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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE EXCELÊNCIA- UNEX

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO


ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA SOCIEDADE
SAMILY MOREIRA SANTOS

Documentário Garapa

Vitória da conquista-BA
2023
O documentário Garapa que foi lançado em 2009, sobre a direção de José Padilha,
retrata a história de três famílias no Ceará, onde as mesmas se encontram em
situações de extrema pobreza e desnutrição. Tendo apenas o mínimo para se
alimentarem, como exemplo a garapa, que é basicamente a água com açúcar.

O documentário tem como objetivo mostrar a realidade de algumas famílias


carentes que residem em locais de baixa estatura, e que tentam viver a vida com o
mínimo que tem, lutando contra a fome.
O autor tinha como proposta/objetivo fazer com que as pessoas que assistissem o
documentário pudessem ter uma visão mais clara e real acerca dos temas
abordados, mostrando principalmente a falta de igualdade social e também a luta
diária de ambas as famílias para se manterem vivas. Fazendo com que assim a
empatia pudesse ser despertada.

Com duração de 1h50 minutos o documentário é dividido em diversas partes, onde


em cada uma delas mostra a luta diária de cada família de forma alternada, mas
sempre visando a desnutrição e a falta de recursos. Evitando ao longo do
documentário narrações, trilhas sonoras ou entrevistas, e sim uma análise
silenciosa da vida dessas famílias.

O documentário foi dirigido por José Padilha, que é um renomado roteirista, diretor e
produtor brasileiro. Nascido em 1º de agosto de 1967, no Rio de Janeiro. Conhecido
por seus filmes Tropa de Elite 1 e 2 e Narcos, conhecido também por abordar temas
sociais e políticos de forma provocativa em seu trabalho, causando discussões.

O documentário Garapa aborda questões sociais e econômicas, tais quais:


Desigualdade social, desnutrição, políticas sociais, entre outras. As famílias relatam
a dura realidade em que vivem, e como é difícil conseguirem algo para se
alimentarem, muita das vezes o pouco que conseguem obter para se alimentarem é
por meio de doações, ou se tiverem dinheiro para comprar ao menos o feijão.
Dinheiro que se é obtido quando os pais conseguem fazer uns "bicos", mas nem
sempre com o dinheiro que recebem conseguem comprar as coisas, às vezes
somente o açúcar para fazer a Garapa, que muita das vezes é a única fonte de
nutrição para as crianças nessas situações.

É perceptível a ausência de apoio do governo, a falta de suporte com as famílias em


questão e a falta de acessibilidade que algumas famílias têm por morarem mais
distantes da zona urbana, sendo assim sofrem mais com a privação de acesso a
serviços básicos, como saúde e até mesmo educação. Além disso, focar somente
na vivência das famílias, sem ao mínimo oferecer soluções ou ajuda, acaba
deixando o espectador com uma sensação de incompetência.

O documentário tem um público-alvo diversificado, como: Professores, ativistas


sociais, políticos e legisladores, estudantes e acadêmicos, já que aborda temas de
suma importância para ambas as áreas. Recomenda-se que esse documentário
seja exibido em locais educacionais, como universidades e escolas, fazendo com
que os alunos reflitam sobre as questões abordadas, a disponibilização do
documentário em bibliotecas também seria importante para outras pessoas
acessarem.
Vale destacar que o documentário pode ser desconfortável para algumas pessoas,
em virtude da representação clara da pobreza e da fome. Portanto, é importante
apresentá-lo de maneira sensível para o público mais jovem.

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