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RECOMENDAÇÕES

DE PESO
RECOMENDAÇÕES DE
PESO

Atualmente, o ganho de peso durante a


gestação tem sido tema de estudos devido aos
distúrbios patológicos que podem ocorrer nesse
período.
GANHO DE PESO

O GANHO DE PESO NOS PRIMEIROS TRÊS O GANHO DE 2KG


PRECONIZADO DEVE SER MESES OCORRE QUE A TAMBÉM É NORMAL.
BEM CALCULADO E GESTANTE PODE PERDER
OBSERVADO. ATE 3 KG DE PESO
DECORRENTES DAS
NÁUSEAS E VÔMITOS.
GANHO DE PESO A PARTIR DO
DIAGNOSTICO PRÉ- GESTACIONAL
GANHO DE
IMC PRÉ PESO GANHO DE
ESTADO GANHO DE
GESTACIONA SEMANAL PESO TOTAL
NUTRICIONAL PESO NO 1°
L MÉDIO NO 2° Kg/m²
INICIAL TRIMESTRE
Kg/m² E 3°
TRIMESTRE
< 19,8 Baixo peso 2,3 0,5 12,5 – 18,0
19,8 – 26,0 Adequado 1,6 0,4 11,5 – 16,0
26,1 – 29,0 Sobrepeso 09 0,3 7,0 – 11,5
>29,0 obesidade ----- 0,2 7,0 – 9,1
GESTAÇÃO ADOLESCENTE
GANHO DE PESO GANHO DE PESO
ESTADO
(kg) TOTAL NO 1° (kg) SEMANAL GANHO DE PESO
NUTRICIONAL
TRIMESTRE (<14 MÉDIO NO 2° E 3° TOTAL (kg)
INICIAL
semanas) TRIMESTRES

BAIXO PESO 2,3 0,5 12, 5 – 18,0


ADEQUADO 1,6 0,4 11,5 – 16,0
SOBREPESO 0,9 0,3 7,0 – 11,5
OBESIDADE ---- 0,3 7,0 – 9,1
▪ Gestantes com estatura inferior a 145cm o
ganho de peso não deve ultrapassar o limite de
peso total.

▪ Gestantes que já atingiram o ganho de peso


total, recomenda-se o ganho de peso mínimo de
1 kg/mês para aquelas com estado nutricional
adequado.

▪ Para gestantes obesas recomenda-se um ganho


de peso de 0,5 kg/mês.
ALEITAMENTO
MATERNO
LEITE MATERNO

▪ Deve ser o primeiro alimento a ser ofertado ao


recém-nascido, por apresentar nutrientes
essenciais, fatores imunológicos, antimicrobiano,
anti-inflamatórios e hormônios.

▪ Estimula o desenvolvimento afetivo, psicológico


e a maturação do sistema gastrointestinal, por isso
durante os seis meses é essencial para a saúde
dos recém-nascidos.
ANATOMIA DA MAMA
▪ A estrutura da mama é formada por células
produtoras de leite, vasos sanguíneos, tecidos
conjuntivos adiposos, nervoso e linfático.

▪ Essa estrutura apresenta entre 15 a 25 glândulas


túbulo-alveolares denominados lobos mamários.

▪ Os lobos recebem esse nome por seres formados


por ± 20 a 40 lóbulos, que por sua vez, são
constituídos por 10 a 100 alvéolos. Os alvéolos
são envolvidos por células mioepiteliais, as
quais são fundamentais no processo de ejeção
do leite.
▪ No centro da mama encontra-se a aréola e o
mamilo pelo qual o leite é ejetado.

▪ Antes de ser excretado pelo mamilo, o leite


passa pelos ductos lactíferos e ampolas onde
fica armazenado até ocorra o estímulo para a
liberação do leite.
FASES DE PRODUÇÃO
DE LEITE
▪ Lactogênese fase1: acontece entre a 10° e 22° semana de
gestação e é o período que iniciam-se as primeiras
mudanças nas mamas para o período de lactação.

▪ Essas mudanças acontecem devido à ação de hormônios


por estrogênios, progesterona, Lactogênio placentário,
prolactina e gonadotrofina coriônica.

▪ O estrogênio e a progesterona atuam nas ramificações dos


ductos lactíferos e na formação dos lóbulos mamários.

▪ Nessa fase a mama já esta apta a produzir leite, a


produção de leite é mínima devido a presença de elevados
níveis de progesterona produzidos pela placenta.
FASES DE PRODUÇÃO
DE LEITE
▪ Lactogênese fase II: Inicia após a expulsão da
placenta e reduções nas contrações de
progesterona e aumento nas concentrações de
prolactina resultando na secreção do leite.

▪ A prolactina é o principal hormônio envolvido


no processo de produção do leite e no estímulo
da sua secreção durante a sucção da mama pelo
bebê.
FASES DE PRODUÇÃO
DE LEITE
▪ Na segunda fase também ocorre o processo de
Reflexo de descida do leite, onde o movimento de
sucção do mamilo pelo bebê envia uma mensagem
ao hipotálamo para estimular a secreção de
hormônio Ocitocina, que por sua vez, ao cair na
corrente sanguínea e atingir os alvéolos, promove a
contração das células mioepiteliais, deslocando o
leite para os ductos, para que finalmente possa ser
sugado pelo bebê.
Importante lembrar que o reflexo de descida do
leite é afetado pelo estresse, alterações
emocionais (ansiedade), dor ou dúvidas e pelo
esvaziamento das mamas. Em contrapartida,
pensamentos, sentimentos, estímulos visuais,
táteis e auditivos, como o som da voz do bebê,
estimulam esse processo de descida de leite.
FASES DE PRODUÇÃO
DE LEITE
▪ GALACTOPOIESE – FASE III: Dura toda a
amamentação e depende da sucção do bebê e do
esvaziamento da mama, sendo controlado por um
mecanismo neuroendócrino, envolvendo
prolactina.

▪ A quantidade de leite produzida aumenta


conforme o estímulo, sendo que, no primeiro dia
pós parto a produção chega a ser menor que
100ml/dia, e após 14 dias, de 700 a 1000ml/dia.
COMPOSIÇÃO DO
LEITE MATERNO
✓É um alimento completo e possui em sua
composição água, proteína, carboidratos,
lipídios, vitaminas, minerais, anticorpos e
hormônios.

✓A composição do leite depende do estágio da


lactação e se o parto foi pré-termo ou termo.

Pré-termo: recém-nascido com menos de 37 semanas


Termo: recém-nascido entre 37 a 41 semanas
COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO
▪ De acordo com o estágio da lactação e as necessidades do lactente, o leite apresenta
características especificas, sendo identificado como Colostro, Leite de transição e
Leite maduro.

▪ COLOSTRO: é o primeiro leite que o lactente tem contato e dura aproximadamente


os primeiros 7 dias pós-parto, apresenta um aspecto viscoso e amarelado. Possui
altas doses de proteínas, minerais e vitaminas lipossolúveis (A e K) e carotenoides
que dão a cor amarelada ao leite.
▪ Possui uma alta presença de fatores imunológicos, antimicrobianos e anti-
inflamatórios (IgA secretória, lactoferrina, linfócitos e macrófagos.
▪ O colostro apresenta baixo teor de gordura, lactose
e vitaminas do complexo B.

▪ O colostro é secretado em quantidades de 2 a


20ml/mamada.

▪ Entre 7° e 15° dia pós-parto, o colostro sofre


modificações de forma gradual e progressiva em
sua composição, aspecto e volume, caracterizando
o leite de transição.
LEITE DE TRANSIÇÃO

✓ Leite de transição é caracterizado como o


processo de transformação de colostro em
leite maduro.
LEITE MADURO
▪ O leite já apresenta as características que perduram
até o final da lactação.

▪ O leite maduro apresenta elevada concentração de


lactose e gordura e, menor concentração de
imunoglobulinas e proteínas.

▪ O leite maduro oferta em torno de 70 kcal/dL e em


relação ao volume, apresenta secreção média de
700 a 900ml/dia nos primeiros seis meses,
sofrendo redução progressiva até atingir o volume
de 550ml/dia no segundo ano da lactação.
COMPONENTES IMUNOLÓGICO DO
LEITE MATERNO
ANTIMICROBIANOS IgA secretora, lactoferrina, lisozima,
oligossacarídeos, mucina, fibronectina.
IMUNOMODULADORES Citocinas, nucleotídeos, prostaglandina, E2 e
prolactina.
ANTIINFLAMÁTORIA Citocinas, antioxidantes, antiprotease, fatores
de crescimento, prostaglandina 1 e 2.

LEUCÓCITOS Macrófagos, linfócitos e granulócitos,


neutrófilos.
TIPOS DE
ALEITAMENTO
MATERNO

ALEITAMENTO EXCLUSIVO: Quando a


criança recebe apenas o leite materno, direto da
mama ou ordenhado, ou leite humano de outra
fonte, sem outros líquidos ou sólidos, exceto
gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de
reidratação oral, suplementos minerais ou
medicamentos.
ALEITAMENTO MATERNO PREDOMINATE:
Quando a criança recebe além do leite materno, água
ou bebidas a base de água, como chás, infusões e
sucos de frutas.
LEITE MATERNO: Quando a criança
independente de receber ou não outros
alimentos recebe o leite materno (direto
da mama ou ordenado).
LEITE MATERNO COMPLEMENTADO: quando
a criança recebe além do leite materno, qualquer
alimento sólido ou semissólido, com o objetivo de
complementar e não substituí-lo.

Aqui a criança pode receber outro tipo de leite


materno, mas não pode ser considerado como um
alimento complementar.
ALEITAMENTO MATERNO MISTO OU
PARCIAL: Quando a criança recebe outros
tipos de leite além do materno.
DURAÇÃO DO LEITE
MATERNO

▪ A recomendação para a duração do leite


materno é que seja exclusivo por 6 meses e
complementado por 2 anos ou mais.

▪ A introdução alimentar antes dos 6 meses


pode causar prejuízos a saúde da criança,
estando associada a um maior números de
episódios de Diarreia e Hospitalizações por
doença respiratória.
TÉCNICAS DE
AMAMENTAÇÃO

▪ A amamentação é uma técnica aprendida tanta


pela mãe quanto pelo bebê.
▪ A sucção do bebê é um ato reflexivo, porém ele
precisa aprender a retirar o leite de forma
correta.
▪ A forma como a mãe e o bebê se posicionam
para amamentar e mamar, assim como a pega e
a sução do bebê, são importantes para que o
bebê mame de forma eficiente e diminua a
incidência de intercorrências mamárias.
▪ O bebê deve ser colocado no seio após o
nascimento e permanecer em contato direto
com a mãe, até que ocorra a primeira
amamentação.

▪ A mãe deve ficar numa posição confortável,


seja sentada ou com as costas apoiadas ou
deitada em decúbito lateral ou dorsal com a
cabeça elevada ou apoiada nos travesseiros.

▪ Independente da posição escolhida pela mãe,


ela deve garantir que ocorra a pega correta pelo
bebê.
▪ A mãe deve pega a mama com a mão em forma
de “Concha” e em seguida, deve esperar que o
bebê abrir bem a boca para colocá-lo na mama,
de baixo para cima, para que a pega correta seja
facilitada, deixando que o próprio bebê peque o
peito.

▪ Para confirmar se o bebê está posicionado


correto, o corpo dele deve está encostado no
corpo da mãe e de frente para ela, o rosto deve
está perto da mama, o queixo encostado na
mama e a boca deve esta aberta com o lábio
inferior voltado para baixo e o lábio superior
voltado para cima, garantindo que o bebê tenha
abocanhado toda a aréola.
▪ A posição inadequada da mãe e/ou do bebê na amamentação dificulta o
posicionamento correto da boca do bebê em relação ao mamilo e a aréola, resultando
na “má pega”.
▪ A má pega dificulta o esvaziamento da mama, o que ocasiona uma diminuição na
produção do leite e o bebê pode não ganhar o peso esperado, pois apesar dele ficar um
tempo na mama, ele tem dificuldade de retirar o leite que é mais calórico,
▪ A má pega também pode machucar os mamilos
SINAIS DE PEGA
INCORRETA
▪ Bochechas do bebê encovadas a cada sucção
▪ Ruídos da língua
▪ Mama aparentando estar esticada ou
deformada durante a mamada
▪ Mamilos com estrias vermelhas ou áreas
esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê
solta a mama
▪ Dor na amamentação
RECOMENDAÇÃO DA
AMAMENTAÇÃO
▪ A amamentação deve ocorrer em livre demanda,
ou seja, que o bebê seja amamentado sem
restrições de horário e tempo de duração na
mama.
▪ O tamanho da mama pode ter influência sobre o
número de mamadas diárias, onde as mamas mais
volumosas conseguem armazenar mais leite e
assim ter maior flexibilidade com relação a
frequência das mamadas, enquanto mulheres com
mamas mais pequenas por armazenarem menos
leite, necessitam amamentar com mais frequência.
▪ O tamanho da mama não tem relação com a
quantidade de leite produzida.
▪ Não existe recomendação de tempo para
duração de cada mamada, já que varia de
caso e depende de vários fatores, como: fome
da criança, intervalo de tempo entre mamada.

▪ O adequado é que a mãe ofereça a mama


tempo suficiente para a criança esvaziar a
mama adequadamente.

▪ O uso de mamadeiras e chupetas não é


recomendado, pois ambas podem ter
influência negativa na alimentação do bebê,
além de ser fontes de contaminação e também
por interferir na frequência das mamadas.
▪ O uso de chupetas também está associado a
Candidíase oral (sapinho), otite média e
alterações no palato.
▪ É importante explicar para a mãe que a cor do leite varia al longo da mamada,
assim como a dieta da mãe.
▪ O leite do inicio da mamada, rico em anticorpos, contém um alto teor de água, o
que o torna com aspecto de água de coco.
▪ O leite do meio da mamada possui uma maior quantidade de caseína e tende a ter
uma coloração branca.
▪ O leite final da mamada é conhecido como o leite posterior, é mais amarelado
devido a presença de betacarotenos.
▪ Pode ocorrer a presença de sangue no leite,
costuma ocorrer nas primeiras 48hr após o
parto, sendo mais comum em primíparas
adolescentes e mulheres acima de 35 anos,
devido ao rompimento dos capilares
provocado pelo aumento da pressão nos
alvéolos mamários.

▪ Desde que o sangue não provoque náuseas e


vômitos no bebê, a alimentação deve ser
mantida.
▪ As mães que precisam retornar ao trabalho precisam de uma atenção especial
durante a lactação.
▪ É necessário a mãe seguir algumas orientações necessárias:

Conhecer o local de
trabalho, sobre as
Iniciar a ordenha do
facilidades oferecidas
leite 15 dias antes do
Manter o aleitamento para retirar e
retorno do trabalho e
materno exclusivo armazenar o leite no
congelar o alimento
local (geladeira,
para uso futuro.
privacidade e
horários)
▪ Amamentar com frequência durante o período que
estiver em casa, inclusive a noite.
▪ Oferecer o leite por meio de copos ou colheres, evitar o
uso de mamadeiras.
▪ Esvaziar as mamas durante as horas de trabalho e
guardar o leite em uma geladeira, depois levar para casa
APÓS O e oferecer a criança no mesmo dia ou no dia seguinte ou
RETORNO DO até mesmo congelar.
▪ É importante orientar que o leite pode ser conservado
TRABALHO em geladeira por 12hrs e no freezer e congelador por 15
dias.
▪ O leite congelado deve ser descongelado dentro da
geladeira e em seguida aquecido em banho maria e
agitado suavemente e ofertado ao bebê.
CONTRAINDICAÇÃO NO ALEITAMENTO
MATERNO
▪ O aleitamento materno é contraindicado em mães com: GALACTOSEMIA: Doença
▪ Doenças cardíacas, renais e pulmonares rara em que ela não pode
ingerir leite humano ou
▪ Doenças hepáticas graves
qualquer outro que contenha
▪ Depressão ou psicose lactose, dentre outras
▪ Uso de drogas incompatíveis com a amamentação condições que impossibilitam a
amamentação temporariamente
▪ Portadoras de HIV
ou definitiva.
▪ Crianças com GALACTOSEMIA
• Infecções herpéticas: quando há vesículas localizadas na pele da mama, neste caso a
amamentação deve ocorrer na mama sadia.
• Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias
após o parto, recomenda-se que o isolamento da mãe ate que as lesões adquiram a forma
de crosta.
• Doença de chagas: na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar
evidente.
• Abscesso mamário: ate que tenha sido drenado antibioticoterapia iniciada, sendo que a
amamentação deve ser mantida na mama sadia.
• Consumo de droga: deve-se interromper o aleitamento materno, o leite deve ser
ordenhado e desprezado. A interrupção varia de acordo com o tipo de droga.
IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO
MATERNO
• O leite materno é um alimento completo e essencial nos primeiros seis meses de
vida para o bebê.
• Fornece ao organismo do bebê água, fatores de proteção contra infecções comum
na infância, é isento de contaminação e adaptado ao metabolismo da criança.
• Diminui a incidência/gravidade de diarreia, infecções respiratórias, enterocolite
necrosante, otite média, infecções do trato urinário.

ENTEROCOLITE NECROSANTE: é uma inflamação intestinal em que porções do


intestino sofrem necrose (morte das células).
▪ Diminui a mortalidade infantil

▪ Diminui incidência de doenças crônicas:


aterosclerose, hipertensão arterial, diabetes,
doença de crohn, doenças auto imunes.

▪ Melhora o desemprenho cognitivo

▪ Melhora o desenvolvimento da cavidade


bucal: o exercício que a criança faz para
retirar o leite, propicia uma melhor formação
do palato duro, o que é fundamental para o
alinhamento dos dentes e uma boa oclusão
dental.
▪ Previne câncer de mama e ovário

BENEFÍCIOS DA ▪ Favorece a perda de peso


▪ Involução mais rápida do útero, pela liberação de
AMAMENTAÇÃO ocitocina que promove contração da musculatura
PARA A MÃE uterina.
INTERCORRÊNCIAS MAMÁRIAS
BLOQUEIOS DOS DUCTOS LACTÍFEROS: ocorre quando a mama não é esvaziada
corretamente ou por pressão local em uma área. Quando ocorre o bloqueio é possível
verificar a presença de nódulos mamários sensíveis e dolorosos, dor, calor e eritema.

Para prevenir é necessário fazer a ordenha, aplicar a pega correta da amamentação,


evitar sutiã apertado e cremes que evitem a drenagem do leite.

O tratamento é através da livre demanda, alternar as posições de amamentação, aplicar


compressas quentes e massagens.
INGURGITAMENTO MAMÁRIO
▪ Aumento da vascularização, pelo acúmulo de leite na glândula mamária devido ao
aumento da produção de leite durante a apojadura e pela obstrução do sistema linfático.
As mamas ficam vermelhas, edemaciadas, doloridas, quentes.

▪ As mães devem amamentar em livre demanda, iniciar a amamentação mais cedo


possível, amamentar com a pega correta.

▪ Para evitar o ingurgitamento é necessário fazer a ordenha do leite antes da mamada,


realizar massagens para estimular o reflexo de ejeção do leite, realizar compressas
quentes para liberar o leite e compressas frias após a mamada para diminuir o edema.
FISSURA MAMILAR
• Ocorrem nos primeiros dias da amamentação e geralmente são consequências do
ingurgitamento e sempre acompanhado da pega incorreta e sucção incorreta.

• É necessário realizar banho de sol nos seios, utilizar sutiã próprio para
amamentação, evitar o uso de protetores nos mamilos, ordenha manualmente antes
da mamada, aplicar leite materno nos seios após as mamadas, não utilizar sabão,
cremes, álcool nos mamilos.

• Ideal manter sempre as mamadas, iniciar pela mama menos afetada, ordenha antes
da mamada.
MASTITE PUERPERAL
▪ Ocorre entre a 2° e 3º semana de pós parto. É resultado do acúmulo de leite sem a
realização da ordenha, sucção insuficiente, mamada infrequente, febres, calafrios e pus
nas mamas.

▪ É necessário realizar banho de sol nos seios, utilizar sutiã próprio para amamentação,
evitar o uso de protetores nos mamilos, ordenha manualmente antes da mamada, aplicar
leite materno nos seios após as mamadas, não utilizar sabão, cremes, álcool nos mamilos.

▪ Necessário fazer a aplicação de compressas frias e úmidas, esvaziamento completo da


mama afetada, oferecer as duas mamas mesmo que haja dor, repouso da mãe,
medicamentos permitidos e com prescrição médica.
ABCESSO MAMÁRIO
▪ Causada pela mastite ou tratamento tardio, apresenta dor, febre, mal-estar, calafrios,
▪ Deve-se prevenir a intercorrência de mastite e o seu agravo
▪ Deve-se esvaziar o abcesso por meio de drenagem cirúrgica ou aspiração, se não
houver contraindicações, a amamentação deve ocorrer normalmente.
LEITE HUMANO X LEITE DE VACA

POR QUE O LEITE HUMANO NÃO PODE SER


SUBSTITUIDO PELO LEITE DE VACA?
LEITE HUMANO X LEITE DE VACA
✓ Precisa-se considerar que o trato gastrointestinal do lactente ainda é bem imaturo,
nesse caso o consumo de leite de vaca pode afetar a capacidade de absorção dos
nutrientes.
✓ O leite humano apresenta mais Lactoalbumina (70%) que o leite de vaca (30%) e
menos quantidades de proteínas, lipídeos, vitaminas e minerais (sódio, cloro e
potássio) e componentes imunológicos.
✓ O consumo do leite de vaca nos primeiros meses de vida inclui aumento no risco
de desenvolvimento de alergias ao leite de vaca, anemia ferropriva, aumento do
risco de Diabetes tipo 1, alteração da taxa metabólica da criança e
consequentemente Obesidade.
LEITE HUMANO X
FÓRMULAS LÁCTEAS
▪ Embora o leite humano seja o alimento mais
indicado para o lactente, em algumas
situações o seu consumo torna-se inviável e
nesses casos, fórmulas lácteas podem ser
utilizadas.
▪ A substituição do leite humano pelas
fórmulas lácteas apresenta pontos em comum
com o uso do leite de vaca, já que a grande
maioria são preparadas com o leite de vaca.
Embora haja no mercado uma variedade de
fórmulas lácteas com modificações no teor de
proteínas, eletrólitos e carboidratos que
amenizam os efeitos no consumo desses
alimentos, erros na reconstituição dessas
fórmulas podem elevar o risco de diarreia,
desidratação e oferta energética e proteica
inadequada para o lactente.
BANCO DE LEITE

▪ Centro responsável pela promoção, proteção,


apoio e incentivo ao aleitamento materno e
incentivo ao aleitamento materno.
▪ É realizado coleta, pasteurização, controle de
qualidade e distribuição de leite humano para
bebês impossibilitados de mamar na mãe,
geralmente prematuros.
▪ O Brasil possui a maior rede de Bancos de
Leites, sendo reconhecido internacionalmente
pelo seu trabalho.
QUEM PODE SER DOADORA DE LEITE
HUMANO?
• Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além
da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras de um Banco de Leite
Humano.
• De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite
no Brasil (RDC Nº 171) a doadora, além de apresentar excesso de leite, deve ser
saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a
doar o excedente.
COMO PREPARAR O FRASCO PARA
COLETAR O LEITE HUMANO?
▪ Escolha um frasco de vidro com tampa plástica, pode ser de café solúvel ou maionese;
▪ Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e lave com água e sabão, enxaguando bem.
▪ Em seguida coloque em uma panela o vidro e a tampa e cubra com água, deixando ferver
por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura).
▪ Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em um
pano limpo.
▪ Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue;
▪ Você poderá usar quando estiver seco.
▪ Feche o frasco sem tocar com a mão na parte interna da tampa.
▪ O ideal é deixar vários frascos preparados.
COMO SE PREPARAR PARA RETIRAR O
LEITE HUMANO (ORDENHAR)?
• O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem
muito cheias. Ao retirar o leite é importante que você siga algumas recomendações
que fazem parte da garantia de qualidade do leite humano distribuído aos bebês
hospitalizados:
• 1- Escolha um lugar limpo, tranquilo e longe de animais
2- Prenda e cubra os cabelos com uma touca ou lenço
3- Evite conversar durante a retirada do leite ou utilize uma máscara ou fralda
cobrindo o nariz e a boca
4- Lave as mãos e antebraços com água e sabão e seque em uma toalha limpa.
COMO RETIRAR O LEITE HUMANO (ORDENHAR)
Comece fazendo massagem suave e circular nas mamas com as polpas dos
dedos começando na aréola (parte escura da mama) e, de forma circular, em toda a
mama. É ideal que o leite seja retirado de forma manual:
▪ Coloque o polegar acima da linha onde acaba a aréola e os dedos indicador e médio
abaixo da aréola.
▪ Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo e aperte o polegar contra
os outros dedos até sair o leite.
▪ Despreze os primeiros jatos ou gotas. Em seguida, abra o frasco e coloque a tampa
sobre a mesa, forrada com um pano limpo, com a abertura para cima.
▪ Colha o leite no frasco, colocando-o debaixo da aréola, após terminar a coleta,
feche bem o frasco.
COMO GUARDAR O LEITE RETIRADO
PARA DOAÇÃO?
▪ O frasco com o leite retirado deve ser armazenado imediatamente no congelador ou freezer.
▪ Na próxima vez que for retirar o leite, utilize outro recipiente esterilizado ( pode ser um
copo de vidro )e ao terminar acrescente este leite no frasco que já está no freezer ou
congelador.
▪ O leite pode ficar armazenado congelado por até 15 dias, mas para doar ao banco de leite
humano você deve entrar em contato por telefone e fornecer seu endereço quando completar
10 dias que o leite foi retirado das mamas.
▪ O leite humano doado, após passar por processo que envolve seleção, classificação e
pasteurização, é distribuído com qualidade certificada aos bebês internados em unidades
neonatais.
▪ Bebês que estão internados e não podem ser
amamentados pelas próprias mães têm a
chance de receber os benefícios do leite
materno com a sua doação.
▪ Com o leite materno, a criança se desenvolve
com saúde, tem mais chances de recuperação
e fica protegida de infecções, diarreias e
alergias, especialmente os bebês prematuros e
de baixo peso.
▪ Se você está amamentando, procure o banco
de leite humano e SALVE VIDAS !

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