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Curso de Nutrição EaD – Metodologia Semipresencial

CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL S.A.

Relatório de Estágio Curricular


Supervisionado em Nutrição Clínica

Dorimar Dias da Silva Sousa


RGM:23540753

Planaltina GO
2023
Curso de Nutrição EaD – Metodologia Semipresencial
CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL S.A.

Relatório de Estágio Curricular


Supervisionado em Nutrição
Clínica

Relatório apresentado à disciplina de Estágio Curricular Supervisionado


em Nutrição Clínica do Curso de Nutrição da Cruzeiro do Sul
como requisito parcial para aprovação.

Dorimar Dias da Silva Sousa


RGM:23540753

Supervisor de Campo: Nutricionista Laura dos Santos Siqueira


Supervisor Acadêmico: Profª Ms. Paula Morcelli de Castro

Planaltina
GO 2023
Curso de Nutrição EaD – Metodologia Semipresencial
CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL S.A.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

SUPERVISIONADO

DADOS DO ALUNO

Nome: Dorimar Dias da Silva Sousa

RGM: 23540753

Semestre: 7º

Estágio Curricular: NUTRIÇÃO CLÍNICA

DADOS DO LOCAL DE ESTÁGIO

Razão Social: FUNDO MUNICIPAL SAUDE DE PLANALTINA GOIÁS

Nome Fantasia: HOSPITAL MUNICIPAL MATERNO INFANTIL SANTA RITA DE


CÁSSIA

Endereço: QD 08 115 LOTEAM SANTA RITA CEP: 73752080 - Setor Leste

Nutricionista Responsável: Laura dos Santos Siqueira CRN:CRN1-15737

Telefones:(61)9 99158383

INFORMAÇÕES SOBRE ESTÁGIO

Início: 09/02/2023 Término:25/04/2023 Total de horas:210


AGRADECIMENTOS

Deixo aqui meus agradecimentos a minha preceptora de campo de estágio Laura, que
me deu esta possibilidade de esta estagiando nesta unidade hospitalar, e teve toda a paciência
e disponibilidade para esta aperfeiçoando meus conhecimentos. Em nutrição clínica ,
esclarecendo minhas dúvidas que não foram poucas.
Quero também agradecer à minha preceptora acadêmica de estágio Paula Morcelli,
uma pessoa maravilhosa que Deus colocou no meu caminho para me conduzir da melhor
maneira para que esse estágio seja concluído da melhor forma.
I. INTRODUÇÃO

Este estágio em nutrição clínica é muito importante para meu aprendizado, porque é
nele que tenho meu primeiro contato com pacientes da vida real, saindo da literatura e
finalmente conhecendo as demandas e os conflitos de perto, que provavelmente irei
intermediar e tentar resolver ou amenizar na minha vida profissional, com a segurança de ter a
minha preceptora de estágio ao meu lado para me orientar na melhor conduta em caso de
dúvidas e também tirar dúvidas que possam surgir assim como me passando a segurança que
preciso neste primeiro momento.
Para a formação de um profissional o estágio é de suma importância, pois é a hora que
você põe em prática, ou acompanha a prática de tudo que aprendeu nos livros e aulas durante
o curso. E o estágio de nutrição clínica se faz muito necessário pois é uma das áreas mais
executadas por quem se forma no curso de nutrição.

II. RELATÓRIO DO HOSPITAL

A - Características da Instituição
● Nome do Hospital e localização.

Hospital Municipal Materno Infantil Santa Rita de Cássia localizado na quadra 08 do


loteamento Santa Rita em Planaltina GO.

● Instituição Mantenedora

Prefeitura Municipal de Planaltina GO

● Tipo de Hospital.

Este é um hospital público geral de pequeno porte e municipal.

● Estrutura administrativa: organograma


Figura 1 - Organograma administrativo HSRC- 2023

● Tipo de população atendida.

Neste hospital é atendida a população de baixo risco, sendo feita uma triagem de
gravidade das necessidades do paciente e quando se exige uma tratamento mais aprofundado
ou especializado, este paciente é encaminhado para outras unidades hospitalares melhor
equipada em Goiânia ou em outras cidades do estado de goiás

● Número de leitos, porcentagem de ocupação e média de permanência:

Este hospital conta com 28 leitos, e um box de emergência. A ocupação média é de


50% em dias normais. A média de internação é de 2 a 4 dias, sendo que se houver melhora o
paciente recebe alta e em caso de não haver evolução do quadro clínico ou mesmo piora o
paciente é transferido para outra unidade hospitalar.

● Especialidades atendidas

As especialidades atendidas neste hospital são: pediatria, clínica médica, obstetrícia,


ortopedia, otorrino, nutrição, fonoaudiologia mas somente casos de emergência pois os
atendimentos ambulatoriais são feitos nos PSFS de cada quadra e setor. E nem todos os dias e
horários tem todas essas especialidades disponíveis
B - Serviço de Nutrição e Dietética

● Características gerais e Produção:

O serviço de nutrição nesta unidade hospitalar é um serviço em que uma única


nutricionista, exerce a nutrição clínica e também é responsável por toda a administração da
UAN. Como orientar a equipe elaborar cardápio e também pela aquisição de gêneros
alimentícios e tudo que for de competência nutricional nesta unidade hospitalar.

● Organograma da unidade de alimentação e nutrição (UAN).

Figura 2 - Organograma UAN HSRC -2023

● Localização da cozinha; áreas existentes e planta física (se houver a do local e


for liberada, pode utilizar, ou elaborar um “boneco” da estrutura do local).
A cozinha fica localizada no terceiro corredor a direita em frente a sala da
nutricionista e a copa, ao lado da cozinha fica o refeitório dos funcionários. Junto a cozinha
fica a dispensa onde são armazenados alimentos com embalagens abertas acondicionadas em
latas plásticas.
Figura 3 – Planta física da cozinha HSRC-2023

● Características das áreas (iluminação, ventilação, piso, paredes, teto, etc.) –


descrever e analisar conformidade com a legislação vigente.

-A iluminação é feita por lâmpadas de led simples sem proteção, Não está de acordo
com o item 4.1.8 da Resolução Nº216 de 15 de setembro de 2004. Onde diz “ as luminárias
localizadas sobre a área de preparação dos alimentos devem ser apropriadas e estar protegidas
contra explosão e quedas acidentais.

-Paredes de cor branca mas apresentam algumas rachaduras, Não está de acordo com o
item 4.1.3 da Resolução Nº216 de 15 de setembro de 2004. Onde diz: "As instalações físicas
como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso, impermeável e lavável. Devem
ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos,
infiltrações, bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir contaminantes
aos alimentos”.
-Não possui tela no exaustor, Não estão de acordo com o item 4.1.4 da Resolução
Nº216 de 15 de setembro de 2004. Onde diz: "As aberturas externas das áreas de
armazenamento e preparação de alimentos, inclusive o sistema de exaustão, devem ser
providas de telas milimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas. As telas
devem ser removíveis para facilitar a limpeza periódica”.
- Não existe lavatório exclusivo para higiene das mãos. Não estão de acordo com o
item 4.1.14 da Resolução Nº216 de 15 de setembro de 2004. Onde diz “ Devem existir
lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipulação”,

-Possui um buraco na parede na saída do esgoto falta de acabamento, Não está de


acordo com o item 4.1.3 da Resolução Nº216 de 15 de setembro de 2004. Onde diz “Devem
ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos,
infiltrações, bolores, descascamentos”,
-A pia pequena que é usada para higienização dos pratos tem um tecido no bico da
torneira, este tecido pode transmitir bactérias e fungos de um alimento ou utensílio para
outro, assim como desenvolver colônias de bactérias e fungos, vindo a contaminar os
alimentos.
-O suporte da pia está enferrujado,Não está de acordo com o item 4.1.3 da Resolução
Nº216 de 15 de setembro de 2004. Onde afirma:”Devem ser mantidos íntegros, conservados,
livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos,
dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos alimentos”.
-Possui vazamento no ralo da pia, Não está de acordo com o item 4.1.3 da Resolução
Nº216 de 15 de setembro de 2004 Onde afirma:”Devem ser mantidos íntegros, conservados,
livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos,
dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos alimentos”.
-O rodapé em cima da pia apresenta falhas no revestimento cerâmico. Não está de
acordo com o item 4.1.3 da Resolução Nº216 de 15 de setembro de 2004 Onde afirma: “
Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras,
vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir
contaminantes aos alimentos”.
-A porta não possui sistema de fechamento automático e é só meia porta não vai até
em cima. Não estão de acordo com o item 4.1.4 da Resolução Nº216 de 15 de setembro de
2004. Onde diz: “ As portas e as janelas devem ser mantidas ajustadas aos batentes. As
portas da área de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotadas de
fechamento automático”.
-Janelas são teladas de alumínio e blindex, estão de acordo com o item 4.1.4 da
Resolução Nº216 de 15 de setembro de 2004
Por estes motivos descritos acima concluí que a UAN do HSRC não está de acordo na
maioria de seus itens com a legislação vigente de acordo com a Resolução Nº216 de 15 de
setembro de 2004 da agência nacional de vigilância sanitária.

● Tipo de distribuição (centralizada, descentralizada ou mista).

A distribuição é centralizada, sendo toda alimentação produzida em uma única


cozinha, com uma única copa e também distribuída pela mesma copeira, por se tratar de um
hospital bem pequeno onde tudo é adaptado. Os alimentos são produzidos e porcionados na
cozinha. Somente a dieta enteral é manipulada na copa e os pães e suco para o lanche da
tarde.

● Sistema de porcionamento

No porcionamento para pacientes somente as dietas enterais são medidas por ml ou


gramas mais a alimentação em geral, é utilizado as medida caseira colher de servir.
A dieta dos pacientes são servidas duas colheres de servir de arroz, uma concha de
feijão, um pedaço de médio de carne, uma colher de servir de salada e uma colher da
guarnição, este é o padrão geral mas há algumas modificações por exemplo quando o
paciente no ato da visita nutricional, pede mais caldo ou menos quantidade ou até mesmo
mais quantidade. Nestes casos são atendidos estes pedidos desde que não haja nenhuma
restrição alimentar.
Já a alimentação dos funcionários é usado o sistema self service onde o próprio
funcionário se serve à vontade.
Na alimentação dos funcionários sempre é quase a mesma dos pacientes geralmente é
arroz, feijão, carne ou frango, uma guarnição e salada. A única diferença na alimentação dos
funcionários ou dos pacientes é que sempre é uma carne diferente, como quando é carne para
paciente, para funcionário é frango e virce e versa.

● Acondicionamento das dietas e identificação.


As dietas são acondicionadas em pratos de vidro e cobertos com plástico filme e são
etiquetados com nome e local dos pacientes, e às especificações hipertensão arterial sistêmica
(HAS), diabetes mellitus (DM), mais caldo, menos quantidade ou mais quantidade etc, isso de
acordo com consulta feitas ao prontuário, e também a entrevista feita na visita ao pacientes,
pela nutricionista.
As dietas do isolamento são acondicionadas em marmitas descartáveis de isopor, e os
talheres utilizados são descartáveis para todos os pacientes.

● Controle de qualidade (supervisão da distribuição, degustação e amostras para


análise microbiológica).

Como controle de qualidade são coletadas amostras no início antes de começar o


porcionamento e também aferida a temperatura de todos os alimentos antes de começar o
porcionamento. As amostras são guardadas em freezer por três dias e depois descartadas

● Transporte para as copas

No hospital só existe uma copa, que fica localizada em frente a cozinha mas o
transporte dos alimentos é feito através de um carrinho de inox simples sem aquecimento o
mesmo que leva os alimentos até os pacientes.

● Número médio de refeições servidas por dia (nas cozinhas geral e dietética –
tanto para pacientes quanto funcionários, número total por refeição e segundo o tipo de dieta.

O hospital não possui cozinha dietética, somente uma cozinha geral. Onde são
produzidas em média 380 refeições por dia. Sendo 200 refeições para 100 funcionários
(almoço e jantar) que tem um cardápio separado dos pacientes e 180 que são em média 15
para pacientes e 15 para acompanhantes (desjejum, colação, almoço, lanche, jantar e ceia.)

● Sistemas de compras, controle, recebimento e armazenamento


dos gêneros alimentícios.
Os pedidos são feitos de forma online, por ser uma unidade de pequeno porte e as
compras feitas semanalmente é avaliado o cardápio e através dele feito o pedido do que falta
para a semana isso é feito pela nutricionista.
São feitos todos os pedidos de todos os gêneros alimentícios, e também das
embalagens necessárias pelo sistema SIGEP, já os produtos de limpeza são adquiridos e
armazenados por outro setor do hospital. E sempre que preciso são buscados no almoxarifado
pela EN.
No ato da entrega todos os produtos alimentícios e as embalagens são conferidos pela
EN e são armazenados.
Os congelados são armazenados nos freezers, que ficam na copa, as frutas verduras
são armazenados cada tipo em uma caixa de plástico tipo caixa de supermercado em
prateleiras que também ficam na copa, hortaliças ficam armazenadas no refrigerador da
cozinha, os não perecíveis assim como as embalagens ficam armazenados na sala da
nutricionista em prateleiras afastadas da parede organizados tipo prateleiras de supermercado
por tipo e data.
No ato da entrega são conferidos todos os itens no pedido e também nas notas e
quando falta algo, ou vem de má qualidade ou até mesmo deteriorado é confeccionado um
ofício pela nutricionista e enviado para a empresa responsável pela entrega. Que tem um
prazo de até três dias para corrigir o erro, que caso não seja corrigido pode excluí-la do
próximo pregão assim como gerar multa contratual.

● Características das áreas de recebimento e armazenamento – descrever e


analisar conformidade com a legislação vigente.

Os alimentos são recebidos por uma porta no final do corredor da cozinha, e dela são
transportados. Os alimentos perecíveis como carnes são armazenados em freezer, que ficam
na copa, mas antes de serem armazenados, são removidos das caixas de papelão e é
verificada a temperatura todos os dias destes freezers. As frutas e verduras ficam em
prateleira com caixas de mercado separadas por tipo, cada tipo possui sua caixa a copa é
climatizada por ar condicionado que é mantido sempre no 17ºC para melhor conservação
dos hortifrutis e impedir a proliferação de bactérias. Os alimentos não perecíveis são
acondicionados na sala da nutricionista em prateleiras, afastadas da parede todos
organizados por datas. Tipo prateleiras de supermercado.
De acordo com a RDC 261 da ANVISA não está de acordo pois precisaria de um
depósito exclusivo para armazenamento desses alimentos e não na sala da nutricionista e
nem na copa.
● Previsão de gêneros

A previsão de são feitas de modo semanal, mesmo os alimentos não perecíveis por não
possuir um local amplo para armazenamento. De acordo com a baixa que houve no estoque,
nem sempre é preciso adquirir certos tipos de gêneros, antes de fazer o pedido é feito uma
análise pela nutricionista junto com a técnica em nutrição dos produtos que estão com o
estoque baixo.

● Sistemas de compras

Geralmente no início do ano é realizado pregão e licitação, onde o vencedor assina


contrato com a secretaria de saúde, se comprometendo a entregar aqueles gêneros
alimentícios por todo o ano, com valores pré estabelecidos e durante todo o ano usa se o
sistema de compras que é o SIGEP. Para fazer os pedidos semanais de todos os gêneros
alimentícios como cereais, biscoitos, pães, enlatados, laticínios, carnes, verduras, frutas e
também embalagens. Que são feitas todas as terças feiras e entregues nas quinta feiras.

● Pessoal

● Funcionários do Serviço de Nutrição (cargos, quantidades e distribuição.

O serviço de nutrição possui 22 funcionários, uma nutricionista, uma técnica em


nutrição, 6 cozinheiras, 6 copeiras e 8 auxiliares.

● Administração de pessoal (jornada de trabalho dos funcionários).

O pessoal da cozinha, cozinheiras, copeiras, e auxiliares trabalham no sistema de


escala 12x36 h. Sendo assim distribuídos em 5 equipes no dia e duas equipes a noite.

● Uniforme/Vestuário (descrição).

Não possuem uniforme padronizado, funcionários usam calça, camiseta, tênis, touca e
avental. O serviço só fornece touca e avental. Alguns funcionários compram uniformes por
sua própria conta.
● Treinamento (tipos e periodicidade).

São feitas palestras de seis em seis meses. Sobre higiene, manipulação, conservação de
alimentos e boas práticas no preparo dos alimentos.

● Avaliação de desempenho (critérios e impressos utilizados).

São avaliados através de dinâmicas desenvolvidas na palestra e também no


desempenho de suas funções do dia a dia, não há instrumentos e o único feedback para o
funcionário e algum elogio por parte da nutricionista ou dos colegas de trabalho

Cardápios

● Existência de manual de dietas hospitalares

Sim existe um manual que está desatualizado e não é seguido a nutricionista me


explicou que o manual não é seguido por estar desatualizado e também por falta de muitos
recursos exigidos por este manual. A dieta praticada é a dieta geral, às vezes a dieta pastosa
que consiste em pegar uma quantidade de comida com caldo e liquidificar sendo servida em
um copo de 400ml com tampa de plástico descartável, a dieta líquida funciona da mesma
forma somente acrescentando mais caldo e menos grão e também liquidificando, a dieta
hipossódica consiste em alimentos normais preparados com sal apenas o feijão desta dieta não
contém sal e a dieta para diabéticos, que muda o arroz para arroz integral ou acrescenta~se
aveia no arroz e não é acrescentado açúcar ao suco do lanche ou café.

● Planejamento do cardápio (responsável e periodicidade). Anexar o cardápio


semanal.

O planejamento do cardápio é semanal e a responsável por sua elaboração é a


nutricionista.
Figura 1 - Cardápio semanal de funcionários do HSRC (2023).

Figura 2 - Cardápio semanal para pacientes do HSRC (2023).

● Tipos de dietas padronizadas, características, indicações, composição básica


(alimentos e preparações utilizadas no: desjejum, colação, almoço, lanche da tarde, jantar e
ceia) e o valor nutritivo das DIETAS DE ROTINA, avaliando-se macro e micronutrientes
essenciais
Abaixo temos nos quadros as calorias, os macros e os micronutrientes calculados
com o uso do aplicativo DIETBOX estes cálculos são referentes às refeições de um
dia.

Quadro 1 – Macronutrientes HSRC 2023

HSRC desjejum colação almoço lanche jantar ceia total

calorias 259 kcal 67k cal 503 kcal 315 kcal 552 kcal 47 kcal 1.489 kcal

proteína 6,67g 0,82g 36.94g 4,64g 40.05g 1,66g 90.76g

CHO 33.15g 17.13g 61.35g 52.73g 48.39g 9.86g 222.62g

lipídeos 12.19g 0.25g 18.50g 9,87g 20.82g 0,09g 61,72g


Quadro 2 – Micronutrientes HRSC 2023

açúcar total 38,33g

cálcio 259,38 mg +1000g

colesterol 247.98 mg

ferro 12,07 mg -8mg

fibra alimentar 18.49 g +38g

fósforo (P) 890.22 mg -700mg

G.monoinsaturada 19.11g

G. poli-insaturada 9.83g

G. saturada 24.23g

G. gordura trans 2.11g

magnésio 220.48mg +400mg

manganês 2,19 mg +2.3mg

potássio 2.025,07 mg +4.700mg

selênio 83.51 mcg -55mcg

sódio 2.125,99mg +2.300 mg

vitamina A 301,78 mcg +900 mcg

vitamina B¹ 1.37mg -1.2 mg

No desjejum a dieta geral é pão, café com leite ou chá;

Na coleção sempre é oferecido uma fruta;


No almoço temos; arroz, feijão, uma proteína, verdura e salada;
No lanche da tarde: Pão doce com chá, café ou suco
No jantar: arroz, feijão, uma proteína, verdura, e salada ou uma sopa com proteína e
legumes;
Na ceia: biscoito, pão, ou cuscuz com café ou chá ou mingau.
Só existe a dieta padrão que é a do cardápio acima com pouquíssimas exceções tipo
para pacientes com hipertensão arterial sistêmica(HAS) a única diferença que possui é o
feijão que e sem adição de sal os demais alimentos são os mesmos da dieta de padrão. Para
pacientes com diabetes mellitus (DM) a diferenciação é que no lugar do pão doce é oferecido
biscoito água e sal e o suco e o café que é sem adição de açúcar e o arroz que é integral
apenas. Também tem os pacientes dialíticos que são oferecidos menor quantidade de proteína
animal.
Esta é uma dieta parcialmente adequada, pois atinge as quantidades de macronutriente
recomendada para a maiorias das pessoas, mas não não supre a quantidade recomendada de
nenhum dos micronutrientes essenciais, por isso deveria ser melhor calculada, pois mesmo
que essas pessoas vão permanecer no hospital por um curto período de tempo, precisam de
uma dieta bem equilibrada para a recuperação da saúde.

● Descrição e análise de dietas elaboradas para outras áreas afins, caso exista
(ex: lanchonetes, setor de diálise, banco de sangue, refeição transportada para outro setor,
etc.). não existe dietas para outras áreas
Não existe nem uma das duas opções

Copas de apoio

● Localização, descrição das características e atividades realizadas.


A copa de apoio fica localizada em frente a cozinha com uma porta de frente pra outra.
Neste espaço são preparados os lanches, sucos, higienizadas e embaladas as frutas e também
porcionamento e embalagem de dietas enterais.

C – Lactário

● Localização e descrição da área física, analisando conforme a legislação

O Lactário fica localizado logo atrás da internação, nesta unidade o lactário é apenas
uma sala pequena de paredes brancas e piso de cimento queimado cinza com janela lacrada e
climatizado por ar condicionado mantido sempre na temperatura de 17º, uma pia de inox.
pequena para higiene dos utensílios utilizados, uma bancada de granito para
manipulação do leite humano.
O lactário não está de acordo com a legislação vigente, o lactário da unidade não
segue nada da Resolução RDC 171, DE 04 de setembro de 2006 da ANVISA.

● Características e análise das áreas do lactário, equipamentos e utensílios.

O lactário é uma pequena sala que guarda um freezer para conservação do leite
materno pasteurizado e também um aparelho de banho maria utilizado para descongelar o
leite que será utilizado para alimentar ou seja complementar alimentação dos recém nascidos
que por algum motivo não se alimentam da forma adequada que é mamando direto da mãe.

● Pessoal e vestimenta (paramentação).

No lactário trabalha 1 lactarista por turno pois a demanda é bem pequena por ser um
hospital de pequeno porte o vestuário é calça, camiseta e tênis de uso pessoal, utilizar: touca,
luvas, capote, propé e máscara.
.

● Técnicas de Higienização de mamadeiras, preparo e esterilização.

Não são utilizadas mamadeiras por ser hospital amigo da criança utiliza copinhos
descartáveis de café para dar leite às crianças. Por se tratar de copos descartáveis não é feita
nenhuma higienização apenas coberto com plástico filme para o transporte até os quartos.

● Número de mamadeiras produzidas/dia ou volume diário.

Não utiliza mamadeiras por ser hospital amigo da criança. Utiliza- se apenas leite
materno pasteurizado para alimentar as crianças com dificuldade de amamentar em média é
utilizado 500ml por dia.

● Fórmulas infantis padronizadas.

Não se aplica.
● Identificação das mamadeiras (como é feita e quem faz).

O copinho de leite materno é identificado por etiqueta com o nome da mãe do bebê e
só é preparado na hora de servir para não ficar muito tempo exposto, sujeito a contaminações
que possam ocorrer. A identificação quem faz é o próprio lactarista, afixando no copinho a
etiqueta que a nutricionista entrega para ele, contendo o número do quarto, o nome da mãe do
recém-nascido e a quantidade quando necessário.

● Estocagem e distribuição.

O leite materno pasteurizado é estocado no freezer, com temperatura controlada por


termômetro a -12ºC e quando necessário é solicitado pela equipe de enfermagem, que leva e
alimenta os bebês.

● Controle microbiológico.

O leite já é recebido pasteurizado e congelado o controle é feito através do


armazenamento e conservação em freezer com controle de temperatura a -12º e degelo em
banho maria. Não é feito a coleta de amostras para controle microbiológico por se tratar de
leite pasteurizado

● Existência de Banco e Leite Humano (sistema de coleta, armazenamento e


controle da qualidade)

O banco de leite não fica no hospital, ele fica em outra unidade de saúde do município,
e é recebido pelo hospital para ser utilizado, já chega a essa unidade pasteurizado e
congelado.

D – Dietas enterais.

● Produção média diária (em litros).


A produção média diária é de 2 a 3 litros. Quando tem pacientes de dieta enteral.
Nem sempre na unidade tem pacientes utilizando este tipo de dieta, mas a produção fica
nessa média.

● Local de preparo.

A dieta enteral é preparada e porcionada na copa. Pela copeira com os devidos EPIS e
com o monitoramento e acompanhamento e instruções da nutricionista.

● Pessoal e vestimenta (paramentação)

É preparada pela copeira de plantão apenas na hora de ser servida usando touca, luvas,
máscaras e avental e por baixo suas roupas pessoais, camiseta, calça e tênis. Por não
possuírem uniformes.

● Equipamentos e utensílios.

Para o preparo é utilizado o liquidificador e o medidor que já acompanha a dieta em


pó e quando se trata da dieta líquida não é necessário nenhum utensílio, apenas é agitada e
colocada no frasco de dieta enteral, identificada com etiqueta e levada ao paciente.

● Tipo de frascos.

Para servir a dieta enteral é utilizado o frasco descartável de plástico próprio para esta
dieta que já possui marcações de mililitros, na lateral que facilita na hora do porcionamento
da dieta, não necessitando de medidor específico.

● Sistema aberto ou fechado.

Nesta unidade hospitalar é utilizado o sistema aberto, por ser um sistema


financeiramente viável, e que permite mais ajustes por parte da nutricionista em caso de
alguma intercorrência, como constipação que é acrescentado o óleo mineral.

● Técnicas de higienização (ambiente, equipamentos e embalagens)

A técnica de higiene utilizada é detergente neutro e bucha para lavagem geral e


desinfecção com álcool 70%.

● Preparo das dietas, tipos de dietas produzidas e identificação

São utilizadas dietas líquidas e em pó, as líquidas são apenas medidas as quantidades
necessárias e colocadas nos frascos, as em pó são acrescidas de água e liquidificadas para
depois ser colocadas nos frascos e servidas.

● Fórmulas padronizadas (principais características e indicação).

A fórmula líquida pode ser ofertada para pacientes em dieta enteral sem restrições
alimentares e nem intolerância ou sensibilidade à lactose com bom funcionamento do trato
intestinal.
A fórmula em pó pode ser ofertada para todo o tipo de pacientes, em especial os com
intolerância à lactose ou mesmo sensibilidades.

● Estocagem e distribuição.

As dietas tanto a líquida como as em pó são armazenadas em estantes, sendo que a


líquida após aberta é acondicionada em refrigerador e consumida no máximo em 24hs como
especifica a orientação do fabricante. Estas dietas assim como as outras são distribuídas no
carrinho de distribuição.

● Controle microbiológico.

O controle microbiológico é feito através dos cuidados na manipulação, como


higienização das bancadas e equipamento e uso de EPI adequado, porcionamento em
ambiente com ar condicionado sob supervisão da nutricionista. Não é feita a coleta de
amostras das dietas enterais.
● Adequação do local em relação à resolução 063/2000.Rdc

O local de acordo com a resolução RDC 063/2000 não está de acordo por não possuir
um local próprio específico para a preparação ou manipulação da dieta enteral.

E – Unidade de Internação e atendimento ao paciente

● Descrever as unidades de internação, média de leitos por setor e equipe


multiprofissional que atende o paciente internado.

A unidade de internação e dividida em duas alas a do centro obstétrico (CO) que


possui 3 quartos com quatro leitos em cada no total de 12 leitos e a outra ala com 1 quarto na
pediatria com 4 leitos; 2 quartos de isolamento com 2 leitos em cada total de 4 leitos e 2
quartos de enfermaria 1 masculino e 1 feminino com 4 leitos em cada total de 8 leitos na
enfermaria.
A equipe multiprofissional que atende os pacientes internados é composta por:
Nutricionista, enfermeiro, médico, fisioterapeuta, assistente social, técnico em enfermagem e
fonoaudiologia.

● Profissional responsável pela verificação de anotações e prescrições de dietas e


pedidos para o SND e supervisão da distribuição das dietas aos pacientes.

Estas são algumas das atribuições da nutricionista. Que faz a verificação todos os dias
dos prontuários, assim como a visita como breve entrevista a todos os pacientes e às vezes até
alguns esclarecimentos com a equipe de enfermagem. Sempre que necessário.

● Descrever a rotina da nutricionista da Unidade

Fazer a visita aos pacientes, passar para a cozinha anotações de dietas especiais,
confeccionar relatórios para pacientes de alta hospitalar, encaminhados para o melhor em
casa, elaborar cardápio, monitorar preparações, Orientações aos paciente sempre que
necessário fazer pedidos de gêneros alimentícios, verificar os prontuários sobre alguma
modificação na prescrição dietética.
● Caracterizar o atendimento prestado ao paciente pelo SND (frequência das
visitas, abordagem na internação, verificação da aceitação alimentar, etc.).

O atendimento a pacientes internados é feito uma vez ao dia com abordagem na


internação, verificação da aceitação alimentar e uma breve entrevista e também é feito todas
as vezes que for solicitado. Quando o paciente não pode responder as perguntas são feitas ao
acompanhante.

● Avaliação Nutricional (parâmetros de avaliação nutricional utilizados,


caracterização em níveis de assistência, instrumentos de avaliação do risco nutricional, como
é feito o diagnóstico nutricional, realização de antropometria, periodicidade do
acompanhamento, etc.)

Os parâmetros de avaliação nutricional utilizados são a anamnese, avaliação


visual,corporal.
O diagnóstico nutricional é feito através de antropometria utilizando a fita métrica,
para medir altura do joelho e circunferência do bíceps, história pregressa, doenças, aceitação
da dieta, perda de peso, avaliação visual: edemas, depleção muscular, escaras, descamação
da pele e acompanhamento diário de aceitação da dieta.

● Orientação de alta (quais pacientes são orientados e quais critérios utilizados).

Geralmente os pacientes que necessitam de orientações são os em uso SNE que são
encaminhados para o melhor em casa ou com alguma doença crônica tipo DM, HAS,
sobrepeso ou obesidade que são encaminhados para acompanhamento no PSF.

● Existência de Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) –


descrever a rotina da EMTN e quais profissionais fazem parte da equipe.

Existe a equipe multidisciplinar de terapia nutricional EMTN composta por; médico,


fonoaudiólogo e nutricionista. A rotina da EMTN consiste em analisar quando surge algum
caso mais complexo e que nem sempre tem demanda nesta unidade, pois os casos complexos
são enviados para outras unidades.

● Existência de Ambulatório e/ou Creche – descrever a atuação e rotina do


nutricionista nesses setores.

Não se aplica.

G – Descrição das atividades desenvolvidas pelo estagiário durante o estágio.


● Descrever a rotina diária do estagiário.

A rotina do estagiário é chegar na hora marcada, colocar a touca o jaleco, luvas e


máscaras, acompanhar o nutricionista nas visitas aos pacientes, fazer as anotações dos tipos
de dietas, as observações sobre a dieta no mapa de visitas, fazer as etiquetas para serem
identificadas as refeições, acompanhar a montagem e embalagem dos pratos, acompanhar a
copeira na distribuição das refeições, acompanhar a nutricionista nas orientações de alta aos
pacientes que necessitam, quando tenho tempo vago tiro dúvidas sobre algumas condutas com
a nutricionista e acompanho a manipulação das dietas enterais.

● Descrever os trabalhos e demais atividade solicitadas pelo local

A nutricionista solicitou realização de antropometria, de uma paciente acamada com


anamnese, e calculasse seu peso estimado altura estimada e fizesse os cálculos para uma
dieta tudo sob a supervisão dela. Depois dos cálculos feitos ela conferiu com os dela que
foram bem aproximados apenas uma pequena diferença, pois usei a fórmula para idoso por se
tratar de uma paciente de 72 anos enquanto ela usou uma fórmula geral.

H – Avaliação pessoal, Comentários e Sugestões

• Descrever os pontos negativos (se houver) em relação à estrutura do local,


aprendizagem e atenção fornecida pelo nutricionista.

Os pontos negativos são somente em relação a estrutura do hospital que deixa muito a
desejar, faltam muitas coisas para ser como deveria mas isso depende do poder público.
Como a falta de uniformes, falta de espaços adequados e de infraestrutura.

• Descrever os pontos positivos em relação ao seu aprendizado.

Os pontos positivos é que tomei um banho de realidade, e aprendi a lidar com as


adversidades como por exemplo, não ter uma dieta específica para um paciente DM, e ter que
adaptar com o que tem pois o paciente, não pode deixar de se alimentar.
Também foi muito positivo ver que o pouco que aprendemos a cada dia faz uma
grande diferença na vida de quem precisa.

• Caso queira, pode fazer comentários sobre mais alguma caraterística do local e
sugestões de atividades ou outras.

O hospital precisa de uma reforma geral tem muitas coisas a serem melhoradas, com a
realidade que se tem lá não dá para fazer muita coisa as meninas SND estão de parabéns pois
trabalham com dedicação e carinho dentro das condições que possuem.

I – Bibliografia

-Dietbox | Software de nutrição com aplicativo para Paciente.Disponivel em:


-https://dietbox.me/pt-BR. Acesso em:04 março 2023
-BRASIL: Resolução n° 216 de 15 de setembro de 2004. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saude legis/anvisa/2004/res0216_15_09_2004.html. acesso
em 02 março de 2023.
- BRASIL.Resolução - RDC nº 63, de 6 de julho de 2000 - Univates. Disponível em:
https:Https://www.univates.br/unianalises/media/imagens/Anexo_X_61948_10.pdf. Acesso
em: 03 março de 2023.
-BRASIL:Resolução-RDC nº 171,de 4 de setembro de 2006. Disponível
em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2006/res0171_04_09_2006.html.
Acesso em:16 de março de 2023.

J – Anexos

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