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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PROFESSOR JOÃO

FAUSTINO FERREIRA NETO

MARIA HELOISA SANTOS DE FREITAS


RAYSSA SOARES PORTO CUNHA

FORMAÇÃO DE HÁBITOS ALIMENTARES NA INFÂNCIA: utilização do método


Baby-Led Weaning (BLW) na introdução alimentar

NATAL/RN
2023

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MARIA HELOISA SANTOS DE FREITAS
RAYSSA SOARES PORTO CUNHA

FORMAÇÃO DE HÁBITOS ALIMENTARES NA INFÂNCIA: utilização do método


Baby-Led Weaning (BLW) na introdução alimentar

Projeto de pesquisa submetido ao Centro


Estadual de Educação Profissional Professor
João Faustino Ferreira Neto como parte dos
requisitos parciais para obtenção do título em
Técnico Integrado em Nutrição e Dietética.
Orientadora: Angelinne Costa Alexandrino
Coorientadora: Sunamita Samela Simplicio da
Silva

NATAL/RN
2023

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.……………………………………………………………………..4

2 JUSTIFICATIVA.…………………………………………………………………...6

3 OBJETIVOS………………………………………………………………………...6

3.1 Objetivo geral…………………………………………………………………..….6

3.2 Objetivo específico………………………………………………………………..6

4 METODOLOGIA…………………………………………………………………….7

5 CRONOGRAMA…………………………………………………………………….7

REFERÊNCIAS……………………………………………………………………..8

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1 INTRODUÇÃO

A primeira infância é um período crucial no desenvolvimento humano, na


qual as bases para a saúde e o bem-estar ao longo da vida são promovidas. Nessa
fase, a promoção do aleitamento materno nos primeiros seis meses garante
repercussões no estado nutricional da criança, em suas habilidades de defesa das
infecções e no desenvolvimento cognitivo e emocional, além da saúde em longo
prazo (Harzheim et.al., 2019).
Após o sexto mês de vida as necessidades nutricionais da criança já não
são mais atendidas somente com o leite materno, sendo necessária a introdução
de outros alimentos. A partir desse período, a criança já tem maturidade fisiológica
e neurológica para receber outras fontes nutricionais, que são chamados alimentos
complementares. Mesmo com a introdução de outros gêneros alimentícios, a
criança deve continuar sendo amamentada até os dois anos de idade ou mais, pois
a função da alimentação complementar é exatamente complementar ao leite
materno, e não substituí-lo (Haack et.al., 2012).
Entretanto, segundo Azevedo (et.al., 2021) a avaliação de ingestão
alimentar de crianças brasileiras mostra práticas inadequadas, como: desmame
precoce, consumo de alimentos não indicados para a faixa etária, como leite de
vaca, açúcar e sal antes de um ano de vida; ingestão insuficiente de frutas,
legumes, verduras, carnes e leguminosas; exposição precoce a alimentos
ultraprocessados. Além disso, observa-se que a alimentação diária se apresenta de
forma monótona e em quantidade, frequência e consistência inapropriada.
Nesse contexto, a introdução alimentar tradicional é um dos métodos
promovidos à criança, na qual são guiadas pelos pais e decidem o momento do
seu início, além de alimentar o lactente com alimentos em consistência pastosa,
usando a colher, e estabelecer quais alimentos ele comerá, suas quantidades e o
ritmo da oferta. A consistência dos alimentos vai mudando gradativamente de
acordo com as necessidades da criança, como o desenvolvimento oral e
neuropsicomotor. A evolução é contínua, e, por volta de um ano, o lactente já
consegue comer alimentos de diferentes consistências e texturas (Silva, 2021).
Por outro lado, existe também o método Baby-Led Weaning (BLW) ou
desmame guiado pelo bebê que é considerado um método alternativo que promove
a autoalimentação da criança a partir dos seis meses de vida. Neste método, a

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criança é encorajada a provar os alimentos em sua forma natural, desde o início do
período da alimentação complementar, sem haver uma ordem específica para
introduzir os alimentos e sem o acesso a alimentos na forma de purê. Deste modo,
é a criança quem decide o que comer, a quantidade e o ritmo da refeição, tal como
acontece durante a amamentação exclusiva (Valente, 2018).
Nesse viés, cabe aos pais o que oferecer no BLW. Já o bebê terá total
autonomia no controle da fome, no quanto vai comer e como vai comer, criando o
seu hábito alimentar, melhorando, assim, o controle da saciedade. Com isso, há
uma abordagem multissensorial, na qual a criança interage com formas, cores,
sabores e diferentes texturas dos alimentos, gerando uma melhora no
desenvolvimento motor. Além disso, o bebê aprende as funções orais como:
morder, mastigar e engolir de uma forma natural e no seu tempo. No entanto, é
importante que o bebê esteja apto para esta introdução alimentar, não só
fisiologicamente, mas motoramente também. Portanto, sentar-se sem apoio e levar
objetos à boca são indícios de que a introdução alimentar com BLW pode ser
seguida (Scarpatto et.al., 2018).
Esse estilo de introdução alimentar traz mais proximidade do bebê com a
família, uma vez que participam das refeições familiares, consumindo os mesmos
alimentos que seus responsáveis desde o início da transição alimentar. Ademais, o
método BLW apresenta evidências que mostram benefícios em relação a maior
tranquilidade às refeições e menos incidência na seletividade alimentar (Abreu,
et.al., 2021).
As regras no BLW são exclusivamente de segurança, seja para evitar
engasgo ou garantir uma alimentação saudável e balanceada. Por isso, deve-se
começar por alimentos mais simples e mais fáceis para o bebê manusear e
macerar com a gengiva, como por exemplo, os alimentos in natura cozidos a vapor.
No processo de introdução alimentar é essencial iniciar com frutas, legumes e
proteínas de origem animal, como também alimentos que são fáceis do bebê
conseguir pegar, explorar, levar à boca e macerar com a gengiva. Os cortes
assegurados no processo de alimentação são o formato de palitinho, meia lua,
rodelas e, em casos de carnes, cortar em tiras grossas e macias. Além disso,
quando a criança começa a ganhar os sinais de pinça, pode-se servir alimentos
redondos como as uvas e lentilhas em tamanhos menores (Maluf et.al., 2021).

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Diante do exposto, conclui-se que é de suma importância a formação de
hábitos alimentares saudáveis através de métodos eficientes e seguros, os quais
contribuem no crescimento e desenvolvimento saudável da criança, estendendo-se
até a vida adulta. Em suma, o objetivo do estudo foi analisar a efetividade do
método BLW na introdução alimentar da criança após os seis meses de vida.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Este artigo trata-se de uma pesquisa qualitativa, que supõe o contato


direto e prolongado do pesquisador com o ambiente (Bodgan et.al., 1982), na qual
foi realizada por meio de um estudo bibliográfico, baseado em dados publicados na
Scientific Electronic Library Online (SciElo) e Google Academic. Serão abordados
artigos do período de 2012 a 2021 e utilizados trabalhos publicados em português.
Para a pesquisa, serão usados os descritores “alimentação na infância”, "cortes
seguros no BLW”, “introdução alimentar”, “métodos tradicionais na introdução
alimentar” "hábitos alimentares na infância", ``compartilhamento de refeições em
família``. A produção trouxe como critério a relevância das publicações e o padrão
normativo da ABNT. Como resultados, comparamos os estudos realizados
abordando como são utilizados esses métodos na infância e quais as influências do
método BLW.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 FALAR SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES NA PRIMEIRA INFÂNCIA


(SAÚDAVEIS E NÃO SAÚDAVEIS)

3.2.1 MÉTODOS DE INTRODUÇÃO ALIMENTAR (INTRODUÇÃO SOBRE ELES


DE MODO GERAL)

3.2.1 MÉTODO TRADICIONAL

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3.2.2 MÉTODO BLW
3.3 BENEFÍCIOS DO BLW: AUTONOMIA, INDEPENDENCIA DA CRIANÇA,
ALIMENTOS IN-NATURA, COMPARTILHAÇÃO DE REFEIÇÕES, PROMOÇÃO
DE SAÚDE

3.4 APRESENTAÇÃO DOS ALIMENTOS DO BLW

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Daniela, et.al. Amamentação e orientação sobre alimentação


infantil: padrões alimentares e potenciais efeitos na saúde e nutrição de
menores de dois anos. Amamentação e orientação sobre alimentação infantil,
Fortaleza, p. 429-439, abr/jun. 2021.

HARZHEIM, Erno, et.al. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2


anos. Guia da criança, Brasília, p. 7-264, Ministério da saúde. 2019.

MALUF, Sâmea, et.al. Guia de cortes para blw - como cortar os alimentos pelo
método blw de forma segura e fácil. Mundo Pediátrico - Guia de cortes BLW,
São Paulo, p. 1-20, s.d.

MARTINS, Maurielle, et.al. Conhecimento maternos: influência na introdução


da alimentação complementar. Conhecimentos maternos, Brasília, p. 263-270,
jan/nov. 2013.

SCARPATTO, Camila, et.al. Introdução alimentar convencional versus


introdução alimentar com baby-led weaning (BLW). Importância do blw, Porto
Alegre, p. 292-296. maio/jul. 2018.
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SILVA, Maristela. Introdução alimentar tradicional (IAT) x método baby-led
weaning (BLW). Introdução alimentar tradicional, Goiânia, p. 1-14, 2021.

VALENTE, Ana, et.al. 5 questões sobre baby-led weaning. Associação


portuguesa de nutrição, p. 1-11, agosto. 2018.

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