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2. De acordo com os dados disponíveis, é possível afirmar que o glifosato pode entrar no
organismo humano
(A) através do sistema digestivo e/ou das vias respiratórias.
(B) por ingestão de alimentos não cozinhados.
(C) passando da mãe para o feto durante a gravidez.
(D) exclusivamente por ingestão de plantas às quais foi aplicado este composto.
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4. De acordo com o texto, o consumo de glifosato nos EUA aumentou _____, o que poderá estar
relacionado com ______.
(A) proporcionalmente com o aumento da população (...) a obtenção de alimento para o gado
(B) na razão inversa do crescimento da população (...) a obtenção de alimento para o gado
(C) cerca de quinze vezes em menos de dez anos (...) o cultivo de plantas transgénicas
(D) mais de dez vezes em cerca de quinze anos (...) o cultivo de plantas transgénicas
5. Para além do referido, o consumo excessivo de carne é também um dos fatores de risco para o
linfoma não-Hodgkin.
Sobre este tipo de cancro é incorreto afirmar que, em Portugal,
(A) afeta de forma desigual o sexo masculino e o sexo feminino.
(B) ao longo dos últimos anos, parece ter aumentado o número de casos.
(C) a exposição a glifosato aumenta até quatro vezes o risco de aparecimento de LNH.
(D) a maioria das 1700 pessoas que desenvolvem LNH anualmente serão idosas.
Grupo II
Alguns líquenes servem de alimento ou de abrigo a diversos animais, para além de estabilizarem o
solo e reterem humidade. Mas esta simbiose, das mais importantes que conhecemos, poderá estar
ameaçada pelo aquecimento global: resultantes da relação entre fungos e algas e representando a
vegetação dominante de 7% da superfície terrestre, apresentam uma baixa taxa evolutiva, em
particular os simbiontes autotróficos.
Uma equipa de investigadores analisou as variações nas preferências climáticas de líquenes ao longo
do tempo, procurando estabelecer uma relação com as alterações climáticas atuais, concentrando-se
num único género de algas, Trebouxia, simbionte em cerca de 7000 espécies de líquenes (para
comparação, foram descritas até ao momento 6400 espécies de mamíferos). É considerado um
bioindicador de alterações nos habitats, da qualidade da água doce, da poluição atmosférica e de
alterações climáticas. Ocupa praticamente todas as condições ambientais, desde os trópicos, polos,
florestas, ambientes aquáticos de água doce e de água salgada, substrato rochoso e solo, entre
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outros.
A equipa recolheu dados relativos à distribuição de Trebouxia assim como as condições climáticas em
cada localização. Devido à escassez de fósseis deste grupo, a equipa procurou criar uma árvore
filogenética recorrendo a uma base de dados genéticos, estabelecendo relações de parentesco
evolutivo entre espécies. Os dados indicam que a taxa de adaptação de Trebouxia é reduzida: as
preferências das algas a nível da temperatura variaram menos de 1 °C a cada milhão de anos.
Os cientistas alertam para uma relação entre as alterações climáticas e o desaparecimento de
líquenes dependentes de Trebouxia, embora considerem a possibilidade de ocorrência de migrações
para locais com condições toleráveis de temperatura e humidade.
No futuro, novas pesquisas poderão incluir o estudo da taxa de adaptação climática de fungos e
verificação laboratorial dos limites térmicos dos simbiontes autotróficos.
Grupo III
Tal como os seres humanos, diferentes animais utilizam sinais para comunicar entre si. Essa
comunicação é influenciada pelo ambiente, podendo levar a que o recetor não receba ou não
compreenda o sinal. Existe ruído antropogénico no oceano, com origem por exemplo em barcos e
plataformas eólicas ou petrolíferas, que poderá perturbar a comunicação animal. Devido à
importância desta comunicação, os efeitos poderão ser significativos, por exemplo, ao nível da
reprodução. Alguns animais utilizam vários tipos de sinais, o que poderá ser útil nestas situações.
Sabe-se que a generalidade dos peixes ouve o ambiente e produz sons para comunicar com
elementos do cardume, avisar rivais da sua presença ou atrair potenciais parceiros.
Infelizmente, muito do ruído subaquático de origem antropogénica tem frequências próximas das
produzidas pelos peixes. No sentido de estudar os efeitos deste ruído em peixes, uma equipa utilizou
a espécie Pomatoschistus pictus, em que os machos atraem fêmeas através de sons e danças, apesar
da preferência das fêmeas parecer concentrar-se na comunicação sonora. As fêmeas procuram
escolher um macho forte e saudável, pelo que se testou se as fêmeas prestavam ou não mais
atenção à dança em ambientes ruidosos.
As experiências foram realizadas em aquários, cada um com um macho, um ninho e duas fêmeas. Em
16 aquários não havia ruído e em 20 aquários foi introduzido um “ovo de ruído”, que simulava o
ruído antropogénico dos oceanos. Observou-se os comportamentos visuais e acústicos de corte, a
reação das fêmeas e as situações em que ocorria acasalamento. Posteriormente, analisou-se em que
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medida o tamanho e a condição corporal dos machos (o peso em relação ao tamanho) afetavam os
sons e danças.
Nos aquários com ruído, os peixes comunicaram menos, com menor frequência de produção de sons
e movimentos. A figura 1 representa outros resultados obtidos para os dois grupos.
A. Grupo controlo
B. Grupo experimental
Figura 1 - Relações entre características dos machos (tamanho e condição), comportamentos de corte
(acústicos e visuais) e probabilidade de acasalamento. As setas cinzentas representam relações pouco
significativas e as setas verdes representam relações positivas significativas.
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(D) o oxigénio e o dióxido de carbono são distribuídos diretamente às células.
7. De entre as seguintes afirmações referentes aos dados do documento selecione a(s) correta(s).
I. O número de peixes incluídos no grupo de controlo e no grupo experimental foi idêntico.
II. Uma variável dependente neste estudo foi o tipo de comunicação dos machos.
III. O tamanho do macho parece apenas ter efeitos na escolha das fêmeas em ambientes
silenciosos.
IV. Na ausência de ruído, a característica dos machos mais relevante para o sucesso reprodutivo é
o canto.
V. Os resultados obtidos permitem concluir que, quando existe ruído antropogénico, os machos
que dançam têm mais probabilidade de acasalarem.
Grupo IV
As rochas detríticas são formadas por sedimentos que podem apresentar-se ligados por um cimento.
A granulometria (tamanho dos grãos) pode variar e, dada a importância das suas dimensões na
caracterização de rochas sedimentares, foram estabelecidos sistemas de classificação dos
sedimentos detríticos de acordo com as suas dimensões (tabela 1).
Os materiais sedimentares, nomeadamente as areias (calcárias, quartzosas ou basálticas, entre
outras), podem ser arrastados pelo vento e formar depósitos eólicos: dunas litorais, na proximidade
das praias, e dunas continentais, em pleno continente. Estas são geradas pela ação combinada de
areia arrastada pelo vento e um obstáculo ao transporte, ocorrendo deposição das areias e fixação
das primeiras plantas, designadas pioneiras. São classificadas em dunas móveis, se há uma ação
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sucessiva do vento; em dunas fixas, quando ocorre enraizamento da vegetação que imobiliza as
areias, e em dunas fósseis, consolidadas no passado geológico.
Na zona de Viana do Castelo encontra-se o Cemitério de Praias Antigas do Alcantilado de Montedor,
com dunas milenares fossilizadas: há cerca de 71 000 anos, as características orográficas da
plataforma continental permitiram o transporte livre e a longa distância dos grãos eólicos a partir da
linha de costa, formando um amplo campo dunar. Hoje, encontram-se relíquias de arenito
avermelhado, consolidado em hematite (óxido de ferro). A figura 2 representa a evolução da duna
milenar.
A costa portuguesa tem, aproximadamente, 900 quilómetros de extensão, e cerca de metade dessa
extensão arenosa é pontuada, frequentemente, por ecossistemas dunares.
Entre os fatores responsáveis pela degradação deste ecossistema costeiro destacam-se as
construções para proteção da costa (molhes e esporões), a ausência de passadiços e a utilização de
veículos motorizados nas dunas.
Também as espécies invasoras são problemáticas: o chorão-das-praias, tão comum nas praias
portuguesas, contribui intensivamente para a redução das espécies autóctones que protegem as
dunas.
1. As areias das dunas podem ser classificadas como _____ e são calcárias, quartzosas ou
basálticas se têm origem, respetivamente, em rochas _______.
(A) restos orgânicos (...) plutónicas, sedimentares e vulcânicas
(B) minerais (...) sedimentares, vulcânicas e plutónicas
(C) acumulações detríticas (...) sedimentares, plutónicas e vulcânicas
(D) rochas sedimentares (...) vulcânicas, plutónicas e sedimentares
4. Entre outras, as pressões seletivas que condicionaram a evolução das plantas das dunas
litorais poderão ter sido
(A) o excesso de luminosidade, o vento e abundância de herbívoros.
(B) a salinidade, o excesso de luminosidade e a escassez de água doce.
(C) a falta de luz e a escassez de dióxido de carbono.
(D) o excesso de oxigénio e a escassez de herbívoros.
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(C) um declive acentuado correspondente a um antigo talude continental.
(D) exclusivamente plantas pioneiras de dunas litorais.
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