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Ceep Professor Paulo B.

Machado
Aluna: Maíra Lorena Oliveira Cruz
Professora: Gabriela Curso: Nutrição e Dietética
Série/Turma: 1° ano A Turno: Vespertino
Disciplina: Iniciação Científica

Impacto da nutrição na gestação e


desenvolvimento fetal.
Durante a gestação, o corpo feminino adapta-se fisiologicamente, através de
alterações nutricionais e metabólicas para proporcionar condições adequadas
ao crescimento e desenvolvimento do feto, preparando-se para o parto, o pós-
parto e a lactação. O adequado estado nutricional materno desde a pré-
concepção à lactação exerce importante influência no ganho ponderal durante
a gestação e ao nascer.
O aumento das necessidades nutricionais nesse periodo visa garantir o
crescimento e o desenvolvimento fetal adequados; o desenvolvimento da
placenta e dos tecidos maternos, o suprimento das maiores demandas
metabólicas e a manutenção do peso materno, da sua composição corporal e
da atividade fisica.
Durante o primeiro trimestre gestacional, a saúde do embrião depende da
condição nutricional, mas também das reservas energéticas e vitamínicas
maternas. A partir do segundo trimestre, os fatores externos maternos vão
passar a ter contribuição direta sob a condição nutricional do feto. O ganho de
peso adequado, a ingestão suficiente de energia e nutrientes, o fator emocional
e o estilo de vida serão determinantes para o crescimento e desenvolvimento
fetal adequado.
Estima-se um ganho de peso gestacional de 12,5 kg, para grávidas eutróficas,
com média de peso de 3,4 kg do concepto ao nascer, há acúmulo de 925 g de
proteinas e 3.825 g de gordura O fato de gerar um feto e a adaptação do
organismo materno acrescentam um gasto de 80.000 kcal, durante 280 dias de
gestação, o que reflete em um aumento de 300 kcal na necessidade energética
diária
O balanço ingestão/consumo de ferro na mulher adulta em idade fértil é
próximo a zero, sendo sua ingestão diária é de 18 mg. Durante a gestação, sua
necessidade aumenta para 27 mg, importante para suprir a expansão da
massa eritrocitária, o crescimento do feto e da placenta e para repor perdas
basais e perdas sanguineas durante o parto. A suplementação de ferro é
preconizada pelo Ministério da Saúde para todas as gestantes da 20 semana
de gestação até o 3º més pós-parto.
Artigo: Nutrição fetal, da UFMG

O período da gestação merece o máximo de atenção no que se refere a


ingestão de quantidades adequadas de macro e micronutrientes, uma vez que
além da sua própria saúde, a gestante precisa garantir o crescimento e
desenvolvimento fetal.
A nutrição no período pré-natal envolve mais que o ganho de peso e ingestão
calórica. De fato, a ingestão diária recomendada (IDR) de muitos nutrientes
aumenta durante a gestação. Vale mencionar que a única fonte de nutrientes
do bebê provem da ingestão e reservas nutricionais materna.
A deficiência de micronutrientes ocorre quando a gestante não consome
quantidades suficientes destes para manter o funcionamento adequado do
organismo e o desenvolvimento do bebê, podendo ocasionar uma série de
efeitos adversos à mãe e ao bebê a curto e longo prazo.
Deficiências de micronutrientes no feto e no início da vida podem alterar o
metabolismo, a vasculatura e o crescimento e função dos órgãos, inclusive
levando a um risco aumentado de obesidade, alteração da função renal,
diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares mais tarde na vida.

https://kilyos.com.br/deficiencias-nutricionais-na-gestacao-e-suas-consequencias/#:~:text=Defici%C3%AAncias%20de
%20micronutrientes%20no%20feto,cardiovasculares%20mais%20tarde%20na%20vida.

O ganho de peso inadequado pré-gestacional e gestacional afetam a evolução


na gestação, o desenvolvimento fetal e podem gerar consequências na saúde
da criança e perdurar ao longo da vida, desta forma, a prevenção mais eficaz é
intervir nas fases precoces. O estudo tem como objetivo analisar o efeito da
alimentação materna e o desenvolvimento da obesidade e devido ao
isolamento imposto pela Covid-19 foi realizado através da plataforma Google
Forms. O questionário continha 15 questões sobre a alimentação de mães
durante a gestação e dados antropométricos, bem com os hábitos alimentares
de seus filhos atualmente. Participaram do estudo 41 mães com filhos entre 2 a
19 anos. Após análise verificou-se que 60% das gestantes não atingiram a
ganho de peso ideal para a gestação, sendo que 26,82% ganharam peso
acima do ideal e que a maior parte dos pesquisados ofereceu alimentos aos
seus filhos antes dos 3 meses de idade, ainda foi identificado a prática de
hábitos alimentares errôneos semelhantes entre os pais e filhos, participantes
da pesquisa. O estado nutricional da mãe reflete na saúde da criança recém-
nascida e no pós-parto, ainda pode elevar o risco de intercorrências
gestacionais como alterações e prejuízos ao feto e o baixo peso ao nascer,
danos estes que podem acarretar futuramente o desenvolvimento de doenças
crônicas não transmissíveis, desta forma, é importante que durante o pré-natal
haja um acompanhamento nutricional adequado, a fim de evitar qualquer
intercorrência ou prejuízo alimentar e ao estado nutricional da mãe. A
obesidade na gestação podem desencadear complicações perinatais, dentre as
mais comuns estão a macrossomia fetal, desproporção céfalo-pélvica,
hemorragias, aumento de partos cesáreos, trauma fetal, asfixia, e mortalidade
infantil e intrauterina. O ganho de peso em excesso em geral está associado ao
elevado consumo de alimentos calóricos, desequilibrados em nutrientes e
grades porções alimentares. Pode-se concluir que o hábito alimentar praticado
pelas mães durante a gestação pode influenciar no desenvolvimento da
obesidade infantil. É imprescindível o acompanhamento nutricional adequado
no pré-natal para se garantir o ganho de peso ideal da mãe e evitar a
obesidade ou mesmo a desnutrição. Instruir as gestantes sobre a importância
do aleitamento materno exclusivo, e a iniciar introdução da alimentação
complementar apenas aos seis meses e de forma gradativa certamente é uma
importante ferramenta para se evitar danos à saúde.
https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/anaisevinci/article/view/5385

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