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MASTITE

Introdução

O que é a mastite?

• Processo inflamatório;

• Agressão da glândula mamária;

• Agentes, como microrganismos, traumas físicos


e substâncias químicas irritantes.

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Introdução

Classificação

• Mastite Clínica
A infecção do úbere torna-se evidenciada pelas mudanças físicas na
aparência do leite de o úbere (visíveis macroscopicamente)

• Mastite sub-clínica
Não são observadas mudanças na aparência do leite, sendo que
testes adicionais são necessários para detectar o problema (não
visíveis a olho nu)
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Introdução

Sintomatologia
• Sinais inflamatórios no úbere e tetas;
• Alterações visíveis no leite (menor volume, grumos, pus,
aquoso);
• Febre, perda de apetite, queda de produção, morte em
casos mais graves.
• Subclínica - Queda na produção, aumento de células
somáticas e alterações físico-químicas no leite.

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Introdução
Principais agentes etiológicos

• Fungos

• Algas

• Bactérias

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Patogenia
Resumidamente
1. Microorganismo penetra no canal do teto;
2. Multiplica-se usando como substrato o leite;
3. O microorganismo alcança o seio lactífero dos ductos
coletores e alvéolos;
4. Multiplicação do microorganismo - atração leucócitos -
edema - abscessos (alguns casos);
5. Alguns casos - Após cura - Tecido fibroso.

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Introdução
BACTÉRIAS CAUSADORAS DE MASTITE
Mastite é causada por pelo menos 100 tipos diferentes
de bactérias

• Staph. aureus • Strep dysgalactiae


• Strep. agalactiae •Pseudomonas aeruginosa
• Mycoplasma
• Corynebacterium bovis • Staph coagulase negativo
• Klebsiella sp. • Candida species
• E. coli • Strep uberis
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TESTE DA CANECA DE FUNDO PRETO

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TESTE DA CANECA DE FUNDO PRETO

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TESTE DE CMT (CALIFÓRNIA MASTITE TESTE)

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TESTE DE CMT (CALIFÓRNIA MASTITE TESTE)

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TESTE DE CMT (CALIFÓRNIA MASTITE TESTE)

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CONCEITO DE ICEBERG

Fonte: Embrapa.

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Classificação das Bactérias
Baseado em onde se encontram normalmente estes
patógenos.

• Bactérias contagiosas - vivem quase que


exclusivamente no úbere.
• Bactérias ambientais - vivem no ambiente e
ocasionalmente podem infectar o úbere.

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Mastite Ambiental
Principais grupos de patógenos ambientais

• Streptococcus dysgalactiae;
• Streptococcus uberis;
• Coliformes (>90% é E. coli);
• Serratia sp.;
• Klebsiella sp.

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Mastite Ambiental
• Instalações;
• Material Fecal;
• Unidade de ordenha contaminada;
• Condições de muita umidade e sujeira.

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Mastite Ambiental

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Mastite Ambiental
Dinâmica

• Microorganismos presentes no ambiente;


• Penetração no momento da ordenha;
• Baixa aderência dos microorganismos;
• Induzem pouco aumento na CCS devido ao curso
rápido;
• Quadro clínico persiste por pouco tempo Raramente
o quadro se cronifica;
• Poucos casos de mastites subclínicas;
• Mastites agudas.
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Mastite Ambiental
Tratamento
• Antibióticoterapia sistêmica;
• Ordenha freqüente ;
• Produtos antiinflamatórios;
• Fluidoterapia.
Prevenção é o ponto chave
• Estratégias de manejo;
• Pré dipping;
• Secagem dos animais.
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Mastite Contagiosa
Principais grupos de patógenos ambientais

• Staphylococcus aureus;
• Streptococcus agalactiae;
• Corynebacterium bovis;
• Mycoplasma sp.

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Mastite Contagiosa
Dinâmica

• Microorganismos oportunistas;
• Habitantes em vacas infectadas;
• Transmissão horizontal via fômites;
• Contato - ordenha;
• Exceção das originadas por moscas.
• Responsável - casos subclínicos;
• Grande responsável pelas mastites crônicas;
• Aumento das células somáticas, são de curso longo.

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Principais consequências da mastite contagiosa

Infecções intramamárias (IIM) causadas por


micro-organismos contagiosos são caracterizadas por
evoluírem para casos crônicos, responsáveis por elevar
a contagem de células somáticas no leite (CCS) e
reduzir a produção de leite.

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Diferenças Gerais entre mastite contagiosa e
ambiental

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Diferenças Gerais entre mastite contagiosa e
ambiental

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Pré-Dipping
• Desinfecção dos tetos - antes da ordenha;
• Antiséptico;
• Objetivo:
• Reduzir incidência de infecções intra mamárias;
• Evitar contaminação do leite.
• Carga microbiana menor - Reduz CCS.

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Pré-Dipping
• Passo a passo
1. Adquirir antiséptico;
2. Realizar teste da caneca;
3. Primeiros jatos;
4. Água para lavar tetos;
5. Aplicar produto antiséptico por imersão.
6. 15-30 segundos;
7. Secagem.
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Pós-Dipping
• Importante - Remover a película de leite que
permanece no teto após ordenha.
• Objetivo:
• Prevenir a mastite contagiosa.
• Como:
• Aplicar produto (iodo 0,1% ou clorexidina a 0,1%) por
imersão.

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Pré-Dipping e Pós-Dipping

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Pré-Dipping e Pós-Dipping

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Mastite x Resistência humana
(antimicrobianos)
● Causa frequente de uso não racional de antibióticos;
● Período de carência;

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Conclusão
● Caráter multifatorial;
● IIMs - doenças mais persistentes e disseminadas no
mundo;
● Ocorrência:
○ Falhas no manejo;
○ Ordenha - higienização e desinfecção.
● Importância
○ Pesquisas;
○ Diminuir número de animais - doentes no rebanho;
○ Reduzindo prejuízos.

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Referências Bibliográficas
BRITO, J. R. F.; SOUZA, G. N.; FARIA, C. G.; MORAES, L. C. D.; RODRIGUES, M.
D. C. Procedimentos para coleta e envio de amostras de leite para determinação
da composição e das contagens de células somáticas e de bactérias totais. Juiz de
Fora: Embrapa Gado de Leite - Circular Técnica (INFOTECA-E), 2007.

BRITO, J. R. F.; BRITO, M. A. V. P.; ARCURI, E. F. Como (re) conhecer e controlar


a mastite em rebanhos bovinos. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2002.
BRITO, J. R. F.; DE OLIVEIRA SALES, R. Saúde do Úbere: Uma Revisão. Revista
Brasileira de Higiene e Sanidade Animal, v. 1, n. 1, p. 67-90, 2007.

BRITO, M. A., BRITO J. R. F. Diagnóstico Microbiológico da Mastite. Juiz de Fora:


Embrapa - Circular Técnica 55, 1999. COSER, S. M.; LOPES, M. A.; COSTA, G. M.
Mastite bovina: controle e prevenção. In: Boletim Técnico - n. 93, p. 1-30, 2012.
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG.

MOTA, R. A., DA SILVA, K. P. C., DE FREITAS, M. F. L., PORTO, W. J. N., & DA


SILVA, L. B. G. Utilização indiscriminada de antimicrobianos e sua contribuição a
multirresitência bacteriana. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal
Science, v. 42, n. 6, p. 465-470, 2005.

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Referências Bibliográficas
PEIXOTO, R. M.; MOTA, R. A.; COSTA, M. M. Mastite em pequenos
ruminantes no Brasil. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 30, n. 9, p. 754- 762,
2010.

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Universidade Federal do Vale do São Francisco
Bovinocultura
Docente: Thais Souza

MASTITE

Discentes: Arley Eduardo, Daniela Nogueira, Marcos Olimpio

Petrolina, 2023

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