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Introdução.............................................................................................................................03
N osso mundo está cada vez mais digitalizado e as informações estão sempre dispo-
níveis para todos, da forma que cada um se sente melhor em aprender: seja lendo,
escutando, assistindo ou mesmo até interagindo.
Porém, neste grande universo, nem tudo que chega na tela do computador ou
no celular pode ser assumido como verdade ou que os dados contidos ali têm um
bom fundamento e tão pouco possam ser interpretados como verdadeiros. Para isso, a
preparação e a instrução são de fundamental importância.
Este material em reprodução aplicada a rebanhos leiteiros é de fundamental
importância para profissionais ou produtores que queiram se destacar e fazer a dife-
rença. Oferecido por uma das plataformas mais envolvidas e comprometidas com a in-
formação de qualidade na pecuária leiteira, o MilkPoint, e com as informações de um
dos profissionais de maior conhecimento em reprodução aplicada a rebanhos leiteiros,
Prof. Jose Luiz Moraes Vasconcelos (Zequinha) - escolhido como um dos pesquisado-
res mais influentes do mundo pela universidade de Stanford, EUA, é uma fonte infor-
mação imprescindível.
A Zoetis, empresa mundial de saúde animal, que tem o compromisso não somen-
te em entregar produtos e serviços de qualidade, mas também em trazer soluções e uso
eficiente dos seus produtos, oferece esse e-book, pois está comprometida com a infor-
mação de qualidade e o desenvolvimento da produção de leite.
Estar bem instruído, com informações corretas e de fontes e autores reconhecidos
serão os diferenciais dos profissionais que poderão oferecer bons serviços ou produtos
ao mercado e fazer a diferença na sua área de atuação.
DETECÇÃO DO CIO EM
VACAS LEITEIRAS
POR POR RAFAELA CARARETO POLYCARPO
E ARLINDO JOSÉ DIAS PACHECO JUNIOR
A
detecção de cio de vacas leiteiras é ferramenta fundamental para um bom manejo
reprodutivo e, consequentemente, sucesso na produção de leite.
Todos nós sabemos a importância da reprodução para que se obtenham lucros
em uma propriedade e este artigo tem finalidade de esclarecer alguns conceitos bási-
cos relacionados à reprodução que possam auxiliar os produtores e técnicos na rotina de
uma propriedade, a iniciar pelo cio e sua detecção.
O ideal em termos reprodutivos seria que todas vacas emprenhassem após 80 a
90 dias do parto, com isso, a eficiência reprodutiva ficaria maximizada e teríamos um
novo bezerro a cada 12,5 a 12,8 meses. Longos intervalos entre partos têm um efeito ne-
gativo na vida produtiva do animal.
Diante disso fica clara a importância da detecção de cio para se obter um bom
manejo reprodutivo na fazenda, seja utilizando a inseminação artificial ou a monta na-
tural. Em ambos os casos, anotações sobre datas de cio e inseminações são necessárias
para predizer as futuras datas de retorno ao cio e datas do parto, para um melhor mane-
jo dos animais.
O QUE É O CIO?
Cio é o período no qual a vaca aceita
monta (receptividade sexual) que normal-
mente ocorre em novilhas depois da pu-
berdade e em vacas, desde que estas não
estejam prenhas. Este período de recepti-
vidade pode durar de 6 a 30 horas e acon-
tece, em média, em intervalos de 21 dias.
Porém, este intervalo entre dois cios pode
variar normalmente de 18 a 24 dias.
AUSÊNCIA DE CIO
O cio pode não estar sendo detectado devido as seguintes razões:
• Se a vaca está em anestro no pós-parto.
• Se estiver em anestro devido à desnutrição, infecção severa do trato repro
dutivo, ou outros tipos de complicações do pós-parto.
• Se a vaca tiver cistos ovarianos.
Existem outros fatores que podem diminuir a expressão do cio, como por exem-
plo: alta temperatura e umidade, vento, chuva, falta de espaço e condições de solo es-
corregadio ou problemas de casco.
ESCORE DE CONDIÇÃO
CORPORAL (ECC) EM
VACAS LEITEIRAS
POR RICARDA MARIA DOS SANTOS
E JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS
Tabela 1. Escorre de condição corporal recomendado para cada fase produtiva das fêmeas bovinas.
O ideal é que o ECC na secagem seja muito próximo ao ECC ao parto (no máximo
0,5 pontos abaixo), nunca acima, pois a vaca não pode perder peso no pré-parto.
A
inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é muito usada na bovinocultura de
leite. Saiba aqui os mais recentes avanços na técnica!
O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos de diferentes durações do proto-
colo de sincronização de ovulação usando 2 dispositivos intravaginais de progesterona
(CIDR) e estradiol sobre dinâmica ovariana e resultados prenhez por IATF (P/IA) em va-
cas leiteiras.
Vacas holandesas (n=1979) foram aleatoriamente divididas para receber um dos 2
protocolos de IATF:
• Protocolo 9 dias (n = 988; 9D): vacas tratadas com 2 dispositivos intravaginais con-
tendo 1,9 g de progesterona (CIDR) e 2,0 mg de benzoato de estradiol no dia −11; 25
mg (i.m.) de dinoprost tromethamina (PG) e retirada de 1 CIDR no dia −4; 1,0 mg (i.m.)
de cipionato de estradiol, retirada do segundo CIDR e PG no dia −2; e IATF no dia 0.
• Protocolo 10 dias (n = 991; 10D): vacas tratadas com 2 CIDR e 2,0 mg de benzoato de
estradiol em dia − 12; 25 mg de PG e retirada de 1 CIDR no dia −4; 1,0 mg de cipionato
de estradiol, retirada do segundo CIDR, e PG no dia −2; e IATF no dia 0.
Não houve efeito do protocolo na detecção de cio (79.7 vs. 81.2 %; P = 0.38). Uma
maior (P = 0,01) porcentagem de vacas do protocolo 10D ovularam perto da IATF (89,3%)
em comparação com as vacas do protocolo 9D (85,6%).
Este estudo utilizou diretamente a temperatura retal temperatura individual de
cada vaca próximo a IATF (medida no momento da IATF e 7 dias depois), ao invés de
apenas usar a temperatura ambiental ou índice de temperatura e umidade. A tempera-
tura retal da vaca se mostrou ser a medida mais sensível do efeito negativo do estresse
térmico sobre a P/IA (Vasconcelos et al., 2011; Pereira et al., 2015, 2017b).
Estresse térmico foi um fator crítico que alterou a fisiologia reprodutiva e di-
minuiu o sucesso reprodutivo em ambos os protocolos testados no presente estudo, e
aproximadamente 50% das vacas estavam sob estresse térmico durante o experimento.
A interação entre duração do protocolo x estresse térmico (temperatura média das va-
cas ≥39,1°C no momento da IATF e 7 dias depois) foi observada. A P/IA foi maior nas vacas
do protocolo 10D não estressadas pelo calor em comparação com as vacas do protocolo
9D, enquanto P/IA não diferiu nas vacas estavam sob estresse térmico.
A interação entre a duração do protocolo e a presença de CL (corpo lúteo) no início
do protocolo foi observado. As vacas com CL no início do protocolo apresentaram maior
P/IA no protocolo 10D em comparação com o protocolo de 9D, porém nas vacas sem CL
essa diferença não foi detectada. Esse achado foi considerado intrigante pelos autores.
D
•
efinido o protocolo de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) a ser utilizado no
rebanho, alguns cuidados devem ser tomados na execução. Entre eles:
Definir quantas vacas o inseminador consegue inseminar antes de ficar cansado
• Providenciar um assistente para o inseminador
• Dividir o lote de vacas que receberão o protocolo de IATF em dois dias
Saiba mais detalhes a seguir:
1. Certifique-se que o inseminador tem água, sabão e papel disponíveis para manter
as mãos sempre limpas;
2. Confira se a temperatura descongelamento está adequada antes de retirar a palhe-
ta do botijão;
3. As palhetas precisam ficar na água do descongelamento por pelo menos 30 segundos;
4. Mantenha um inventário organizado do sêmen que permite que a palheta de sê-
men seja localizada dentro de 5 a 10 segundos;
5. As pinças devem ser usadas para remover as palhetas de sêmen do botijão, toman-
do o cuidado de manter a caneca abaixo da linha gelada. Se a palheta não for loca-
lizada dentro de 10 segundos, a caneca deve ser abaixada de volta para o nitrogênio
por pelo menos 10 segundos antes de reiniciar a procura;
6. Descongele um máximo de cinco palhetas de cada vez (a não ser que o insemina-
dor não seja capaz de inseminar 5 vacas em 10 minutos para sêmen sexado, ou em
15 minutos para sêmen convencional). O número real de unidades para descongelar
deve ser baseado na eficiência do técnico e nas instalações (distância do desconge-
lador até a vaca, sistemas de contenção das vacas, entre outros fatores);
7. As palhetas devem ser devidamente secas após a retirada do descongelador e pro-
tegidos da luz solar. Corte a palheta reto, não em um ângulo, e encaixe no adapta-
dor da bainha de inseminação para evitar refluxo do sêmen;
8. Mantenha sempre papel toalha limpas na mão para limpar a vulva da vaca;
9. Abra os lábios vulvares para evitar tocar o aplicador de sêmen em qualquer coisa
que possa contaminá-lo;
10. Empurre o êmbolo do aplicador de sêmen de forma lenta e suave. Complete a tare-
fa em pelo menos 5 segundos.
COMO MELHORAR OS
RESULTADOS DOS PRÓXIMOS
DIAGNÓSTICOS DE GESTAÇÃO
DO SEU REBANHO?
POR RICARDA MARIA DOS SANTOS
E JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS
E xistem muitos fatores que afetam a eficiência no processo de fazer as vacas ficarem
gestantes. Conforto, sistema de resfriamento, nutrição, saúde do rebanho, genética,
manejo de vacas secas, pré-parto e pós-parto imediato, e a lista continua...
O cenário inteiro para resolução dos problemas reprodutivos de um rebanho pode
ser assustador, então, neste artigo, estão alguns pontos de checagem simples para se
conseguir melhoria na eficiência reprodutiva. Confira alguns itens que você pode abor-
dar para melhorar os resultados do próximo diagnóstico de gestação do seu rebanho.
Com inúmeras opções de touros disponíveis, muitas vezes é difícil escolher os tou-
ros certos para o seu rebanho. Se parte do seu objetivo é fazer os resultados dos seus
próximos diagnósticos de gestação melhorar, então o que você está realmente tentando
fazer é melhorar a fertilidade do rebanho. E uma das maneiras mais rápidas e simples de
fazer isso, é enfatizar a fertilidade do touro dentro de seu plano genético personalizado.
Quando você usa um touro de alta fertilidade, você está aumentando as chances
de fazer uma gestação com as inseminações que você usa esse touro específico.
Usar um software para manter seus registros será a melhor maneira de conseguir
atingir a recomendação do ponto nº 2 acima, ou seja, praticar a conformidade. Ao usar
um protocolo de IATF, sua programação de sincronização deve ser configurada em seu
software para que você possa segui-lo de forma precisa.
Se você usa dispositivos portáteis no campo para ajudá-lo a encontrar e trabalhar
com as vacas, a informação exata no software vai ajudá-lo a determinar a localização de
algumas vacas que podem ter sido trocadas de lote equivocadamente (quem trabalha
em fazenda sabe que essas trocas de lote são muito mais comuns do que a gente imagi-
na, e causam muitos transtornos na execução dos serviços, como aplicação dos hormô-
nios do protocolo de IATF, aplicação de BST, entre outros manejos). Isso aumenta a chance
de encontrar o animal certo para administrar o tratamento certo no momento certo.
Mantendo os dados precisos sobre dias pós-parto, data da última cobertura entre
outros irá garantir que você coloque as vacas certas na lista de diagnóstico de gestação
e o programa de reprodução não apresentará erros.
Claro, outros fatores de gestão afetarão quantas vacas serão diagnosticadas como
gestantes em cada ciclo, mas você pode fazer sua parte usando touros de fertilidade
elevada, praticar a conformidade em todos os procedimentos e manter os registros de
dados correto.
Cod: MM-13485.
DE PRENHEZ E
TENHA BEZERRAS
MAIS SAUDÁVEIS
Todos os direitos reservados. Material Produzido MAR/2021.
Copyright Zoetis Indústria de Produtos Veterinários Ltda.
N as últimas duas décadas, ocorreu nas fazendas leiteiras uma revolução no manejo
de reprodução, impulsionada pelo desenvolvimento de programas reprodutivos e a
adoção dos mesmo nas propriedades. Porém, o desempenho pode variar drasticamen-
te entre rebanhos que usam exatamente os mesmos programas. Embora a inconformi-
dade de execução dos protocolos entre os rebanhos continue a ser um problema, ela
não explica toda essa variação.
Em 1992, Jack Britt classificou vacas com base em escores de condição corporal
(ECC) semanais em dois grupos: vacas com ECC mais alto no parto que perderam muito
ECC durante as primeiras cinco semanas de lactação e vacas com menor ECC no parto
que mantiveram o ECC no mesmo período. As vacas que mantiveram o ECC pós-parto
tiveram taxa de concepção surpreendentemente maior no primeiro serviço do que
as vacas que perderam ECC pós-parto (62% versus 25%). Os resultados de três estudos
recentes (dois da Universidade de Wisconsin-Madison e um da Universidade Estadual
de Michigan) apoiam a observação do Dr. Britt e desafiam a suposição de longa data de
que todas as vacas normalmente perdem ECC após o parto.
Num dos artigos, 1.887 vacas holandesas de duas fazendas leiteiras comerciais de
Wisconsin, EUA, foram submetidas ao protocolo de Ovsynch duplo para primeira Inse-
minação Artificial em Tempo Fixo (IATF) pós-parto, sendo o ECC avaliado no parto e 21
dias após. No geral, 42% das vacas perderam ECC, 36% das vacas mantiveram e 22% das
vacas ganharam, durante as primeiras três semanas de lactação. Surpreendentemente,
a produção média de leite não diferiu entre esses grupos. E o mais impressionante, a
taxa de concepção 40 dias após a IATF foi de 25% para vacas que perderam ECC, 38%
para vacas que mantiveram ECC, e 84% para vacas que ganharam ECC.
Num outro experimento foram associados a perda drástica de peso corporal do
parto até três semanas de lactação e os efeitos negativos na qualidade do embrião, o
que provavelmente explicaria estas diferenças na fertilidade.
O estresse térmico é um fator que afeta a fertilidade de vacas lactantes de alta pro-
dução. Sendo assim, no verão e início do outono são observadas taxas de prenhez
(TP) reduzidas. Os programas de transferência de embriões são usados para produzir
mais animais de alto mérito genético, mas também poderiam aumentar a fertilidade,
contornando todos os fatores negativos que afetam o desenvolvimento de embriões an-
tes dos 7 dias (desenvolvimento de ovócitos, ovulação, fertilização e/ou desenvolvimento
inicial dos embriões).
Neste estudo, foram analisados os dados de inseminação artificial (IA) e tran-
frência de embrião (TE) entre junho de 2017 e maio de 2019. Junho, julho, agosto, se-
tembro e outubro, foram chamados meses críticos, uma vez que a taxa de concepção da
primeira IA fica inferior a 44%.
As vacas estavam alojadas na Maddox Dairy em Riverdale - Califórnia/EUA. O reba-
nho, formado de vacas holandesas, contava com a ordenha 3500 animais, com equiva-
lente adulto de produção de leite em 305 dias de 12.800 kg.
Vacas de primeira e segunda lactação eram incluídas em um programa de
sincronização da ovulação conhecido como presync-ovsynch estrus, para que a pri-
meira IA ocorresse aos 85 dias após o parto ou para receber um embrião 7 ou 8 dias
após cio esperado.
Os embriões eram produzidos in vivo ou in vitro em doadoras holandesas, e eles
eram transferidos frescos ou congelados.
O sangue foi coletado no dia 30 após
o cio esperado (23 dias após a TE) e a gesta-
ção diagnosticada pelo Teste de Gestação
Bovina IDEXX PAG (parte da placenta dos
ruminantes produz glicoproteínas associa-
das à gestação (PAG) que podem ser de-
tectadas por ELISA no sangue da vaca ges-
tante a partir de 28 dias. Vários rebanhos
leiteiros dos EUA têm usado este teste
para complementar ou substituir o uso da
ultrassonografia transrectal para diagnós-
tico precoce da gestação. A capacidade
preditiva da PAG para diagnosticar a ges-
tação é alta: acima de 95% de precisão).
PR = Taxa de prenhez; AdjPR = taxa de prenhez ajustada (vacas sem CL no momento da transferên-
cia de embriões foram consideradas vazias no cálculo)
ESTRUTURA DE REBANHO
E REPRODUÇÃO VS.
RETORNO ECONÔMICO
POR ANDRÉ NAVARRO LOBATO
E onde entra a reprodução nessa história? Quanto menor for o período de serviço,
ou seja, menor o intervalo entre parto e concepção, menor será o intervalo de partos e
consequentemente maior será a relação VL/VT. Sim! Mais vacas produzindo renda!
Nesse mesmo estudo do PDPL, foi obtida também a elasticidade entre o indica-
dor econômico TRC-ST e alguns indicadores reprodutivos e de estrutura de rebanho, ou
seja, o quanto uma variação percentual em um desses indicadores reprodutivos interfere
no indicador econômico em questão. E o resultado mais significativo foi justamente com
VL/TV! Para cada aumento de 1% na relação VL/TV houve uma elevação de 3,69% na TRCST.
Lembrando que para evitar interpretações errôneas, os indicadores citados foram e
devem ser calculados como média ano, já que variações mensais nos valores podem
ocorrer por diversos motivos como estação mais quente do ano, concentração de partos,
etc.
Concluindo, um bom programa de manejo reprodutivo, bem como a seleção de
animais com boa persistência de lactação são de fundamental importância para um
satisfatório retorno econômico na atividade leiteira.
O indicador VL/VT (média ano) abaixo do ideal é um sinal de que alguma coisa
está errada e que deve ser corrigida imediatamente, seja com a baixa persistência de
lactação ou com a reprodução, que envolve não só o manejo reprodutivo em si, mas
também vários outros pontos como boas práticas no pré e pós-parto das vacas, nutrição
adequada, conforto e bem-estar animal.
FATORES DETERMINANTES NO
MELHORAMENTO GENÉTICO
DE GADO DE LEITE?
POR PAMELA ITAJARA OTTO, DARLENE DALTRO,
JOÃO CLÁUDIO DO CARMO PANETTO,
FÁBIO FOGAÇA E MARCOS VINÍCIUS G.
BARBOSA DA SILVA
CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS
CARACTERÍSTICAS ADAPTATIVAS
Durante muitos anos a seleção de animais por conformação tem sido mais mar-
cante nos julgamentos de exposições agropecuárias. Recentemente, as classificações li-
neares, feitas pelas associações de raça, em alguns aspectos vêm sendo realizada de forma
padronizada. Isso permite que sejam feitas correções de características de conformação
que se apresentem debilidade, resultando assim, em ganho genético.
É relevante diferenciar a seleção para conformação, realizada em julgamentos de
exposições agropecuárias, daquela que é feita por meio da classificação linear. No julga-
mento, a seleção é realizada levando-se em consideração um conjunto de características
(de conformação raciais e de aparência geral) que o animal apresenta naquele momento.
E ao final, é premiado na comparação com outros de idade aproximada à sua. Já a seleção
pela classificação linear é baseada estritamente na avaliação individualizada das carac-
terísticas, determinadas pela associação de raça como, por exemplo, as de aspecto funcio-
nal. Por meio da classificação linear, a associação de raça tem condições de avaliar, coletar
dados, armazenar e identificar pontos fortes e fracos de todo o rebanho nacional.
Posteriormente, estes mesmos dados podem também ser utilizados para a sele-