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- Pacientes que apresentam ingestão oral abaixo das necessidades para manter seu
estado nutricional e de hidratação;
- Pacientes em que a nutrição oral está temporariamente ou definitivamente
impossibilitada;
- Pacientes que não conseguem atingir 60% do VCT em um período de 5 a 7 dias.
(doença inflamatória intestinal, queimaduras, neuropatias, desnutrição,
disfagia, paciente gravemente enfermo com múltiplas enfermidades,
quimioterapia e radioterapia)
Vasconcelos, M. I. L. 2005
Terapia Nutricional Enteral
Contra-indicações
• Oral
• Por sonda
• Naso/orogástrica
• Naso/oroenteral: duodeno ou jejuno
• Ostomias
• Gastrostomia
• Jejunostomia
Método de administração
Macronutrientes Micronutrientes
NECESSIDADES DADOS
ENERGÉTICAS ANTROPOMÉTRICOS
DADOS DIETA
DADOS INFUSÃO
EVOLUÇÃO
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
1º Passo: Preencher o cabeçalho da planilha de cálculo de nutrição enteral.
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
2º Passo: Preencher com os dados antropométricos do paciente.
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
3º Passo: Definir as necessidades energéticas e proteicas
VCT = 1760 kcal/dia
PTN= 105,6 g/dia - 1,5 g PTN /Kg/dia
Paciente Crítico
-ESPEN 2006:
Calorias: Fase aguda inicial: 20 a
25 kcal/kg de peso corporal/dia;
Proteína: 1.3-1.5g//kg/dia
-ASPEN 2016:
Calorias: Calorimetria ou 20 a 25
kcal/kg/dia;
Proteína: 1,2-2,0 g/kg de peso
corporal atual/dia;
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
4º Passo: Preencher o valor calórico a ser ofertado
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
5º Passo: Definir a dieta a ser prescrita
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
6º Passo: Preencher no formulário a densidade da dieta escolhida e a meta calórica.
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
7º Passo: Preencher a quantidade de frascos,definir o volume a ser infundido de acordo
com cada meta estabelecida e preencher com a quantidade de horas para correr a dieta.
Terapia Nutricional Enteral – Cálculo
8º Passo: Preencher de acordo com o volume da dieta a quantidade de proteína,
carboidrato e lipídeo a ser ofertado.
• Meta nutricional
Acesso venoso periférico
• Recuperação nutricional
• Crescimento
• Manutenção Acesso venoso central
Tipos de sistema
2 em 1 aminoácidos
glicose
aminoácidos
3 em 1 glicose
lipídeos
Composição
Macronutrientes Micronutrientes
- Calorimetria
- Direta
- Indireta
- Fórmula de bolso
Gastroenterology, 2001;121:970
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Proteínas
Principal função:
Manter o balanço nitrogenado, evitando que a musculatura seja utilizada na
neoglicogênese.
Recomendação adulto:
de 0,8 a 2,5g/ kg/ dia
Guidelines
Valor calórico:
1 g de proteína = 4 kcal
Fontes:
Solução padrão de aminoácidos 10%
(1L – 100g de proteína)
Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009
Raymond, J.L., et al. 2012
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Proteínas
ORGANIZAÇÃO DIRETRIZ
ESPEN 2009 - Home Parenteral Nutrition
Manutenção ou adulto sem estresse 0,8 a 1,0g/kg/dia
Catabolismo ou adulto estressado 2g/kg/dia
IMC (30-40Kg/m²) Utiliza-se aproximadamente 75% do valor estimado do peso
corporal ideal
IMC (> 50kg/m²) Utiliza-se aproximadamente 65% do valor estimado do peso
corporal ideal
ASPEN 2016 - Paciente Crítico 1,2-2,0 g/kg de peso corporal atual/dia, podendo ser maior para
pacientes queimados e politraumatizados;
IMC entre 30-40 kg/m2 2,0g/kg de peso ideal/dia;
IMC ≥40 kg/m2 2,5g/Kg peso de ideal/dia
ESPEN 2006 - Paciente Crítico Recomenda 1.3-1.5g//kg/dia, podendo ser maior em pacientes
portadores de queimaduras e traumatismos.
Paciente crítico a 1,2 a 1,5g/kg/dia a
Paciente estável a 0,8 a 1,5g/kg/dia a
Fonte: ASPEN, 2016; STAUN, M. et.al. 2009; Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009a
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Carboidratos
Principal função:
Checar as glicemias anteriores
- É utilizada pelo SNC, hemácias, rins e leucócitos.
(maiores que 180mg/dL)
- Preservar proteína corporal e massa muscular
Recomendação adulto:
Valor Calórico:
ORGANIZAÇÃO DIRETRIZ 1 g de glicose anidra = 3,85 kcal
1 g de glicose monohidratada = 3,4 kcal
ESPEN 2009 3 a 6 g/kg/dia
ASPEN 2002 7 g/ kg/dia
Pacientes graves a < 4 mg/kg/min A Waitzberg,
D.L., Nogueira, M.A. 2009
Paciente estáveis a < 7 mg/kg/min ESPEN, 2009
ASPEN 2002
Fontes de Carboidratos: Raymond, J.L., et al. 2012
Principal função:
- Suprir as necessidades do organismo em ácidos graxos essenciais
Recomendação adulto:
- As necessidades de lipídios variam entre 1,0 - 1,5 g/kg de peso corpóreo;
- Em geral, representam 20 a 40% da energia não-proteica total;
- ESPEN recomenda 1g/kg/dia
- A quantidade de lipídeos é definida pelo nível de triglicérides, pela função
hepática e pela presença ou não de infecção.
Valor Calórico:
- 1 g de lipídeos = 9,5 a 9,75 kcal
Waitzberg, D.L., Nogueira, M.A. 2009
Raymond, J.L., et al. 2012
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Lipídeos
Fontes de lipídeos:
- As emulsões à base de óleo de soja atendem aos requisitos energéticos e ácidos graxos essenciais.
- As emulsões contendo óleo de peixe podem fornecer efeitos anti-inflamatórios e oferecer uma abordagem direcionada em estados
de doença específicos.
- Pesquisas adicionais são necessárias em pontos finais clínicos relevantes, e recomendações claras sobre o uso clínico de diferentes
emulsões não podem ser dadas neste momento.
- A hipertrigliceridemia induzida por infusão lipídica geralmente pode ser controlada pela redução da dose. Se a
hipertrigliceridemia (TG> 400 mg/dL) ocorrer com infusão contínua, a dose de emulsão lipídica deve ser reduzida, e em casos de
hipertrigliceridemia grave (TG> 1000 mg/dL) a dose deve ser interrompida.
- Durante os primeiros dias de infusão, os níveis plasmáticos de triglicerídeos devem ser monitorados para que a dose possa ser
modificada, se necessário.
Terapia Nutricional Parenteral - Macronutrientes
Lipídeos
- As emulsões lipídicas baseadas em óleo de soja foram o principal suporte das formulações de lipídios parenterais durante décadas
são o protótipo de lipídios de primeira geração, possuem altas concentrações de ω-9, e a proporção de ω-6: ω-3 é estimada em 7: 1
- A literatura emergente indicou que há benefícios para a utilização de lipídios alternativos, como formulações à base de azeitona /
base de soja, e lipídios combinados, como a soja / TCM / azeite / óleo de peixe, em comparação com lipídios à base de soja, pois
têm menos propriedades inflamatórias, são imunomoduladores, têm maior conteúdo antioxidante, diminuem o risco de colestase e
melhoram os resultados clínicos em certos subgrupos de pacientes.
- As diretrizes ASPEN sugerem que o risco de efeitos adversos aumenta quando o nível sérico de TG excede 400 mg/dL. Vários
estudos sugerem que esta mudança deve começar com uma redução da dextrose, seguida de uma redução na provisão de lipídios,
caso os níveis séricos de TG não se normalizarem dentro de uma semana.
Oferta de SMOF
Soluções de oligoelementos
Uso adulto: Zn2+, Cu2+, Cr3+, Mn2+
Cada 1 mL contém:
2,5 mg de zinco, 0,8 mg de cobre, 0,4 mg de manganês e 10 mcg de cromo.
Oligoelemento e Zinco:
Polivitamínicos
Dose usual/adulto
• 1 ampola = 5ml
Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes
Polivitamínico A
(Excipientes: Hidroxiestearato de Macrogol, BHT, BHA, ácido cítrico, hidróxido de sódio, álcool etílico 95%)
1 – 3.300 UI de vitamina A equivale a 1,82 mg
2 – 200 UI de vitamina D3 equivale a 5,0 μg
3 – 10 UI de vitamina E equivale a 10 mg Inpharma Laboratórios Ltda
Terapia Nutricional Parenteral - Micronutrientes
Polivitamínico B
OFERTA DE
MACRONUTRIENTES
OFERTA DE
MICRONUTRIENTES,
OLIGOELEMENTOS,
VITAMINAS E ÁGUA
INFUSÃO
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
CABEÇALHO
NUTRIÇÃO
ENTERAL
PROPOFOL
OFERTA DE
MACRONUTRIENTES
OFERTA DE
MICRONUTRIENTES
OFERTA
OLIGOELEMENTOS
VITAMINAS
SMOF
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
1º Passo: Anotar os resultados dos exames laboratoriais
• UTI Adulto: os resultados dos exames são sempre do dia.
• Clínicas: os resultados dos exames são sempre do dia anterior.
- Hemograma
- Glicose
- Íons: Na+, K+, P+, Mg+2, Ca+2, Cl-
- Ureia, creatinina
- Hemograma
- Bilirrubinas totais e frações
- TGO, TGP
- Fosfatase alcalina e Gama GT
- PCR
- Triglicérides e colesterol
- Albumina e proteínas totais
- TAP/TTPa
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
Monitorização Paciente Novo
Para iniciar NP Paciente Estável
Laboratorial ou Instável
Ureia, Creatinina x Diário Seg- Qua- Sex
Sódio x Diário Seg- Qua- Sex
Potássio x Diário Seg- Qua- Sex
Cálcio x Diário Seg- Qua- Sex
Magnésio x Diário Seg- Qua- Sex
Fósforo x Diário Seg- Qua- Sex
Cloro x Diário Seg- Qua- Sex
Diário
Glicose x Seg- Qua- Sex
(glicemia capilar 4x/dia)
TGO, TGP x Seg Seg
Bilirrubina Totais e frações x Seg Seg
Fosfatase Alcalina, Gama GT x Seg Seg
TAP, TTPA x Seg Seg
Hemograma x Seg- Qua- Sex Seg
PCR x Seg- Qua- Sex Seg
Albumina e Proteinas Totais x Cada 15 dias Cada 15 dias
Triglicérides x A cada ↑ de lipídeo na NP Seg
Colesterol x A cada ↑ de lipídeo na NP Seg
Gasometria x De acordo com o caso clínico
Balanço Nitrogenado Às Seg. (1x/sem) após iniciar a NP
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
2° Passo: Coletar os dados da folha de choque.
- Insulina: altas doses pode ser necessário diminuir a oferta de glicose na NP (discutir com o
médico).
- Definir o peso a ser utilizado (Peso atual, Peso ideal, Peso estimado, Peso ajustado);
- Determinar o valor energético (Kcal total) a ser ofertado (Kcal/Kg/dia, Harris-
Benedict);
- Definir a oferta proteica (g PTN/Kg/dia);
Seguir os GUIDELINES
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
HC– UFU
- Polivitamínicos A: 5ml/dia
- Polivitamínicos B: 5ml/dia
- Oligoelementos: 2ml/dia
Terapia Nutricional Parenteral - Como iniciar
Validade
Paciente R.T.A, 28 anos, sexo masculino, solteiro, natural de Uberlândia –MG, vítima
de acidente automobilístico no dia 16/09, deu entrada no HC- UFU, com
rebaixamento do nível de consciência sendo submetido a IOT, VM e sedação contínua
em uso de noradrenalina a 25ml/h, vasopressina 6ml/h, realizado tomografia
evidenciando quadro de TCE grave.
Exemplo 1
Altura = 1,77m (semi envergadura) Cabelo: sem alterações específicas Temperatura: 36.2 – 36.5ºC
Peso atual = sem relato Pele: bem hidratada Glicemia: 89; 90; 100mg/dL
Peso ideal = 72,1Kg (IMC médio) Língua: paciente com colar cervical Diurese: 1500ml/ 24 horas
impedindo/dificultando a abertura da Fezes: ausentes
boca Vômitos: ausentes
Unhas: normais, sem alterações Nora: 25ml/h
Abdome: distendido, sem RHA Vaso: 6ml/h
Exemplo 1
Exames laboratoriais Data
Referência
16/09/2017
Leucócitos 18,2 3,5 – 10,5 mil/mm3
Hemácias 4,6 4,3 – 5 milhões
Hemoglobina 13,6 12,0 – 15,5 g%
Hematócrito 38,0 35 – 45%
Plaquetas 299 150 – 450 mil/mm3
Linfócitos 2553 900 – 2900/mm3
Bastonetes 2 Até 710/mm3
Ureia 30,5 16,6 – 48,5 mg/dL
Creatinina 0,85 0,5 – 0,9 mg/dL
Sódio 137 134 – 145 mEq/L
Potássio 4,73 3,5 – 5,5 mEq/L
Magnésio 2,5 1,6-2,6 mg/dL
PCR 2,0 < 0,5 mg/dL
Albumina 3,99 3,97-4,95 g/dL
Bilirrubina total 0,9 Até 1,2 mg/dL
Bilirrubina direta 0,1 Até 0,20 mg/dL
Bilirrubina indireta 0,12 Até1,0 mg/dL
Lactato 5,15 0,36-0,75 mmol/L
Exemplo 1
1º dia (16/09):
Paciente Crítico
2º dia (17/09):
-ESPEN 2006:
-Fazer
Calorias: cálculo
Fase de dieta
aguda inicial: 20 a 25 kcal/kg de
Dieta por SNE, polimérica , normocalorica e hiperproteica,1,2
enteral.
peso corporal/dia;
kcal/ml, sendo 3 horários de 150ml, a 30ml/h, sob BIC, perfazendo
Proteína: 1.3-1.5g//kg/dia
- Iniciar
o volume dieta
final enteraloem
de 450ml/dia, 30% a 30% do VCT e
que corresponde
0,4gPTN/kg/dia.
do VCT
-ASPEN 2016:
Calorias: Calorimetria ou 20 a 25 kcal/kg/dia;
Proteína: 1,2-2,0 g/kg de peso corporal atual/dia;
Exemplo 1
3º dia (18/09):
- Checar exames laboratoriais.
- Checar parâmetros da folha de choque (glicemia, temperatura, fezes, diurese,
vômitos...). Exames laboratoriais Data
Referência
18/09/2017
Leucócitos 17,1 3,5 – 10,5 mil/mm3
Hemácias 4,5 4,3 – 5 milhões
Paramêtros Hemoglobina 13,7 12,0 – 15,5 g%
Temperatura: 36.2 – 36.4ºC Hematócrito 38,6 35 – 45%
Glicemia: 82; 85; 100 mg/dl Plaquetas 311 150 – 450 mil/mm3
Diurese: 1900ml/ 24 horas Linfócitos 2500 900 – 2900/mm3
Bastonetes 2 Até 710/mm3
Fezes: 1x (2+) Ureia 25,0 16,6 – 48,5 mg/dL
Vômitos: ausentes Creatinina 0,60 0,5 – 0,9 mg/dL
Abdome: sem distensão, com Sódio 135 134 – 145 mEq/L
presença de RHA Potássio 4,20 3,5 – 5,5 mEq/L
Nora: 8ml/h Magnésio 2,2 1,6-2,6 mg/dL
Vaso: sem uso PCR 1,0 < 0,5 mg/dL
Exemplo 1
Conduta Nutricional
3º dia (18/09):
- Evoluir para 60% do VCT
4º dia (19/09):
- Evoluir para 100% do VCT
Dieta por SNE, polimérica , normocalorica e hiperproteica,1,2
kcal/ml, sendo 3 horários de 500ml, a 100ml/h, sob BIC,
perfazendo o volume final de 1500ml/dia, o que corresponde a
100% do VCT e 1,3gPTN/kg/dia.
Exemplo 1
5º dia (20/09):
- Checar exames laboratoriais.
- Checar parâmetros da folha de choque (glicemia, temperatura, fezes, diurese,
vômitos...). Exames laboratoriais Data
Referência
20/09/2017
Leucócitos 9,2 3,5 – 10,5 mil/mm3
Hemácias 4,5 4,3 – 5 milhões
Paramêtros Hemoglobina 13,7 12,0 – 15,5 g%
Temperatura: 36.1 – 36.3ºC Hematócrito 38,6 35 – 45%
Glicemia: 84; 86; 100 mg/dl Plaquetas 305 150 – 450 mil/mm3
Diurese: 2100ml/ 24 horas Linfócitos 2450 900 – 2900/mm3
Bastonetes 2 Até 710/mm3
Fezes: 1x (2+) Ureia 26,0 16,6 – 48,5 mg/dL
Vômitos: ausentes Creatinina 0,66 0,5 – 0,9 mg/dL
Abdome: sem distensão, com Sódio 135 134 – 145 mEq/L
presença de RHA Potássio 4,21 3,5 – 5,5 mEq/L
Nora: 5ml/h Magnésio 2,3 1,6-2,6 mg/dL
Vaso: sem uso PCR 0,5 < 0,5 mg/dL
Exemplo 1
Conduta Nutricional
5º dia (20/09):
-Acrescentar módulo para
atingir 1,5g PTN/kg/dia
• Durante o procedimento foi visualizado múltiplas aderências + lesão de delgado, sendo submetida a
enterorrafia.
• Após três dias da alta apresentou disúria, dor abdominal evoluindo com queda do estado geral e vômitos.
• Deu entrada novamente no HC no dia 12/10 apresentando quadro compatível de choque séptico.
PO de histerectomia + enterrorafia
PO de LE com enterectomia de 80 cm de íleo terminal + apendicectomia + fístula
mucosa + ileostomia
Exemplo 2
Dados antropométricos Exame físico Folha de controle
-ASPEN 2016:
Conduta Nutricional
Calorias: Calorimetria ou 20 a 25 kcal/kg/dia;
Proteína: 1,2-2,0 g/kg de peso corporal atual/dia;
• Nutrição Parenteral devido a múltiplas fístulas o que torna inviável a utilização de
nutrição enteral para essa paciente.
• Iniciar NPT com cautela e evoluir progressivamente.
• Estabelecer as necessidade calórica e proteicas da paciente.
• Checar a infusão de soro glicosado (1 esquema de 200mL de soro glicosado 50%
→ 100g de glicose)
• Checar se houve escapes de dextro (sem escapes nas últimas 24horas)
Exemplo 2
Exames laboratoriais Data
Referência
Exemplo 2 Hemácias
Hemoglobina
Hematócrito
4,25
11,7
32,8
4,3 – 5 milhões
12,0 – 15,5 g%
35 – 45%
Plaquetas 210 150 – 450 mil/mm3
Linfócitos 1638 900 – 2900/mm3
Folha de controle Bastonetes 2 Até 710/mm3
Ureia 41,7 16,6 – 48,5 mg/dL
Creatinina 0,50 0,5 – 0,9 mg/dL
Temperatura: 36.2 – 36.7ºC
Sódio 137 134 – 145 mEq/L
Glicemia: 90- 125mg/dL Potássio 4,03 3,5 – 5,5 mEq/L
Diurese: 1800ml/ 24 horas Magnésio 2,6 1,6-2,6 mg/dL
Fezes: 1x (2+) Fósforo 3,16 2,5-4,5 mg
Vômitos: ausentes Cálcio 6,78 8,8-10,2 mg/dL
Cloro 97 97-111 mEq/L
Nora: 29ml/h Fosfatase Alcalina 77 35-104 U/L
Vaso: 6ml/h TGO 62,0 10-35 U/L
Fentanil: 5ml/h TGP 18,80 10-35 U/L
CPK 105 <170
Triglicerídeo 136 <150mg;dL
PCR 9,0 < 0,5 mg/dL
Albumina 1,53 3,97-4,95 g/dL
Bilirrubina total 1,84 Até 1,2 mg/dL
Bilirrubina direta 1,86 Até 0,20 mg/dL
Bilirrubina indireta 0,12 Até1,0 mg/dL
Lactato 3,5 0,36-0,75 mmol/L
Exemplo 2
Exemplo 2
Exemplo 2
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
RESOLUÇÃO CFN N° 304/2003
DISPÕE SOBRE CRITÉRIOS PARA PRESCRIÇÃO DIETÉTICA NA ÁREA DE NUTRIÇÃO CLÍNICA E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 4o. O registro da prescrição dietética deve constar no prontuário do cliente-paciente, de acordo com os
protocolos pré-estabelecidos ou aceitos pelas unidades ou serviços de atenção nutricional, devendo conter data,
Valor Energético Total (VET), consistência, macro e micronutrientes mais importantes para o caso clínico,
fracionamento, assinatura seguida de carimbo, número e região da inscrição no CRN do nutricionista
responsável pela prescrição.
Art. 5o. O registro da evolução nutricional deve constar no prontuário do cliente-paciente, de acordo com os
protocolos pré-estabelecidos, devendo conter alteração da ingestão alimentar, avaliação da tolerância digestiva,
exame físico, antropometria, capacidade funcional e avaliação bioquímica.
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
- Consiste de um método que ajuda a organizar as informações a fim de estabelecer
a conduta mais apropriada para a evolução dietoterápica.
- Alterações no apetite;
- Sintomas referidos;
- Doenças referidas;
- Consumo alimentar referido;
- Queixas relacionadas à influência da internação à alimentação
- Outros
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
- Dados objetivos: São os dados mensuráveis, os sinais e sintomas observados, os
resultados de exame físico e/ou resultados dos exames complementares, bem como as
drogas utilizadas (interação droga/nutrientes), os cuidados prescritos, o tratamento em
andamento, orientações, etc
- Hipóteses diagnósticas;
- Exames laboratoriais;
- Sintomas observados (relacionados ao TGI);
- Conferir funções do TGI (digestão, vômitos, frequência e características das evacuações, hábito
urinário);
- Alteração na ingestão de alimentos (qualificar e/ou quantificar);
- Indicadores de evolução clínica (temperatura, pressão arterial, glicemia, etc)
- Interação droga/nutrientes;
- Alteração de peso;
- Anorexia;
- Outros
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
- Análise: explica e interpreta os significados das informações colhidas, ajudando a
definição do problema, avaliando ao mesmo tempo a evolução da conduta adotada
e identificando novos problemas.
- A analise dará subsídios para a prescrição da dieta.
- Deverá justificar as características físicas e químicas da dieta prescrita.
- Diagnóstico nutricional;
- Condições gerais e clínicas do paciente (justifique manutenção ou mudança na dieta);
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
- P = Plano Dietoterápico: é a conduta a ser tomada, baseada nos dados colhidos
- Deve considerar:
- Via da dieta
- Consistência da dieta;
- Composição (PTN, CHO, LIP ...)
- Suplementações
S= Paciente submetido a IOT e sedação contínua, restrito ao leito, sem acompanhante no momento da visita.
O= Paciente vitima de acidente automobilístico, com rebaixamento do nível de consciência sendo submetido a
IOT, VM e sedação contínua, com diagnostico de TCE grave.
Exames laboratoriais: Leucócitos 10,4; Hemácias 2,89; Hemoglobina 11,3; Hematócrito 42; Plaquetas 837;
Linfócitos 1456; Bastonetes 2%. Na+ 136; K + 3,6; Ca +2 8,9; Mg +2 2,0; P 3,5; Cl - 108. Uréia 37; Creatinina 0,6.
Albumina 3,2; TGO 23; TGP 36; Bilrr. Tot. 1,0; Bilrr. Dir. 0,2; Bilrr. Ind. 0,52; FA 90; GAMA GT 42; PCR 2,5.
Dados de controle: ∆DXT 83-138; ∆T°C 36 – 38°C; Diurese: 1450ml/dia; Vômitos: ausente; Fezes: 1x(2+)
pastosas de coloração amarelada (segundo relato da enfermagem). Checado 3 frascos de nutrição enteral (sem
sobras ou intercorrências).
Avaliação Subjetiva Global:
Paciente classificado como Subnutrição Moderada ou com risco de subnutrição, nível de assistência nutricional
terciário.
MÉTODO DE REGISTRO NO PRONTUÁRIO
SOAP
Dados Antropométricos:
% Perda de peso= sem perda de peso
Peso habitual (relato acompanhante)= 70kg Altura(semi envergadura)=1,70m
Peso atual(relato acompanhante)= 70kg IMC= 20,58Kg/m2 – eutrofia
Adequação da Circunferência do braço (CB)= 95% - eutrofia
Adequação da Circunferência muscular do braço (CMB)= 91,81% - eutrofia
Adequação da Prega Cutânea Tricipital (PCT)= 94% - eutrofia
A= Paciente desnutrido, recebendo Nutrição Enteral via sonda nasoenterica, dieta polimérica, normocalórica e
hiperproteica,1,2 kcal/ml, devido IOT e sedação.
P= Mantenho dieta por SNE pós-pilórica, polimérica, normocalórica e hiperproteica,1,2 kcal/ml, sendo 3
horários de 450ml, a 100ml/h, sob BIC, perfazendo o volume final de 1350ml/dia, o que corresponde a 100%
do VCT e 1,3gPTN/kg/dia. Acrescento um horário de 11g de módulo de PTN para atingir 1,5gPTN/kg/dia.
REFERÊNCIAS
ADOLPH M, HELLER AR, KOCH T, et al. Lipid emulsions – Guidelines on Parenteral Nutrition, Chapter 6. GMS German Medical
Science.;7:Doc22. 2009
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