Criação de novilhas e

bezerras
Relatório de Inteligência Sintético - março 2012
 Resumo Executivo
A boa produtividade leiteira e o ganho extra
do produtor com a venda de novilhas são
consequências dos cuidados com o animal desde
o seu nascimento. Apesar das novilhas não
garantirem um ganho imediato, já que o primeiro
parto acontece após aproximadamente dois anos
de idade, o produtor precisa estar consciente que
os investimentos são necessários. Eles começam
pela vaca gestante, que deve ter uma alimentação
adequada, e uma série de outros cuidados, como
dieta pré-parto e vacinação contra doenças no
oitavo mês de gestação.
Ao nascerem, as terneiras não possuem
anticorpos suficientes, sendo assim é fundamental
realizar adequadamente a colostragem nas primeiras
horas de vida. É importante também, logo após o
nascimento do animal, fazer a limpeza do focinho, a
cura do umbigo, pesagem, identificação e a lavação
da glândula mamária da vaca. A cicatrização do
umbigo, para evitar a entrada de infecções, é outro
procedimento que exige cuidado. Além disso, o
desmame e os alimentos indicados para cada etapa
do crescimento do animal precisam ser avaliados
com atenção.
Em Guarujá do Sul, extremo Oeste de Santa
Catarina, foi criado um centro de criação de
terneiras e novilhas, parceria entre produtores e
entidades ligadas ao setor leiteiro. A proposta é
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que os empresários, com pouca mão de obra ou
pequena área, deixem suas terneiras e novilhas no
local para que recebam todo o cuidado necessário.
Assim, elas terão um bom desenvolvimento e
atingirão o peso necessário para inseminação com
no máximo 15 meses. A parceria funciona por meio
do pagamento de mensalidade dos empresários
ao centro.
Este relatório apresenta uma série de
informações para os produtores que pretendem
aprimorar os cuidados com terneiras e novilhas, o
que garantirá bons resultados no futuro.
 Sumário Serviço de Apoio às
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Introdução 4
Primeiros cuidados com as terneiras 4
Uma nova proposta - centro de criação de terneiras e novilhas 7
Cuidados com a novilha 8
Considerações finais 11
Fontes 12

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 Criação de terneiras
INTRODUÇÃO
Muitos itens ainda precisam ser melhorados nas
propriedades leiteiras, como a pastagem, as vacas,
as instalações e a administração. Porém, como está
a criação de terneiras1? Você tem orgulho de suas
novilhas2? Elas são melhores do que as outras vacas
do seu rebanho?
A criação de terneiras e novilhas, por não propor-
cionar ganho imediato, acabam, muitas vezes, sen-
do deixadas de lado. Entretanto, o futuro da empre-
sa rural leiteira está na produção das futuras vacas,
que são as terneiras do presente.
Neste relatório são abordadas algumas técnicas
de manejo que permitem o desenvolvimento de
uma excelente vaca produtora de leite e de crias,
com grande capacidade de ingestão de pasto, alta
longevidade e tamanho e peso segundo os padrões
da raça.
1- Fêmea bovina que não bebê leite, mas ainda não está apta a reprodução,
até 1 ano de vida.
2 - Fêmea bovina, apta para a reprodução ou já foi inseminada, mais de um
ano de idade até o primeiro parto.
PRIMEIROS CUIDADOS COM AS TERNEIRAS
É importante ressaltar que os primeiros cuida-
dos com os animais iniciam antes do nascimento da
terneira. A vaca gestante deve ter uma alimentação
adequada e, principalmente, 30 dias antes do parto,
no final do período seco de 60 dias, a vaca deve
ficar em um piquete-maternidade, com uma dieta
pré-parto, com pastagem, água, sombra e, prefe-
rencialmente, perto das instalações para que possa
ser observada periodicamente.
A vacinação da vaca no oitavo mês de gestação
contra pneumoenterite e a vermifugação proporcio-
na o aumento de anticorpos e como consequência
garante terneiras mais vigorosas e sadias.
Ao nascerem, as terneiras não possuem anti-
corpos suficientes, dessa forma ficam sensíveis a
diversas doenças. É fundamental nas primeiras ho-
ras de vida realizar adequadamente a colostragem.
Além de não esquecer outros cuidados, como a lim-
peza do focinho logo após o nascimento, a lavação
da glândula mamária da vaca, a cura do umbigo,
pesagem e identificação.
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A primeira semana de vida da terneira é a fase
mais crítica. Em torno de 50% das mortes que
acontecem nos primeiros anos de vida são nesse
período e as mortes são influenciadas pela higiene
ambiental. O ideal é que não morra nenhum animal
recém-nascido, mas é razoável uma taxa de morta-
lidade de 5% ao ano, ou seja, de cada 20 terneiras
no máximo uma.
Colostragem – fornecimento de colostro
É recomendado que as terneiras recebam colos-
tro nas primeiras horas de vida (até 12 horas após o
nascimento), no mínimo 10% do seu peso corporal.
Por exemplo, se uma terneira nasce com 40 kg de
peso vivo, ela deve tomar quatro litros de leite até
12 horas após o seu nascimento. Outros autores
relatam que o recomendado para terneiras da raça
holandesa é a ingestão de dez litros nas primeiras
12 horas, enquanto da raça jersey sete litros. O que
fica evidente é que quanto mais colostro a bezerra3
consumir melhor, porém no máximo dois litros por
mamada.
3 - Fêmea bovina que ainda bebe leite, até 60 dias de vida em bovinos
leiteiros.
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problemas como a diarreia, por exemplo. Veja Tabela

Figura 1: Capacidade de absorção de anticorpos do colostro por ter-
neiras nas primeiras horas.Fonte: Embrapa Pecuária Sul
1.
A terneira recém-nascida não possui anticorpos,
adquirindo imunidade após a ingestão de colostro,
portanto é muito sensível a infecções.
A transmissão da imunidade para a terneira por
meio do colostro depende de fatores ligados à vaca,
principalmente a qualidade do colostro. Vacas de
segunda cria têm colostro mais forte do que as de
Tabela 2: Comparação da composição do colostro e do leite integral. Fonte:
primeira cria, além de fatores ligados à terneira, ati- Jonas Ramon

tude e capacidade de absorção e fatores ligados ao

No gráfico acima fica evidente a queda de absor-
ção do colostro 24 horas após o nascimento. Apenas
10% do que for consumido será absorvido, por isso
é fundamental dedicar atenção especial nas primei-
ras horas.
É importante ressaltar que o leite, principalmen-
te o colostro quando fornecido em mamadeiras ou
baldes, esteja a uma temperatura de 37°C e seja
respeitada uma altura mínima de 30 cm do solo (se-
melhante à altura do úbere). Tudo isso para permitir
que o colostro passe direto pelo rúmen e vá para
o estômago verdadeiro, o abomaso, evitando assim
criador, principalmente higiene dos equipamentos.
Veja Tabela 2.
Não existe nenhum substituto para o colostro,
portanto é importante que seja armazenado colostro
excedente, no caso da morte da vaca no parto. O
líquido pode ser congelado em recipientes de dois
Tabela 1: Mortalidade da 1ª a 6ª semana em função da quantidade de colostro
ingerida nas primeiras 12 horas. Fonte: Embrapa Pecuária Sul
litros, mas devem ser seguidas medidas de precau-
ção na hora de descongelar. O descongelamento
deve se em banho-maria lentamente para não des-
truir as imunoglobulinas (anticorpos).
Cura do umbigo
A cicatrização rápida do umbigo é um fator fun-
damental para evitar a entrada de infecções. Após
o nascimento, o umbigo deve ser cortado a 5 cm e
desinfetado com iodo a 10% a cada 12 horas, por
um período de no mínimo três dias consecutivos.

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 Criação de terneiras
Descorna ou mochação
Tal medida é importante para evitar acidentes
com o tratador e com outros animais. O procedi-
mento pode ser feito quando a terneira tiver 30 dias
de vida com ferro quente, pasta química ou caute-
rizador elétrico. O ideal é que a descorna seja feita
com a orientação de um médico veterinário. Vale
ressaltar: muito cuidado após a mochação com as
miíases (bicheiras).
Eliminação de tetas supranumerárias
As tetas extras podem atrapalhar a ordenha,
além de representar mais um local para a conta-
minação de microrganismos causadores de mastite.
É recomendado que o procedimento de eliminação
seja feito cedo, por volta de 30 dias após o nasci-
mento com equipamento adequado, ou seja, tesoura
esterilizada e acompanhamento de um veterinário.
O ideal é que permaneçam as quatro tetas melhor
posicionadas para facilitar a futura ordenha.
Desmame
O desmame deve ser realizado quando a terneira
estiver consumindo 1,5% do seu peso em concen-
trado por três dias consecutivos. Exemplo: se uma
terneira tiver 70 kg de peso vivo e estiver consumin-
do 1 kg de ração por dia, por três dias consecutivos
poderá ser desmamada. É importante lembrar que
nunca devem ser realizadas duas mudanças juntas.
Por exemplo: caso seja feito o desmame da terneira,
ela não deve ser retirada das casinhas, pois o es-
tresse será maior.
Fornecimento de leite
No caso das terneiras da raça Jersey, o aleita-
mento sugerido deve ser o seguinte:
Tabela 3: Recomendação de aleitamento de terneiras do nascimento ao desmame. Fonte: Jonas Ramon
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Para raças grandes, como holandesa, deverá ser
acrescida em 30% a quantidade sugerida acima.
Leite integral ou substituto lácteo?
O fator econômico justifica o uso do substituto
lácteo, já que o leite integral que seria consumido
pela terneira pode ser vendido. Mas e o desempe-
nho do animal?
Muitas pesquisas demonstram que o desempe-
nho das terneiras não é prejudicado, porém os ris-
cos de diarreia e morte são maiores quando a quali-
dade do substituto é duvidosa, assim como o modo
de preparo equivocado e quando há falta de higiene
na manipulação. É importante, quando ocorrer o uso
 Técnicas de manejo
de sucedâneos, que sejam seguidas as recomenda-
ções do fabricante corretamente.
Fornecimento de concentrado
A principal função do concentrado é o desenvol-
vimento das papilas do rúmen. Graças à produção
de ácidos graxos voláteis, oriundos da fermentação
do concentrado, a terneira pode começar ruminar
antes e como consequência fará o melhor consumo
e aproveitamento dos nutrientes da pastagem e do
feno.
O concentrado pode ser fornecido a partir da pri-
meira semana de vida e quando a terneira consumir
1 kg (holandês) ou 700 g (Jersey) de ração por três
dias consecutivos já pode desmamar.
Fornecimento do feno
O consumo precoce de feno permite o desen-
volvimento mais rápido da musculatura do rúmen.
Um bom feno deve ser colhido no ponto ótimo e não
quando há maior produção de massa. Em geral, o
feno é feito de alfafa, aveia, azevém, coastcross, tif-
ton e estrela africana.
Verifica-se que alguns autores divergem sobre o
momento de iniciar o fornecimento de feno. Alguns
recomendam a partir da primeira semana e outros
depois da oitava semana de vida. O fornecimento
precoce faz com que o rúmen desenvolva mais rapi-
damente seu volume e musculatura, porém a ternei-
ra pode substituir, em parte, o consumo de concen-
trado, o que limita o desenvolvimento das papilas
ruminais.
Fornecimento de silagem
Antes dos três meses de idade, alimentos fer-
mentados, como a silagem, não são recomendados.
Fornecimento de água
É importante que a água esteja disponível para
a terneira para suprir a falta de saliva e estimular o
consumo de concentrado.
Também deve ser observada a limpeza dos be-
bedouros. Um bebedouro limpo estimula a ingestão
de água e as terneiras podem ingerir 10% do peso
vivo por dia, de acordo com a temperatura e o tipo
de alimento consumido.
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UMA NOVA PROPOSTA - CENTRO DE CRIAÇÃO
DE TERNEIRAS E NOVILHAS
Em Guarujá do Sul, extremo Oeste de Santa Ca-
tarina, está sendo desenvolvida uma nova proposta
para a criação de terneiras e novilhas. Foi criado um
centro de criação de terneiras e novilhas, uma par-
ceria entre produtores e entidades ligadas ao setor
leiteiro que beneficia os empresários do leite.
O centro de criação funciona como uma creche
para a as terneiras. Os produtores levam seus ani-
mais, com aproximadamente 15 dias, e retiram ou
vendem com 15 meses. No centro são realizados
todos os cuidados necessários para que a terneira
tenha um bom desenvolvimento e atinja o peso ne-
cessário para inseminação com no máximo 15 me-
ses, o que garantirá o primeiro parto com 24 meses.
A proposta é especializar uma propriedade em
criação de terneiras e novilhas, além de oferecer
uma alternativa para aqueles bovinocultores que
possuem pequena área e dificuldades de mão de
obra. Dessa forma, o produtor pode aumentar o nú-
mero de vacas, pois não precisa criar as novilhas.
 Criação de terneiras
Figura 2: Instalação individual e fixa para terneiras até três
meses de idade, com quatro lugares. Fonte: Jonas Ramon
O dono da terneira paga em torno de R$ 100,00
por mês para que o animal seja cuidado e para que
a futura vaca seja mais produtiva.
Ao chegarem ao centro de criação as terneiras
são pesadas e medidas, posteriormente seguem
para piquetes individuais onde recebem leite, ração,
feno e água a vontade. Os animais são criados ao ar
livre, o que lhes confere boa rusticidade e adaptação
ao manejo à base de pasto.
Outra preocupação é com a capacitação dos bo-
vinocultores, pois se a terneira chegar mal cuidada
ao centro com 15 dias de vida, sem ter tomado ade-
quadamente o colostro e com o umbigo bem curado,
a chance de insucesso é maior. Por isso, foram pro-
movidas capacitações para os produtores interes-
sados em participar do projeto e foram abordados
alguns dos cuidados: vaca seca, pré-parto, recém-
-nascido, umbigo e colostro.
Exemplos como esse podem se tornar alternati-
vas viáveis para empreendedores rurais de outras
regiões, já que a maioria das propriedades possui
diversas atividades e a dedicação especial às ter-
neiras, muitas vezes, não é uma prioridade.
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CUIDADOS COM A NOVILHA
Uns dos principais objetivos para a criação de
novilhas nas propriedades é a reposição das vacas
que são descartadas, além, é claro, a venda das ex-
cedentes, o que reflete em boa entrada de recursos
na empresa rural, além do leite.
Vale destacar que até a novilha não produzir leite
ela representa apenas um investimento, não trazen-
do rendimentos. Por isso é importante que o animal
tenha o primeiro parto cedo. Entretanto, é necessá-
rio inseminar o animal com peso adequado e não
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Tabela 4: Peso recomendado para a primeira cobrição das novilhas.

Fonte: Jonas Ramon

observar apenas a idade.

Nas propriedades que não possuem balança
para aferir o peso, o procedimento pode ser feito
por meio de fita que possui uma margem de erro de
apenas 5%. A medição deve ser feita, passando a
fita logo atrás da paleta do animal.
Os cuidados com a novilha são fundamentais
para obter uma vaca de qualidade. De nada adianta
fazer bem a primeira fase de criação, com a colos-
tragem adequada, aleitamento, araçoamento e to-
dos os cuidados necessários para depois abandonar
a terneira em um potreiro, por exemplo. Geralmente
a prioridade acontece na seguinte ordem: primeiro
as vacas em lactação, segundo as terneira e em
terceiro as novilhas, que acabam sendo esquecidas,
retardando a idade do primeiro parto.
O bovinocultor deverá adotar um plano de ma-
nejo viável, que reduza os custos de reposição do
Tabela 5: Medição do perímetro torácico. Fonte: Jonas Ramon

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 Criação de terneiras
plantel e diminua a idade para o primeiro parto, en-
tre 22 e 24 meses.
O excesso ou superalimentação também é preju-
dicial. Ganhos acima de 900 gramas por dia podem
provocar o surgimento de células adiposas (gordu-
ra) na glândula mamária, onde deveria existir tecido
secretor de leite. Portanto, principalmente na pu-
berdade (oito a nove meses), quando o crescimento
da glândula mamária é acelerado, o ganho de peso
diário não deve ultrapassar 700 gramas por dia para
novilhas da raça holandesa e 500 gramas para a
raça jersey.
Efeitos do excesso de gordura em novilhas
• Aparecimento de dobra no pescoço e no
tórax;
• Depósito de gordura na inserção da cauda;
• Depósito de gordura na glândula mamária;
• Maior ocorrência de partos difíceis, infecção
uterina e mastite;
• Vida produtiva encurtada;
• Enfraquecimento das ligações do úbere.
A partir da puberdade da novilha (10 meses), ge-
ralmente não há mais necessidade de fornecimento
de concentrado, desde que o animal tenha à dispo-
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Figura 3: Recria de novilhas à base de pasto com
piquetes. Fonte: Jonas Ramon
sição uma pastagem de ótima qualidade e em quan-
tidade suficiente.
Manejo do nascimento ao primeiro parto
Se o produtor tiver condições, as fêmeas devem
ser distribuídas em cinco grupos:
1 - bezerra até 3 meses (casinhas individuais);
2 - terneiras de 4 a 7 meses (em grupos não
maiores que 8 animais);
3 - terneiras de 8 a 12 meses (piqueteamento e
suplementação);
4 - novilhas de 13 a 23 meses (piqueteamento);
5 - novilhas pré-parto (junto com vacas secas).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS presa rural. Existem produtores que investem muito

em sêmen de alta qualidade, mas acabam pecando
O melhoramento genético depende, em grande na criação das terneiras.
parte, do descarte de vacas velhas menos produ- Se o objetivo é o melhoramento genético, quanto
tivas e a substituição por animais jovens de maior mais rápido as vacas velhas e poucos produtivas fo-
produtividade. A taxa de descarte anual deve ser em rem substituídas melhor. Se for possível a substitui-
torno de 20%, ou seja, em um rebanho de 20 vacas ção por novilhas da propriedade ainda melhor já que
devem ser descartadas quatro vacas todos os anos o dono conhece o histórico e, se bem conduzidas, é
e são necessárias, no mínimo, quatro novilhas por mais econômico do que adquirir animais de outras
ano. propriedades.
O ótimo desenvolvimento das novilhas contri-
buirá para o aumento da produção de leite da pro-
priedade e a venda do excedente de novilhas é uma
importante fonte de renda suplementar para a em-
presa rural leiteira.
O ideal é garantir um bom desenvolvimento da
novilha, para que a mesma atinja o peso necessário
para a primeira inseminação aos 15 meses e o pri-
meiro parto aos dois anos.
A fase de cria e recria de bovinos leiteiros em
muitas propriedades não tem recebido a atenção
necessária, pois não gera renda imediata e a criação
de terneiras e novilhas representam custos à em-

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 Fontes Serviço de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas
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