês, o
suplemento proteico energético. Essa estratégia assegura que o novilho ganhe 20 ou 30 kg a mais do
que se estivesse apenas mamando. Normalmente, essa etapa dura cerca de 6 meses.

Alimentação da recria
Nesta fase é feita o desmame, o bezerro entra na fase de recria. Esse é o período em que o
potencial de engorda dos animais atinge o seu pico e, portanto, as estratégias nutricionais devem ser
bem planejadas. Nessa etapa, o objetivo é que o animal ganhe de 6 a 7 arrobas em 12 meses. Para
que essa meta seja alcançada, um suplemento proteico energético de 0,1% ou 0,3% do peso vivo é o
ideal.
A suplementação na fase da recria é importante, já que, nessa etapa, os animais passam por
períodos de seca e de águas.

Alimentação na terminação
Também chamada de engorda, nessa fase os animais são tratados no pasto, em sistema de
confinamento ou semiconfinamento. Na terminação a pasto, normalmente se utiliza suplementação
proteico energética com gordura a 0,5%. Porém, esse percentual varia (1% a 2%), de acordo com as
chuvas e a estiagem, além de ser considerado o tipo de criação.
Os componentes utilizados na dieta de bovinos de corte em confina- mento são baseados em uma
relação de volumoso e concentrado. Os principais volumosos são silagem de milho, silagem de cana-
de- -açúcar, cana-de-açúcar fresca picada e silagem de capim.

Alimentação de vacas em lactação

Nas duas primeiras lactações da vida de uma vaca leiteira, deve-se fornecer alimentos em
quantidades superiores àquelas que deveriam estar recebendo em função da produção de leite, pois
estes animais ainda continuam em crescimento, com necessidades nutricionais bastante elevadas.
Recomenda-se alimentar as vacas primíparas separadas das vacas mais velhas. Este procedimento
evita a dominância, aumentando o consumo de matéria seca.
As vacas não devem parir nem excessivamente magras nem gordas. Vacas que ganham muito peso
antes do parto apresentam apetite reduzido, menores produções de leite, distúrbios metabólicos
como cetose, fígado gorduroso e, deslocamento do abomaso, além de baixa resistência aos agentes
de doenças.
Um plano de alimentação para vacas em lactação deve considerar os três estádios da curva de
lactação, pois as exigências nutricionais dos animais são distintas para cada um deles.
O bagaço de cana hidrolisado é oriundo de um tratamento com pressão e vapor (alta temperatura),
o que torna esse volumoso de médio valor nutritivo (21,6% de PB e 59,5% de FDN) e com poder de
estimular a mastigação e o funcionamento ruminal.
Alimentação de vacas para reprodução
Manter uma alimentação adequada é de fundamental importância tanto do ponto de vista
nutricional quanto econômico. Em um sistema de produção de leite a alimentação do rebanho tem
um custo efetivo representativo.
Concentrados contendo grãos que sofreram tratamento térmico e/ou vapor, e aqueles na forma de
pellets, aumentam a digestibilidade e estimulam seu consumo precoce.
A partir dos 70 dias, pode-se utilizar concentrados de menor custo. Muito embora alguns estudos
demonstrem ser viável a utilização de uréia nos concentrados iniciais para bezerros, recomenda-se o
seu uso somente após os três meses de idade, quando o rúmen estará desenvolvido o suficiente
para utilizar o nitrogênio não protéico da dieta.
Após o desaleitamento, o consumo de concentrado aumentará rapidamente, devendo-se limitar a
quantidade fornecida para estimular o consumo de volumoso.

Alimentação de frango de corte


Ainda pintinhos, em fase de crescimento, adultos em fase de postura ou adultos em fase de corte, os
frangos precisam ser bem e corretamente alimentados todos os dias para que a criação tenha
sucesso e gere lucros. Restos de comida, grãos e rações são os produtos mais utilizados para a
alimentação dessas aves. No entanto, isso ainda não é o suficiente para garantir a nutrição dos
frangos, há de se considerar ainda alguns pontos para que nada falte a eles em cada fase por que
passam e bom exemplo disto é fornecer altos níveis de cálcio quando frangos de postura e nível
maior de proteína quando frangos destinados à produção de carne.

Alimentação de pintinhos
A alimentação nessa primeira fase muda gradativamente, tudo em função da idade e do tipo da ave
a ser criada. Ela pode decidir a falência ou a rentabilidade do negocio.
Só dê de comer aos pintinhos após 60 minutos (1 hora) de nascidos;
A primeira alimentação deverá ser de água com açúcar (50 g de açúcar para 1 L de água) para
hidratar e aumentar a energia dos pintinhos;
Após um dia de vida, passe a alimentá-los regularmente com ração inicial. Geralmente elas contêm
20% de proteína e devem ser fornecidas aos pintinhos até oito semanas de idade;
Pintos que tenham contraído coccidiose devem ser alimentados com ração inicial com adição de
medicamentos em sua formulação. Pintos que já tenham sido vacinados devem ser alimentados com
ração inicial com formulação livre de medicamento.
Alimentação de frangos em crescimento
Ao completar oito semanas, alimente os franguinhos com ração de crescimento. Certifique-se que o
nível de proteína é bem próximo a 16%, caso suas aves sejam destinadas à postura. Já os frangos em
crescimento destinados ao corte devem consumir ração de crescimento que contenha até 20% de
proteína;
Ao completarem 10 semanas de vida, insira restos de comida na alimentação dos frangos. Cuidado
apenas com os excessos, para que eles não troquem a ração pela comida;
Tenha sempre um pouco de areia por perto, pois ela ajuda os frangos na digestão de frutas e
legumes. Frangos que apenas se alimentam de ração não necessita de areia em suas instalações;
Respeite as indicações alimentares. Nunca ofereça aos frangos uma ração que não seja a indicada
para a sua fase. Ração de postura, por exemplo, dada aos frangos antes da 18ª semana, por conter
muito cálcio, vai prejudicar os rins e reduzir o tempo de vida da ave;
À noite, cubra os restos de comida para evitar o aparecimento de pragas no criatório.

Alimentação de frangos de postura


Ao completarem as 20 semanas de vida, ofereça ração de postura aos frangos. Ela possui até 2% a
mais de proteína e mais cálcio que as rações comuns. Comumente, elas são oferecidas peletizadas,
trituradas e fareladas;
Nunca misture cálcio na ração de postura. Você pode, sim, oferecer cálcio à parte aos frangos. A dica
é triturar casca de ovo ou concha de ostra;
Semanalmente, dê às poedeiras larvas da farinha, abóboras e sementes de abóboras;
É importante deixar no criatório um pote contendo areia para que as poedeiras consigam digerir
melhor esses complementos alimentares;
Melhore a alimentação dos frangos no inverno. Para isto, complemente a alimentação com misto de
grãos, formulado de milho quebrado, aveia e outros grãos. Esse complemento deve ser oferecido
em quantidades limitadas e, em sua maioria, colhidos no verão;
O oferecimento de frutas cítricas, alimentos salgados, ruibarbo, chocolate, cebola, alho, resíduos do
cortador de grama, feijões não cozidos, casca ou caroço de abacate, ovos crus, açúcar/doces ou
cascas de batata crua é completamente proibido, por serem alimentos tóxicos para os frangos;
Se puder, deixe seus frangos pastarem pelo quintal para que aumentem suas reservas nutritivas.
Pátios contendo ervas daninhas e plantas jovens são ideais para isto.
Alimentação de frangos de abate
Até completarem seis semanas de vida, forneça aos frangos ração inicial de corte. Ela fornece às
aves até 24% de proteína;
Após as seis semanas, passe a alimentar os frangos com ração final peletizada, por conterem de 16 a
20% de proteína;
Luzes acesas durante a noite estimula as aves a comerem mais. Essa tática pode ser aplicada alguns
dias antes do abate.

Alimentação de galinha poedeira


Em primeiro lugar, as galinhas precisam receber alimento adequado para seu tipo a partir de 18 a 24
semanas de idade, quando já atingem maturidade suficiente para a produção de ovos. Tanto os
alimentos quanto os nutrientes são fundamentais para que elas produzam ovos de qualidade.

Cálcio:aproximadamente 20 semanas após, deve-se aumentar o consumo de cálcio pelas galinhas,


que necessitam de 2,5% a 3,5% em sua dieta, valor superior aos outros tipos de galinha. O cálcio é
fundamental para a produção de ovos saudáveis e resistentes. É possível oferecê-lo a partir de
conchas de ostra, cálcio granulado ou até rações que já venham fortificadas com cálcio.

Liberdade:galinhas que são criadas livres conseguem “completar” sua dieta com outros elementos,
como insetos, sementes e grãos. Os ingredientes disponíveis nesses alimentos deixarão o ovo
produzido por elas mais saboroso. A criação livre, também denominada “cage-free” está em
ascensão e garante o bem-estar dos animais, além de valorizar o preço dos produtos.

Proteína:Deve ser oferecida na quantidade certa, cerca de 16% em sua dieta. Galinhas comuns
necessitam, geralmente de 20% a 24%, mas as poedeiras não. Então, fique atento à ração e aos
alimentos oferecidos a ela para que não se ofereça proteína em excesso.

Ração: próprias para poedeiras já vêm com as propriedades necessárias e dão menos trabalho ao
produtor durante o manejo. Porém, também há a possibilidade de formulação da própria ração, que
deverá conter, como dito, 16% de proteína, 2,5% a 3,5% de cálcio. Geralmente, cada galinha
consome 100g dessa ração por dia e é aconselhável que esse alimento seja oferecido todo de uma
vez, com preferência para a parte da manhã.
Areia: é importante acrescentar areia na alimentação das aves, uma vez que esses grãos auxiliam na
digestão do animal. Esse passo é especialmente importante para galinhas criadas confiadas, sem
acesso a áreas abertas. Sem a areia, as galinhas não conseguirão digerir o alimento e,
consequentemente, não conseguirão obter os nutrientes necessários para a produção de ovos.

Alimentação de cabrito e ovelhas


São conhecidos como ruminantes os animais que possuem rúmen, um compartimento gástrico que
tem papel importante na digestão dos alimentos. Pertencem a esse grupo, além de outros, os ovinos
e os caprinos. A partir disso, é importante entender como funciona a alimentação deles, com a
finalidade de garantir uma criação mais produtiva.
Tadeu Cotta, autor do Livro AFE Minerais e Vitaminas para Bovinos, Ovinos e Caprinos, destaca que
nas condições de criação de ruminantes, os animais apresentam desempenho irregular: no período
de chuvas há uma maior produção e no período de seca ocorre uma queda. Para o produtor manter
as taxas de produção e crescimento num nível ótimo, é necessário que os animais recebam manejo
sanitário correto e alimentação adequada, que deverá atender às necessidades de ovinos e caprinos
em água, energia, proteínas, minerais e algumas vitaminas.

Minerais
Em relação à mineralização desses animais, informa-se que os suplementos minerais devem estar
presentes em todo o ciclo produtivo e o recomendado é que eles sejam incorporados à alimentação
do dia a dia. Dentre os minerais, destaca-se que fósforo, cobre e cobalto são os que se apresentam
mais deficientes nas pastagens e, devido a esse problema, têm que ser suplementados; ao passo que
o ferro é mais presente na pastagem de ruminantes, o que o torna dispensável.
Funções dos minerais
As principais funções dos minerais para os caprinos e ovinos são a atuação como componentes
estruturais de órgãos e tecidos corporais, como componentes de fluidos intra e extracelulares e
como componentes estruturais de metaloenzimas de hormônios e vitaminas.
Exigência mineral
É importante levar em conta que a raça, a intensidade de criação e a taxa de produção são fatores
que influenciam na exigência nutricional, bem como as condições ambientais, a adaptação do
animal, a idade, o peso, a categoria animal e a forma química e nível dos elementos no alimento.

Alimentos
No que diz respeito aos alimentos oferecidos aos animais, dois tipos são importantes: os
concentrados; e os volumosos, como as pastagens, fenos e silagens. Dentre as espécies que são
recomendadas para serem cultivadas com a finalidade de formar uma pastagem de qualidade,
apresenta-se o capim-búffel, o capim-gramão, o capim-corrente e o capim-andropogon.
Na época da seca, algumas das opções são: mandioca, palma forrageira e cana-de-açúcar. Isso
porque: enquanto a mandioca se constitui como uma opção nutritiva para ser oferecida em raspas,
por exemplo, a palma forrageira é um alimento volumoso suculento e a cana-de-açúcar apresenta
grande potencial de produção.

Silagem
A silagem é uma das estratégias alimentares utilizadas por criadores de vários tipos de animais. Ela é
produzida a partir de forrageiras e possui propriedades nutritivas muito semelhante a elas. O milho,
o sorgo e o capim-elefante são as principais, mas qualquer forrageira adequada para caprinos e
ovinos pode ser ensilada, contanto que seja colhida no momento ideal. Na hora de produzi-la,
entretanto, é necessário atenção e cuidado para garantir uma silagem de qualidade.

Concentrados
Os concentrados oferecidos podem ser de dois tipos: concentrados energéticos, com menos de 18%
de fibra e menos de 20% de proteína bruta, como farelo de trigo e farelo de arroz; e proteicos, com
menos de 18% de fibra e mais de 20% de proteína bruta, como farelo de soja e de amendoim.

Alimentação de avestruz
A avestruz é um animal onívoro. Nutre-se, portanto, de alimentos de origem animal e também de
origem vegetal. Gramíneas, sementes, raízes e pequenos animais, como lagartixas e insetos, fazem
parte da dieta desse incrível animal. Como costuma arrancar plantas inteiras, a ingestão de areia
ocorre frequentemente. Além disso, ingere pequenas quantidades de pedras, as quais ajudam a
triturar os alimentos que consome.

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