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Terapia nutricional COVID

 Em tratamento:
Avaliar fatores de risco.
Oferecer aporte adequado de energia, ptn e micronutrientes – prevenir desnutrição e
melhorar sistema imune.
15 – 25 kcal/kg
1,5 – 2,0 g/kg de ptn , ambos em progressão.
 Enfermaria:
a) IDOSOS e POLIMÓRBIDOS:
30 kcal/kg – idosos
27 kcal/kg – polimob. E idosos
30 kcal/kg – polimorb. E baixo peso
PTN: 1g/kg para idosos e >= 1g/kg polimorb.
Suplementar vitaminas e minerais: A, D, C, E, B6, B12, folato, Zn, Se, Cu, Fe e
Mg.
H2O: 30 – 40 ml/kg.
Suplementar nas primeiras 24/48h para quem tem maior risco de desnutrição,
idosos ou polimorb. Com 400 kcal/dia e 30g ptn, por pelo menos 1 mês.
 UTI:
Muito semelhante a qualquer paciente de UTI com comprometimento pulmonar.
Definir meta de energia e ptn, avaliando necessidade de NE, NP, presença de
disfagia.
Aumentar aporte proteico e estimular a mobilização (disfagia).
Pacientes ainda não intubados que não atinjam a meta energética: suplementos
orais. Caso necessário, NE ou NP.
a) ENTUBADOS e com VENTILAÇÃO MECÂNICA:
Alimentação iniciada com baixa dose de EM (hipocalórica) avançando
gradativamente até 15 – 20 kcal/kg.
Se fizer uso do anestésico propofol, contar calorias extras (1,1 kcal/ml).
PTN: 1,2 – 2,0 g/kg. Na fase crítica: 1,3 g/kg e obesos tbm.
Monitorar: glicose (108 a 144 mg/dl), TG e fostato, potássio e magnésio.
b) PÓS-VENTILAÇÃO:
Disfagia é bem comum.
Modificar textura dos alimentos para facilitar deglutição.
NE para adaptar.
 Reabilitação:
1) Ansiedade, distúrbio do sono, estomatites, alterações do peso: mudanças no
estado nutricional. Alimentos fontes de triptofano, que promovem síntese de
serotonina e melatonina. Chás calmantes (camomila, melissa, mulungu, passiflora,
valeriana – 1 cc cada pra 1 xic). Atividades físicas. Consumir menos café, bebidas
estimulantes, chá verde e preto. Evitar infos negativas. Reduzir doces e CHO
refinados. Sono regular.
2) Distúrbio de sono: alta ingestão de bebidas açucaradas e cafeína. Chás calmantes,
reduzir bebidas estimulantes após almoço. Reduzir açúcar. Consumir alimentos
com triptofano no jantar: vegetais, oleaginosas, sementes, bananas, kiwis, cereja,
aveia, chocolate amargo, leite, iogurtes naturais com baixa gordura.
3) Peso: perda ou ganho de massa corporal ou fluidos. Correção de fatores causais.
Conscientizar sobre alimentação saudável, fracionar a dieta em 6 a 8 refeições/dia.
Aumentar legumes e carnes. Priorizar temperos naturais. Aumentar densidade
energética e usar suplementos nutricionais hipernergéticos e hiperprotéicos (pra
perder peso).
4) Alterações de olfato e paladar: hidratação oral. Aumentar fracionamento da dieta
e reduzir volume por refeições. Caso necessário usar flavorizantes e aromas.
Sabores mais fortes. Temperaturas mais elevadas para estimular outros sentidos.
Fontes de zingo em todas as refeições: aves, carnes vermelhas, frutos do mar,
nozes, semente de abobora, gergelim, feijão e lentilha.
5) Estomatites/fissuras orais: Modificar textura dos alimentos, evitar secos, duros e
picantes. Temperatura ambiente, fria ou gelada. Reduzir sal. Não ofertar líquidos e
temperos abrasivos.
6) Cansaço respiratório: Consistencia da dieta branca, pastosa ou liquida-pastosa.
Aumentar fracionamento da dieta e reduzir volume. Aumentar densidade
nutricional. Quando necessário usar complementos hipercalóricos ou
hiperprotéicos. Chás: limao, gengibre, canela, cúrcuma, hortelã. Podem aliviar a
congestão nasal.
7) Disfagia pós intubação: Alterar consistência da dieta de acordo com fono e
aceitação. Uso de espessantes para disfagias a líquidos, líquidos-pastosos e
pastosos. Para disfagia de sólidos, orientar ingerir pequenos volumes de líquidos
com as refeições. Evitar secos.

 Possiveis sequelas cardíacas: miocardite, arritmias, insuficiência cardíaca aguda,


síndromes coronárias agudas.
 Sequelas pulmonares (tosse crônica, fibrose pulmonar, bronquiectaisa e doença
vascular pulmonar).
 Alterações na função cognitiva
 AVC
 Trombose, ansiedade, parosmia (alterações no olfato), inflamação no fígado, diabetes
e epididimite.

 TN depende do estado de saúde do paciente e suas necessidades nutricionais.


 Desnutrição é frequente.
 Reabilitação pulmonar, correção da hipoxia, terapia medicamentosa, controle
inflamatório, mudança de hábitos.
 Vitamina A: renovação de células epiteliais e produção de muco nos tratos
respiratórios e intestinais.
 Vitamina D: atua em processos inflamatórios imunomediadores.
 Vitamina E: antiox e imunomoduladora.
 Zn: anti-inflamatorio, inibe sinalização de NF-kB e modula funções regulatórias das
células T.
 Gordura:CHO adaptadas levando em consideração uma proporção entre 30:70 de
energia LIP e CHO sem deficiência respiratória, e 50:50 para ventilação mecânica.
 Se: antiox.

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