Você está na página 1de 6

Disciplina: Nutrição e Saúde

Professor: Aline Martins


Discentes:
Camila Rostang Monteiro
Lívia Rodrigues
Luana França Chaves Marcondes
Sarah Luiza Cunha Da Silva

Estudo de caso 01

Paciente 60 anos, sexo feminino, interna-se no hospital para realizar cirurgia de


ressecção de câncer gástrico. Apresentou perda de 12 kg antes da cirurgia.
Diagnosticada com desnutrição moderada. Realizada gastrectomia parcial. Peso atual:
60 kg, altura: 1,55 cm.

Vocês trabalham na equipe de suporte nutricional e o cirurgião que vai operar a


paciente, chama vocês para definir a terapia nutricional no pós-operatório.

1) Qual a terapia nutricional indicada para o caso da paciente? Oral, enteral ou


parenteral? Justifique. (0,5 ponto)

R. Via enteral, porque possui mais benefícios que uma via parenteral, como permitir
um certo nível de absorção fisiológica no TGI, evitando quadros de atrofia e
desbalanço de microbiota.

2) Caso a equipe opte pela nutrição enteral, qual seria a via de acesso mais indicada
para a paciente? Justifique. (0,5 ponto)

R. Via enteral, sonda nasoentérica Jejunal, porque a paciente apresenta um câncer


gástrico, o que impossibilita a passagem de uma sonda nasogástrica. Pode-se ainda
complementar com uma suplementação oral, se aceito pelo paciente.

3) Qual método de administração indicado? Justifique. (0,5 ponto)

R. Administração contínua por meio de bomba de infusão - Isso porque a paciente se


encontra em ambiente hospitalar, necessitando de um modo automático de infusão da
dieta e contínuo, com intervalos programados, se adequando a rotina hospitalar e
diminuindo risco da paciente ficar sem dieta.
4) Calcule as necessidades calóricas e protéicas para a paciente. (0,5 ponto)

R. Calorias: 30x60kg = 1800kcal


Proteínas: 2x60kg = 120g

5) Analise as dietas enterais disponíveis e escolha a dieta mais adequada para o caso
(colocar o nome da dieta). Justifique sua escolha. (0,5 ponto)

R. Considerando que a paciente esta prestes a realizar uma cirurgia de ressecção no


estômago, o mais indicado seria uma dieta líquida completa, que ofereça o máximo de
nutrientes possível (não restrita), uma vez que a paciente já se encontra em
desnutrição moderada.

6) Classifique a dieta enteral escolhida quanto a densidade calórica e distribuição de


macronutrientes. (0,5 ponto)

R. Dieta normocalórica - 0.9-1,2 kcal/mL; hiperproteica > 19%; polimérica,


normoglicídica 45-75%; e normolipídica.

7) De acordo com a dieta escolhida, calcule: (1,0 ponto)


a) Volume para atender as necessidades calóricas. (0,3 ponto)

Considerando uma dieta normocalórica:

1.,0 kcal — — 1mL


1800 kcal — — x

X = 1800 mL para ofertar 1800 kcal de calorías

b) Oferta de proteínas de acordo com o volume necessário. (0,3 ponto)

Considerando uma dieta hiperproteica:

19% de calorias total = 1800 kcal x 19% = 342 kcal

1,5 kcal — — 1 mL
342 kcal —- x

X = 228 mL
c) Volume por hora de acordo com o método de administração escolhido (meta para
atender as necessidades nutricionais). (Considere 20 horas, se escolher dieta contínua
e 6 horários, se escolher dieta intermitente). (0,2 ponto)

Considerando o método Contínuo, em uma dieta padrão, com início com 20 mL:

20 mL — — 1 hora
X —- — 20 horas

X= 400mL → atende as necessidades nutricionais do paciente

d) Faça a prescrição da dieta abordando: tipo de dieta, via de acesso, método de


administração e volume inicial da dieta. (0,2 ponto)

Prescrevo dieta enteral via sonda nasoentérica em posição jejunal, líquida e completa.
Dieta normocalórica 1.0 kca/mL, hiperproteica 19% à 1,5kcal/mL, polimérica; Dieta
padrão, administração contínua inicial de 20 horas, sendo 20 mL/hora.

Estudo do caso 2

Paciente 55 anos, peso habitual 70 kg, sexo feminino, interna-se no hospital para
cirurgia de correção de hérnia umbilical. No pós-operatório evoluiu com fístula
entero-cutânea inicialmente de baixo débito. A dieta oral foi liberada, porém com
baixa aceitação. Passada SNE, no 4 dia pós-operatório, porém a paciente evoluiu com
aumento da drenagem da fístula (>600 ml) e deiscência de ferida operatória. Ao exame
encontra-se estável hemodinamicamente. A equipe de terapia nutricional foi chamada
no 6º dia pós operatório para início de nutrição parenteral.

1. No caso acima, por que a nutrição parenteral seria mais indicada que enteral? (0,5
ponto)

Nesse caso, a nutrição parenteral é indicada pois o paciente evoluiu em seu pós-
operatório com uma fístula, e uma baixa aceitação da dieta oral , essas são uma das
condicionantes para instituir a dieta parenteral em detrimento da enteral. A dieta
enteral só seria indicada se o paciente tivesse as seguintes condicionantes:
funcionamento do trato gastrointestinal (TGI) + ingestão via oral (IVO) insuficiente +
grau de desnutrição/ catabolismo/percentual de perda de peso e presença de disfagia.
Em geral, deve ser indicada para indivíduos com IVO <60% da recomendação.
Condições que não se enquadram no nosso paciente.
2- Qual a via de acesso e esquema você indicaria? Por quê? (0,5 ponto)

A via de acesso, se o paciente for permanecer com o acesso do período menor que duas
semanas é indicado o acesso periférico, o qual é feito no antebraço ou mão e possui
uma característica de menor osmolaridade. Já no caso do paciente que necessitar
desse acesso por mais de duas semanas a via deve ser central, na subclávia ou jugular
interna, levando a uma maior osmolaridade, mais também a restrição de volume . Nesse
caso, a via mais indicada é a periférica,visto que o paciente não necessita desse tipo de
dieta há mais de 14 dias, e não possui nenhuma contraindicação.
Esquema: ( 3:1), por ter menor osmolaridade, e impedindo uma possível deficiência de
Ac. graxo.

3- Calcule as necessidades nutricionais e o volume de glicose, aminoácidos e lipídeos


para a nutrição parenteral. (1 ponto)

Caloria = 25 Kcal x 70 Kcal = 1750 Kcal

Proteína= 1,5 x 70 Kcal = 105g


1g—------4Kcal
105 Kcal —---x Kcal
x = 420 Kcal

10g—-100ml
105g — x(ml)

x = 1050 ml de aminoácido a 10 por cento

Lipídeo (1g/Kcal/ dia)

1g —- 10Kcal
70g —--x Kcal
x = 700 Kcal

20g —-100ml
70g —- x ml

x= 350ml de lipídeos a 20 por cento

Carboidrato

1g —- 3,4 Kcal
x (gramas) —- 630 Kcal
x= aproximadamente 185g

50g —-100ml
185g— x ml

x = 370 ml de carboidrato a 50 por cento

cálculos utilizados

1750 Kcal totais - 420 Kcal de proteína - 700 Kcal Lípideos = 630 Kcal de CHO

● resumindo
1050 ml de AA a 10 por cento
350ml de lipídeo a 20 por cento
370ml de CHO a 50 por cento

4- Após o quarto dia de nutrição parenteral, a paciente evoluiu com queda nos níveis
séricos de fósforo, potássio e magnésio. Explique essas alterações? (1 ponto)

A paciente em questão apresenta a Síndrome da Realimentação, devido ao longo


período sem alimentação (6 dias). Assim, suas células fizeram retenção dos eletrólitos,
gerando queda nos valores séricos, principalmente de fosfato e potássio. Para
equilibrar essa situação é recomendado realizar a reposição dos eletrólitos associada à
redução da infusão da dieta, progredindo de forma lenta ao longo de 48 horas.

5- Após o 8º dia de nutrição parenteral, a paciente evoluiu com colecistite. Explique


por que pode ter ocorrido essa complicação e o que poderia ter sido feito para
evitá-la? (1 ponto)

Apesar de, no caso da nutrição parenteral, não haver alimento a ser digerido no trato
gastrointestinal, a produção das secreções digestivas continua ativa, incluindo a bile.
Assim, mesmo na ausência do alimento, há metabolização da bile pelo fígado, contudo,
sem liberação de maneira que gera acúmulo e a precipitação de cálculos biliares. Os
cálculos precipitados, por sua vez, ao transitarem nos ductos podem obstruí-los, como
aconteceu no caso abordado com o ducto cístico, ocasionando os sintomas decorrentes
da inflamação. Dessa forma, para evitar a colecistite, deve-se passar uma sonda e
administrar 5 ml/hora de dieta durante 24 horas, conforme a tolerabilidade do
paciente.

Você também pode gostar