Você está na página 1de 4

Estudo Dirigido- Camila Rostang Monteiro

01- Diferencie triagem e avaliação nutricional. Quando a triagem deve ser realizada?
A triagem avalia o risco nutricional de 24 a 48 horas após a internação e é repetido
semanalmente se não houver risco. A avaliação nutricional faz o diagnóstico
nutricional do paciente.

02- Dê exemplos de situações em que o suplemento oral estaria indicado.


A suplementação oral é realizada no caso de pacientes em risco ou desnutridos com
ingestão oral <80% das necessidades. Ex: idoso com pneumonia e baixa aceitação da
dieta/ paciente com lesão por pressão com baixa aceitação da dieta- mais proteínas.

03- Dê exemplos de situações em que a nutrição enteral estaria indicada.


Indicação de nutrição enteral:
-Pacientes desnutridos ou em risco nutricional com ingestão oral <60%.
-Pacientes que não podem ingerir dieta oral. Ex: câncer de língua ou pneumonia por
aspiração. (Problema fora do trato gastrointestinal)
-Tem que definir sempre a via de acesso- sonda ou ostomia dependendo do tempo
que vai ficar em nutrição enteral. Lembrando que só usa a via jejunal quando não se
pode usar a gástrica.

04- Dê exemplos de situações em que estaria indicado a dieta enteral polimérica e


oligomérica.
Dieta polimerica- proteína intacta /Oligomérica- proteína hidrolisada
Dietas oligoméricas são indicadas em caso de má absorção- diarreia, pancreatite
grave, doenças inflamatórias intestinais que geram diarreia e dor (Crohn ou colite
ulcerativa)
Polimérica- quase todos os casos

05- Qual a conduta nutricional para um paciente que está recebendo nutrição enteral
e apresenta diarreia?
Conduta nutricional para paciente em nutrição enteral com diarreia- NÃO SUSPENDE
A DIETA imediatamente- iniciar fibra solúvel, probióticos, modificar dieta
intermitente para continua, dieta oligomérica, glutamina. Se depois de tudo isso não
resolver, diminuir o volume e iniciar a dieta parenteral.

06- Quais as vantagens e desvantagens da dieta enteral artesanal?


Dieta enteral artesanal: preparada com alimentos in natura cozidos, batidos e
coados. Pode ser com mistura tbm de alimentos industrializados como leite em pó/
mucilon.
Vantagens artesanal: mais barata/ mais flexível na composição de nutrientes/ maior
proximidade da alimentação normal
Desvantagem: maior manipulação e maior risco de contaminação/ pode não atender
as necessidades de nutrientes/ tempo de preparo e de administração.
Hospital só usa industrializada mas é mais cara.

07- Quais as características de uma formulação enteral específica para um paciente


com diabetes ou hiperglicemia?
Dieta para pacientes diabéticos:
Hipoglicídica (<45% de CHO)
Hiperlipídica (>35% de lipídios)
Fibras solúveis- ajuda no controle glicêmico

08- Descreva as recomendações nutricionais para pacientes com doença renal em


tratamento conservador e dialítico.
Recomendação para paciente com doença renal:
Conservador: dieta hipoproteica, hipocalêmica, hipossódica, hipofosfatêmica.
Dialítico: hiperproteica (perde proteína na diálise então tem que repor),
hipocalêmica hipossódica, hipofosfatêmica e restrição hídrica.

09- Descreva as recomendações nutricionais para pacientes com cirrose hepática.


Pacientes com cirrose hepática:
Dieta sem restrição proteica
Hiperproteica, com suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada (AACR)
para diminuir o catabolismo e melhora da qualidade.
Restrição de sódio e líquidos em caso de ascite (avaliar palatabilidade- vontade do
paciente comer a comida pelo gosto)

10- Quais são os nutrientes considerados imunonutrientes, em que situações


estariam indicados.
Arginina- ajuda a cicatrização
Glutamina- fonte de energia para enterócitos, colonócitos, linfócitos (trauma e
queimadura)- NÃO USA EM CÂNCER
Ômega 3- anti-inflamatório
Nucleotídeos- síntese proteica
HMB- preserva a massa muscular
BETA HIDROXI METIL
Indicação importante: pré e pós operatórios (arginina, omega 3 e nucleotídeos) de
cirurgias de médio e grande porte de 5-7 dias antes e depois.

11- Quais as indicações de nutrição parenteral? Dê exemplos.


Nutrição parenteral- pacientes que não podem usar o TGI ou que a dieta oral ou
enteral é insuficiente. Ex: fístula intestinal de alto débito (>500 ml), perfuração
intestinal, obstrução intestinal. Complementa ou substitui pela parenteral.

12- Diferencie nutrição parenteral central e periférica. Quais são as indicações de


cada uma.
Nutrição parenteral central: jugular interna ou subclávia/ longos períodos de tempo
(>15 dias) / possui restrição de volume- alta osmolaridade
Nutrição parenteral periférica: veia do braço ou da mão/ curtos períodos de tempo/
maior volume e menor osmolaridade (<900 mosmoles/L)

13- Diferencie o esquema 3:1 e 2:1? Em que situações estão indicados.


2 : 1- glicose e aminoácidos/ alergia ao lipídio, hipertrigliceridemia ou
hipercolesterolemia (SÓ EM ACESSO CENTRAL ALTA OSMOLARIDADE)
3 : 1- glicose, aminoácidos e lipídios/ usa em quase todas as situações (alergia a ovo
não pode dar essa por causa da diluição)
14- Descreva as complicações relacionadas a terapia nutricional parenteral.
Infecciosas: cateter
Gastrointestinais: esteatose, colecistite, colelitíase, colestase e atrofia da mucosa
Metabólicas: hipo ou hiper glicemia, calemia, fosfatemia, natremia
Síndrome de realimentação (dar dieta a pacientes muito desnutridos- níveis de
fósforo, potássio e magnésio - célula faz captação de tudo, alterações respiratórias,
PCR, sem potássio pra contração muscular)
Deficiência de vitaminas/ ácidos graxos essenciais

15- Descreva as funções do médico na equipe de terapia nutricional enteral e


parenteral.
Acompanhar os pacientes em terapia nutricional parenteral e enteral, orientar sobre
os riscos, benefícios e desvantagens dos tipos. Indicar, prescrever, assegurar o
acesso, orientar e acompanhar os pacientes.

Você também pode gostar