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CAMPUS FLORESTAL

DIRETORIA DE EXTENSÃO E CULTURA


SERVIÇO DE RELAÇÕES EMPRESARIAIS E ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Rodovia LMG 818 - Km 06 – 35690-000 – Florestal/MG
Contatos: (31) 3602-1196 - estagio.ufvflorestal@ufv.br - www.estagio.caf.ufv.br
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

E HABILITAÇÃO PROFISSIONAL

Nome: Jeane Natália Resende Marques


Curso: Agronomia
Área de Atuação: Suinocultura

Julho/2022
Trabalho apresentação para avaliação profissional de estágio curricular obrigatório do Curso
agronomia, da Universidade Federal de Viçosa – Campus UFV Florestal (CEDAF), tendo como
orientadores a Ana Teresa Péret Dell Isola e Diego Antônio França de Freitas, e como supervisor
Rosiléia Silva Othero.

ESTAGIÁRIO:
Nome: Jeane Natália Resende Marques
Curso: Agronomia
Matrícula: EF02605
Endereço Completo: Rua Maria Jovelina de Faria, nº 40; Bairro: Califórnia – Florestal/ Minas
Gerais
Telefone: (31) 99662-4827
E-mail: jeane.marques@ufv.br

ESTÁGIO:
Parte I
Período de realização: De 14/01/2020 a 15/02/2020
Carga Horária Total: 200 horas
Parte II
Período de realização: De 27/06/2022 a 04/07/2022
Carga Horária Total: 32 horas

EMPRESA:
Nome: Rosemery Silva e outros – Fazenda Campestre
Endereço: Estradas Correias, KM 7 – Zona Rural; Piracema – MG
CNPJ: CPR 0011901230090
Principal Atividade: Produção de suínos

SUPERVISOR DE ESTÁGIO:
Nome: Rosiléia Silva Othero
Formação ou cargo que ocupa na empresa: Médica veterinária
Telefone: (31) 99950-5193
E-mail: fazendacampestre@yahoo.com.br

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SUMÁRIO:
1. INTRODUÇÃO 4
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 4
2.1. Instalações de uma Unidade produtora de leitões (ULT) 4
2.1.1. Setor de reposição e recebimento de fêmeas nas UPL 5
2.1.2. Quarentena 5
2.1.3. Manejo sanitário de marrãs 5
2.1.4. Estimulação da puberdade 6
2.1.5. Adaptação na gaiola e flushing 6
2.2. Gestação 6
2.2.1. Instalações 7
2.2.2. Limpeza das instalações 7
2.2.3. Manejo nutricional 7
2.2.4. Manejo sanitário 7
2.2.5. Detecção de cio 7
2.2.6. Protocolo de inseminação 8
2.3. Maternidade 8
2.3.1. Instalações 8
2.3.2. Limpeza da maternidade 8
2.3.3. Parto 9
2.3.4. Indução do parto 9
2.3.5. Atendimento e interversão ao parto 9
2.3.6. Manejo do recém nascido 9
2.3.7. Eliminação de leitões com baixo peso 10
2.3.8. Fornecimento de ração na maternidade e desmame 10
2.4. Creche 10
2.4.1. Instalações 10
2.4.2. Limpeza e manutenção da creche 11
2.4.3. Ambiência na creche 11
2.4.4. Arraçoamento na creche 11
2.5. Terminação 11
3. CONCLUSÃO 11
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12

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1. INTRODUÇÃO
O estudo publicado pelo Bureu Australiano de Ciência e Economia Agrícola e de Recursos
(ABARES), em 2019 nos últimos 20 anos houve o aumento global do consumo de carne, cerca
de 60%. De acordo com a ABARES, os países em desenvolvimento foram responsável por esse
crescimento.
Segundo os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 2021 a
carne suína foi a mais consumida mundialmente, sendo que 40,1% do consumo per capita
mundial.
Entretanto, os brasileiros consomem mais carne de boi e frango, sendo o consumo per capita
de carne suína inferior, apesar de que nas últimas décadas ocorreu o crescimento dos
consumidores (EMBRAPA, 2013.). Visando a perspectiva de crescimento do consumo de carne
suína e a potência de produção. O estágio proporciona o visão econômico e social que a
suinocultura trás para o Brasil, o estágio ensina na pratica as dificuldade e desafio do setor,
possibilitando pesquisas e desenvolvimento.
Este trabalho tem como objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante o estágio
curricular obrigatório na área de suinocultura. O estágio foi realizado na Fazenda Campestre
localizado no município de Piracema, no estado de Minas Gerais.

2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.1. Instalações de uma Unidade produtora de leitões (ULT)
A Fazenda Campestre, a produção dos suínos é feita em ciclos completos (CC), onde
desenvolve todas as etapas de produção do animal. Sendo a unidade produtora de leitões
(ULT) e unidade de crescimento e terminação (UT) são em conjuntos. A propriedade tem
UPL própria com 1553 matrizes que produzem a média de 710 leitões por semana, num
total de 34080 animais/ano.
Na granja possuem escritório para onde os dados são armazenados e avaliados,
almoxarifado para a organização de material de limpeza, peças de reposição e material de
uso da granja, sala de medicamentos com refrigerador para o armazenamento adequada de
cada medicação. Localizado na entrada da granja há banheiros para a desinfecção para
funcionários e visitantes tomarem banho e fazer a troca de roupa.
Na UPLs consta com salas de maternidade, de creche, gestação, crescimento e
engorda/terminação. Onde possuem local apropriado para carregamento e descarregamento
dos animais além de balanças para aferição dos pesos dos animais para venda ou reposição.

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FIGURA 1- Foto aérea FONTE: Google Maps

2.1.1. Setor de reposição e recebimento de fêmeas


Nas UPLs as fêmeas são provenientes de boa genética, chegando aproximadamente
com 120 dias, apresentando um bom ganho de peso diário que visa escolher a melhor
genética de adaptabilidade para a granja. O valor para compra das matrizes suínas é de
acordo com o mercado da carne suína, sendo o preço fechado no dia 23 de junho de
2022 á R$7,30 (sete reais e trinta centavos) (Associação dos Suinocultores do Estado
de Minas Gerais - ASEMG, 2022).
2.1.2. Quarentena
A quarentena é realizada em prol de evitar contaminação ou introdução de agentes
patogênicos na granja (EMBRAPA, 2003.). Onde o animal recebido é deixado em uma
instalação segregada por um período aproximadamente de 30 dias e depois introduzido
na granja. Sendo feito a adaptação do animal a microbiota da granja antes da
introdução no galpão.
2.1.3. Manejo sanitário de marrãs
Segundo a EMBRAPA (2003), o manejo sanitário é modo sistemático e organizado
para acompanhar a saúde do rebanho. Onde o objetivo é a granja livre de algumas
doenças (GRSC), onde há o diagnóstico e a avaliação para medidas de controle e
vacinação.
As vacinas são estocadas em freezer, onde a temperatura é controlada evitando perda
por congelamento. As aplicações são feitas com seringas descartadas onde a cada 10
animais é descartada.
O protocolo de vacinação é feito em marrãs antes da cobertura contra pneumonia
enzoótica aos 140 dias de idade dois mililitros, parvovirose, erisipela, leptospirose a
primeira dose em 175 dias e a segunda dose em 190 dias juntamente com a circovirose
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que é dose única. Após a cobrição das marrãs é feita a vacinação contra rinite 90 a 97
dias com dose única, colibacilose, clostridium e rotavirus com 60 a 67 dias de gestação
a primeira dose e a segunda dose com 80 a 87 dias de gestação.
2.1.4. Estimulação da puberdade
O estimulo acontece com o rufião sexualmente maduro passando na frente das baias
por aproximadamente 20 minutos, quando a fêmea manifesta o cio é formado o grupo
para a cobertura.
Caso a fêmea não apresentar cio primeiramente é feita a restrição alimentar de 24
horas na tentativa de estressar o animal e induzir a ovulação ou é aplicado um mililitro
de gonadotrofina sérica equina e gonadotrofina coriônica humana.
2.1.5. Adaptação na gaiola e flushing
São colocadas as marrãs nas gaiolas 15 dias antes da cobrição para a adaptação.
Onde recebe quatro quilos de ração lactação até apresentar o cio, após entrar no cio a
ração é a mesma do protocolo de gestação.

FIGURA 2- Fêmeas em gaiolas. FONTE: Arquivo pessoal


2.2. Gestação
2.2.1. Instalações
A granja da Fazenda Campestre as fêmea apresentam a média de gestação de 115
dias, que segundo os autores Sobestiansky et al. (1998), a gestação de uma porca é para
a reprodução sendo que passa dois terço de sua vida em período gestacional.
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Nas instalações da granja as porcas durante o período de gestação ficam sem celas
individuais (Figura-3). O arraçoamento é feito no mesmo cocho que é fornecido a
água, onde se esgota a água antes de fornecer a ração para o animal. Algumas baias
contém chupeta para o fornecimento de água.
As salas da gestação possuem cortinas laterais, sistema de nebulização e ventiladores
para diminuir o estresse térmico pelo calor.

Figura 3- Fêmea na gestação em gaiolas. FONTE: Arquivo pessoal


2.2.2. Limpeza das instalações
As instalações são varridas diariamente, onde o acumulo dos dejetos e rações caem
na canaletas. As canaletas são limpas pelo menos uma vez por semana, onde os dejetos
são empurrados os canais de coleta evitando a emissão de gases nas salas.
2.2.3. Manejo nutricional
A ração para as fêmeas em gestação é fornecida ração duas vezes ao dia. A
quantidade varia durante o período de gestação onde os dois dias que antecedem o
parto as fêmeas recebem dois quilos de ração e no dia do parto não recebem ração.
2.2.4. Manejo sanitário
O protocolo de vacinação adotado par as marrãs é o vacina de circovírus sendo a
primeira dose aos 55 dias de gestação e segunda dose aos 85 dias de gestação e a
vacina de colibacilose neonatal é feita a primeira dose ao com 55 dias de gestação e a
segunda dose com 85 dias de gestação. Na porca é adotado outro protocolo sendo a
vacina circovírus e colibacilose neonatal feita em doses únicas aos 85 dias de gestação.
2.2.5. Detecção de cio
O macho ou cachaça é conduzido durante o período da manhã nas salas. Caso ocorra
o contato dos “focinhos” entre os animais o funcionário realiza o teste de reflexo de
tolerância ao homem na presença de macho e avalia a hiperemia e edema vulvar. A
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fêmea ao apresentar permanecia estática e orelhas eretas na presença do macho são
feito a marcação para possivelmente realizar a inseminação.
2.2.6. Protocolo de inseminação
A inseminação é feira em três doses de sêmen sendo uma dose a cada 12 horas, sendo
o mesmo protocolo de inseminação para as marrãs.
Quando é realizada a inseminação o sêmen é transportado dentro de caixa térmica,
retirando da geladeira apenas as que serão usadas. São usadas pipetas descartáveis que
são usadas para a aplicação do sêmen na fêmea e em seguida descartadas e lixeiras
apropriadas.
São feitas anotação na ficha do animal sobre os dados da inseminação como data,
macho utilizado e data provável do parto.

Figura 4- Inseminação artificial. FONTE: Arquivo pessoal


2.3. Maternidade
2.3.1. Instalações
O galpão da propriedade possuem baias para os animais, onde as celas parideiras são
feitas de ferro onde possuem escamoteador equipado com lâmpadas. Na parte frontal
das celas possuem chupeta para a fêmea beber água e cocho onde é colocado a ração
para a alimentação. Os pisos são vazados com grelhas de plásticos onde são vazadas
evitando que a porca lesione os casco e joelhos.
2.3.2. Limpeza da maternidade
As salas da maternidade são desocupadas onde são lavadas com detergente neutro e
água sobre pressão e após são desinfetadas se seguida as salas passam por vazio
sanitário de aproximadamente uma semana.
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2.3.3. Parto
Aproximadamente cinco dias antes da data prevista para o parto da porca, o animal é
transferido das baias de gestação para as baias de maternidade. Onde o deslocamento é
feito nas horas mais fresca do dia.
2.3.4. Indução do parto
São induzidos apenas partos após o 115º dia de gestação. Que é feito a indução
utilizando uma dose única, um análogo da prostaglandina F2α.
2.3.5. Atendimento e intervenção ao parto
Após apresentar os primeiros sinais a fêmea é assistida por um funcionário que avalia
os sinais e as contrações abdominais. Na sala contém um kit maternidade onde contém
iodo, tesoura, fio de algodão e solução desinfetante.
Segundo Dallanora & Machado (2010) os partos anormais ou parto distócico
necessitam da intervenção humana com massagem abdominal ou a realização do toque.
Com as faltas de contrações podem ocasionar problemas como animais mal
posicionados ou animal muito grande.
O toque ocorre apenas em casos que não ocorre a expulsão dos leitão após apresentar
forte contrações.

Figura 5- Leitão pós-nascimento. FONTE: Arquivo pessoal


2.3.6. Manejo do recém-nascido
Após o nascimento o animal é limpo retirando toda a secreção próxima à boca e
narinas do leitão facilitando a respiração. É feito o corte do cordão umbilical e
amarrado aproximadamente 2 cm da inserção do abdômen onde é mergulhado em
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solução de iodo para desinfecção.
Ao termino do parto o funcionário anota o número de leitões e peso médio, além de
anotar na ficha da porca se houve alguma anomalia durante o parto.
Os leitões com 24 horas de vida são feito o desgaste dos dentes por meio de uma
lixadeira. E a castração dos leitões machos é realizada no sétimo dia de vida.
2.3.7. Eliminação de leitões com baixo peso
São eliminados leitões que apresenta peso abaixo de 650 gramas no momento do
nascimento.
2.3.8. Fornecimento de ração na maternidade e desmame
O desmame dos leitões ocorre naturalmente de maneira gradual, portanto os leitões
desmamados precoces recebem um pré-alimento altamente digestível para que aumente
o peso ao desmame, e consequentemente um maior peso no abate (DALLANORA &
MACHADO, 2010).
Desse modo, no sétimo dia os leitões recebem um papinha, que é a vontade até dois
dias após o desmame, para que não estresse o animal.
O desmame ocorre no vigésimo primeiro dia, onde são retiradas da maternidade e
conduzidas por corredores as instalações da creche, onde são separados por tamanho e
peso.
2.4. Creche
2.4.1. Instalações
As instalações da creche são com pisos vazados de plástico. Onde os comedouros é
tipo cocho onde é fornecido ração quatro vezes ao dia, os bebedouros são tipos
chupetas.

Figura 6- Leitões na creche. Fonte: Arquivo pessoal

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2.4.2. Limpeza e manutenção da creche
Os animais transferidos para creche após a limpeza das salas que são lavadas com
detergente e solução desinfetante como na maternidade.
2.4.3. Ambiência na creche
Segundo Dallanora & Machado (2010), para que o animais aproveite o máximo de
seu potencial genético e todos os nutrientes sejam absorvidos da ração para o
desenvolvimento e não para a manutenção da temperatura é fundamental que os leitões
tenho conforto térmico.
Para o conforto dos leitões é feito o controle térmico com cortinas, onde permite boa
renovação de ar e evita corrente de ar nos leitões.
2.4.4. Arraçoamento na creche
Após a desmama a ração pré inicial I é feita e forma de papinha e seguida de forma
seca. Após o consumo indicado de quilos da ração é fornecida a ração pré-inicial II.
Todas as rações na creche contem colistina e outros medicamentos de acordo com
necessidade sanitária da granja.
2.5. Terminação
Os animais destinados à terminação são restritos de ração por 12 horas que antecede o
carregamento e água é mantido até o carregamento. O carregamento é feito durante o
período mais fresco do dia. Os animais ficam em baias coletivas separadas por tamanho e
peso.
3. CONCLUSÃO
A vivência no meio profissional, onde há os questionamentos dos conhecimentos adquiridos
na graduação com a vivência no estágio. O aprendizado adquirido no estágio curricular
supervisionado é de suma importância na formação do engenheiro agrônomo.
Além do contato profissional que é feito durante a experiência do estágio permite ampliar o
contato com profissionais da área.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
o Consumo de carne em 2021 em todo o mundo. Pork Check Off. Disponível em:<
https://porkcheckoff.org/pork-branding/facts-statistics/>. Acessado em: 30 de junho de
2022.
o DALLANORA, D.; MACHADO, I. P. Manual de manejo em maternidade e creche In:
ALBERTON, G. C.; ZOTTI, E. Tópicos em sanidade e manejo de suínos. 1 ed.
Campinas. SP. Edição Curuca. p. 361-359, 2010.
o Preços. ASEMG – Associação dos Suínocultores de Estado de Minas Gerais. Disponível
em : < https://www.asemg.com.br/precos> Acessado em: 30 de junho de 2022.
o Serviço Agrícola Estrangeiro. Departamento de Agricultura dos Estados Unidos –
USDA. Disponível em : <
https://apps.fas.usda.gov/psdonline/app/index.html#/app/advQuery> Acessado em: 30 de
junho de 2022.
o SOBESTIANSKY, Jurij et al. Suinocultura intensiva: produção, manejo e saúde do
rebanho. Embrapa Produção de Informação, 1998.
o SUÍNOS, EMBRAPA. Aves. Produção de Suínos, 2003.
o WHITNALL, Tim; PITTS, Natan. Tendências globais no consumo de
carne. Commodities Agrícolas, v. 9, n. 1, pág. 96-99, 2019.

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