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Recentemente, foi apresentada uma proposta de avaliação da condição corporal baseada apenas na
visualização da garupa da vaca (MACIEL, 2006). Nesse sistema, as vacas receberam índices de 1 a 5
(Fig. 3), os quais apresentaram concordância entre avaliadores e também alta correlação com a espessura
de gordura da camada subcutânea, mensurada por ultra-sonografia.
ECC 1
ECC 2
ECC 3
ECC 4
ECC 5
Fazer ou dar o ECC é particularmente útil na secagem e no pré-parto, pois o objetivo é assegurar que as vacas tenham condição
corporal adequada ao parto, para que a ocorrência de problemas fique reduzida. No inicio da lactação as vacas ficam com uma
considerável pressão nutricional (balanço energético negativo) e o ECC pode ser usado como indicativo de perda de peso excessiva. A
manutenção do ECC adequado para cada fase previne a ocorrência de problemas metabólicos.
A maioria das pesquisas com ECC tem o objetivo de mostrar o escorre ideal em cada fase para a máxima produção de leite, mas é
igualmente importante estabelecer o correto ECC para prevenir os problemas ao parto, tanto distocias (dificuldade de parto) como
problemas metabólicos.
Secagem e Pré-parto: A vaca não deve estar gorda no final da lactação. O ECC deve permitir uma suplementação moderada durante o
período seco para preparar a vaca para a lactação subseqüente (No período seco a redução do ECC deve ser evitada).
Ao parto: A vaca não deve parir gorda. Vacas gordas desenvolvem fígado gorduroso, cetose e apresentam mais problemas de parto e
outras doenças metabólicas, conseqüentemente apresentam mais problemas de fertilidade subseqüente.
Início da Lactação: No início da lactação as vacas sofrem um considerável estresse nutricional (demanda energética é maior do que a
capacidade de consumo), e a alimentação adequada é essencial para prevenir perda excessiva de peso. Vaca muito magra também é
problema.
Período de Serviço: As vacas não devem estar em déficit energético, isso resultaria em baixa taxa de ciclicidade e fertilidade.
Para a avaliação do ECC as vacas devem ser observadas com bastante cuidado, para que as reservas corporais sejam avaliadas.
Alguns métodos envolvem a palpação de algumas áreas, exigindo uma contenção mais adequada dos animais.
A escala mais utilizada para gado de leite é a que vai de 1 a 5 (EDMONSON et al., 1989), sendo 1 para a vaca extremamente magra e 5
para a vaca extremamente gorda. Dependendo do grau de experiência do avaliador a escala pode ser quebrada em 0,50 ou 0,25
pontos.
Quando fazer?
O ECC deve ser avaliado em momentos em que seja possível a tomada alguma atitude para corrigir as possíveis falhas. A
recomendação é para que seja realizada a avaliação no momento da secagem, ao parto e no final do período voluntário de espera.
Tabela 1. Escorre de condição corporal recomendado para cada fase produtiva das fêmeas bovinas.
O ideal é que o ECC na secagem seja muito próximo ao ECC ao parto (no máximo 0,5 pontos abaixo), nunca acima, pois a vaca não
pode perder peso no pré-parto.
O ECC não pode ser alterado rapidamente. A dieta deve ser balanceada para que a recuperação seja lenta, sem comprometer a saúde
da vaca. As vacas gordas devem ser mantidas em pasto de baixa qualidade, mas com fibra suficiente para garantir a funcionalidade do
rúmen, esses animais devem ser monitorados constantemente, a perda de peso pode causar problemas metabólicos, principalmente no
pré-parto.
Conclusão
Avaliar o escore de condição corporal é uma técnica simples de ser aprendida e pode ser realizada até mesmo com os animais no
pasto. Quando realizada nos momentos adequados, pode auxiliar nas tomadas de decisões de manejo que resultam em aumento da
produção e redução dos custos.
ECC = 2,0
ECC = 2,5
ECC = 3,0
ECC = 3,5
ECC = 4,0