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Terapia Nutricional

Nayara Cristina da Silva


Aluna de pós graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia
nayara.cristina.silva@outlook.com
Terapia Nutricional Enteral
Nutrição Enteral

Consiste na ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou


combinada, de composição definida ou estimada, especialmente
formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral,
industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para
substituir ou completar a alimentação oral em pacientes
desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em
regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou
manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.

RCD nº 63, 2000


Terapia Nutricional Enteral
Indicações

- Pacientes que apresentam ingestão oral abaixo das necessidades para manter seu
estado nutricional e de hidratação;
- Pacientes em que a nutrição oral está temporariamente ou definitivamente
impossibilitada;
- Pacientes que não conseguem atingir 60% do VCT em um período de 5 a 7 dias.
(doença inflamatória intestinal, queimaduras, neuropatias, desnutrição,
disfagia, paciente gravemente enfermo com múltiplas enfermidades,
quimioterapia e radioterapia)

Vasconcelos, M. I. L. 2005
Terapia Nutricional Enteral

Contra-indicações

• Vômitos incoercíveis • Obstrução gastrintestinal


• Fístula enterocutânea de alto débito → Única contraindicação absoluta
(>500 ml) • Sangramento gastrintestinal
• Isquemia intestinal • Pancreatite aguda grave
• Instabilidade hemodinâmica

Raymond, J.L., et al. 2012


Alves, C.C., Waitzberg, D.L., 2009
Vasconcelos, M. I. L. 2005
Terapia Nutricional Enteral
Vias de acesso

• Oral
• Por sonda
• Naso/orogástrica
• Naso/oroenteral: duodeno ou jejuno
• Ostomias
• Gastrostomia
• Jejunostomia

Raymond, J.L., et al. 2012


Vasconcelos, M. I. L. 2005
Aguilar-Nascimento, J.E., Dock-Nascimento, D.B , 2009
Terapia Nutricional Enteral

Método de administração

Intermitente: bolus, gravitacional ou bomba de infusão (dieta oferecida de


3/3hs)

Contínuo: gravitacional ou por bomba de infusão

Raymond, J.L., et al. 2012


Vasconcelos, M. I. L. 2005
Terapia Nutricional Enteral
Composição

Macronutrientes Micronutrientes

Proteínas Eletrólitos Água


Carboidratos Oligoelementos
Lipídeos Vitaminas

Raymond, J.L., et al. 2012


Vasconcelos, M. I. L. 2005
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
CABEÇALHO

NECESSIDADES DADOS
ENERGÉTICAS ANTROPOMÉTRICOS

DADOS DIETA

DADOS INFUSÃO

EVOLUÇÃO
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
1º Passo: Preencher o cabeçalho da planilha de cálculo de nutrição enteral.
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
2º Passo: Preencher com os dados antropométricos do paciente.
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
3º Passo: Definir as necessidades energéticas e proteicas
VCT = 1760 kcal/dia
PTN= 105,6 g/dia - 1,5 g PTN /Kg/dia
Paciente Crítico

-ESPEN 2006:
Calorias: Fase aguda inicial: 20 a
25 kcal/kg de peso corporal/dia;
Proteína: 1.3-1.5g//kg/dia

-ASPEN 2016:
Calorias: Calorimetria ou 20 a 25
kcal/kg/dia;
Proteína: 1,2-2,0 g/kg de peso
corporal atual/dia;
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
4º Passo: Preencher o valor calórico a ser ofertado
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
5º Passo: Definir a dieta a ser prescrita
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
6º Passo: Preencher no formulário a densidade da dieta escolhida e a meta calórica.
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
7º Passo: Preencher a quantidade de frascos,definir o volume a ser infundido de acordo
com cada meta estabelecida e preencher com a quantidade de horas para correr a dieta.
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
8º Passo: Preencher de acordo com o volume da dieta a quantidade de proteína,
carboidrato e lipídeo a ser ofertado.

30% 60% 100%


Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
9º Passo: Definir a quantidade de módulo a ser utilizado para alcançar as metas proteicas
para esse paciente.

Necessidade PTN – 106,5g/dia


Dieta: 96g de PTN

Falta 9,6 gPTN para atingir a meta

Acrescentar 11g de módulo de PTN


Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
9º Passo: Definir a quantidade de módulo a ser utilizado para alcançar as metas
proteicas para esse paciente.

Necessidade PTN – 106,5g/dia


Dieta: 96g de PTN

Falta 9,6 gPTN para atingir a meta

Acrescentar 11g de módulo de PTN


Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
10º Passo: Terminar o preenchimento do formulário com as informações do módulo
a ser acrescentado.
Terapia Nutricional Parenteral
Nutrição Parenteral (NP)

Solução ou emulsão, composta basicamente de


carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais,
estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro
ou plástico, destinada à administração intravenosa em
pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar,
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou
manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.

Portaria 272/MS/SNVS, de 08 de abril de 1998


Terapia Nutricional Parenteral
Indicação

- TGI não pode ser utilizado de maneira segura e efetiva.


- Quando a via enteral é insuficiente para alcançar as necessidades nutricionais, ou
seja, quando apresenta capacidade absortiva insuficiente do TGI (por ex:
síndrome do intestino curto sem condições absortivas).
- Quando a via enteral é contra-indicada (íleo paralitico prolongado, fístula
digestiva de alto débito).

Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009


Terapia Nutricional Parenteral
Contra-indicações

- Relacionadas com o estado geral do paciente:

- Dependendo de suas condições hemodinâmicas (instabilidade e /ou choque


hemodinâmico);
- Distúrbio ácido-base;
- Distúrbio hidroeletrolítico;
- De condições de prognóstico (mau prognóstico em doenças terminais);
- Quando for uma terapia indesejada pelo paciente ou responsável legal.

Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009


Terapia Nutricional Parenteral
Vias de Acesso

• Meta nutricional
Acesso venoso periférico
• Recuperação nutricional
• Crescimento
• Manutenção Acesso venoso central

• Duração da terapia Acesso venoso central com inserção


periférica
• Oferta calórica
• Total
• Parcial
Terapia Nutricional Parenteral
Acesso venoso periférico

• Oferta limitada de nutrientes.


• Região da mão e do antebraço.
• Via de escolha para curtos períodos de terapia e sem
desnutrição grave.
• Utilização máxima de 7 dias.
• Osmolaridade: 800 a 900 mOsm/L.

• Vantagens: mais simples, mais barata, apresenta menor risco de complicações


(infecções, trombose).
• Desvantagens: não permite a infusão de soluções hiperosmolares (geralmente mais
nutritivas).
Costa et al., 2014
Raymond, J.L., et al. 2012
Terapia Nutricional Parenteral
Acesso venoso central

• Altas concentrações de nutrientes.


• Veias de maiores calibres (subclávia, femoral, cefálica,
jugular interna e externa)
• Via de escolha para longos períodos de terapia.
• A via é obrigatoriamente exclusiva para a NP.

Vantagens: permite a administração de soluções


hiperosmolares e pode ser utilizada em longos períodos de
terapia.

Desvantagens: apresenta maior risco de infecções e


complicações. Costa et al., 2014
Raymond, J.L., et al. 2012
Terapia Nutricional Parenteral

Tipos de sistema

2 em 1 aminoácidos
glicose

aminoácidos
3 em 1 glicose
lipídeos

Costa et al., 2014


Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009
Terapia Nutricional Parenteral

Composição

Macronutrientes Micronutrientes

Proteínas Eletrólitos Água


Carboidratos Oligoelementos
Lipídeos Vitaminas

Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009


Raymond, J.L., et al. 2012
Terapia Nutricional Parenteral - Energia

- Utilização de equações para cálculo da


estimativa da necessidade energética

- Calorimetria
- Direta
- Indireta

- Fórmula de bolso

Gastroenterology, 2001;121:970
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Proteínas
Principal função:
Manter o balanço nitrogenado, evitando que a musculatura seja utilizada na
neoglicogênese.

Recomendação adulto:
de 0,8 a 2,5g/ kg/ dia
Guidelines

Valor calórico:
1 g de proteína = 4 kcal

Fontes:
Solução padrão de aminoácidos 10%
(1L – 100g de proteína)
Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009
Raymond, J.L., et al. 2012
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Proteínas
ORGANIZAÇÃO DIRETRIZ
ESPEN 2009 - Home Parenteral Nutrition
Manutenção ou adulto sem estresse 0,8 a 1,0g/kg/dia
Catabolismo ou adulto estressado 2g/kg/dia
IMC (30-40Kg/m²) Utiliza-se aproximadamente 75% do valor estimado do peso
corporal ideal
IMC (> 50kg/m²) Utiliza-se aproximadamente 65% do valor estimado do peso
corporal ideal
ASPEN 2016 - Paciente Crítico 1,2-2,0 g/kg de peso corporal atual/dia, podendo ser maior para
pacientes queimados e politraumatizados;
IMC entre 30-40 kg/m2 2,0g/kg de peso ideal/dia;
IMC ≥40 kg/m2 2,5g/Kg peso de ideal/dia
ESPEN 2006 - Paciente Crítico Recomenda 1.3-1.5g//kg/dia, podendo ser maior em pacientes
portadores de queimaduras e traumatismos.
Paciente crítico a 1,2 a 1,5g/kg/dia a
Paciente estável a 0,8 a 1,5g/kg/dia a
Fonte: ASPEN, 2016; STAUN, M. et.al. 2009; Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009a
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Carboidratos

Principal função:
Checar as glicemias anteriores
- É utilizada pelo SNC, hemácias, rins e leucócitos.
(maiores que 180mg/dL)
- Preservar proteína corporal e massa muscular

Recomendação adulto:
Valor Calórico:
ORGANIZAÇÃO DIRETRIZ 1 g de glicose anidra = 3,85 kcal
1 g de glicose monohidratada = 3,4 kcal
ESPEN 2009 3 a 6 g/kg/dia
ASPEN 2002 7 g/ kg/dia
Pacientes graves a < 4 mg/kg/min A Waitzberg,
D.L., Nogueira, M.A. 2009
Paciente estáveis a < 7 mg/kg/min ESPEN, 2009
ASPEN 2002
Fontes de Carboidratos: Raymond, J.L., et al. 2012

- Solução de Glicose a 50 e a 70% (checar oferta via soro glicosado)


Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Lipídeos

Principal função:
- Suprir as necessidades do organismo em ácidos graxos essenciais

Recomendação adulto:
- As necessidades de lipídios variam entre 1,0 - 1,5 g/kg de peso corpóreo;
- Em geral, representam 20 a 40% da energia não-proteica total;
- ESPEN recomenda 1g/kg/dia
- A quantidade de lipídeos é definida pelo nível de triglicérides, pela função
hepática e pela presença ou não de infecção.

Valor Calórico:
- 1 g de lipídeos = 9,5 a 9,75 kcal
Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009
Raymond, J.L., et al. 2012
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Lipídeos

Fontes de lipídeos:

- Emulsão Lipídica a 10 ou a 20% (TCL/TCM ou


TCL)

- SMOF (Óleo de soja 30%, TCM 30%, óleo de oliva


W9 25%, óleo de peixe W3 e W6 15%)
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Lipídeos
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2795378/

- As emulsões à base de óleo de soja atendem aos requisitos energéticos e ácidos graxos essenciais.

- As emulsões contendo óleo de peixe podem fornecer efeitos anti-inflamatórios e oferecer uma abordagem direcionada em estados
de doença específicos.

- Pesquisas adicionais são necessárias em pontos finais clínicos relevantes, e recomendações claras sobre o uso clínico de diferentes
emulsões não podem ser dadas neste momento.

- A hipertrigliceridemia induzida por infusão lipídica geralmente pode ser controlada pela redução da dose. Se a
hipertrigliceridemia (TG> 400 mg/dL) ocorrer com infusão contínua, a dose de emulsão lipídica deve ser reduzida, e em casos de
hipertrigliceridemia grave (TG> 1000 mg/dL) a dose deve ser interrompida.

- Durante os primeiros dias de infusão, os níveis plasmáticos de triglicerídeos devem ser monitorados para que a dose possa ser
modificada, se necessário.
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Lipídeos

- As emulsões lipídicas baseadas em óleo de soja foram o principal suporte das formulações de lipídios parenterais durante décadas
são o protótipo de lipídios de primeira geração, possuem altas concentrações de ω-9, e a proporção de ω-6: ω-3 é estimada em 7: 1

- A literatura emergente indicou que há benefícios para a utilização de lipídios alternativos, como formulações à base de azeitona /
base de soja, e lipídios combinados, como a soja / TCM / azeite / óleo de peixe, em comparação com lipídios à base de soja, pois
têm menos propriedades inflamatórias, são imunomoduladores, têm maior conteúdo antioxidante, diminuem o risco de colestase e
melhoram os resultados clínicos em certos subgrupos de pacientes.

- As diretrizes ASPEN sugerem que o risco de efeitos adversos aumenta quando o nível sérico de TG excede 400 mg/dL. Vários
estudos sugerem que esta mudança deve começar com uma redução da dextrose, seguida de uma redução na provisão de lipídios,
caso os níveis séricos de TG não se normalizarem dentro de uma semana.

- A introdução de óleo de peixe em emulsões lipídicas pode resultar em melhora de TG.


https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5409727/#B46-nutrients-09-00388
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Lipídeos

Hipertrigliceridemia  diminuir emulsão de gordura intravenosa  pancreatite aguda e alterações na


função pulmonar  risco de efeitos adversos aumenta quando o nível sérico de Triglicerídeos excede 400
mg/dL  retiro lipídeos.

Oferta de SMOF

Oferta mínima de 0,5g/kg/dia  evitar abstinência dos Ácidos Graxos essenciais


Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes
Eletrólitos Eletrólito ESPEN 2009 ASPEN 2009
Sódio 1-1,5 mmol/ Kg/dia 1-2 mEq/kg/dia
+ reposição
- O balanço eletrolítico é
dependente: Potássio 1-1,5 mmol/ Kg/dia 1-2 mEq/kg/dia
• equílibrio ácido-básico;
• função renal; Cloro 1-1,5 mmol/ Kg/dia Conforme necessário para
manter equilíbrio ácido- base
• perdas gastrointestinais;
Cálcio 0,1-0,15 mmol/ Kg/dia 10-15 mEq/kg/dia
• medicamentos utilizados na
terapia
Magnésio 0,1-0,2 mmol/ Kg/dia 8-20 mEq/kg/dia
- Os eletrólitos ajudam no controle Fosfato 0,3 – 0,5 mmol/ Kg/dia 20-40 mmol/dia
do volume da água corporal,
através da pressão osmótica. Síndrome de Realimentação:

Redução nos níveis séricos de eletrólitos


(fósforo, magnésio e potássio)
Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009
Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes
Oligoelementos
HC- UFU :
Dose usual/adulto
1 ampola = 2ml Bilirrubina totais maior que 2  oferta de
oligoelementos apenas uma vez por semana.

Soluções de oligoelementos
Uso adulto: Zn2+, Cu2+, Cr3+, Mn2+

- Na insuficiência hepática e/ou insuficiência renal é extremamente importante adequar a dose,


pois sua excreção pode estar comprometida, sendo às vezes necessário suspender a oferta desses
minerais.
- Zinco, cromo e selênio são excretados pelo rim. Assim, pode ocorrer acúmulo tóxico desses
elementos em crianças com insuficiência renal. Não se deve prescrevê-los enquanto perdurar
essa condição clínica.
- Cobre e manganês são excretados pela via hepática (bile), e quando há um prejuízo, é possível
haver intoxicação desses elementos. A ingestão destes elementos deve ser reduzida em doentes
com diminuição da excreção biliar, o que ocorre na síndrome colestática, com bilirrubina direta
maior que 2,0mg/dL. Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009
Brasil, 2011
Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes
Oligoelementos

Oligoelemento ASPEN 2007 Perdas gastrointestinais


Zinco 2,5 – 5 mg Adicionar
Adicionar 2mg/d para pacientes - 12mg/L para perdas intestinais
hipermetabólicos - 17mcg/Kg de diarreia ou perdas por
ileostomia
Cobre 0,5-0,5 mg 500mcg/dia
Cromo 10-15 mcg 20mcg/d
Manganês 60-100mcg
Selênio 20-60mcg
Adaptado de Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009
Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes
Oligoelementos

Cada 1 mL contém:
2,5 mg de zinco, 0,8 mg de cobre, 0,4 mg de manganês e 10 mcg de cromo.

Cada ampola contém:


Sulfato de zinco heptaidratado ............................... 22,00 mg (equivalente a 5,0 mg de zinco)
Sulfato cúprico pentaidratado ................................ 6,30 mg (equivalente a 1,6 mg de cobre)
Sulfato de manganês monoidratado ....................... 2,46 mg (equivalente a 0,8 mg de manganês)
Cloreto crômico hexaidratado ................................ 102,50 mcg (equivalente a 20,0 mcg de cromo)
Água para injetáveis q.s.p. ..................................... 2 mL

Inpharma Laboratórios Ltda


Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes

Oligoelemento e Zinco:

• Zinco (Zn): 2.5-5mg/dia (ASPEN 2012)  dose de manutenção  dose presente


em 5 ml de oligoelementos

• No caso de fístula, pode haver grandes perdas de zinco, portanto, a suplementação


adicional de Zinco (Zn) é recomendada.

12 mg/L de zinco para perdas intestinais


Perda gastrointestinais
17mcg/Kg de diarreia ou perdas por ileostomia
Wolman, 1979
ASPEN, 2012
Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes
Oligoelemento e Zinco:
Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes

Polivitamínicos

Dose usual/adulto
• 1 ampola = 5ml
Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes
Polivitamínico A

Cada 5mL de TREZEVIT® A – ADULTO contém:

Vitamina A (como palmitato de retinol)¹.......................................................3.300UI


Vitamina D3 (como colecalciferol)² .............................................................200UI
Vitamina E (como acetato de alfa tocoferol)³................................................10UI
Vitamina K1 (como fitomenadiona)..............................................................150,0μg
Vitamina B1 (como cloridrato de tiamina)....................................................6,0 mg
Vitamina B2 (como riboflavina fosfato sódica).............................................3,6 mg
Vitamina B3 (como nicotinamida) ................................................................40,0 mg
Vitamina B5 (como dexpantenol)..................................................................15,0 mg
Vitamina B6 (como cloridrato de piridoxina)................................................6,0 mg
Vitamina C (como ácido ascórbico)...............................................................200,0 mg
Água para injetáveis q.s.p .............................................................................5,0 mL

(Excipientes: Hidroxiestearato de Macrogol, BHT, BHA, ácido cítrico, hidróxido de sódio, álcool etílico 95%)
1 – 3.300 UI de vitamina A equivale a 1,82 mg
2 – 200 UI de vitamina D3 equivale a 5,0 μg
3 – 10 UI de vitamina E equivale a 10 mg Inpharma Laboratórios Ltda
Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes

Polivitamínico B

Cada 5mL de TREZEVIT® B – ADULTO contém:

Vitamina B7 (como biotina) ............................................................................60,0 μg


Vitamina B9 (como ácido fólico) ....................................................................600,0 μg
Vitamina B12 (como cianocobalamina) .........................................................5,0 μg
Água para injetáveis q.s.p. ..............................................................................5,0 mL

(Excipientes: ácido cítrico, hidróxido de sódio)

Inpharma Laboratórios Ltda


Terapia Nutricional Parenteral-Necessidades Hídricas
CONDIÇÃO CLÍNICA REQUISITOS TERAPÊUTICOS
Requisitos de manutenção a
18-60 anos 35 ml/Kg de peso corporal por dia a
> 60 anos 30 ml/kg de peso corporal por dia a
 Avaliar função renal, cardíaca,
Reposição de perdas de Adicionar 2-2,5 ml/kg/dia para
soroterapia. fluidos Febre cada aumento de 1°C na
temperatura corporal acima de
37°C por 24 horas a
 Os desequilíbrios resultam em
Perda de fluidos corporais Esses indivíduos devem ser
desidratação ou sobrecarga hídrica.
avaliados diariamente a
Paciente crítico b Mínimo necessário para oferta de
 Deve refletir as perdas e as nutrientes b
possíveis influencias relacionadas a Paciente estável b 30-40mL/kg/dia b
terapia medicamentosa. Adultos c 30 a 40 mL/kg por dia, ou
1 a 1,5 mL /kcal gasta
A ESPEN, 2009;
Costa et al., 2014 B Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009;
C ASPEN 2002
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
CABEÇALHO

OFERTA DE
MACRONUTRIENTES

OFERTA DE
MICRONUTRIENTES,
OLIGOELEMENTOS,
VITAMINAS E ÁGUA

INFUSÃO
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
CABEÇALHO

NUTRIÇÃO
ENTERAL
PROPOFOL
OFERTA DE
MACRONUTRIENTES

OFERTA DE
MICRONUTRIENTES
OFERTA
OLIGOELEMENTOS

VITAMINAS

SMOF
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
1º Passo: Anotar os resultados dos exames laboratoriais
• UTI Adulto: os resultados dos exames são sempre do dia.
• Clínicas: os resultados dos exames são sempre do dia anterior.

- Hemograma
- Glicose
- Íons: Na+, K+, P+, Mg+2, Ca+2, Cl-
- Ureia, creatinina
- Hemograma
- Bilirrubinas totais e frações
- TGO, TGP
- Fosfatase alcalina e Gama GT
- PCR
- Triglicérides e colesterol
- Albumina e proteínas totais
- TAP/TTPa
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
Monitorização Paciente Novo
Para iniciar NP Paciente Estável
Laboratorial ou Instável
Ureia, Creatinina x Diário Seg- Qua- Sex
Sódio x Diário Seg- Qua- Sex
Potássio x Diário Seg- Qua- Sex
Cálcio x Diário Seg- Qua- Sex
Magnésio x Diário Seg- Qua- Sex
Fósforo x Diário Seg- Qua- Sex
Cloro x Diário Seg- Qua- Sex
Diário
Glicose x Seg- Qua- Sex
(glicemia capilar 4x/dia)
TGO, TGP x Seg Seg
Bilirrubina Totais e frações x Seg Seg
Fosfatase Alcalina, Gama GT x Seg Seg
TAP, TTPA x Seg Seg
Hemograma x Seg- Qua- Sex Seg
PCR x Seg- Qua- Sex Seg
Albumina e Proteinas Totais x Cada 15 dias Cada 15 dias
Triglicérides x A cada ↑ de lipídeo na NP Seg
Colesterol x A cada ↑ de lipídeo na NP Seg
Gasometria x De acordo com o caso clínico
Balanço Nitrogenado Às Seg. (1x/sem) após iniciar a NP
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
2° Passo: Coletar os dados da folha de choque.

- Dextro (glicemia capilar);


- Temperatura (máxima e mínima);
- Diurese;
- SNG (sonda nasogástrica);
- Drenos (abdominal, tórax);
- Fezes;
- Vômitos;
- Ostomias (colostomia/ jejunostomia) para quantificar as perdas;
- Drogas vasoativas (noradrenalina/vasopressina)
- Insulina
- Propofol
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar

3° Passo: Observar se o paciente está em uso de Insulina e anotar na folha.

- Insulina: altas doses pode ser necessário diminuir a oferta de glicose na NP (discutir com o
médico).

Checar as glicemias anteriores (maiores que 180mg/dL)


Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
4° Passo: Observar se o paciente está em uso de Propofol e anotar.

- Propofol: é a base de lipídeo e fornece ácidos graxos essenciais ω3 (ômega 3) e ω6 (ômega


6), desta maneira não será necessário ofertar lipídeo na NP.

Cada 1g Propofol ----- 11 Kcal


Cada 1 ml propofol ----- 0,1g Lipídeo

Paciente em uso de Propofol a 10 ml/h.

10 ml ----- 1h 1 ml ----- 0,1g lipídeo


x ml ----- 24h (pois o uso é contínuo) 240 ml ----- x lipídeo
x = 24g lipídeo – 264kcal
x =240 ml
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar

5° Passo: Calcular a oferta de macronutrientes

- Definir o peso a ser utilizado (Peso atual, Peso ideal, Peso estimado, Peso ajustado);
- Determinar o valor energético (Kcal total) a ser ofertado (Kcal/Kg/dia, Harris-
Benedict);
- Definir a oferta proteica (g PTN/Kg/dia);

Seguir os GUIDELINES
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar

6° Passo: Calcular a oferta de micronutrientes

- Definir oferta de eletrólitos;


- Definir oferta de oligoelementos; Síndrome de Realimentação:
- Definir oferta polivitamínicos;
- Definir oferta de água Redução nos níveis séricos de eletrólitos
(fósforo, magnésio e potássio)

HC– UFU

- Polivitamínicos A: 5ml/dia
- Polivitamínicos B: 5ml/dia
- Oligoelementos: 2ml/dia
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar

Validade

- A bolsa de NPT tem validade de 48 horas.

NP deve ser instalada em até 24h após a manipulação;


Pode ser infundida por até 24h, totalizando 48h de validade.
Terapia Nutricional
Exemplos
Exemplo 1

Paciente R.T.A, 28 anos, sexo masculino, solteiro, natural de Uberlândia –MG, vítima
de acidente automobilístico no dia 16/09, deu entrada no HC- UFU, com
rebaixamento do nível de consciência sendo submetido a IOT, VM e sedação contínua
em uso de noradrenalina a 25ml/h, vasopressina 6ml/h, realizado tomografia
evidenciando quadro de TCE grave.
Exemplo 1

Dados antropométricos Exame físico Folha de controle

Altura = 1,77m (semi envergadura) Cabelo: sem alterações específicas Temperatura: 36.2 – 36.5ºC
Peso atual = sem relato Pele: bem hidratada Glicemia: 89; 90; 100mg/dL
Peso ideal = 72,1Kg (IMC médio) Língua: paciente com colar cervical Diurese: 1500ml/ 24 horas
impedindo/dificultando a abertura da Fezes: ausentes
boca Vômitos: ausentes
Unhas: normais, sem alterações Nora: 25ml/h
Abdome: distendido, sem RHA Vaso: 6ml/h
Exemplo 1
Exames laboratoriais Data
Referência
16/09/2017
Leucócitos 18,2 3,5 – 10,5 mil/mm3
Hemácias 4,6 4,3 – 5 milhões
Hemoglobina 13,6 12,0 – 15,5 g%
Hematócrito 38,0 35 – 45%
Plaquetas 299 150 – 450 mil/mm3
Linfócitos 2553 900 – 2900/mm3
Bastonetes 2 Até 710/mm3
Ureia 30,5 16,6 – 48,5 mg/dL
Creatinina 0,85 0,5 – 0,9 mg/dL
Sódio 137 134 – 145 mEq/L
Potássio 4,73 3,5 – 5,5 mEq/L
Magnésio 2,5 1,6-2,6 mg/dL
PCR 2,0 < 0,5 mg/dL
Albumina 3,99 3,97-4,95 g/dL
Bilirrubina total 0,9 Até 1,2 mg/dL
Bilirrubina direta 0,1 Até 0,20 mg/dL
Bilirrubina indireta 0,12 Até1,0 mg/dL
Lactato 5,15 0,36-0,75 mmol/L
Exemplo 1

Qual a conduta nutricional para esse paciente ?


Exemplo 1
Conduta Nutricional

1º dia (16/09):

- Posicionamento de sonda nasoenteral;


- Manter em dieta zero
devido abdome distendido sem RHA, nível de lactato (4,1mmol/L)e vazão de
noradrenalina (25ml/h) e vasopressina (6ml/h).
Exemplo 1
2º dia (17/09):
- Checar exames laboratoriais.
- Checar parâmetros da folha de choque (glicemia, temperatura, fezes, diurese,
vômitos...). Exames laboratoriais Data
Referência
17/09/2017
Leucócitos 18,4 3,5 – 10,5 mil/mm3
Hemácias 4,5 4,3 – 5 milhões
Paramêtros Hemoglobina 13,8 12,0 – 15,5 g%
Temperatura: 36.4 – 36.7ºC Hematócrito 38,9 35 – 45%
Glicemia: 85; 84; 92 mg/dL Plaquetas 310 150 – 450 mil/mm3
Diurese: 1800ml/ 24 horas Linfócitos 2550 900 – 2900/mm3
Bastonetes 2 Até 710/mm3
Fezes: ausentes Ureia 29,5 16,6 – 48,5 mg/dL
Vômitos: ausentes Creatinina 0,70 0,5 – 0,9 mg/dL
Abdome: sem distensão, com Sódio 136 134 – 145 mEq/L
presença de RHA Potássio 4,45 3,5 – 5,5 mEq/L
Nora: 10ml/h Magnésio 2,4 1,6-2,6 mg/dL
Vaso: sem uso PCR 1,5 < 0,5 mg/dL
Lactato 1,5 0,36-0,75 mmol/L
Exemplo 1
Conduta Nutricional

Paciente Crítico
2º dia (17/09):
-ESPEN 2006:
-Fazer
Calorias: cálculo
Fase de dieta
aguda inicial: 20 a 25 kcal/kg de
Dieta por SNE, polimérica , normocalorica e hiperproteica,1,2
enteral.
peso corporal/dia;
kcal/ml, sendo 3 horários de 150ml, a 30ml/h, sob BIC, perfazendo
Proteína: 1.3-1.5g//kg/dia
- Iniciar
o volume dieta
final enteraloem
de 450ml/dia, 30% a 30% do VCT e
que corresponde
0,4gPTN/kg/dia.
do VCT
-ASPEN 2016:
Calorias: Calorimetria ou 20 a 25 kcal/kg/dia;
Proteína: 1,2-2,0 g/kg de peso corporal atual/dia;
Exemplo 1
3º dia (18/09):
- Checar exames laboratoriais.
- Checar parâmetros da folha de choque (glicemia, temperatura, fezes, diurese,
vômitos...). Exames laboratoriais Data
Referência
18/09/2017
Leucócitos 17,1 3,5 – 10,5 mil/mm3
Hemácias 4,5 4,3 – 5 milhões
Paramêtros Hemoglobina 13,7 12,0 – 15,5 g%
Temperatura: 36.2 – 36.4ºC Hematócrito 38,6 35 – 45%
Glicemia: 82; 85; 100 mg/dl Plaquetas 311 150 – 450 mil/mm3
Diurese: 1900ml/ 24 horas Linfócitos 2500 900 – 2900/mm3
Bastonetes 2 Até 710/mm3
Fezes: 1x (2+) Ureia 25,0 16,6 – 48,5 mg/dL
Vômitos: ausentes Creatinina 0,60 0,5 – 0,9 mg/dL
Abdome: sem distensão, com Sódio 135 134 – 145 mEq/L
presença de RHA Potássio 4,20 3,5 – 5,5 mEq/L
Nora: 8ml/h Magnésio 2,2 1,6-2,6 mg/dL
Vaso: sem uso PCR 1,0 < 0,5 mg/dL
Exemplo 1
Conduta Nutricional

3º dia (18/09):
- Evoluir para 60% do VCT

Dieta por SNE, polimérica , normocalorica e hiperproteica,1,2


kcal/ml, sendo 3 horários de 300ml, a 60ml/h, sob BIC, perfazendo
o volume final de 900ml/dia, o que corresponde a 60% do VCT e
0,8gPTN/kg/dia.
Exemplo 1
4º dia (19/09):
- Checar exames laboratoriais.
- Checar parâmetros da folha de choque (glicemia, temperatura, fezes, diurese,
vômitos...). Exames laboratoriais Data
Referência
19/09/2017
Leucócitos 9,5 3,5 – 10,5 mil/mm3
Hemácias 4,5 4,3 – 5 milhões
Paramêtros Hemoglobina 13,6 12,0 – 15,5 g%
Temperatura: 36.4 – 36.5ºC Hematócrito 38,5 35 – 45%
Glicemia: 82; 86; 105 mg/dl Plaquetas 311 150 – 450 mil/mm3
Diurese: 2600ml/ 24 horas Linfócitos 2500 900 – 2900/mm3
Bastonetes 2 Até 710/mm3
Fezes: 1x (1+) Ureia 24,0 16,6 – 48,5 mg/dL
Vômitos: ausentes Creatinina 0,55 0,5 – 0,9 mg/dL
Abdome: sem distensão, com Sódio 135 134 – 145 mEq/L
presença de RHA Potássio 4,20 3,5 – 5,5 mEq/L
Nora: 7ml/h Magnésio 2,2 1,6-2,6 mg/dL
Vaso: sem uso PCR 0,5 < 0,5 mg/dL
Exemplo 1
Conduta Nutricional

4º dia (19/09):
- Evoluir para 100% do VCT
Dieta por SNE, polimérica , normocalorica e hiperproteica,1,2
kcal/ml, sendo 3 horários de 500ml, a 100ml/h, sob BIC,
perfazendo o volume final de 1500ml/dia, o que corresponde a
100% do VCT e 1,3gPTN/kg/dia.
Exemplo 1
5º dia (20/09):
- Checar exames laboratoriais.
- Checar parâmetros da folha de choque (glicemia, temperatura, fezes, diurese,
vômitos...). Exames laboratoriais Data
Referência
20/09/2017
Leucócitos 9,2 3,5 – 10,5 mil/mm3
Hemácias 4,5 4,3 – 5 milhões
Paramêtros Hemoglobina 13,7 12,0 – 15,5 g%
Temperatura: 36.1 – 36.3ºC Hematócrito 38,6 35 – 45%
Glicemia: 84; 86; 100 mg/dl Plaquetas 305 150 – 450 mil/mm3
Diurese: 2100ml/ 24 horas Linfócitos 2450 900 – 2900/mm3
Bastonetes 2 Até 710/mm3
Fezes: 1x (2+) Ureia 26,0 16,6 – 48,5 mg/dL
Vômitos: ausentes Creatinina 0,66 0,5 – 0,9 mg/dL
Abdome: sem distensão, com Sódio 135 134 – 145 mEq/L
presença de RHA Potássio 4,21 3,5 – 5,5 mEq/L
Nora: 5ml/h Magnésio 2,3 1,6-2,6 mg/dL
Vaso: sem uso PCR 0,5 < 0,5 mg/dL
Exemplo 1
Conduta Nutricional

5º dia (20/09):
-Acrescentar módulo para
atingir 1,5g PTN/kg/dia

Dieta por SNE, polimérica , normocalórica e hiperproteica,1,2


kcal/ml, sendo 3 horários de 500ml, a 100ml/h, sob BIC,
perfazendo o volume final de 1500ml/dia, o que corresponde a
100% do VCT e 1,3gPTN/kg/dia.
Acrescento um horário de 11g de módulo de PTN para atingir
1,5gPTN/kg/dia
Exemplo 2
• Paciente A.G.A, sexo feminino, casada, 63 anos, natural de Uberlândia – MG, portadora de Neoplasia
Intraepitelial Cervical Grau II (NIC II), deu entrada no HC-UFU dia 27/09, para realização de
histerectomia.

• Durante o procedimento foi visualizado múltiplas aderências + lesão de delgado, sendo submetida a
enterorrafia.

• Após três dias da alta apresentou disúria, dor abdominal evoluindo com queda do estado geral e vômitos.

• Deu entrada novamente no HC no dia 12/10 apresentando quadro compatível de choque séptico.

• Submetida a laparotomia exploratória com realização de enterectomia de 80 cm de íleo terminal +


apendicectomia + fístula mucosa + ileostomia com achados de incontáveis aderências entre alças e
omento e presença de grande quantidade de material fecal em cavidade com coloração esverdeada com
contaminação e inúmeras perfurações em íleo terminal.
Exemplo 2
• Diagnóstico:

PO de histerectomia + enterrorafia
PO de LE com enterectomia de 80 cm de íleo terminal + apendicectomia + fístula
mucosa + ileostomia
Exemplo 2
Dados antropométricos Exame físico Folha de controle

Altura: 1,62 m (semi- Cabelo: quebradiços e sem Temperatura: 36.2 – 36.5ºC


envergadura) brilho Glicemia: 89 - 100mg/dl
P ideal: 48,6kg (IMC mínimo) Pele: ressecada Diurese: 1500ml/ 24 horas
P atual: sem relato Unhas: quebradiças Fezes: ausentes
Clavícula: proeminente Vômitos: ausentes
Têmporas: aprofundadas Nora: 35ml/h
Abdome: distendido Vaso: 6ml/h
Fentanil: 5ml/h
Soro glicosado: 1 esquema de
200mL de soro glicosado 50
Exames laboratoriais Data
Referência

Leucócitos 18,2 3,5 – 10,5 mil/mm3


Hemácias 4,1 4,3 – 5 milhões
Hemoglobina 11,6 12,0 – 15,5 g%
Hematócrito 32,9 35 – 45%
Plaquetas 210 150 – 450 mil/mm3
Linfócitos 1638 900 – 2900/mm3
Bastonetes 2 Até 710/mm3
Ureia 41,7 16,6 – 48,5 mg/dL
Creatinina 0,50 0,5 – 0,9 mg/dL
Sódio 137 134 – 145 mEq/L
Potássio 4,03 3,5 – 5,5 mEq/L
Magnésio 2,6 1,6-2,6 mg/dL
Fósforo 3,16 2,5-4,5 mg
Cálcio 6,78 8,8-10,2 mg/dL
Cloro 98 97-111 mEq/L
Fosfatase Alcalina 77 35-104 U/L
TGO 67,30 10-35 U/L
TGP 18,80 10-35 U/L
Gama GT 150 <40
CPK 105 <170
Triglicerídeo 139 <150mg;dL
PCR 9,11 < 0,5 mg/dL
Albumina 1,53 3,97-4,95 g/dL
Bilirrubina total 1,98 Até 1,2 mg/dL
Bilirrubina direta 1,86 Até 0,20 mg/dL
Exemplo 2

Qual a conduta nutricional para esse paciente ?


Paciente em estado crítico

Exemplo 2 -ESPEN 2006:


Calorias: Fase aguda inicial: 20 a 25 kcal/kg de peso corporal/dia;
Proteína: 1.3-1.5g//kg/dia

-ASPEN 2016:
Conduta Nutricional
Calorias: Calorimetria ou 20 a 25 kcal/kg/dia;
Proteína: 1,2-2,0 g/kg de peso corporal atual/dia;
• Nutrição Parenteral devido a múltiplas fístulas o que torna inviável a utilização de
nutrição enteral para essa paciente.
• Iniciar NPT com cautela e evoluir progressivamente.
• Estabelecer as necessidade calórica e proteicas da paciente.
• Checar a infusão de soro glicosado (1 esquema de 200mL de soro glicosado 50%
→ 100g de glicose)
• Checar se houve escapes de dextro (sem escapes nas últimas 24horas)
Exemplo 2
Exames laboratoriais Data
Referência

Leucócitos 17,9 3,5 – 10,5 mil/mm3

Exemplo 2 Hemácias
Hemoglobina
Hematócrito
4,25
11,7
32,8
4,3 – 5 milhões
12,0 – 15,5 g%
35 – 45%
Plaquetas 210 150 – 450 mil/mm3
Linfócitos 1638 900 – 2900/mm3
Folha de controle Bastonetes 2 Até 710/mm3
Ureia 41,7 16,6 – 48,5 mg/dL
Creatinina 0,50 0,5 – 0,9 mg/dL
Temperatura: 36.2 – 36.7ºC
Sódio 137 134 – 145 mEq/L
Glicemia: 90- 125mg/dL Potássio 4,03 3,5 – 5,5 mEq/L
Diurese: 1800ml/ 24 horas Magnésio 2,6 1,6-2,6 mg/dL
Fezes: 1x (2+) Fósforo 3,16 2,5-4,5 mg
Vômitos: ausentes Cálcio 6,78 8,8-10,2 mg/dL
Cloro 97 97-111 mEq/L
Nora: 29ml/h Fosfatase Alcalina 77 35-104 U/L
Vaso: 6ml/h TGO 62,0 10-35 U/L
Fentanil: 5ml/h TGP 18,80 10-35 U/L
CPK 105 <170
Triglicerídeo 136 <150mg;dL
PCR 9,0 < 0,5 mg/dL
Albumina 1,53 3,97-4,95 g/dL
Bilirrubina total 1,84 Até 1,2 mg/dL
Bilirrubina direta 1,86 Até 0,20 mg/dL
Bilirrubina indireta 0,12 Até1,0 mg/dL
Lactato 3,5 0,36-0,75 mmol/L
Exemplo 2
Exemplo 2
Exemplo 2
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
RESOLUÇÃO CFN N° 304/2003
DISPÕE SOBRE CRITÉRIOS PARA PRESCRIÇÃO DIETÉTICA NA ÁREA DE NUTRIÇÃO CLÍNICA E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Art. 4o. O registro da prescrição dietética deve constar no prontuário do cliente-paciente, de acordo com os
protocolos pré-estabelecidos ou aceitos pelas unidades ou serviços de atenção nutricional, devendo conter data,
Valor Energético Total (VET), consistência, macro e micronutrientes mais importantes para o caso clínico,
fracionamento, assinatura seguida de carimbo, número e região da inscrição no CRN do nutricionista
responsável pela prescrição.

Art. 5o. O registro da evolução nutricional deve constar no prontuário do cliente-paciente, de acordo com os
protocolos pré-estabelecidos, devendo conter alteração da ingestão alimentar, avaliação da tolerância digestiva,
exame físico, antropometria, capacidade funcional e avaliação bioquímica.
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
- Consiste de um método que ajuda a organizar as informações a fim de estabelecer
a conduta mais apropriada para a evolução dietoterápica.

- Os dados colhidos são:


S  dados subjetivos
O  dados objetivos
A  análise
P  plano de tratamento
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
- Dados subjetivos: Registramos aqui as informações baseadas na experiência do
paciente ou acompanhante. Podemos anotar as queixas, o que sente, observa,
acredita, suas reações ou qualquer outra observação adicional. É o que o paciente
relata.

- Alterações no apetite;
- Sintomas referidos;
- Doenças referidas;
- Consumo alimentar referido;
- Queixas relacionadas à influência da internação à alimentação
- Outros
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
- Dados objetivos: São os dados mensuráveis, os sinais e sintomas observados, os
resultados de exame físico e/ou resultados dos exames complementares, bem como as
drogas utilizadas (interação droga/nutrientes), os cuidados prescritos, o tratamento em
andamento, orientações, etc

- Hipóteses diagnósticas;
- Exames laboratoriais;
- Sintomas observados (relacionados ao TGI);
- Conferir funções do TGI (digestão, vômitos, frequência e características das evacuações, hábito
urinário);
- Alteração na ingestão de alimentos (qualificar e/ou quantificar);
- Indicadores de evolução clínica (temperatura, pressão arterial, glicemia, etc)
- Interação droga/nutrientes;
- Alteração de peso;
- Anorexia;
- Outros
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
- Análise: explica e interpreta os significados das informações colhidas, ajudando a
definição do problema, avaliando ao mesmo tempo a evolução da conduta adotada
e identificando novos problemas.
- A analise dará subsídios para a prescrição da dieta.
- Deverá justificar as características físicas e químicas da dieta prescrita.

- Diagnóstico nutricional;
- Condições gerais e clínicas do paciente (justifique manutenção ou mudança na dieta);
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
- P = Plano Dietoterápico: é a conduta a ser tomada, baseada nos dados colhidos
- Deve considerar:
- Via da dieta
- Consistência da dieta;
- Composição (PTN, CHO, LIP ...)
- Suplementações

- Também pode incluir a coleta de dados (clínicos, laboratoriais e nutricionais):


- Controle hídrico;
- Controle ingestão;
- Frequência e características do hábito intestinal e urinário
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
16/09/17 – Evolução Dietoterápica – Nutrição

S= Paciente submetido a IOT e sedação contínua, restrito ao leito, sem acompanhante no momento da visita.
O= Paciente vitima de acidente automobilístico, com rebaixamento do nível de consciência sendo submetido a
IOT, VM e sedação contínua, com diagnostico de TCE grave.
Exames laboratoriais: Leucócitos 10,4; Hemácias 2,89; Hemoglobina 11,3; Hematócrito 42; Plaquetas 837;
Linfócitos 1456; Bastonetes 2%. Na+ 136; K + 3,6; Ca +2 8,9; Mg +2 2,0; P 3,5; Cl - 108. Uréia 37; Creatinina 0,6.
Albumina 3,2; TGO 23; TGP 36; Bilrr. Tot. 1,0; Bilrr. Dir. 0,2; Bilrr. Ind. 0,52; FA 90; GAMA GT 42; PCR 2,5.
Dados de controle: ∆DXT 83-138; ∆T°C 36 – 38°C; Diurese: 1450ml/dia; Vômitos: ausente; Fezes: 1x(2+)
pastosas de coloração amarelada (segundo relato da enfermagem). Checado 3 frascos de nutrição enteral (sem
sobras ou intercorrências).
Avaliação Subjetiva Global:
Paciente classificado como Subnutrição Moderada ou com risco de subnutrição, nível de assistência nutricional
terciário.
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
Dados Antropométricos:
% Perda de peso= sem perda de peso
Peso habitual (relato acompanhante)= 70kg Altura(semi envergadura)=1,70m
Peso atual(relato acompanhante)= 70kg IMC= 20,58Kg/m2 – eutrofia
Adequação da Circunferência do braço (CB)= 95% - eutrofia
Adequação da Circunferência muscular do braço (CMB)= 91,81% - eutrofia
Adequação da Prega Cutânea Tricipital (PCT)= 94% - eutrofia

A= Paciente desnutrido, recebendo Nutrição Enteral via sonda nasoenterica, dieta polimérica, normocalórica e
hiperproteica,1,2 kcal/ml, devido IOT e sedação.

P= Mantenho dieta por SNE pós-pilórica, polimérica, normocalórica e hiperproteica,1,2 kcal/ml, sendo 3
horários de 450ml, a 100ml/h, sob BIC, perfazendo o volume final de 1350ml/dia, o que corresponde a 100%
do VCT e 1,3gPTN/kg/dia. Acrescento um horário de 11g de módulo de PTN para atingir 1,5gPTN/kg/dia.
REFERÊNCIAS
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Science.;7:Doc22. 2009

AGUILAR-NASCIMENTO, J.E., DOCK-NASCIMENTO, D.B. Vias de Acesso Nutricao Enteral. In: WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral,
enteral e parenteral na prática clínica. 4° Ed. São Paulo: Atheneu, 2009.

ALVES, C.C., WAITZBERG, D.L. Indicações e técnicas de ministração em Nutricao Enteral. In: WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral,
enteral e parenteral na prática clínica. 4° Ed. São Paulo: Atheneu, 2009.

ASPEN. American Society for Parenteral and Enteral Nutrition. Guidelines for the use of parenteral and enteral nutrition in adult and
pediatric patients. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition (JPEN), v.26, p1-138, 2002.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria MS/SNVS nº 272, de 8 abril de 1998. Regulamento técnico para terapia de
nutrição parenteral. Disponível em:< http://portal.anvisa.gov.br>. Acesso em: 15 nov. 2017.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC no 63, de 6 de julho de 2000. Regulamento técnico para terapia de
nutrição enteral. Disponível em:< http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2000/63_00rdc.htm >. Acesso em: 15 nov. 2017.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do
recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
REFERÊNCIAS
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KREYMANN, K.G. et al. ESPEN Guidelines on Enteral Nutrition: Intensive Care. Clin Nutr. v.25, p.210-23, 2006.

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