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Característica da dieta da

Gestante e da Lactante

Profa. Hayanna Arruda


Disciplina: Alimentação e Nutrição para o cuidado
Gestação
Introdução

A gestação – etapa da vida reprodutiva da mulher de


maior vulnerabilidade nutricional:

Intenso
anabolismo;

Aumento das necessidade


nutricionais e energéticas
Introdução

Gestação – período anabólico que acarreta alterações


fisiológicas no organismo materno;

Importância das alterações


• Manter o metabolismo e saúde materna;
• Promover o crescimento acelerado do feto;
• Preparar a mãe para o parto e lactação;

Mãe deve receber todos os nutrientes básicos  reservas


maternas e ingestão alimentar
Características da Fase
O período gestacional é constituído por 40 semanas,
sendo heterogêneo em seus aspectos fisiológicos, metabólicos e
nutricionais.

1º TRIMESTRE:
Caracteriza-se por grandes modificações biológicas
devido à intensa divisão celular. A saúde do embrião depende da
condição nutricional pré-gestacional da mãe (reservas
energéticas, vitaminas, minerais)

2º e 3º TRIMESTRE:
O meio externo exerce influência direta na condição nutricional
do feto. Ganho de peso adequado, ingestão de energia e
nutrientes, emocional, estilo de vida.
Ganho de Peso

Ex:
Mãe peso pré-gestacional inadequado e ganho de
peso inadequado – elevado risco de baixo peso ao nascer,
mortalidade neonatal, malformações fetais, ↓ tamanho.

Ganho de peso gestação- 2 componentes:


1. produtos da concepção (feto, líquido amniótico e
placenta)
2. aumentos dos tecidos maternos (expansão do
volume sanguíneo, hipertrofia uterina,
desenvolvimento das mamas e depósitos maternos
adiposos)
Ganho de Peso
Ganho de Peso – 1º Trimestre

No primeiro trimestre, na fase de embriogênese, o


ganho de peso da gestante não é muito relevante. Nesse
período, pode-se observar 3 respostas quanto ao peso da
mulher:

• Perda de peso de até 3Kg;


• Manutenção do peso pré- São situações
previstas e que não
gestacional; comprometem a
saúde mãe/filho
• Ganho de até 2Kg.
Ganho de Peso
Ganho de Peso – 2º e 3º Trimestre
Ganho de Peso adequado vai depender do estado
nutricional da gestante

O Institute of Medicine (IOM) , 1992, elaborou faixas de ganho de


peso na gestação de acordo com o estado nutricional materno.
Ganho de Peso
• Insuficiente < 1kg/mês no 2º e 3º trimestre;
• Excessivo 3kg ou mais/ mês no 2º e 3º trimestres;

>500g/semana – edema ou excesso alimentar


<300g – insuficiência alimentar;

 Ganho de peso insuficiente:


Baixo peso ao nascer, Retardo de crescimento
intrauterino, prejudica crescimento e desenvolvimento
fetal, prejuízos no parto;
 Ganho de peso excessivo:
Patologias maternas (diabetes e hipertensão) e
prejuízos no parto.
Recomendações de Fibras

Fibra – DRI:

 a ingestão de fibra foi baseada na prevenção de


doenças crônicas e redução da constipação;

 Recomendação de 14g de fibra/ 1000kcal – em


média 28g/dia;

 Ingestão de água – 3L
 2,3L/ dia na forma de água e sucos.
Recomendações de vitaminas e minerais
Necessidades de folato:

Estão aumentadas na gestação devido a multiplicação


celular associado ao desenvolvimento uterino, placenta,
aumento do número de eritrócitos maternos e crescimento
fetal;

 Deficiência:
o No início da gestação – defeitos do tubo neural;
o Final da gestação – anemia megaloblástica;

 Fontes:
Espinafre, repolho, brócolis, vísceras, carnes,
germe de trigo, leguminosas, beterraba.
Recomendações de vitaminas e minerais
Necessidades de Cálcio

Recomendação visa poupar a massa óssea materna e


suprir as necessidades fetais;

 Recomendação:
Adultas: AI -1000mg/d (acima de 19 anos);
Adolescentes: AI - 1300mg/d

 Excelentes fontes:
Leite e derivados (alta biodisponibilidade)

 Outras fontes:
Feijões, soja, sardinha, brócolis, couve, repolho e
couve-flor
Recomendações de vitaminas e minerais
Necessidades ferro
No último trimestre de gestação é que ocorre o maior
requerimento de ferro pela gestante, devido ao aumento
da massa eritrocitária para suprir as necessidades do feto.

Gestação a termo
Prematuros

 Suplementação:
No último trimestre para todas as gestantes – OMS;

 Fontes:
Heme – carnes e vísceras; ferro não heme –
leguminosas e folhosos associado a vitamina C (aumenta a
absorção de 5 para 40%)
Recomendações de vitaminas e minerais
Necessidades de vitamina A:
Estão aumentadas na gestação
 Deficiência e excessos:
Anormalidades fetais (defeitos congênitos no sistema que
estiver se diferenciando no momento da exposição);
Baixo peso ao nascer e reservas reduzidas do
feto(deficiência)
Não deve ser suplementada, pois o excesso pode causar
malformações fetais
Fontes:
Pré-formada: leite e derivados, ovos, peixes
sardinha e atum;
Pró-vitamina (carotenóides): folhas verde
escuras, frutas e vegetais amarelo-alaranjados
(manga, mamão, abóbora, cenoura);
Bócio endêmico
 Doença caracterizada pela hipertrofia da
glândula tireoide, causada pela ausência
de iodo na alimentação. A principal fonte
de iodo é o sal marinho. As principais
consequências são: aumento da glândula
tireoide, retardo mental, que atinge desde
o feto até o adulto e pode resultar em
cretinismo e nanismo, e queda da
fertilidade feminina.
Lactação
Características da
Lactação
 É a fase de maior demanda energética do
período reprodutivo da mulher; As necessidades
energéticas e nutricionais são maiores do que na
gestação;

 É o período em que a criança deve dobrar o peso


de nascimento em 4-6 meses;

 Produção de leite nos primeiros 6 meses –


depende frequência de sucção e hidratação
materna.
Características da
lactação
 Para a produção de leite nos primeiros 4 meses
de lactação, exige-se uma quantidade de energia
aproximadamente equivalente ao custo
energético total da gravidez;

 A deficiência de nutrientes
na dieta da lactante pode
afetar a composição do leite
e as reservas maternas.
Fisiologia da Lactação
 Mudanças Hormonais:  tamanho da mama,
aréola e mamilo

 Após o parto:  progesterona e  prolactina 


início da lactação

 Estímulo p/ produção e secreção de leite 


sucção do bebê

 Prolactina  produção
 Ocitocina  ejeção
Necessidades Nutricionais
 Processo de lactação  nutricionalmente
dispendioso
 O volume de leite não é afetado pela ingestão
diária materna e sim pela frequência de
amamentação do bebê
 A composição do leite pode variar com a dieta
da mãe
Necessidades Nutricionais
ENERGIA

 Produção de 100ml de leite  gasto de 85Kcal


 Produção média de leite nos 1ºs 6 meses  750
ml/dia (550 a 1200 ml/dia)
 Produção média de leite nos 2ºs 6 meses  600
ml/dia ( freqüência da amamentação 
introdução de alimentos sólidos)
FAO/OMS

Recomendação de Proteína

Antes de 6 meses:
• Nos primeiros 6 meses: média de adicional de
19g/dia;

Após 6 meses:
• Após os 6 meses: adicional de 12,5g/dia;
Recomendação de carboidrato
Segundo a FAO/OMS: 55-75% do VET
<10% de açúcar; fibra entre 25-30g/dia sendo
6g/dia de fibra solúvel.

Segundo a DRI: 45-65% do VET


Evitar o excesso de fibra para não comprometer a
biodisponibilidade de nutrientes;
Ingestão de fibra atendendo os valores de AI e
estimular ingestão hídrica;
Recomendação de Lipídios
A quantidade de gordura e o tipo no leite materno reflete
diretamente a dieta materna;
DRI – 20-35% do VET
5-10% de W6 e 0,6-1,2% de W3;
Atingir a ingestão adequada de W6 e W3 – seu
consumo interfere no teor no leite;

Segundo a FAO/OMS – 15-30% VET


6-10% de PUFA (5-8% de W6;1-2% W3), <10% de
saturado, <1% de trans.
Recomendação –
vitaminas e minerais

• Algumas vitaminas são influenciadas pela dieta


materna, tais como: vitamina A, tiamina,
riboflavina, B6 e B12;
• Alguns nutrientes são afetados indiretamente
pela dieta, retirando dos estoques maternos:
ferro e cálcio;

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