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INSTITUTO DE SAÚDE AVICENNA

Curso: Enfermagem de Saúde Materno Infantil

Cadeira: Nutrição

Tema: Alimentação na Gravidez

Nampula

2021
Discente

Maimuna Amade Salimo

Tema: Alimentação na Gravidez

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue na instituição de ensino na
cadeira de Nutrição, leccionada pelo
Docente: Teodónio Namagoa

Instituto de Saúde Avicenna

Nampula

2021

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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 4

Alimentação na gravides ................................................................................................................. 5

Convivendo ..................................................................................................................................... 6

Principais nutrientes a serem consumidos em todas as fases da gestação. ..................................... 7

Os Essenciais .................................................................................................................................. 8

Alimentação que as gestantes devem evitar.................................................................................... 9

Vantagens de priorizar uma alimentação equilibrada na gravidez ................................................. 9

Conclusão...................................................................................................................................... 10

Bibliografia ................................................................................................................................... 11

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Introdução

O presente trabalho subordinado a cadeira de Nutrição, que irei abordar sobre a Alimentação na
gravidez. De referir que a alimentação adequada ao longo do período gestacional exerce papel
determinante sobre os desfechos relacionados à mãe e bebé. Contribui para prevenção de uma
série de ocorrências negativas, assegura reservas biológicas necessárias ao parto e pós-parto,
garante substrato para o período da lactação, como também, favorece o ganho de peso adequado
de acordo com o estado nutricional pré-gestacional. Ressalta-se que a inadequação do ganho de
peso durante a gestação tem sido apontada como factor de risco tanto para a mãe quanto para a
criança, contribuindo para a elevação da prevalência de uma série de problemas.

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Alimentação na gravides

A gravidez é um período que dura cerca de 40 semanas (280 dias) e é o resultado do processo de
fecundação de um ovócito por um espermatozóide e posterior fixação do zigoto na cavidade
uterina. A gravidez envolve o desenvolvimento do feto no interior do útero da mulher e é um
período que se estende até a expulsão do bebé no momento do parto.

A gravidez é um momento bastante delicado na vida de uma mulher e envolve modificações no


corpo e alterações psicológicas. Diante desse momento delicado, é importante que a mulher
conheça bem as mudanças que irão ocorrer em seu corpo durante esses meses e tenha
acompanhamento especializado. Os cuidados deverão ser ainda maiores naquelas gravidezes
consideradas de risco.

A alimentação é o processo pelo qual os organismos obtêm e assimilam alimentos ou nutrientes


para as suas funções vitais, incluindo o crescimento, movimento, reprodução e manutenção da
temperatura do corpo. Na linguagem vernácula, alimentação é o conjunto de hábitos e
substâncias que o homem usa, não só em relação às suas funções vitais, mas também como um
elemento da sua cultura e para manter ou melhorar a sua saúde.

Uma alimentação saudável, diferentemente do que muitos pensam, não é uma alimentação cheia
de restrições ou sem sabor. Uma alimentação saudável é aquela que garante, principalmente, que
seu organismo esteja recebendo todos os nutrientes de que ele precisa. Para ser uma alimentação
realmente saudável, é preciso pensar em variedade, equilíbrio, quantidade e na segurança dos
alimentos que estão sendo ingeridos.

A boa alimentação na gravidez contribui para o controle de ganho de peso materno durante o
período. Assim, prevenindo a ocorrência de doenças que podem estar relacionadas, como o
diabetes gestacional e a pré-eclâmpsia.

Dessa forma, manter uma dieta equilibrada ajuda no desenvolvimento do bebé e contribui para
que a mãe tenha uma gestação tranquila. Além disso, alimentos correctos asseguram que a
mulher tenha reservas biológicas necessárias também para a fase pós-parto. Consequentemente,
favorecendo a alimentação do bebé e contribuindo para melhorar seu sistema imunológico.

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É importante que durante a gravidez a mulher tenha uma alimentação balanceada e que contenha
todos os nutrientes necessários tanto para a saúde da mãe como para o desenvolvimento do bebé.
A alimentação deve ser rica em proteínas, frutas e vegetais, devendo incluir alimentos ricos em
ácido fólico, ferro, cálcio, zinco, ômega-2, vitamina A e vitamina B12.

Por isso, uma boa alimentação é fundamental para suprir as necessidades nutricionais da própria
mulher e do feto em desenvolvimento, além de ser importante para ajudar a preparar o organismo
materno para o parto e para estimular a produção de leite. Além disso, durante a gravidez a
mulher não deve fazer nenhuma dieta para emagrecer e a alimentação não precisa ter grandes
restrições, mas deve manter-se saudável e com horários regulares para que o bebé receba os
nutrientes regularmente e mantenha o seu desenvolvimento de forma adequada. A gestação é um
momento para fazer escolhas saudáveis, a fim de ganhar somente o peso necessário para o
aumento dos tecidos maternos e o desenvolvimento do bebé.

A gestação não é época para fazer dietas restritivas e nem perder peso. Por outro lado, também
não significa comer em excesso, ou ―comer por dois‖.

O ganho de peso adequado no primeiro trimestre da gravidez é de 1,5 a 2,0Kg. A partir desta
fase, é recomendado um ganho adicional de 1,5 a 2,0Kg por mês para chegar ao final da gravidez
com 7,0 a 15,0Kg a mais, no máximo.

Convivendo

Os nove meses de gestação exigem uma alimentação equilibrada, com todos os grupos
alimentares, o que não significa comer exageradamente. Mas, em determinados períodos, o
consumo de certos nutrientes deve ser reforçado. Aquela velha história de que se deve comer por
dois durante a gestação está ultrapassada. O segredo está na escolha dos nutrientes, que precisam
ser consumidos adequadamente em cada fase da gravidez, para garantir a saúde do bebé e da
futura mãe.

É nesse período, portanto, que a alimentação precisa ser seleccionada e muito mais balanceada. É
claro que nada substitui o acompanhamento médico e os exames que que devem ser feitos
durante o pré-natal.

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Principais nutrientes a serem consumidos em todas as fases da gestação.

 PRIMEIRO TRIMESTRE

Ácido fólico — ou vitamina B9, é o nutriente mais utilizado pelas grávidas e indicado pelos
médicos e não é à toa. Sua ingestão previne defeitos na formação do tubo neural do feto
(estrutura que dará origem ao cérebro e à medula espinhal). Boa parte dos ginecologistas e
obstetras recomenda que a mulher que deseja engravidar já comece a tomar a vitamina B9 pelo
menos três meses antes da concepção e continue a sua ingestão no primeiro trimestre de gestação.
Os médicos fazem esta recomendação porque níveis adequados de ácido fólico nem sempre são
obtidos apenas por meio da alimentação.

 SEGUNDO TRIMESTRE

Vitamina C: age na formação do colágeno, que compõe pele, vasos sanguíneos, ossos e
cartilagem, aumenta a absorção do ferro e fortalece o sistema imunológico.

Magnésio: o mineral que favorece a formação e o crescimento dos tecidos do corpo.

Vitamina B6: importante para o crescimento e o ganho de peso do feto e a prevenção da


depressão pós-parto.

Ferro: é essencial na produção de hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de


oxigénio pelo sangue. Evita que a mãe ou o bebé tenham anemia.

 TERCEIRO TRIMESTRE

Cálcio: por conta de seu papel na formação óssea do bebé, o mineral é obrigatório na dieta da
futura mãe. Sua deficiência pode provocar cáries, cãibras e unhas quebradiças. O cálcio tem
outra nobre função: a de auxiliar a produção de leite após o parto. Ele ajuda ainda no processo de
coagulação do sangue e na manutenção da pressão sanguínea, dos batimentos cardíacos e das
contracções musculares. Mas vale uma dica: evite consumir fontes de ferro e cálcio juntas, como
carne e leite, pois um nutriente atrapalha a absorção do outro.

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Os Essenciais

Durante os nove meses, além de uma dieta balanceada, os especialistas indicam nutrientes que
não podem ficar de fora do cardápio diário para uma gravidez saudável:

 CARBOIDRATOS: Fornecem energia para o organismo da mulher e o


desenvolvimento do bebé. A gestante deve priorizar os carboidratos complexos,
encontrados, por exemplo, nos pães e cereais integrais, que são absorvidos mais
lentamente.
 FÓSFORO: Participa, como o cálcio, da formação dos brotos dentários e do esqueleto
fetal. Fontes: carnes magras e lacticínios;
 PROTEÍNAS: Responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos da mãe e do
bebé. Encontradas nas carnes, nos feijões, leite e derivados;
 VITAMINA D: Aliada a banhos de sol periódicos, é essencial para a fixação do cálcio
nos ossos. Encontrada no leite enriquecido, manteiga, ovos e fígado;
 Lipídios (GORDURAS): Promovem a absorção das vitaminas (vitamina A, D E e K) e
contêm ácidos graxos essenciais para a formação do sistema nervoso central do feto.
Fontes: carnes, leite e derivados, abacate, azeite e salmão, entre outros;
 NIACINA (VITAMINA B3): Estimula o desenvolvimento cerebral do feto e transforma
glicose em energia. Fontes: verduras, legumes, gema de ovo, carne magra, leite e
derivados;
 PIRIDOXINA (VITAMINA B6): Importante para o crescimento e ganho de peso do
feto, principalmente a partir do segundo trimestre da gestação. Ajuda na prevenção da
depressão pós-parto. Principais fontes: trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e
derivados;
 TIAMINA (VITAMINA B1): Favorece, como a niacina, o metabolismo energético
materno e fetal, transformando glicose em energia. Fontes: carnes, cereais integrais,
frutas, ovos e legumes;
 VITAMINA A – Auxilia o desenvolvimento celular e ósseo e a formação do broto
dentário do feto. Fontes: leite e derivados, gema de ovo, fígado, laranja, mamão, couve e
vegetais amarelos.

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Alimentação que as gestantes devem evitar

Durante a gestação, o consumo de cafeína (café e chá) deve ser moderado e de preferência feito
junto com leite.

É recomendável também evitar frituras, gorduras, alimentos com cheiro forte e desagradável,
bem como condimentos (ketchup, pimenta, mostarda e picles). Também não se devem beber
líquidos durante as refeições, a fim de evitar a distensão do estômago e uma digestão mais lenta.

Outros alimentos proibidos são: queijo fresco de leite não pasteurizado (devido ao risco de se
contrair brucelose); álcool, pois afecta o desenvolvimento do bebé; comidas que aumentam a
formação de gases, como grãos, feijão, repolho, couve-flor e bebidas gaseificadas; carne mal
passada (por causa do risco de toxoplasmose); e mariscos e maioneses (devido ao perigo de
salmonela)

Vantagens de priorizar uma alimentação equilibrada na gravidez

Com a alimentação adequada, a mãe fornece durante sua gestação os nutrientes necessários para
o desenvolvimento eficaz do feto e reservar energia para a amamentação. Assim, ofertando
também as substâncias adequadas para que o bebé cresça fortalecido.

Priorizar uma boa alimentação na gravidez é uma excelente forma de ajudar a mulher a
desenvolver novos hábitos alimentares que podem permanecer após o parto. Dessa forma,
proporcionando qualidade de vida para mãe e oportunidade de introduzir uma alimentação
equilibrada na vida do bebé desde cedo.

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Conclusão

Chegando ao fim do presente trabalho percebe que tanto em mulheres com gestação de feto
único quanto nas gravidezes gemelares podem ocorrer diminuição de peso devido às adaptações
hormonais. A acção do estrogénio pode causar náuseas, vómitos e anorexia, principalmente, no
primeiro trimestre. A perda de peso após o parto ocorre, geralmente, em maior intensidade nos
primeiros três meses e naquelas que amamentam exclusivamente. Os suplementos nutricionais
são recomendados nas situações em que a demanda nutricional não é atendida por meio da dieta.

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Bibliografia

Mattos L, Martins I. Consumo de fibras alimentares em população adulta. Rev Saúde Públic.
2000;34:50-55.

Lee, Mara, ed. (2014). Manual da Gravidez. Porto: Porto Editora. pp. 70–71.

Maggie Blott, A gravidez dia a dia, especialista em obstetrícia; Brasília.

A Bíblia da Gravidez, Wladimir Taborda e Alice Deutsch; Luiz Fernando Leite, obstetra do
Hospital Santa Joana (SP).

American Academy of Pediatrics Manual de nutrição pediátrica. São Paulo: Pharmapress


Edições Ltda, 1992.

Franco, B.D.G.M e Landgraf, M., Microbiologia Dos Alimentos, SP, Atheneu, 1996 (livro todo)

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