Relato de caso: Gatos no RJ com lesões nodulares nasais o

que será?

Gato 1
Gato 2

https://www.menti.com/xkmiohrauh
Citologia:

Gato 2
Gato 1 https://www.pubvet.com.br/uploads/fb990bffe3e26e66aa
be778726f87d60.pdf
Doenças infecciosas de Cães e Gatos (Greene)

Leveduras com cápsula espessa e brotamento de colo fino...

Cryptococcus!!!!
 Universidade Estácio de Sá
Curso de medicina veterinária
Bacteriologia e Micologia Veterinária (ARA0476)

TEMA: Agentes bacterianos e fúngicos de Infecções respiratórias

Criptococcus e Histoplasma

Ana Paula Loureiro de Almeida

anapploureiro@yahoo.com.br
Cryptococcus
 Cryptococcus – Agente etiológico da
Criptococose
Principais espécies envolvidas:
Reprodução assexuada por
✓Cryptococcus neoformans brotamento

✓Cryptococcus gatii

Doi: 10.1016/B978-0-12-800261-2.00001-3
CÁPSULA – Principal fator de virulência
 Cryptococcus – Ecologia
Habitat
✓Não resiste à competição com microrganismos no ambiente –
tem que ter condições que o favoreça;

✓Presente em poeira, diferentes tipos de restos orgânicos e em

excrementos de pombos.
 Cryptococcus – Ecologia
Habitat – o que os pombos tem com isso?
Pombos:
✓ Alta temperatura corporal (44 oC) – não
desenvolve doença;
✓ Coloniza o papo, resiste à passagem pelo
TGI e são eliminados nas fezes

Excrementos
✓ Alta concentração de creatinina e outros
compostos nitrogenados
= Elimina competição
= fonte nutritiva
Cryptococcus – Ecologia
Habitat
C. gatti
Cryptococcus – Ciclo e infecção
 Cryptococcus – Patogenia

Evolução da infecção depende:

✓ Estado imune do hospedeiro;
✓ Agressividade da estirpe infectante;
✓ Carga infecciosa

Resposta celular
Cápsula: Principal (granuloma) é
fator de escape do essencial para conter
sistema imune a infecção
Cryptococcus – Patogenia

Disseminação sistêmica no
interior dos macrófagos - SNC
 Cryptococcus – Apresentações clínicas
Gatos

✓ Doença crônica ou aguda com Acometimento nasal;

✓ Comprometimento do SNC (contiguidade e/ou disseminada);
✓ Lesões de pele – Próximo aos planos nasais
✓ Alterações pulmonares pouco frequentes;
✓ FIV/FELV - ?

Doença fúngica sistêmica

mais comum em gatos!
 Cryptococcus – Apresentações clínicas
Cães

✓Frequentemente apresentam a forma disseminada;

✓Os principais sistemas orgânicos acometidos: SNC, olhos,

sistema urinário e cavidade nasal;

✓Lesões cutâneas são pouco frequentes e resultado de

infecção disseminada;
Medicina Veterinária, Recife, v.7, n.2, p.7-15, 2013
Diagnóstico

Punção aspirativa
por agulha fina
(PAAF)
Cultivo micológico

Figura 3.1. Macroscopia de Cryptococcus spp.

em meio Agar Infusão de Cérebro e Coração
(BHI) acrescido
de cloranfenicol, incubado em estufa a 37°C
durante 48 horas. Colônias mucosas e
brilhantes de
coloração creme
Figura 3.2. Microscopia óptica
de Cryptococcus spp. (400x)
preparada com tinta nanquim
onde é possível
observar diversas leveduras
arredondadas ou ovaladas,
isoladas ou com brotamento
único (comumente
chamado de “céu estrelado”).
Em destaque a microscopia
óptica (1000x) possibilitando a
visualização nítida da cápsula.
Corante: Tinta nanquim.

Exame direto: Líquor

Microscopia da colônia
Histoplasma
Agente etiológico – Histoplasma capsulatum

✓Fungo dimórfico:

Forma filamentosa Forma levedura

(30 oC) (37 oC)
 25ºC 37ºC

Macromorfologia

Micromorfologia
Agente etiológico – Histoplasma capsulatum
Variedades:
✓H. capsulatum var. capsulatum
✓H. capsulatum var. duboisii
✓H. capsulatum var. farciminosum
Linfangite enzoótica dos equinos

https://www.researchgate.net/figure/Histoplasma-capsulatum-is-a-dimorphic-fungal-pathogen-Histoplasma-capsulatum-
grows-as-a_fig1_51680522
 H. Capsulatum – Patogenia

Inalação de Alveolos pulmonares

microconídios Conversão à levedura

Fagocitose por
macrófagos alveolares
Disseminação
Reação inflamatória
sanguínea ou
linfática

-pneumonia intersticial
Linfonodos
ou para uma forma progressiva Granulomas semelhantes
-formas subcutâneas; à tuberculose
-muco cutâneas;
-pulmonar crônica;
-forma articular Contenção da infecção
- ou ainda, forma disseminada
 H. Capsulatum – Onde encontramos?

Habitat: solo;

Excrementos de aves e
morcegos enriquecem o
ambiente para o crescimento Doença das cavernas

do fungo:
Ácido úrico: controle de
microbiota + fonte de
nitrogênio
H. Capsulatum – Epidemiologia

Morcegos: Maior relevância!!! Aves: não são infectadas,

✓ São susceptíveis; pela alta temperatura
✓ Eliminam esporos nas fezes corporal
H. Capsulatum – transmissão

Inalação de
microconídios
Associado à poeira
desprendida e não ao
contato com o animal
Histoplasmose: aspectos clínicos
Cães

✓Sinais inespecíficos: inapetência, perda

de peso, febre persistente...

✓Apresentação pulmonar: dispnéia,

tosse sons de ausculta alterados;

✓Maioria dos casos leva à disseminação

gastrointestinal
 Histoplasmose: aspectos clínicos
Gatos
✓Segunda micose sistêmica mais comum em gatos;

✓Doença generalizada: sinais inespecíficos;

✓Lesões ulceradas de pele podem ser observadas.

https://www.pubvet.com.br/uploads/25cf3f9d8983faf05002690f8b9472ad.pdf
• Cultivo: diagnóstico definitivo
• Citologia
• Citologia

✓ Pode ser considerado definitivo já que nos tecidos afetados temos

grande número de leveduras;

✓ Cuidado para não confundir com Cryptococcus.

 • Histopatologia
✓ Necessário quando citologia for negativa;
✓ Observação da reação granulomatosa ou piogranulomatosa;
✓ Coloração específica para fungos – Leveduras são difíceis de distinguir nas
colorações tradicionais

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037
https://www.pubvet.com.br/uploads/25cf3f9d8983fa
-86822009000200020
f05002690f8b9472ad.pdf