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08/08/2023, 20:08 Antes do início: nutrição e estilo de vida no período pré-concepcional e sua importância para a saúde futura - PMC

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Lanceta. Manuscrito do autor; disponível no PMC 2018 em 5 de novembro. PMCID: PMC6075697


Publicado na forma final editada como: EMSID: EMS78604
Lanceta. 5 de maio de 2018; 391(10132): 1830–1841. PMID: 29673873
Publicado online em 16 de abril de 2018. doi: 10.1016/S0140-6736(18)30311-8

Antes do início: nutrição e estilo de vida no período pré-concepcional e sua


importância para a saú de futura
Professora Judith Stephenson , FFPH, Dra. Nicola Heslehurst , PhD, Dra. Jennifer Hall , PhD,
Dra. Danielle AJM Schoenaker , PhD, Dra Jayne Hutchinson , PhD, Professora Janet Cade , RNutr FAfN,
Professora Lucilla Poston , PhD, Dra. , Dra. Sarah Crozier , PhD, Dra. Kalyanaraman Kumaran , DM FFPH,
Professora Chittaranjan Yanjik , MD, Dra. Mary Barker , PhD, Professora Janis Baird , PhD FFPH, e
Professora Gita Mishra , PhD FAHMS

Abstrato

Uma mulher saudável no momento da concepçã o tem mais chances de ter uma gravidez bem-
sucedida e um filho saudável. Revisamos as evidê ncias publicadas e apresentamos novos da‐
dos de países de renda alta, baixa e mé dia sobre o momento e a importâ ncia da saú de pré -
concepçã o para a saú de materna e infantil subsequente. Descrevemos até que ponto a
gravidez é planejada e se o planejamento está ligado a comportamentos de saú de pré -
concepcionais.

Estudos observacionais mostram fortes vínculos entre a saú de antes da gravidez e os resulta‐
dos da saú de materna e infantil, com consequê ncias que podem se estender por geraçõ es, mas
a consciê ncia desses vínculos nã o é generalizada. A má nutriçã o e a obesidade sã o frequentes
entre mulheres em idade reprodutiva, e as diferenças entre países de alta e baixa renda
tornaram-se menos distintas, com dietas típicas muito aqué m das recomendaçõ es nutricionais
em ambos os ambientes e especialmente entre adolescentes.

Numerosos estudos mostram que a suplementaçã o de micronutrientes começando na


gravidez pode corrigir importantes deficiê ncias nutricionais maternas, mas os efeitos sobre os
resultados de saú de infantil sã o decepcionantes. Outras intervençõ es para melhorar a dieta
durante a gravidez tiveram pouco impacto nos resultados de saú de materna e neonatal. Houve
comparativamente poucas tentativas de dieta pré -concepçã o e intervençã o no estilo de vida. As
melhorias na mediçã o do planejamento da gravidez quantificaram o grau de planejamento da

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gravidez e sugerem que isso é mais comum do que se pensava anteriormente. O planejamento
da gravidez está associado a um padrã o misto de comportamentos de saú de antes da
concepçã o.

Propomos novas definiçõ es do período de pré -concepçã o relacionadas ao desenvolvimento do


embriã o e à açã o em nível individual ou populacional. É necessá rio um foco mais nítido na
intervençã o antes da concepçã o para melhorar a saú de materna e infantil e reduzir a carga
crescente de doenças nã o transmissíveis. Juntamente com os esforços contínuos para reduzir
o tabagismo, o á lcool e a obesidade na populaçã o, pedimos uma maior conscientizaçã o sobre a
saú de pré -concepcional, principalmente em relaçã o à dieta e nutriçã o. É importante ressaltar
que os profissionais de saú de devem estar alertados para as formas de identificaçã o das mul‐
heres que estã o planejando uma gravidez.

Introduçã o

A saú de na é poca da concepçã o, outrora um tema negligenciado, é agora um foco de interesse


crescente, refletido em vá rios relató rios recentes de agê ncias de saú de nacionais [ 1 , 2 ] e in‐
ternacionais, [ 3 , 4 ]. Trê s artigos vinculados nesta ediçã o defendem a saú de pré -concepçã o
como um fator determinante do sucesso da gravidez e da saú de da pró xima geraçã o, com base
em evidê ncias nos campos clínico, bioló gico e social/político. Neste artigo, seguimos trê s linhas
de investigaçã o. Primeiro, revisamos as evidê ncias que ligam a saú de pré -concepçã o, particu‐
larmente o estado nutricional, aos resultados da gravidez e do parto, incluindo a aná lise dos
poucos estudos de coorte em países de baixa e mé dia renda (LMIC) e países de alta renda
(HIC) que recrutaram mulheresantes da gravidez ( apê ndice da web ) [ 5 ] [ 6 , 7 ] [ 8 ] e dados
de pesquisa sobre a nutriçã o de uma amostra nacionalmente representativa de mulheres em
um HIC [[ 9 ]. Com esses dados, avaliamos o quã o bem as mulheres estã o preparadas, em ter‐
mos de saú de, para a gravidez. Em segundo lugar, uma vez que os cuidados pré -concepçã o sã o
amplamente negligenciados, avaliamos até que ponto a intervençã o durante a gravidez pode
mitigar o impacto dos comportamentos de risco pré -concepçã o, revisando revisõ es sistemá ti‐
cas de intervençõ es dieté ticas e de estilo de vida que começaram na gravidez ( apê ndice da
web). Em terceiro lugar, os esforços para melhorar a saú de pré -concepçã o podem ser direcio‐
nados a nível populacional, independentemente de qualquer planejamento de gravidez, e/ou
direcionados mais especificamente para mulheres que estã o planejando uma gravidez. Por‐
tanto, revisamos o que se sabe sobre a extensã o do planejamento da gravidez, incluindo novos
dados de um país de baixa renda sobre como medir o planejamento da gravidez[ 10]. Uma sé ‐
rie de condiçõ es sociais, mé dicas e ambientais podem influenciar os resultados da gravidez, in‐
cluindo distú rbios gené ticos, condiçõ es de saú de física e mental pré -existentes, agentes terato‐
gê nicos e violê ncia domé stica, para citar alguns. Reconhecemos sua importâ ncia, mas a revisã o
dessas condiçõ es está fora do escopo deste artigo. A importâ ncia da saú de pré -concepçã o dos
pais é abordada no segundo artigo desta sé rie e o direcionamento de estraté gias de interven‐
çã o para melhorar a saú de pré -concepçã o é considerado em um terceiro artigo.

Fatores de risco pré-concepçã o em perspectiva

A epidemiologia do curso de vida fornece uma perspectiva ú til para examinar os fatores pré -
concepçã o e seus efeitos na saú de materna, fetal e infantil, considerando o momento e a dura‐
çã o das exposiçõ es e seus potenciais impactos latentes ou de longo prazo [ 11 ] . A relaçã o das
exposiçõ es com os resultados pode ser considerada em termos de períodos críticos, períodos
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sensíveis e efeitos cumulativos. Por exemplo, o período em torno da concepçã o (dois a trê s
meses antes e depois) é um período crítico para otimizar a funçã o dos gametas e o desenvolvi‐
mento precoce da placenta. Nesse período, a suplementaçã o com á cido fó lico, por exemplo,
pode reduzir o risco de defeitos do tubo neural em até 70% [ 12 , 13]. Outros benefícios da su‐
plementaçã o de á cido fó lico durante a periconcepçã o podem incluir diminuiçã o do risco de
pré -eclâ mpsia, aborto espontâ neo, baixo peso ao nascer, pequeno para a idade gestacional, na‐
timorto, morte neonatal e autismo em crianças [ 14 – 16 ] . As consequê ncias da deficiê ncia de
ferro materno-fetal també m se encaixam em um modelo de período crítico no qual a reposiçã o
apó s um ponto de tempo indeterminado falha em corrigir deficiê ncias estruturais nas estrutu‐
ras cerebrais em desenvolvimento. Em modelos animais experimentais, a restriçã o dieté tica de
ferro desde o início da gestaçã o pode induzir uma diminuiçã o de 40-50% no ferro cerebral 10
dias apó s o nascimento [ 17 ] e a deficiê ncia de zinco pré -concepçã o compromete o cresci‐
mento fetal e placentá rio e o fechamento do tubo neural [ 18 ]. A adolescê ncia pode represen‐
tar um período particularmenteperíodo sensível , pois comportamentos de estilo de vida pouco
saudáveis ​- como fumar, má alimentaçã o e distú rbios alimentares - geralmente se originam na
adolescê ncia. Esses fatores de risco pré -concepçã o podem definir padrõ es que tê m um efeito
cumulativo na saú de na idade adulta e nas geraçõ es futuras, conforme demonstrado por evi‐
dê ncias crescentes do impacto a longo prazo da má nutriçã o materna e obesidade para a cri‐
ança [ 19 ].

Composição Corporal Materna, Nutrição e Fatores de Estilo de Vida

eu. Índice de massa corporal (IMC) Tanto o baixo peso quanto o sobrepeso materno estã o as‐
sociados a riscos substanciais para a saú de materna e infantil. Uma aná lise do IMC adulto em
200 países de 1975 a 2014 com mais de 19 milhõ es de participantes constatou que a prevalê n‐
cia global padronizada por idade de baixo peso em mulheres (IMC <18,5 kg/m 2 ) diminuiu de
15% para 10 % ; O Sul da Á sia teve as taxas mais altas com uma estimativa de 24% de mulhe‐
res abaixo do peso em 2014 [ 20 ]. Embora o baixo peso tenha diminuído, a prevalê ncia global
de obesidade (IMC ≥30 kg/m 2 ) aumentou de 6% para 15% em mulheres [ 20 ]; em muitos
HIC e LMIC, até 50% estã o com sobrepeso ou obesidade quando engravidam [ 21 , 22]. A obe‐
sidade está associada ao aumento do risco da maioria dos resultados adversos maternos e pe‐
rinatais, desde a incapacidade de conceber até complicaçõ es na gravidez (pré -eclâ mpsia, dia‐
betes gestacional) e parto (macrosomia), anomalias congê nitas, natimortos e baixo peso ao
nascer, amamentaçã o malsucedida e até mesmo a morte materna [ 22 – 25 ]. O aumento global
da obesidade entre os homens, de 3% para 11% entre 1975 e 2014[ 20 ] nã o é irrelevante; a
obesidade paterna tem sido associada ao comprometimento da fertilidade, afetando a quali‐
dade e a quantidade do esperma [ 26 ] e está associada ao aumento do risco de doenças crô ‐
nicas na prole [ 27]. O efeito cumulativo da obesidade materna e paterna sobre o risco de obe‐
sidade nas geraçõ es futuras foi proposto por numerosos estudos [ 28 ] e vias causais envol‐
vendo interaçã o entre fatores gené ticos, epigené ticos e ambientais estã o surgindo (artigo 2).

Embora os benefícios da perda de peso pré -concepçã o ainda nã o tenham sido estabelecidos
por meio de ensaios clínicos, estudos observacionais indicam os prováveis ​efeitos da perda de
peso pré -concepçã o sobre os resultados da gravidez. Em um estudo de base populacional no
Canadá com 226.958 gestaçõ es ú nicas, uma perda de peso antes da concepçã o de 10% foi as‐
sociada a uma reduçã o clinicamente significativa do risco de pré -eclâ mpsia, diabetes gestacio‐
nal, parto prematuro, macrossomia e natimorto [ 29 ] . Mulheres submetidas à cirurgia bariá ‐
trica pelo menos dois anos antes da concepçã o tiveram risco ou chances consideravelmente

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menores de diabetes gestacional, distú rbios hipertensivos e neonatos grandes para a idade
gestacional em comparaçã o com mulheres de IMC semelhante que nã o fizeram cirurgia bariá ‐
trica, embora isso tenha sido parcialmente compensado por mais pequenos nascimentos para
a idade gestacional [ 30– 32 ]. Níveis mais altos de atividade física antes da concepçã o foram
associados a menor risco de diabetes gestacional (OR 0,45, 95% CI 0,28, 0,75 em sete coortes,
34.929 gestaçõ es) [ 33 ] e pré -eclâ mpsia (RR 0,65, 95% CI 0,47, 0,89 , em cinco estudos,
10.317 gestaçõ es) [ 34 ]. Caminhar em ritmo acelerado por quatro horas ou mais por semana
antes da gravidez també m foi associado a um menor risco de diabetes gestacional [ 35 ]. O su‐
cesso recente de uma intervençã o no estilo de vida na reduçã o da retençã o de peso pó s-parto
[[ 36 ] mostra que a preparaçã o para a saú de na pró xima gravidez pode começar logo apó s a
ú ltima gravidez.

ii. Dieta e nutriçã o pré-concepcional Dieta e nutriçã o antes da gravidez podem modificar os re‐
sultados maternos e perinatais por meio de efeitos no IMC (como acima) ou outros fatores nu‐
tricionais, incluindo deficiê ncias de micronutrientes. A OMS estima que cerca de dois bilhõ es
de pessoas sã o deficientes em micronutrientes, com as mulheres em risco particular devido à
menstruaçã o e à s altas demandas metabó licas da gravidez [ 37 ]. Globalmente, estima-se que a
desnutriçã o materna e suas consequê ncias, incluindo restriçã o do crescimento fetal, atraso no
crescimento, deficiê ncia de vitamina A e/ou zinco, juntamente com a amamentaçã o abaixo do
ideal, sejam responsáveis ​por 3,1 milhõ es de mortes infantis anualmente, ou 45% de todas as
mortes infantis em 2011 [ 38]. Uma revisã o abrangente recente da nutriçã o entre meninas
adolescentes e mulheres em idade reprodutiva em LMIC concluiu que, apesar da reduçã o na
prevalê ncia de baixo peso, as deficiê ncias alimentares, incluindo ferro, vitamina A, iodo, zinco e
cá lcio permanecem prevalentes [ 39 ] . Uma dieta típica em HIC, caracterizada por alta ingestã o
de carne vermelha, grã os refinados, açú cares refinados e laticínios com alto teor de gordura,
també m carece de vá rios nutrientes importantes, incluindo magné sio, iodo, cá lcio e vitamina D
[ 40 , 41 ] .

Nossa aná lise no Reino Unido mostra que muitas mulheres em idade reprodutiva nã o estarã o
preparadas nutricionalmente para a gravidez, mesmo com níveis mais baixos de ingestã o de
nutrientes de referê ncia (LRNI); isso se aplica especialmente a mulheres jovens e ingestã o de
minerais (tabela 1). Setenta e sete por cento das mulheres com idade entre 18 e 25 anos tive‐
ram ingestã o dieté tica abaixo das recomendaçõ es diá rias do RNI para iodo e 96% das mulhe‐
res em idade reprodutiva tiveram ingestã o abaixo das recomendaçõ es de ferro e folato para
gravidez (dados nã o mostrados). Atingir níveis adequados de folato na gravidez (concentraçã o
de folato nos gló bulos vermelhos acima de 906 nmol/L) para prevençã o de defeitos do tubo
neural pode ser difícil de alcançar apenas com dieta [ 42]. Suplementos de á cido fó lico ou ali‐
mentos fortificados sã o alternativas eficazes. Em uma coorte de mais de 1,5 milhã o de mulhe‐
res na China, a suplementaçã o de á cido fó lico trê s meses antes da gravidez foi associada a um
risco significativamente menor de baixo peso ao nascer (OR 0·74, 95% CI 0·71-0·78), aborto
espontâ neo (OR 0· 53, 0·52-0·54), natimortos (OR 0·70, 0·64-0·77) e mortalidade neonatal
(OR 0·70, 0·63-0·78) em comparaçã o com mulheres que nã o tomar á cido fó lico antes da gravi‐
dez [ 16 ]. Em vá rios países (Canadá , Chile, Omã , Á frica do Sul, EUA), uma diminuiçã o nos defei‐
tos do tubo neural foi observada apó s a fortificaçã o com á cido fó lico ([ 13 ) . descendê ncia [
40], embora o equilíbrio entre benefício e risco da suplementaçã o de iodo antes ou durante a
gravidez permaneça obscuro [ 43 ].

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tabela 1

Ingestão dietética e características de estilo de vida de mulheres em idade reprodutiva na ALSWH e UK NDNS
Idade na pesquisa (N,%)

Total (N) Idade Idade Idade Idade P-valor


(509) 18-25 26-30 31-35 36-42 4

(156, (79, (102, (172,


32%) 19%) 18%) 31%)

IMC (DP) 26,0 25.1 25,3 26,7 27,7 0,1


(6,7) (5.4) (5,2) (6,2) (6,3)

Sobrepeso/obesidade, % 49 (43, 41 (32, 40 (29, 49 (38, 62 (54, 0,004


54) 51) 53) 60) 70)

F&H(<5 porçõ es/dia), % 77 (73, 91 70 (56, 70 (60, 72 (63, 0,003


81) (84,95) 80) 79) 79)

Fumante atual, % 26 33 (25, 22 (14, 20 (13, 24 (17, 0,2


(22,30) 43) 33) 29) 31)

Consumo de álcool de alto 22 (18, 28 (19, 16 (9, 12 (7, 25 (19, 0,03


6
risco ,% (95% CIs) 26) 38) 26) 20) 33)

Vitaminas LNRI 7 Porcentagem (95% CIs) com ingestão apenas de dieta abaixo
da Ingestão Inferior de Nutrientes de Referência (LRNIs)

Vitamina A 250 µg/dia 7 (5, 9) 12 (8, 5 (5, 14) 2 (1, 4) 5 (3, 0,002
19) 10)

Vitamina b12 1,0 µg/d 2 (1,3) 4 (2, 8) 0 1 (0, 3) 1 (0, 6) 0,1

folato 100µg/d 4 (3, 7) 8 (4, 13) 1 (0, 6) 0 (0, 2) 5 (2, 9) 0,003

Riboflavina 0,8 mg/d 14 (11, 22 (15, 11 (6, 9 (5, 15) 11 (7, 0,03
18) 32) 20) 17)

Minerais

Cálcio 400mg/dia 9 (7, 12) 13 (9, 6 (3, 14) 6 (3, 12) 9 (5, 0,2
8
20) 14)

Iodo 70µg/d 15 (11, 22 (15, 13 (7, 7 (4, 14) 11 (7, 0,02


19) 31) 23) 18)

Ferro 8,0 mg/dia 30 (25, 38 (29, 26 (17, 23 (16, 27 (21, 0,09


34) 47) 37) 32) 35)

Potássio 2000mg/dia 29 (25, 41 (32, 26 (17, 19 (12, 25 (19, 0,003


34) 51) 38) 28) 33)

Selênio 40µg/d 51 (47, 57 (47, 37 (26, 52 (42, 54 (46, 0,08


56) 66) 49) 62) 61)

Zinco 4mg/dia 4 (3, 7) 6 (3, 11) 3 (1, 9) 4 (2, 9) 4 (2, 9) 0,7

1
O Australian Longitudinal Study on Women's Health (ALSWH) é um estudo de base populacional de
mulheres nascidas em 1973-78 que foram pesquisadas a cada 3-4 anos desde 1996 (idade 18-23 anos) [ 5 ]
2 Todas as mulheres, incluindo mulheres que não deram à luz

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3
As características pré-concepcionais apresentadas na tabela foram relatadas na pesquisa antes da primeira
gravidez (até três anos).
4
Para comparação entre faixas etárias

IMC = Índice de massa corporal, F&V = Consumo de frutas e vegetais


5
Programa de Pesquisa Nacional sobre Dieta e Nutrição do Reino Unido (NDNS RP) (2008/2012) anos 1-4 [ 9
]. Médias (DP) e porcentagens (95% CIs) são ponderadas para fornecer resultados representativos
nacionalmente.
6
Mais de 6 unidades de álcool em uma ocasião de consumo nos ú ltimos 7 dias
7
Ingestão de nutrientes de referência inferior de micronutrientes (LRNI) são os recomendados para o Reino
Unido em COMA, 1991
https://www.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/547050/government__diet
ary_recommendations.pdf
8
LRNI Cálcio é diferente para 18 anos = 450mg/d
*
Três ou mais bebidas padrão (10g de álcool) em 5 ou mais dias por semana

Estudos de coorte sugeriram que os padrõ es alimentares até trê s anos antes da gravidez, ca‐
racterizados por alta ingestã o de frutas, vegetais, legumes, nozes e peixe e baixa ingestã o de
carne vermelha e processada, estã o associados a um risco reduzido de diabetes gestacional [
44 – 47 ] , distú rbios hipertensivos da gravidez [ 48 – 50 ] e parto prematuro [ 51 ]. Como
poucas pessoas planejam uma gravidez com trê s anos de antecedê ncia, isso destaca a necessi‐
dade de intervençõ es em nível populacional. No Reino Unido e na Austrá lia, mais de 9 em cada
10 mulheres com idade entre 18 e 25 anos relataram consumir menos de cinco porçõ es de
frutas e vegetais diariamente (tabela 1). Como a dieta da criança pequena é determinada em
grande parte pela mã e, isso tem implicaçõ es importantes para a saú de futura da criança.

iii. Tabagismo, á lcool e cafeína As evidê ncias do impacto do tabagismo materno nos resultados
de saú de (incluindo perda da gravidez, restriçã o do crescimento intrauterino e baixo peso ao
nascer) vê m em grande parte de estudos iniciados durante, e nã o antes, a gravidez [ 52 , 53 ] .
Embora nã o haja estudos publicados mostrando que a reduçã o do tabagismo antes da concep‐
çã o melhora esses resultados, a evidê ncia indireta do impacto em nível populacional vem da
introduçã o de legislaçã o antifumo em diferentes países, que foi associada a reduçõ es substan‐
ciais em nascimentos prematuros (-10,4%, 95 % CI -18,8, -2,0; de quatro estudos de coorte
com 1.366.862 gestaçõ es) [ 54]. O consumo materno de á lcool pode resultar em uma varie‐
dade de distú rbios do espectro alcoó lico fetal, resultando em dificuldades físicas, comporta‐
mentais e de aprendizado. [ 55 ] Embora a discussã o sobre qualquer 'nível seguro' de á lcool
seja controversa, há uma consciê ncia pú blica considerável de que evitar o fumo e o á lcool du‐
rante a gravidez é importante para a saú de. O consumo de cafeína durante a gravidez tem sido
associado a uma reduçã o no peso ao nascer de tamanho semelhante ao causado pelo á lcool, e
uma tendê ncia significativa para maior reduçã o no peso ao nascer com maior ingestã o de ca‐
feína [ 56]]. Essa relaçã o foi consistente nos trê s trimestres, sugerindo que cortar a cafeína an‐
tes da concepçã o pode ser bené fico. No entanto, como acontece com todos os fatores de risco
pré -concepçã o, o escopo de açã o em nível individual é limitado pela gravidez nã o planejada;
isso, por sua vez, destaca a importâ ncia de açõ es de saú de pú blica custo-efetivas (por exemplo,
preços mínimos de á lcool e legislaçã o antifumo) para reduzir comportamentos de risco em
toda a populaçã o, com benefícios adicionais para aquelas cujas gestaçõ es nã o sã o planejadas.

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iv Intervençõ es no estilo de vida e suplementaçã o de micronutrientes durante a gravidez Uma


vez que as mulheres sã o mais propensas a se envolver com os serviços de saú de quando estã o
grávidas do que antes, consideramos se os resultados do parto podem ser melhorados inter‐
vindo na gravidez para corrigir padrõ es alimentares inadequados que estavam presentes an‐
tes da concepçã o. Em HIC, a epidemia de obesidade tem dominado os esforços para melhorar
os resultados da gravidez. Nossa visã o geral identificou 20 revisõ es sistemá ticas de interven‐
çõ es pré -natais com um componente dieté tico, seis confinadas a mulheres com sobrepeso ou
obesas (Figura 2, detalhe no apê ndice da web ). Essas revisõ es, principalmente de ensaios do
HIC, fornecem evidê ncias consistentes de alta qualidade de que a dieta (com ou sem exercício)
durante a gravidez pode reduzir o ganho de peso gestacional, embora uma meta-aná lise re‐
cente de dados individuais do paciente (IPD) de 36 ensaios clínicos randomizados com 12.526
mulheres de IMC misto encontraram uma reduçã o mé dia no ganho de peso gestacional de
apenas 0,7kg (95% CI -0,92 a -0,48) [ 57 ]. Algumas revisõ es també m relataram que a inter‐
vençã o dieté tica durante a gravidez levou à reduçã o da ingestã o de gordura e energia na dieta,
com aumento do consumo de fibras, proteínas, frutas e vegetais [ 58 – 60]. Ensaios de alta
qualidade publicados apó s essas revisõ es sistemá ticas mostram efeitos semelhantes nos com‐
portamentos alimentares. O estudo LIMIT na Austrá lia mostrou um aumento no consumo de
frutas, vegetais, legumes, fibras e micronutrientes e uma reduçã o na energia de fontes de gor‐
dura saturada entre mulheres com sobrepeso ou obesas [ 61 ] . O estudo UPBEAT no Reino
Unido també m mostrou uma reduçã o no consumo de alimentos processados ​e salgadinhos en‐
tre mulheres obesas [ 62 ]. Ambos os estudos mostraram mudança de comportamento alimen‐
tar em 28 e 36 semanas de gestaçã o e o UPBEAT relatou reduçã o da adiposidade infantil 6 me‐
ses apó s o parto [ 63]. Embora comportamentos de saú de aprimorados e restriçã o de ganho
de peso nã o devam ser ignorados, pois podem haver benefícios a longo prazo, essas interven‐
çõ es nã o tiveram impacto significativo sobre os resultados adversos comuns da gravidez, in‐
cluindo diabetes gestacional, pré -eclâ mpsia, grande para a idade gestacional ou prematuro
nascimentos em mulheres de IMC misto ou em mulheres obesas (Figura 2), embora a meta-
aná lise IPD tenha relatado uma reduçã o de 9% na cesariana em mulheres de todos os IMCs
(OR 0,91, IC 95% 0,83 a 0,99) [ 57 ] . Como as tentativas de melhorar os resultados em mulhe‐
res obesas com medicamentos sensibilizadores de insulina també m falharam [ 64 , 65 ], a aten‐
çã o está cada vez mais focada em melhorar a dieta e prevenir ou reverter a obesidade no pe‐
ríodo pré -concepçã o. Dado o tempo substancial necessá rio para atingir um peso saudável, a
intervençã o precoce em nível populacional é vital para reduzir os resultados relacionados à
obesidade na gravidez.

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Figura 2

Forest plots de meta-análises relatadas em revisõ es sistemáticas sobre o efeito de intervençõ es de mudança
de comportamento alimentar (com ou sem elementos de atividade física) em mulheres grávidas sobre ganho
de peso gestacional, parto prematuro, diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.

Uma estimativa resumida não foi gerada porque alguns estudos de intervenção estão incluídos em mais de
uma meta-análise.

Em LMIC, as intervençõ es dieté ticas pré -natais geralmente se concentram no problema da pri‐
vaçã o de calorias e nutrientes. Um ú nico estudo em Mumbai descobriu que um lanche diá rio
contendo vegetais verdes folhosos, frutas e leite antes e durante a gravidez reduziu a prevalê n‐
cia de diabetes gestacional (para 7,3% no grupo de intervençã o em comparaçã o com 12,4% no
grupo de controle) [[ 66 ] ] . Numerosos estudos examinaram o impacto da suplementaçã o
pré -natal de mú ltiplos micronutrientes em uma sé rie de resultados de saú de em populaçõ es
de alto risco em LMIC [ 67 , 68], mas os resultados sã o decepcionantes. Revisõ es sistemá ticas
de ensaios de suplementaçã o de mú ltiplos micronutrientes durante a gravidez, incluindo mais
de 88.000 mulheres, mostraram consistentemente efeitos modestos no aumento do peso ao
nascer, mas nenhuma melhora na sobrevivê ncia infantil, crescimento, composiçã o corporal,
pressã o arterial, resultados respirató rios ou cognitivos, em comparaçã o com grupos de con‐
trole recebendo suplementaçã o de ferro e á cido fó lico apenas [ 69 , 70 ].

As distinçõ es entre HIC e LMIC tornaram-se indistintas, pois muitos LMIC experimentam uma
transiçã o demográ fica e obsté trica [ 71 ] juntamente com estilos de vida 'ocidentais' que pro‐
movem a obesidade, enquanto as populaçõ es de HIC já dominadas pela obesidade geralmente
tê m má nutriçã o e deficiê ncias específicas de micronutrientes que nã o sã o reconhecidas até a
gravidez . A anemia por deficiê ncia de ferro é um exemplo: é a deficiê ncia mais comum em
todo o mundo, afetando cerca de 2 bilhõ es de pessoas e 30-50% das mulheres grávidas [ 72 ],
incluindo mulheres jovens em HIC [ 73 ]. Embora a suplementaçã o de ferro na gravidez reduza
a anemia por deficiê ncia de ferro e melhore os níveis de hemoglobina a termo, outros benefí‐
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cios parecem limitados a uma reduçã o no baixo peso ao nascer [ 74]. A deficiê ncia de vitamina
D, cada vez mais comum entre mulheres grávidas em HIC, pode levar à deficiê ncia mineral ó s‐
sea na criança em desenvolvimento e tem sido implicada, mas com menos certeza, em diabetes
gestacional, pré -eclâ mpsia, baixo peso ao nascer e parto prematuro [ 75 ] . Um ensaio subse‐
quente de suplementaçã o de vitamina D durante a gravidez mostrou que a maioria das mulhe‐
res tornou-se repleta de vitamina D, mas o conteú do mineral ó sseo infantil nã o aumentou em
geral [ 76 ]. Outros estudos, como o estudo SPRING de suplementaçã o de vitamina D durante a
gravidez [ 77 ], sã o aguardados.

Em resumo, as intervençõ es para melhorar a dieta na gravidez levam a uma reduçã o modesta
no ganho de peso gestacional, mas, com poucas exceçõ es [ 63], nã o melhoraram importantes
resultados de saú de materna ou neonatal. A suplementaçã o de micronutrientes começando na
gravidez pode corrigir importantes deficiê ncias nutricionais maternas com efeitos modestos
no aumento do peso ao nascer, mas sem melhora subsequente nos resultados de saú de infan‐
til. As explicaçõ es prováveis ​incluem o início apó s períodos críticos precoces de programaçã o
fetal e/ou implementaçã o, dose ou adesã o inadequadas nesse período de tempo para obter in‐
fluê ncia bioló gica significativa. De acordo com essa hipó tese, um dos poucos ensaios de suple‐
mentaçã o iniciados antes da concepçã o nã o encontrou efeito sobre o peso ao nascer, a menos
que fornecido pelo menos 3 meses antes da concepçã o e para mulheres que nã o estavam
abaixo do peso ([ 78]). Para explorar a adesã o à suplementaçã o pré -concepçã o, analisamos
dados do estudo Pune Rural Intervention in Young Adolescents (PRIYA) [ 8 ] . PRIYA é um es‐
tudo randomizado baseado na comunidade de suplementaçã o de vitamina B12 antes da gravi‐
dez em mulheres e homens jovens. A adesã o, avaliada pela contagem de comprimidos, nesta
populaçã o experimental nã o grávida foi consistentemente alta em cerca de 80%. Embora todos
os esforços devam ser feitos para corrigir as deficiê ncias de micronutrientes em mulheres
apó s a gravidez, há um consenso crescente de que o maior ganho será alcançado por meio de
uma abordagem de curso de vida ou nutriçã o contínua melhorada em crianças, adolescentes e
mulheres jovens que pretendem engravidar (artigo 3). .

Definindo o período pré-concepcional

O período pré -concepçã o é frequentemente definido como os trê s meses antes da concepçã o,
possivelmente porque este é o tempo mé dio de concepçã o para casais fé rteis [ 79 , 80 ]. No
entanto, um período de tempo antes da concepçã o só pode ser identificado depois que a mu‐
lher engravidou. Algumas definiçõ es evitam esse problema, por exemplo “no mínimo um ano
antes do início de qualquer relaçã o sexual desprotegida que possa resultar em gravidez” [ 81
], mas carecem de aplicaçã o prá tica.

Portanto, propomos trê s novas definiçõ es ou perspectivas que se relacionam com o desenvol‐
vimento do embriã o ou apontam para a açã o em nível individual ou populacional. Do ponto de
vista biológico , há um período crítico que abrange as semanas em torno da concepçã o,
quando os gametas amadurecem, ocorre a fertilizaçã o e o embriã o em desenvolvimento se
forma. Esses sã o os eventos mais sensíveis a fatores ambientais, como a disponibilidade de ma‐
cro e micronutrientes ou exposiçã o ao fumo, á lcool, drogas ou outros terató genos (Docu‐
mento 2). Para a prevençã o de defeitos do tubo neural, um mínimo de 4-6 semanas de suple‐
mentaçã o de á cido fó lico é necessá rio para atingir níveis adequados antes que a neurulaçã o
comece trê s semanas apó s a concepçã o [ 13 ].

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Em relaçã o à açã o individual , o período de pré -concepçã o começa sempre que uma mulher
ou casal decide que quer ter um bebê , pois o tempo para a concepçã o é desconhecido. Uma
vez que cerca de um terço dos casais fé rteis que fazem sexo regular sem contracepçã o conce‐
berã o dentro de um mê s, [ 79 , 80] a otimizaçã o da nutriçã o, incluindo a suplementaçã o com
á cido fó lico, deve coincidir com a decisã o de engravidar. O período pré -concepçã o pode refletir
o tempo necessá rio para que os indivíduos atinjam os resultados de saú de desejados na pre‐
paraçã o para a gravidez, como seis ou mais meses para atingir um IMC saudável. A motivaçã o
materna para melhorar a saú de nesta fase pode ser forte. Em um estudo piloto recente, 54%
das mulheres obesas que frequentaram uma clínica de planejamento familiar para remover
seu implante contraceptivo ou dispositivo uterino a fim de engravidar estavam dispostas a me‐
lhorar sua saú de pré -concepcional adiando a remoçã o do anticoncepcional por 6 meses en‐
quanto seguiam um tratamento intensivo plano de perda de peso (Stephenson, dados nã o pu‐
blicados). Do ponto de vista da saúde pública ,o período pré -concepcional pode estar relaci‐
onado a uma fase sensível do ciclo de vida, como a adolescê ncia, quando os comportamentos
de saú de que afetam a dieta, o exercício e a obesidade, juntamente com o tabagismo e a be‐
bida, se estabelecem antes da primeira gravidez (artigo 3).

Essas perspectivas podem ser combinadas em uma estrutura conceitual do período pré -con‐
cepçã o (figura 1). Benefícios que podem ser alcançados rapidamente, como níveis adequados
de folato, sã o indicados 3 meses antes da concepçã o ou sempre que um indivíduo pretende
engravidar pela primeira vez. Por outro lado, uma perda substancial de peso leva meses ou
anos para ser alcançada, enquanto o tempo para estabelecer novos padrõ es alimentares é al‐
tamente variável. Juntos, esses achados apontam para a escala do desafio de melhorar a saú de
pré -concepcional com grande espaço para melhorias, particularmente no estado nutricional, e
a necessidade de estraté gias de intervençã o no nível da populaçã o para apoiar a açã o no nível
individual. (figura 1).

figura 1

Um diagrama conceitual do desafio de melhorar a saú de pré-concepcional.

Planejamento da gravidez para a saú de pré-concepcional

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Evidê ncias convincentes para a programaçã o do desenvolvimento precoce (artigo 2) e desa‐


pontamento com suplementos de micronutrientes e intervençõ es dieté ticas na gravidez estã o
mudando a atençã o para o desafio de intervir antes da concepçã o. A consciê ncia da importâ n‐
cia da saú de antes da gravidez, algum nível de planejamento da gravidez e a adoçã o de inter‐
vençõ es antes da concepçã o sã o requisitos distintos, mas relacionados, para melhorar a saú de
pré -concepçã o. A pesquisa qualitativa identificou trê s grupos: mulheres com altos níveis de
planejamento da gravidez que realizam intervençõ es, mulheres que planejam, mas se descre‐
vem como tendo pouca consciê ncia das açõ es pré -concepcionais e mulheres para as quais o
período pré -concepcional tem pouco significado [ 82 ] . Diferentes abordagens de cuidados
pré -concepcionais provavelmente serã o necessá rias para cada grupo (documento 3).

Nossa aná lise de novos dados de dois estudos de coorte pré -concepçã o mostra comportamen‐
tos de saú de mistos relatados em relaçã o ao planejamento da gravidez. As mulheres que 'ten‐
tavam engravidar' eram menos propensas a relatar fumar ou beber á lcool e relataram níveis
mais baixos de consumo de cafeína, mas tinham um IMC mais alto e relataram níveis mais bai‐
xos de atividade física e ingestã o semelhante de frutas e vegetais em comparaçã o com mulhe‐
res que usavam contracepçã o ou nã o planeja engravidar no pró ximo ano (mesa 2). Essas asso‐
ciaçõ es foram robustas ao ajuste para o nível de escolaridade materna, idade e paridade. No
Southampton Womens Study, a educaçã o teve um impacto significativo na associaçã o entre o
estado de gravidez e a ingestã o de frutas e vegetais antes da gravidez. As mulheres com mais
de 16 anos de idade e com intençã o de engravidar eram mais propensas a relatar comer cinco
porçõ es de frutas e vegetais do que aquelas que nã o engravidaram e nã o planejavam (65% vs
57%); considerando que nã o foram observadas diferenças entre esses grupos de intençã o de
gravidez em mulheres com apenas 16 anos de idade (46% vs 46%). Isto sugere que as mulhe‐
res mais instruídas podem melhorar sua dieta uma vez tomada a decisã o de engravidar, mas as
mulheres menos instruídas nã o, demonstrando o efeito da desvantagem na capacidade das
mulheres de mudar seus comportamentos.

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mesa 2

Risco relativo de comportamentos de dieta e estilo de vida de acordo com a intenção de gravidez nas coortes
ALSWH e SWS 1

ALSWH Coorte 2 SWS Coorte 3

Fatores Usando Tentando Não usar Não Gravidez Gravidez Plan


de risco contracepção engravidar anticoncepcional planeja indesejada pretendida uma
ou sem N=536 N=1285 gravidez N=301 N=584 grav
parceiro (7%) (15,9%) e não (2%) (5%) mas
sexual está gráv
masculino grávida N=1
N=6256 N=9932 (13%
(77%) (80%)

Fumar 1,00 0,84 (0,76, 1,09 (1,01, 1,18) 1,00 1,15 (1,00, 0,72 (0,61, 0,89
(sim vs 0,93) 1,33) 0,83) 0
não)

Consumo 1,00 0,70 (0,56, 0,91 (0,77, 1,09) 1,00 1,01 (0,98, 1.03 (1.01, 0,99
de álcool 0,87) 1,05) 1.06) 1
(sim vs
não)

Consumo 1,00 1,01 (0,99, 0,97 (0,96, 0,99) 1,00 1,05 (0,94, 0,94 (0,85, 0,9
de frutas 1,03) 1,17) 1,03) 1
e
vegetais
(<5 vs ≥5
porçõ es
por dia)

Atividade 1,00 1.06 (1.01, 1.14 (1.09, 1.18)


física 1.11)
(<30 vs
≥30
minutos
por dia)

Índice de 1,00 1,05 (1,00, 1.16 (1.12, 1.21) 1,00 0,98 (0,85, 1,10 (1,00, 1.13
massa 1,10) 1,13) 1,21) 1
corporal
(≥25 vs
<25
kg/m 2 )

Consumo 1,00 1,15 (1,01, 0,89 (0,79, 0,94

1
Todas as análises são riscos relativos e intervalos de confiança de 95% estimados usando a regressão de
Poisson com variância robusta, ajustada para idade materna, nível de escolaridade e paridade. Os resultados
estatisticamente significativos (P < 0,05) estão destacados em negrito.

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2
O Australian Longitudinal Study on Women's Health (ALSWH) é um estudo de base populacional de
mulheres nascidas em 1973-78 que foram pesquisadas a cada 3-4 anos desde 1996 (idade 18-23 anos) [ 5 ] .
As mulheres com ELAB que indicaram que elas ou seus parceiros não podem ter filhos foram excluídas da
análise. N foi retirado da Pesquisa 3, que foi a primeira pesquisa em que as mulheres foram questionadas
sobre a intenção de gravidez.
3
O Southampton Women's Survey (SWS) recrutou 12.583 mulheres não grávidas com idade entre 20 e 34
anos entre 1998 e 2002 [ 6 , 7 ]. Quando não estavam grávidas, as mulheres SWS foram questionadas se
esperavam tentar ter um bebê no ano seguinte. Os dados sobre a gravidez dentro de um ano foram então
usados ​para definir quatro grupos de mulheres: não planejando a gravidez e não grávida, gravidez indesejada,
gravidez pretendida e planejando uma gravidez, mas não grávida.

Embora numerosos estudos sugiram que a conscientizaçã o sobre saú de e cuidados pré -con‐
cepçã o seja baixa [ 83 , 84 ], o 'planejamento da gravidez' parece relativamente comum, indi‐
cando uma oportunidade perdida e inexplorada de intervençã o. [ 85 , 86 ] O planejamento da
gravidez geralmente é estimado em pesquisas, seja por meio de uma ú nica pergunta (por
exemplo, “Você planejou sua gravidez?”) desejos de tamanho familiar. A pesquisa mais influ‐
ente, a Pesquisa Nacional de Crescimento Familiar dos Estados Unidos[ 85 ] classifica a gravi‐
dez como planejada, inoportuna ou indesejada, termos agora amplamente adotados e incluí‐
dos nas Pesquisas Demográ ficas e de Saú de mundiais[ 87]. Uma combinaçã o de todas as infor‐
maçõ es da pesquisa estimou que 60% das 213 milhõ es de gestaçõ es em todo o mundo em
2012 foram intencionais [ 86 ].

Nos ú ltimos 20 anos, a crescente complexidade dos padrõ es de formaçã o familiar em todo o
mundo, a consciê ncia da necessidade de acomodar a ambivalê ncia das mulheres e a contribui‐
çã o da metodologia psicomé trica para o desenvolvimento da mediçã o indicaram a necessidade
de uma mediçã o mais sofisticada do planejamento da gravidez. A Medida de Gravidez Nã o Pla‐
nejada de Londres (LMUP) tem sido amplamente utilizada [ 88 ], com nove versõ es linguísticas
validadas em sete países, e mais em andamento [ 89 – 95 ]. Seis questõ es produzem uma pon‐
tuaçã o de 0 a 12, com pontuaçõ es mais altas indicando uma gravidez mais planejada. O uso do
LMUP mostrou que o planejamento da gravidez, em vá rios níveis de intensidade, é globalmente
comum, particularmente entre as gestaçõ es que levam ao parto [ 10 , 83, 89 – 94 , 96 , 97 ] Ao
fornecer uma gradaçã o mais refinada do planejamento da gravidez, o LMUP é mais confiável
do que as ferramentas anteriores, abrindo as portas para uma melhor previsã o dos resultados
de saú de associados à intençã o de gravidez. Apesar disso, o padrã o global usado no LMIC con‐
tinua sendo a ú nica pergunta da Pesquisa de Demografia e Saú de, feita até cinco anos apó s o
nascimento: “Na é poca em que você engravidou, você queria engravidar entã o, você queria es‐
perar até mais tarde, ou você nã o queria ter nenhum (mais) filho?” com respostas categoriza‐
das, respectivamente, como gravidez “pretendida”, “inoportuna” e “indesejada”.

Em um estudo de coorte de mulheres grávidas no Malawi [ 10 ], comparamos o LMUP relatado


durante a gravidez com a pergunta DHS até 16 meses depois. Quarenta e cinco por cento das
mulheres pontuaram 10 ou mais no LMUP no pré -natal, mostrando que o planejamento da
gravidez é um conceito relevante em um ambiente rural de baixa renda. A prevalê ncia esti‐
mada de gravidez planejada foi maior usando a questã o DHS pó s-natal (69%, IC 95% 65% a
73%) do que o LMUP pré -natal (40%, IC 95% 36% a 44%) no mesmo grupo de 623 mulheres
seguido por um ano (Figura 3). Estudos anteriores encontraram maior intençã o relatada ao
longo do tempo para nascimentos [ 98 ], mas estes sã o os primeiros dados a documentar que
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essa mudança ocorre no primeiro ano pó s-natal. Isso sugere a necessidade de vigilâ ncia pré -
natal da intençã o de gravidez, o que melhoraria a precisã o na avaliaçã o da escala de gestaçõ es
nã o planejadas e proporcionaria uma oportunidade de agir no pré -natal para mitigar os efei‐
tos adversos para a mã e e a criança. Uma medida como o LMUP també m seria sensível o sufici‐
ente para monitorar mudanças na taxa de gravidez nã o planejada ao longo do tempo e entre
subgrupos populacionais. A maioria das iniciativas para reduzir a gravidez nã o planejada,
como o Planejamento Familiar 2020 [ 99], contam com a adoçã o da contracepçã o como uma
medida substituta do impacto, enquanto o LMUP pode fornecer uma medida direta do resul‐
tado desejado.

Figura 3

Comparação da pontuação LMUP pré-natal das mulheres (0-12) com sua resposta à pergunta DHS concluída
pelo menos um (DHS1) e pelo menos 12 (DHS12) meses apó s o nascimento

A frequê ncia do planejamento da gravidez identificada pelo LMUP tanto no HIC quanto no
LMIC sugere um espaço considerável para intervençã o antes da gravidez; o desafio é identifi‐
car as mulheres que estã o planejando uma gravidez. Basta perguntar à s mulheres em idade
reprodutiva “ Você planeja ter (mais) filhos a qualquer momento no futuro?” está sendo promo‐
vido [ 100 ], mas provavelmente carece de validade preditiva; medidas mais sutis que captam
intençõ es ambivalentes sã o necessá rias, por exemplo, a Escala 'Desejo de Evitar a Gravidez'
(DAP), atualmente em desenvolvimento [ 101]. Medidas robustas como o LMUP e o DAP estã o
abrindo uma á rea de pesquisa amplamente inexplorada sobre como as pessoas planejam e se
preparam para a gravidez, os impactos associados à saú de e como os profissionais de saú de
podem identificar indivíduos que planejam uma gravidez.

Resumo

Está surgindo uma imagem consistente da importâ ncia da saú de materna antes da concepçã o
e dos principais fatores de risco para resultados adversos do parto, que obscurece as distin‐
çõ es anteriores entre HIC e LMIC. Um modelo de ciclo de vida de períodos críticos, períodos
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sensíveis e efeitos cumulativos se encaixa bem com os dados atuais que ligam as exposiçõ es
pré -concepçã o aos resultados do nascimento e ao risco de doenças na vida adulta. As con‐
sequê ncias adversas da má nutriçã o combinada com a obesidade, comum em mulheres em
idade reprodutiva, se estendem por geraçõ es. As intervençõ es dieté ticas iniciadas na gravidez
podem reduzir o ganho de peso e a adiposidade em mulheres obesas, mas com pouco impacto
nos resultados da gravidez, enquanto a suplementaçã o com mú ltiplos micronutrientes na gra‐
videz parece “muito pouco, muito tarde” para melhorar fundamentalmente os resultados da
saú de infantil.

Novas definiçõ es do período pré -concepçã o relacionadas ao desenvolvimento do embriã o (ar‐


tigo 2) ou a oportunidades de intervençã o podem ser ú teis. A açã o para melhorar as condi‐
çõ es em torno do momento crítico da concepçã o requer uma abordagem mais sistemá tica
para identificar as mulheres que planejam uma gravidez; esforços para fazer isso estã o em an‐
damento. Um peso saudável pode levar mais tempo para ser alcançado do que mudanças na
dieta e, idealmente, deve ser estabelecido durante o período delicado da adolescê ncia, quando
a maioria das mulheres nã o planeja uma gravidez; isso requer uma abordagem em nível popu‐
lacional. Em geral, poré m, um certo grau de planejamento da gravidez é comum, tanto em
LMIC quanto em HIC, oferecendo um espaço considerável para intervençã o antes da gravidez.
Atualmente, o planejamento da gravidez está associado a um padrã o inconsistente de compor‐
tamentos de saú de relatados; a baixa conscientizaçã o sobre a importâ ncia da saú de antes da
gravidez e possíveis açõ es a serem tomadas podem contribuir para isso. Para causar um im‐
pacto significativo na saú de pré -concepçã o, precisamos de uma estraté gia dupla que melhore
o estado nutricional ao longo da vida e principalmente durante a idade reprodutiva, visando
todas as mulheres que estã o pensando em engravidar. Como isso pode ser alcançado é consi‐
derado no terceiro artigo da sé rie.

Mensagens-chave

A saú de antes da concepçã o está fortemente ligada ao resultado da gravidez; a pes‐


quisa do curso de vida aponta o período pré -concepçã o como crítico para a saú de ao
longo das geraçõ es.

O período pré -concepçã o deve ser redefinido de acordo com: a) a perspectiva bioló ‐
gica - dias a semanas antes do desenvolvimento do embriã o b) a perspectiva individual
- uma intençã o consciente de conceber, normalmente semanas a meses antes da ocor‐
rê ncia da gravidez c) a perspectiva da saú de pú blica - períodos mais longos de meses
ou anos para abordar fatores de risco pré -concepçã o, como dieta e obesidade

Muitas mulheres em idade reprodutiva, tanto em HIC quanto em LMIC, nã o estarã o


preparadas nutricionalmente para a gravidez.

A suplementaçã o de micronutrientes começando na gravidez pode corrigir importan‐


tes deficiê ncias nutricionais maternas e as intervençõ es dieté ticas na gravidez podem
limitar o ganho de peso, mas sã o "muito pouco, muito tarde" para melhorar fundamen‐
talmente a saú de da criança e os resultados da gravidez, respectivamente.
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O período pré -concepcional apresenta um período de oportunidade especial para in‐


tervençã o; a justificativa é baseada na epidemiologia do curso de vida, programaçã o
do desenvolvimento (embriã o) na é poca da concepçã o, motivaçã o materna e desapon‐
tamento com as intervençõ es iniciadas na gravidez.

Uma mediçã o melhor mostra que o planejamento da gravidez é mais comum do que se
reconhecia anteriormente, tanto em LMIC quanto em HIC.

A identificaçã o de pessoas que pretendem engravidar oferece uma janela de oportuni‐


dade para melhorar a saú de antes da concepçã o, enquanto iniciativas em nível popula‐
cional para reduzir os determinantes dos riscos pré -concepcionais, como obesidade e
tabagismo, independentemente do planejamento da gravidez, sã o essenciais para me‐
lhorar os resultados.

Material suplementar

Apê ndice Web

Clique aqui para ver. (960K, PDF)

Reconhecimentos

A ideia desta sé rie foi concebida por Judith Stephenson e desenvolvida durante um simpó sio
de quatro dias, liderado por Mary Barker e Judith Stephenson e financiado pelo The Rank
Prize Funds, sobre 'Programaçã o de desenvolvimento para doenças humanas: nutriçã o pré -
concepçã o e saú de ao longo da vida' em Grasmere, Reino Unido, fevereiro de 2016.

Agradecemos ao Departamento de Saú de do Governo Australiano por financiar a ALSWH, a


Richard Hockey por analisar os dados da ALSWH e à Dra. Kate Best por produzir os Forest
plots. LP é apoiado pela Tommy's Charity, Reino Unido e pelo NIHR Biomedical Research Cen‐
ter no King's College London e Guys and St.Thomas' NHS Foundation Trust.

notas de rodapé

Contribuíram por

Contribuições do autor

Danielle Schoenaker conduziu a revisão dos fatores de risco pré-concepção e Nicola Heslehurst a visão geral das
revisões sistemáticas de intervenções na gravidez. Análises adicionais de dados foram fornecidas por Sarah
Crozier (SWS), Jayne Hutchinson (UK NDNS), Gita Mishra (ALSWH), Kalyanaraman Kumaran e Chittaranjan
Yajnik (PRIYA) e Jennifer Hall (DHS e LMUP). Todos os autores contribuíram para rascunhos sucessivos do
manuscrito e aprovaram a versão final.

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Conflito de interesses

Janis Baird e um grupo de colegas da MRC Lifecourse Epidemiology Unit, University of Southampton, receberam
financiamento da Danone Nutricia Early Life Nutrition para um estudo de pesquisa específico que visa melhorar a
nutrição e o status de vitamina D de mulheres grávidas.

Informaçõ es do colaborador

Professora Judith Stephenson, Instituto de Saú de da Mulher, University College London, 74


Huntley Street, Londres, WC1E 6AU.

Nicola Heslehurst, Institute of Health & Society, Newcastle University, Baddiley-Clark Building,
Richardson Road, Newcastle upon Tyne, NE2 4AX.

Dra. Jennifer Hall, Institute for Women's Health, University College London, 74 Huntley Street,
Londres, WC1E 6AU.

Dra. Danielle AJM Schoenaker, Escola de Saú de Pú blica, Universidade de Queensland, Herston
Road, Herston, Queensland, 4006, Austrá lia.

Dra. Jayne Hutchinson, Grupo de Epidemiologia Nutricional, Escola de Ciê ncia Alimentar e Nu‐
triçã o, G11 Stead House, Universidade de Leeds, Leeds, LS2 9JT.

Professora Janet Cade, Grupo de Epidemiologia Nutricional, Escola de Ciê ncia Alimentar e Nu‐
triçã o, G11 Stead House, Universidade de Leeds, Leeds, LS2 9JT.

Professora Lucilla Poston, Departamento de Saú de da Mulher e da Criança, King's College Lon‐
don, 10º andar North Wing St Thomas' Hospital, Londres, SE1 7EH.

Dra. Geraldine Barrett, Instituto de Saú de da Mulher, University College London, 74 Huntley
Street, Londres, WC1E 6AU.

Dra. Sarah Crozier, MRC Lifecourse Epidemiology Unit, Southampton General Hospital,
Southampton, SO16 6YD.

Dr Kalyanaraman Kumaran, CSI Holdsworth Memorial Hospital, Mysore, Índia 570021.

Professor Chittaranjan Yanjik, Unidade de Diabetes, Hospital King Edward Memorial e Centro
de Pesquisa, Pune, Índia 411011.

Dra. Mary Barker, MRC Lifecourse Epidemiology Unit, University of Southampton e NIHR
Southampton Biomedical Research Centre, Southampton General Hospital, Southampton, SO16
6YD.

Professora Janis Baird, Unidade de Epidemiologia do Curso de Vida do MRC, Universidade de


Southampton e Centro de Pesquisa Biomé dica do NIHR Southampton Southampton General
Hospital, SO16 6YD.

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