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Introdução

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido


adiposo no organismo. É uma doença multifatorial, abrangendo fatores genéticos,
metabólicos, sociais, ambientais, econômicos, comportamentais, culturais e
demográficos. A OMS define a obesidade como a concentração excessiva de gordura
que pode prejudicar a saúde do indivíduo, tornando-se um problema de saúde
pública. No período da gravidez o aumento do peso é algo natural, e tal acontece
devido a vários fatores como a formação da placenta, líquido amniótico, crescimento
do bebé, entre outros. Perante isso, uma mulher grávida é considerada obesa
quando apresenta índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional superior a 30
kg/m2.

Riscos

A obesidade pode estar associada ao desenvolvimento de várias


comorbilidades como a diabetes, a hipertensão arterial, entre outras. Mas quando
falamos de obesidade materna e o ganho de peso excessivo durante a gestação
temos que pensar que isso não afeta apenas a saúde da mulher, mas também
a saúde do bebê a curto e, possivelmente, a longo prazo. Para a gravida obesidade
eleva os riscos de ocorrências como diabetes gestacional, os riscos de indução do
trabalho de parto, de cesarianas e de hemorragia puerperal. Além disso, a taxa de
malformações fetais é maior em mulheres obesas, podendo assim o recém-nascido
nascer com peso elevado, macrossómico e grande para a idade gestacional, dessa
forma, durante a infância e na idade adulta, ele terá maior probabilidade de ser
obeso, sofrendo as consequências de todos os problemas que isso acarreta.

Prevenção e tratamento

O ideal é que cuidados venham antes da concepção de obesidade para que os riscos
durante a gravidez sejam minimizados. Portanto, é excepcional que a gestante seja
encaminhada ainda no início da gestação para o atendimento e acompanhamento
com o nutricionista. Durante a gestação a mulher deve controlar a qualidade da
alimentação e a ingestão de calorias para que o bebê tenha todos os nutrientes
necessários ao seu desenvolvimento, sem que a gestante aumente muito o peso,
realizando monitoramento do seu ganho ponderal, com orientação individualizada,
contribuindo para um resultado obstétrico mais favorável, reduzindo assim a
morbidade materna e fetal. Em conjunto com a alimentação adequada, é
recomendado, após liberação médica, que a gestante pratique exercícios físicos,
sempre que possível e com a orientação de um profissional.

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