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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS


DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
NUTRIÇÃO ANIMAL
Professor: Leonir Luiz Pascoal

OBSERVEM COM ATENÇÂO ESTES DEZ ITENS PARA ENTENDER A MORAL DO QUESTIONÁRIO
QUE É UM FACILITADOR, NA VERDADE É UM SALVADOR DA PÁTRIA
1- Estas 200 questões já entraram em provas e exames na zootecnia e na veterinária nos últimos 14 semestres
(2008 a 2014), dentre estas seleciono conforme está soprando o vento e largo na prova;
2- Um dos motivos pelos quais estas questões são passadas a vocês é para que não percam tempo buscando
provas dos semestres passados, outro é para que as respondam baseados no que foi discutido em aula e
tenham exata consciência do estilo de perguntas que utilizo. Um terceiro motivo é para que aprendam melhor
e com maior facilidade, já que as questões estão ordenadas dentro da sequência da disciplina;
l3- As questões que envolvem números e cálculos obviamente têm seus valores e incógnitas alterados a cada
prova, portanto terão que apelar para o “raciocínio” dos problemas e não para o “decoracínio”;
4- Existem questões similares ou até de resposta idêntica, isto porque as abordei de forma diferente em cada
semestre. “Primeiro raciocine” e só “depois fulmine”, assim as identificará facilmente;
5- Também é possível que nas provas eu forneça apenas a resposta e peça para que você construa a pergunta
apropriada, onde será avaliada a qualidade do enunciado que produzirás;
6- Todas as respostas destas questões estarão respondidas aqui ou serão passadas em aula ou encontradas na
bibliografia passada no e-mail da turma;
7- Nem só destas questões serão suas provas, também entram conhecimentos sobre as planilhas de cálculos de
dietas para 8 espécies, os três textos técnicos e os três artigos científicos que foram vistos em aula e enviados
para o e-mail da turma. Isso muda a cada semestre seu mirim. Não seja verdinho;
8- Algumas questões têm propositadamente enunciado longo porque é uma maneira de ensinar na própria
pergunta. É uma forma de clarear melhor as coisas e abrir os limites do sem luz;
9- Não se baseiem unicamente nas respostas que já existem dos anos anteriores porque algumas estão
incompletas e também porque semestralmente as questões são reformuladas e surgem outras novas;
10- Observaram que as questões são sempre discursivas ou de cálculos. Às vezes as corrijo por metro, desde
que escreva dentro do assunto perguntado. Outros professores fazem provas de marcar, de V ou F, de
completar, de interpretar gráficos, enfim todas as formas são importantes e ajudam a desenvolver o futuro
profissional (és tu). Eu prefiro as discursivas, mesmo que sejam mais difíceis e trabalhosas para corrigir,
porque entendo que lhes dou a liberdade de expressão, maior raciocínio na construção e na organização do
pensamento, e por fim, acho que os percebo melhor.
Letra difícil de ler certamente te tira um pouco de nota porque pesa para ler e fica difícil interpretar.
OBSERVEM COM ATENÇÂO ESTES TRÊS ITENS PARA ENTENDER
A MORAL DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO
“Quem te ama é Jesus, o professor é só um domador”.
As avaliações serão constituídas de seis itens: três provas descritivas e acumulativas sempre, dois trabalhos de
cálculo de dietas (para bovinos corte, bovinos leite, ovinos, eqüinos, aves, suínos, cães e homem) e uma
pontuação por presença.
1- As provas
a- Serão compostas sempre por 5 questões descritivas ou cálculo e sempre de conteúdo acumulativo.
Significa que a última prova pode ter somente questões de assuntos tratados na primeira prova. Procuro
colocar sempre três de cunho mais teórico e duas de cunho mais prático.
b- Se você faltar a uma ou mais provas, fará a dita, ou as ditas, junto com a última prova e com conteúdo
similar ao que seus colegas prestaram quando você faltou. Caso falte às primeiras duas terás que fazer
todas a 3 juntas no último dia, cada uma com seu respectivo conteúdo. Tudo conforme seus colegas
fizeram. Terás 4,5 horas para fazer as 3 provas.
c- Em provas atrasadas é natural e justo que eu aumente um pouco o nível de exigência porque terás mais
facilidade do que os colegas que a fizeram no dia marcado. Não acumule se puder evitar.
d- É natural também que eu procure colocar aquelas questões que vocês acham que não vão cair na prova.
Isso tem o objetivo de que vocês estudem todas indistintamente e não tentem adivinhar as que serão
eleitas ou mais prováveis em função do que foram as provas anteriores recentes.
e- Se preocupem muito em ler o enunciado completo das questões porque às vezes eu misturo uma
questão com outra e você sai lá pro lado de “tirá leite” na resposta e nem foi aquilo que eu perguntei.
f- As provas não têm “pega ratão” porque isso não é avaliar, mas tem “pega moscão” porque isso vocês
não podem ser nos concursos e nem no mercado profissional.
g- Os pesos e datas das provas e cronograma das atividades estão no arquivo C_P_P_N em Excel que está
no e-mail da turma.
2- Os trabalhos
a- Serão feitos em dupla ou individual e entregues no dia da prova, impreterivelmente.
b- O primeiro trabalho será calcular rações para bov. de corte, vacas leiteiras, ovinos e eqüinos.
c- O segundo trabalho será calcular rações para aves, suínos, cães e homem.
d- As instruções para esta atividade estão nas próprias planilhas, conforme vimos em aula.
e- Os pesos destes trabalhos estão no arquivo C_P_P_N.
3- As presenças
a- Se não tiveres faltas ganharás pontos adicionais de presente
b- Se faltar pouco não ganha e nem perde pontos
c- Se faltar muito perde pontos de sua nota conquistada (eu desconquisto de você,,,uuuoooouu)
d- Veja os pesos e detalhes no C_P_P_N que está no e-mail da turma

AQUI COMEÇA O ESTUDO DE VERDADE E ESTÁ DIVIDIDO EM 20 TÓPICOS COM 10


PERGUNTAS CADA UM TENTANDO SEGUIR O CRONOGRAMA DA DISCIPLINA
Verde: respostas tiradas do basicão
Vermelho: respostas do professor
Laranja: respostas Franciéle

1) CONCEITOS BÀSICOS
Primeiro temos que ter uma base conceitual para poder entender o assunto nutrição.
1) Você tem clareza que do ponto de vista conceitual nutrição e alimentação são coisas um pouco distintas?
Então explique objetivamente.
Nutrição é um conjunto de processos químicos, físicos e biológicos que sofre o alimento da ingestão
até a excreção, fazendo com que o organismo promova a digestão do alimento, permitindo a
absorção dos nutrientes para atender as exigências de manutenção e produção.
Alimentação é o estudo dos alimentos, engloba a escolha, o preparo e fornecimento. Na escolha
dos alimentos, devem ser considerados a palatabilidade, a composição química, a disponibilidade e
o preço, com o objetivo de que uma ração seja palatável, nutricionalmente balanceada e
econômica.
A alimentação e a nutrição animal tem por objetivo fornecer a um grupo de animais
zootecnicamente explorados todos os nutrientes para torná-los economicamente produtivos.

2) Existe diferença entre degradabilidade e digestibilidade de um alimento? Depois de explicar de um


exemplo de valor percentual hipotético em cada uma.
Degradabilidade é processo de desdobramento do alimento que ocorre a nível de rúmem.
Digestibilidade é o processo bioquímico que o alimento sofre no trato gastrointestinal, pelo qual o
animal consegue absorver os nutrientes dos alimentos. Resulta da quantidade de nutrientes ingeridos
menos a quantidade de nutrientes excretado nas fezes.

3) Qual a diferença conceitual entre refeição, dieta, ração, concentrado, volumoso, núcleo, premix?
Refeição é parte da ração fornecida cada vez ao animal.
Dieta é tudo aquilo que o animal consome por dia. Ex. silagem de milho, farelo de soja, farelo de
arroz e sal comum.
Ração é a quantidade de alimento consumido por dia capaz ou não de suprir as exigências dos
animais. Ex. 10 Kg de silagem mais 3 kg de concentrado.
Concentrado é uma mistura rica em nutrientes para ser fornecida como complemento a alimentos
de menor concentração nutricional.
Volumosos - São alimentos que contêm mais que 18 % de FB na MS;
Núcleo – constituído principalmente de microminerais para ser adicionado em uma mistura;
Premix - Pré mistura de micro minerais e vitaminas. O Premix pode conter apenas
vitaminas, sendo chamado de Premix Vitamínico, ou conter apenas micro minerais,
sendo, nesse caso, chamado de Premix Mineral.

4) Quais as outras ciências (outras áreas do conhecimento) que são necessárias conhecer porque estão
relacionadas com o estudo e a aplicação prática da nutrição? Explique. Explique eu disse, só citar resolve
pela metade. Para responder essa pergunta pense nas disciplinas que você já cursou, naquelas que tem
alguma ligação com a nutrição. Tu ainda achas que as disciplinas do ciclo básico e algumas do
intermediário não têm nada que estarem no currículo? Mirinzinho tu né?
Se não todas, a maioria das outras disciplinas estudadas se relacionam com a nutrição. Como
exemplo a bromatologia que é a principal disciplina relacionada com a nutrição, pois é com ela que
calculamos os valores nutricionais dos alimentos. A bioquímica sendo utilizada no conhecimento do
destino e função de cada nutriente no organismo animal. A matemática para fins de cálculos de dieta.
Até mesmo comportamento, entendendo o comportamento ingestivo do animal, sua capacidade de
ingestiva. Assim como todas as outras se relacionam de forma direta ou indireta com a nutrição.

5) Desempenho Animal = Genética + Meio. Descreva sobre o dito anterior e envolva a nutrição neste
cenário. Quero alertá-los que este binômio “genética+meio” vai acompanhá-los para o resto da vida
acadêmica e profissional quando forem pensar no desempenho de qualquer tipo de animal em um
determinado sistema. O desempenho das pessoas também é dependente deste binômio.
MEIO= MANEJO, NUTRIÇÃO E SANIDADE
O desempenho animal é a soma de seu genótipo com o meio em que está associado, podendo
apresentar tanto alto desempenho quanto baixo desempenho. Dessa forma um animal com baixo
valor genético em um meio de conforto e com uma nutrição adequada com certeza terá um
desempenho superior a um animal com alto valor genético criado em um meio desconfortável e
deficiente nutricionalmente.

6) O desempenho de qualquer animal é dependente de diferentes fatores, mas afirmo-lhes que são sempre
estes que devem ser levados em conta para avaliar qual o desempenho que o indivíduo em questão terá.
Desdobre o dito. Afinal, um dia irá numa fazenda analisar o porquê dos animais não estarem
desempenhando bem e terás que pensar e observar estes fatores para saber onde está o problema.

Essa é de resposta igual a da questão anterior (questão 5). A diferença é que ela foi perguntada com outras
palavras, mas é a mesma coisa. Então, observaram que a 5 é igual a 6? Se eu colocar na prova a resposta vocês
conseguirão formular a pergunta seja ela da forma que foi perguntada a 5 ou a 6 ou uma mistura das duas?

7) Descreva um texto que demonstra que o profissional que trabalha com produção animal deve conhecer a
nutrição pela sua importância técnica (melhor desempenho) e econômica (renda da operação). No mínimo
50 e no máximo 100 palavras.
Quando trabalhamos com desempenho animal temos que levar em conta diversos fatores.
Destacando o fator nutrição, o animal em condições normal de saúde é o reflexo do que consome.
Então para que um animal produza de maneira lucrativa o técnico deverá ter em mente a importância
da nutrição no resultado que o animal irá desempenhar. Assim auxiliando o produtor na decisão de
qual será o alimento e em que quantidade deverá fornecer para suprir as necessidades que o animal
possui, de forma econômica que possa trazer uma margem de lucro satisfatória.

8) O que significa “o valor nutritivo de um alimento”? Significa a mesma coisa que “o valor alimentar de
um alimento”?
a) Para saber o potencial de um alimento tudo começa pela composição química – fazer então uma Análise
pelo Método de Weende que avalia o alimento em grupos de substâncias que tem características químicas
comuns entre si (ex. PB = proteínas, peptídios, aminoácidos, aminas, amidas, nitritos, nitratos, amônia,
amônio). Se for volumoso fazer também uma análise pelo Método de Van Soest.
b) Depois temos que ver a digestibilidade deste alimento, porque não adianta ter altos teores dos diferentes
grupos químicos, mas ter baixa digestibilidade. Digestibidade é a quantidade de cada nutriente que não é
encontrado nas fezes em relação à quantidade ingerida deste nutriente.
Avaliando a composição química e a digestibilidade teremos o valor nutritivo.
c) Mas para termos o valor alimentar de um alimento precisamos de mais informações. Precisamos avaliar o
consumo potencial do alimento porque não adianta ter boa composição e alta digestibilidade se os animais
tiverem restrição em consumi-lo.

Avaliando a composição química, digestibilidade e o consumo teremos o valor alimentar.


Simplificando:
Composição e Digestibilidade = dão indicativo do Valor Nutritivo
Valor Nutritivo e Consumo = dão indicativo do Valor Alimentar
9) 10).

2) AVALIAÇÂO DOS ALIMENTOS


Não é possível calcular uma dieta balanceada se não se sabe o valor nutricional de cada alimento que comporá esta ração.
10) A) Descreva brevemente sobre os métodos usados para quantificar nutrientes de alimentos para compor
dietas de animais como (a)“Método de Weende” e de (b) “Van Soest” de forma que eu entenda que você
sabe quando usar um e/ou o outro para analisar alimentos. Desdobre suas frações e diga para que classes
de alimentos eles são indicados na nutrição de que classes de animais eles são indicados. Existem outros
métodos (c) para quantificar nutrientes?
a) Método de Weende
Proposto por Henneberg em 1894, com base nos resultados de investigações realizadas na Estação
Experimental de Weende, na Alemanha. Utilizado para analisar alimentos em geral com aplicabilidade
na formulação de dietas de monogástricos e ruminantes. O Método de Weende analisa o alimento e
os quantifica em grupos de substâncias que tem características químicas em comum conforme o
diagrama a seguir.

Figura 1 - Diagrama Método de Weende


b) Método de Van Soest
Proposto em 1965 por Van Soest, esse método considera que os constituintes das plantas podem ser
divididos conforme o diagrama a seguir:

Figura 2 - Diagrama Método de Van Soest


O principal diferencial em relação ao método de Weende é com relação à análise qualitativa da fibra
(VAN SOEST, ROBERTSON, & LEWIS, 1991) . Somente há interesse em saber a qualidade da FB
em alimentos volumosos que tem quantidade expressiva de FB, portanto o Método de Van Soest se
usa em dietas de herbívoros (ruminantes, eqüídeos, coelhos ). Ao se executar as três análises
laboratoriais descritas a seguir é possível saber a quantidade de celulose, hemicelulose e lignina de
um volumoso separadamente.

LIGNINA CELULOSE HEMICELULOSE

Fibra em Detergente Neutro – FDN

Fibra em Detergente Ácido - FDA


Lignina em Detergente Ácido -
LDA

c) Outros métodos de análise de alimentos


Existem os métodos analíticos para quantificar todos os minerais (Ca, P, Fe, Se e vai mais),
vitaminas (vitA, vitB, vitC e vai mais), açúcares (glicose, frutose, lactose e vai mais) , amido,
aminoácidos (lisina, metionina, triptofano e vai mais), ácidos graxos (linoléico, linolênico, aracdônio
e vai mais), amônia, uréia e outros compostos. Existe um número muito grande de análises.
11) B) Os métodos anteriormente citados (Weende, Van Soest e outros) são quantitativos, mas devem existir
métodos qualitativos (pense na questão 8). Quais são os principais métodos de análise qualitativa dos
alimentos utilizados em estudos científicos para avaliar o aproveitamento dos alimentos pelos animais?
a) Digestibilidade “in vivo”.
b) Digestibilidade “in vitro”.
c) Digestibilidade “nylon bag”.
d) NDT estimado (calculado) para estimar a energia
e) Aminograma para ver qualidade da proteina
f) PDR e PNDR ( Proteina Degradável e não Degradável no Rúmen)

12) Existem duas formas de classificar os alimentos que são usadas internacionalmente: uma classificação que
foi construída basicamente levando-se em conta o critério de uso destes alimentos e outra classificação
levando-se em conta a composição bromatológica destes. Descreva-as dando dois exemplos em cada uma das
classificações.

Classificação dos alimentos


Comece tua resposta assim
Existem centenas de alimentos que podem ser usados na alimentação das diferentes espécies de
animais (na verdade existem milhares de alimentos eu só não quis “forçar a amizade”), mas em cada país ou
região existem aqueles de uso mais comum pela sua disponibilidade, ausência de princípios tóxicos, qualidade
ou preço. Em função desta grande variabilidade de alimentos e da grande difusão das pesquisas e publicações
literárias que circulam pelo mundo foi necessária à criação de uma metodologia para classificar os alimentos
em grupos que guardassem alguma característica comum entre si. Assim ficaria fácil a comunicação entre
pesquisadores de todos os continentes porque o que é concentrado protéico para um é concentrado protéico
para outro em todo o planeta, e assim seria para outros grupos de alimentos. Pesquisadores teriam então uma
linguagem comum no mundo todo.
Desde 1950 foram sugeridas várias classificações baseadas em diferentes critérios como: a
complexidade do alimento, a forma de preparo, a forma de uso, a origem e outras mais. A mais aceita foi a
sugerida pelo NRC e AAFCO que depois foi adaptada por MORRISON, as quais estão descritas na sequência
que segue:
a- NRC e AAFCO (1963). O Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA (NRC) e a Associação
Americana Oficial de Controle de Alimentos (AAFCO) desde 1963 adotam a classificação em 8
grandes grupos classificando-os segundo um critério de uso na alimentação.
(1) Forragens secas e volumosas
(2) Pastos e forragens verdes
(3) Ensilados
(4) Alimentos energéticos ou basais
(5) Suplementos protéicos
(6) Suplementos minerais
(7) Suplementos vitamínicos
(8) Aditivos não nutrientes
Observação: A numeração de 1 a 8 faz parte da classificação, pois é um código que tem que estar ao
lado do grupo de alimento. Exemplo: o (3) será sempre o grupo Ensilados, o (8) será sempre o grupo Aditivos
não nutrientes.

b- MORRISON (1970). Este nutricionista fez adaptações na classificação do NRC e AAFCO


(1963), levando em conta as características bromatológicas dos alimentos, marcadamente o nível
de PB e FB expressos na MS dos alimentos. No meu entender ele não fez adaptação e sim uma
classificação nova,,,,mas enfim,,, o que diz a literatura é que ele fez adaptação, mas isso pouco
importa.
A seguir temos a classificação segundo o MORRISON (1970). Consta que ele a idealizou entre um
jogo e outro da seleção brasileira de futebol na copa de 1970,,,uuoooouuu.

As características bromatológicas que a nortearam a classificação do Tio Morrison são a quantidade de FB e PB expressas na MS,
conforme pode ser vista a seguir.

A) VOLUMOSOS (alimentos que tem mais de 20% de FB na MS)


A.1 Volumosos úmidos
- Pastagens – (pastagem nativa, pastagem exótica de verão e de inverno) - as nativas tem
média qualidade, as cultivadas geralmente são superiores, porém, o fator principal que determina a
qualidade das pastagens é o estádio em que está a cultura e a época em que ocorre o pastejo;
- Silagens – (silagem de milho, silagem de sorgo, silagem de cana) - geralmente são
alimentos de média ou boa qualidade, pois da mesma forma que os fenos, são confeccionadas a
partir de culturas que são colhidas antes do amadurecimento. Pode ser feita com todas as culturas
citadas para o feno, mas as principais culturas para silagem são o milho e o sorgo;

- Capineiras – (capineira de capim elefante, capineira de aveia, capineira de cana) - sua


qualidade depende da espécie considerada e do estádio da planta. Várias culturas podem se
adequar ao corte para serem levadas diretamente ao cocho, isto caracteriza uma cultura que está
sendo usada como capineira. As mais usuais são cana-de-açúcar, capim-elefante, sorgo, milho,
alfafa e aveia.
A.2 Volumosos secos
- Palhas – (palha de arroz, palha de soja, palha de milho) - são alimentos muito pobres, já
que são oriundos de culturas maduras, após a colheita do grão. Nesta fase, o caule e a folha têm
baixo teor de proteína e baixa digestibilidade por estarem muito fibrosos e com lignina alta.
Oriunda de qualquer cultura que está no final do ciclo (pós colheita da semente). Apesar de que é
melhor ter palha do que não ter nada para fornecer aos animais.

- Fenos – (feno de alfafa, feno de tifton, feno de bermuda) - geralmente são alimentos de
média ou boa qualidade, pois são confeccionados a partir de culturas que são cortadas antes do
amadurecimento, quando ainda tem bom valor proteico e boa digestibilidade. No caso do feno de
alfafa deve-se cortá-la antes do florescimento pleno. As culturas que mais são enfenadas, além da
alfafa, são os trevos, o cornichão, o azevém o capim de rhodes, o capim bermuda e o tifton.

- Especiais* – (polpa cítrica, casquinha de soja, farelo de algodão) - este grupo basicamente
é para enquadrar a casquinha de soja ( é a película do grão, não é a vagem) e a polpa cítrica ( é o
bagaço e casca da laranja desidratados, tratados com cal e peletizado). O motivo pelo qual estão
enquadrados aqui é porque eles tem alta pectina, um carboidrato de média velocidade de
digestão.
*Os especiais na verdade não são volumosos típicos, mas tem características bromatológicas
especiais que ficam no meio termo.Estou me referindo ao nível de fibra (FB E FDN) que é alto.

B- CONCENTRADOS (alimentos que tem menos de 20% de FB na MS)


B.1 Concentrados protéicos (alimentos que tem mais de 18%PB na MS)
- Origem animal – (farinha de carne e ossos, farinha de peixes, farinha de penas) - -
apresentam-se em maior quantidade no mercado a farinha de carne, farinha de penas e a farinha
de peixes. A farinha de carne de ruminantes está proibida de ser utilizada para alimentar
ruminantes no Brasil.

- Origem vegetal – (farelo de soja, farelo de girassol, farelo de algodão) - neste grupo o
representante mais ilustre é o farelo de soja, por ser de maior qualidade e de que o Brasil ser o
maior produtor mundial do grão. Outras fontes também são importantes como o farelo de caroço
de algodão, farelo de girassol e leveduras.

- Origem de NNP– ( uréia, sulfato de amônia, monoamoniofosfato) - a mais usual fonte de


nitrogênio na alimentação dos ruminantes é a uréia, sendo largamente utilizada na alimentação de
cocho inclusive em rações comerciais.

B.2 Concentrados energéticos (alimentos que tem menos de 18% de PB na MS)


- Origem animal – (sebo bovino, banha de suíno e gordura de aves) - são pouco usados em
dietas de ruminantes. São energéticos de alta concentração calórica.
- Origem vegetal – (milho, sorgo, farelo de arroz) - este grupo de alimentos é bastante grande,
incluindo os óleos vegetais como o de soja, que é mais usado em rações de monogástricos. No
entanto, no grande grupo estão os cereais sendo o milho, o grande nome. Também aqui figuram o
sorgo, o farelo de arroz, o farelo de trigo, a casquinha de soja o triticale, a polpa cítrica e outros
normalmente menos cotados.

C- SUPLEMENTOS
C.1 Suplementos minerais
- Origem animal – (farinha de ossos calcinada, farinha de ossos autoclavada, farinha de
ostras);
- Origem mineral – (fosfato bicálcico, calcário calcítico, cloreto de sódio) ;
C.2 Suplementos vitamínicos
- Origem industrial = sintéticas – (vit A, K, C e vai)

D- ADITIVOS
Estes não fazem parte da classificação dos alimentos porque não são alimentos, eles são
melhoradores de desempenho, são dos mais diferentes tipos.

Os nutricionais são incluídos nas dietas para fornecer alguns nutrientes complementares como
aminoácidos, por exemplo. São pouco utilizados em dietas de ruminantes, mas muito usados em
dietas de monogástricos. Os não nutricionais tem o objetivo de melhorar a eficiência de utilização
dos alimentos como o bicarbonato de sódio, ionóforos e outros.

E- ÁGUA
Essa é um alimento sim, afinal ela é essencial a vida. Se for essencial a vida é nutriente. Porém ela
não entra na classificação dos alimentos.

13) Dois sujeitos estão negociando volumoso e não sabem a diferença nutricional entre fardos de palha e
fardos de feno, enfim os dos são fardos e os dois são volumosos secos, mas só um é feno de verdade. Você
respira fundo e dá uma aula esclarecedora aos dois. O que você diria aos desinformados? Se na tua explicação
não falares em fibra, lignina, maturidade da planta que deu origem ao fardo, estado de conservação, proteína,
digestibilidade e energia, você é um nutricionista palha (tem pouco conteúdo).
Palha é considerado o resíduo de uma cultura vegetal que teve seu princípio produtivo, o grão,
colhido e o que restar da planta é palha. Quando a forrageira já produziu grãos, no qual seus
nutrientes estão concentrados, sobra um subproduto com alto teor de FB e dentro desta muita lignina
deixando esse produto com baixíssimo valor nutritivo.
Já o feno requer uma atenção maior na colheita do vegetal a ser enfenado, pois este precisa estar num
período vegetativo ainda, onde mantém um valor nutricinal significante e baixo teor de lignina.
Bons fenos apresentam 14-16% de proteína e máximo de 16% de umidade.
Complementando, quanto mais velho o vegetal menor seu valor nutritivo, devido maior
acúmulo de lignina.

14) O NDT e o ENN de um alimento são coisas muito distintas, mas pela similaridade da sigla e pela falta de
estudo e atenção do estudante são muito confundidos pelo desatento.

a) Convença que tens bem claro a diferença entre estes. Deves fazê-lo também através das fórmulas para
calculá-los. Se não sabes como calculá-los pouca sabes sobre eles, mas de qualquer forma escreva e
desdobre alguma coisa pode lhe render ao menos parte da nota desta questão.
ENN é uma fração do método de Weende que engloba os carboidratos solúveis. O ENN é obtido
por diferença: % ENN= 100 – (%H2O + %MM + %PB + %EE +%FB). Enquanto que NDT é um
valor nutricional energético dado pela soma das parcelas digestível de todos componentes da
MO. NDT= %DPB + %DFB + % DENN + %DEE*2,25.

b) Porque a % de ENN de um alimento pode não ser confiável?


Todos os erros das outras frações do método de Weende, como o da Fibra Bruta ser
substimada pelo fato da hemicelulose ser carreada na lavagem e então não sendo
contabilizada na FB, acabam resultando em um valor de ENN superstimado do que o real
pois sse é obtido pela diferença

c) É possível calcular a % de NDT a partir da % de DIVMS ou da % de DIVMO? A pergunta refere-se


obviamente ao NDT calculado=NDT estimado e não NDT analisado=medido=real)
%NDT calculado = %DIVMS + (1,25 * %EE) – %MM (Van Soest,1994).
VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant. 2.ed., Cornell University Press, Ithaca, New
York, 1994, 476p.

d) Qual a % de NDT calculado de um alimento que tem 3% de EE, 10% de MM e 60% de DIVMS?
% NDT calculado = 60% + (1,25*3%) – 10% = 53,75% de NDT calculado=estimado
TILLEY, J.M.A.; TERRY, R.A. A two-stage technique for the in vitro digestion of forage crops. Journal
British of Grassland Society, v.18, p.104-111, 1963.
VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant. 2.ed., Cornell University Press, Ithaca, New
York, 1994, 476p.

A digestibilidade in vitro da MS foi realizada conforme TILLEY e TERRY (1963) e o teor de


NDT calculado de pela seguinte equação:

NDT(%) = DIVMS + (1,25 * EE) - MM, de acordo com Van Soest (1994).

15) Muitos alimentos podem ser usados para compor dietas, porém alguns têm limitações de uso por algum
problema que podem causar no animal. Quais problemas que você conhece dos diferentes alimentos para as
diferentes espécies? Esta questão entra em prova seguidamente porque é muito importante você saber isso
para diagnosticar problemas relacionados à nutrição e para saber limitar a oferta de alimentos que tem algum
princípio indesejável nas formulações que fará ou avaliará no futuro. Outro motivo é que o assunto sempre
entra na prova é vocês quase nunca o acertam mais do que pela metade.
Um dia vocês chegarão a uma fazenda, granja, tambo, haras, cabanha, enfim, a um criatório de animais
para diagnosticar o problema que está ocorrendo e nem sabem quais alimentos podem ser os responsáveis pela
deficiência produtiva daquela determinada espécie. Deram-se conta que todos os animais comem todos os
dias, que o custo com alimentação é 70% ou mais do total e que tem uma variedade grande de alimentos que
podem estar na dieta destes animais?
a) Soja,grão: para ruminantes pode ser fornecida crua, mas triturada, pode causar enfastiamento
devido ao alto nível de óleo, dificultar a digestão da celulose e quando crua não deve ser misturada
com uréia. Para monogástricos não pode ser fornecida crua pois inibe enzimas proteolíticas
(tripsina e eripsina) e interfere na absorção de aminoácidos sulfurados e na vitamina A. Em suínos
provoca descalcificação. Princípio tóxico: sojina.
b) Polpa citrica
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d) Algodão: Subprodutos: farelo de algodão/ caroço de algodão. Para ruminantes é boa fonte
protéica, produz gordura mais consistente. Em vacas de leite produz manteiga mais consistente e
mais pegajosa. Para monogástricos é uma proteína de médio valor biológico (pouca lisina e
metionina), produz ovos com gema esverdeada e de curta conservação. Princípio tóxico: gossipol.

e) Amendoim: Subprodutos: farelo de amendoim. Para ruminantes é uma boa fonte proteica. Para
monogástricos é uma proteína de baixo valor biológico e produz gordura insaturada em suínos.
Deficiente em lisina, treonina, aminoácidos sulfurados e cálcio, rica em cálcio, arginina e vitamina
D. Possui uso limitado pois pode desenvolver fungo Aspergillus flavus, o que não é um problema do
amendoim e sim resultante de processo deficientes de armazenagem.
f) Girassol – Subproduto: farelo de girassol. Para ruminantes possui boa palatabilidade, é uma boa
fonte proteica. Não deve ser usado para bovinos de trabalho ou equinos, pois possui efeito
narcotizante. Para monogástricos é deficiente em lisina e metionina, possui limitado uso pelo alto
teor de fibra bruta nos tegumentos da semente e resulta em manchas nos ovos das poedeiras
quando usado em maiores quantidades na dieta. Princípio tóxico: ácido clorogênico.
g)Linhaça - Subproduto: Farelo de linhaça. Para ruminantes provém de boa palatabilidade, torna os
pelos brilhantes porém produz manteiga mole e rancificável, ligeiro efeito laxante. Para
monogástricos é pobre em lisina, metionina, caroteno e vitamina D. Rico em vitaminas B1 e B2,
niacina e ácido pantotênico. Anti-vitamina B6. Princípio tóxico: linamarina
h) Colza- Subproduto: Farelo de colza. Para ruminantes: Baixa energia e pode diminuir a produção
de leite. Para monogástricos: Níveis superiores a 5% diminui a produção de ovos, em quantidade,
tamanho e odor desagradável, também diminui o crescimento. Princípio tóxico: ácido erúcico e
tanino.
i)Mamona - Subproduto: Farinha de mamona. Para ruminantes: Toleram os princípios tóxicos se o
produto não ultrapassar 10% da dieta. Para monogástricos: Baixa digestibilidade, lisina e triptofano.
Níveis maiores que 5% da dieta de frangos causa diminuição no crescimento. Princípio tóxico:
ricina, ricinina.
j) Cevada - Subprodutos: Brotos de malte, polpa de cervejaria, lúpulo e resíduos da destilação. Para
ruminantes: provido de alta palatabilidade. Para monogástricos: Pouco caroteno, vitamina D e
vitamina B2 e baixa digestibilidade no entanto, bons níveis de lisina, triptofano, metionina e cistina.
k) Centeio - Subproduto: Farelo de centeio. Para ruminantes: Palatabilidade e digestibilidade
menor do que o trigo. A utilização em vacas não deve ultrapassar 25% do concentrado e bezerros
(6 a 18 semanas) não mais que 60% do concentrado. Para monogástricos: Não deve ser fornecido
para aves, fator depressivo do crescimento. Suínos pode substituir 80% do milho e 20% para aves.
Susceptível ao fungo Claviceps purpurea que produz ergotamina, ergolina e ergotoxina.
l) Arroz - Subprodutos: farelo de arroz integral e desengordurado. Farelo integral produz gordura
insaturada, a proteína é de baixo valor biológico, deficiente em lisina e metionina. Farelo
desengordurado pode causar laminite.
m) Sorgo - Para ruminantes precisa ser triturado, é uma boa fonte de energia, sua proteína é de
baixo valor biológico, pobre em vitaminas e minerais. Princípios tóxicos: durrina e ácido cianídrico
(forrageiro), tanino (grãos).
n) Milho - Subprodutos: rolão de milho, milho desintegrado com palha e sabugo, farelo de milho.
Melhor concentração energética dos cereais, alta palatabilidade e proteína de baixo valor biológico.
O)Farinha de carne. Uso proibido para ruminantes, alto conteúdo de cinzas, palatabilidade ruim
mas de alto valor biológico. proibido seu uso (vaca louca).
p) Cama de aviário. Para ruminantes: Alto nível de nitrogênio não proteico, qualidade depende do
número de lotes que passaram sobre ela. proibido seu uso (vaca louca)
q) Farelo de trigo: Boa palatabilidade, baixa velocidade de digestão, o que é positivo e bom nível
proteico, apesar de ser um energético.

16) Explique para um colega também formado em zootecnia, veterinária ou agronomia (todos fizeram
bromatologia e nutrição ) se a soca de arroz é, ou não é, um bom alimento para os ruminantes sendo capaz de
engordá-los, ou não. Tem que explicar como deve fazer um entendido em bromatologia e nutrição animal e
não como faria uma pessoa que não tem o preparo que um profissional dá nossa área de conhecimento deveria
ter. Os porquês das coisas são definitivos no domínio do conhecimento.
Mesma da 37

17) Um produtor te faz uma consulta técnico-nutricional sobre a compra de um volumoso para alimentar seus
animais e te informa que tem um feno de alfafa numa região do estado que custa R$ 1,00/kg e outro em outra
região que custa R$ 1,15/kg. Qual orientação você daria a ele na decisão de compra? Explique em detalhes
para que o produtor entenda no que deve ser baseada a decisão? Lembre-se de versar sobre a parte
bromatológica.

Para fazer uma análise correta da melhor compra é um erro olhar unicamente o preço, já que o correto é
sempre levar em conta no mínimo três aspectos:
a) Frete
b) Valor nutricional
c) Estado de conservação do feno.

a) Frete - O Feno por ter muito volume é de frete caro podendo chegar a R$0,15/kg contra
R$0,03/kg ou até sem frete quando o material se encontra perto do local de uso.
Nestes casos o feno de R$1,00/kg poderia chegar ao local de uso a
-R$1,15/kg se fosse com frete de R$0,15/kg
-R$1,03/kg se fosse com frete de R$0,03/kg
-R$1,00/kg se fosse sem frete

b) Valor Nutricional - Referindo-se especia lmente a Energia (NDT ou ED) e PB. O que importa é
dividir o preço posto de cada feno pelo seu teor (%) de NDT e ver quem tem a unidade de NDT mais
barata. Depois divide o preço posto por teor (%) de PB e ver quem tem a unidade de PB mais barata.
Para saber qual o teor de NDT e PB do feno há que se ter uma análise, daí você tem que pedir para o
vendedor providenciar. Depois é só decidir? Ainda não. Vamos ao item c.

c) Estado de conservação do feno - o vendedor pode ter análise laboratorial pelo Método de Weende e
Van Soest e o feno ter bons teores, o que satisfaz o item anterior (b),mas pode um dos fenos estar mal
conservado, apresentar excesso de umidade, pequenos focos de alta temperatura, bolores e outras
desconformidades. Neste caso é um feno de qualidade comprometida.

Conclusão: O preço do kg do feno no local de origem é apenas o início da análise para uma decisão de
compra, mas para eu orientar uma compra eu preciso de conhecimentos bromatológios, nutricionais e até de
aspecto visual. Para quem tem prática é fácil ter noção da qualidade de um feno pela sua cor, cheiro,
aspereza, e relação visual caule/folha. Portanto existem por aí fardos de feno e fardos de palha e palha é um
alimento palha que tem valor de palha e não de feno. Enfim, palha é uma coisa palha mesmo,, he. Mas é
melhor ter uma palhazinha para dar aos animais do que não ter nada,,,certo? Comendo palha vai perder
peso também, mas não perde tanto como se não comesse nada. Então quer dizer que palha pode salvar os
animais numa situação pra lá de encardida.

VOLUMOSO SECO
PALHA - Palha é uma coisa palha, não é feno nem aqui nem na China,,,nem na África. Tem gente que
diz que fez feno de palha de arroz, mas ele não fez feno, ele enfardou palha, conservou palha em fardos.
Fez feno aquele que cortou uma cultura que não estava no final do ciclo, portanto tinha bom valor
nutritivo, deixou secar ao sol e só depois enfardou.
Fazer feno tem três ou quatro etapas (1-cortar = segar, 2-deixar secar ao sol, 3-enleirar e enfardar).
Isto/que/está/nesta/figura/(caminhão)/,/é/um/palharedo/e/não/um/feno.

Cor parda, parece desmerecido Cor verdinha, parece bem feito


VOLUMOSO SECO
Feno de Tifton no campo
Feno de Tifton no galpão

Feno de Tifton não enfardado


Lavoura de alfafa
18) Você, já atuando profissionalmente, é consultado pelo gerente de um tambo se é necessário fazer análise
laboratorial dos alimentos que você vai usar para formular a ração dos seus animais, ou se pode utilizar os
valores das tabelas nacionais, ou se das do NRC e ARC? Explica também o que significa este tal de NRC e
ARC.
Se esse produtor irá produzir um grande volume dessa ração para fornecer por um período longo é
necessário uma análise para saber exatamente a proporção de cada ingrediente a ser adicionada na
formulação da ração e quantidade da ração para suprir as necessidades nutritiva dos animais, para
não subnutrir ou desperdiçar nutrientes.
O ideal é que seja feita uma analise bromatológica, mas as vezes isto pode demorar um tempo e o
produtor não pode esperar, então podemos utilizar as tabelas, pois estas tratam de valores médios o
que provavelmente os ingredientes estarão próximo aos valores das tabelas.

19a) Essa questão e a 19b) são só para que vocês tenham uma idéia dos teores de H20 e MS dos alimentos,
obviamente não precisa saber com precisão e nem as variações, mas uma idéia tens que ter.Quais são os
valores médios de matéria seca (MS) dos grupos de alimentos da tabela que segue?
Prezados, aqui vocês tem que ter uma ideia de quem são os alimentos secos e úmidos. Claro que não é
preciso saber com exatidão porque existe muita variação, mas tem que ter uma lógica. Você não pode me
dizer que um feno tem baixa matéria seca, por exemplo, ou que uma pastagem tenra (jovem) tem alta matéria
seca.
Porque tem aqueles 3 pontos percentuais de variação ali na tabela? Só para vocês entenderem que é normal
a variação tanto para mais como para menos.

Alimento Teor médio de MS, % (variação)


1-Pastagens tenras 16 (-+3)
2-Pastagens maduras 33( -+3)
3-Silagens 33 (-+3)
4-Fenos 85 (-+3)
5-Palhas 85 (-+3)
6-Concentrados 88 (-+2)
7-Farelos 88 (-+2)
8- Grãos 88 (-+2)
9- Rótulos de rações secas 88 (-+2)
10-Rótulos de rações úmidas 30 (-+10)

19b) Esta só foi colocada para que você não decore a sequência de matéria seca da questão anterior conforme
já fizeram e eu embaralhei a ordem.
Quais são os valores médios de umidade (H2O) dos grupos de alimentos da tabela?

Alimento Teor médio de Umidade, % (variação)


1- grãos
2- pastagens maduras
3- rótulos de rações úmidas
4- fenos
5- farelos
6- rótulos de rações secas
7- pastagens tenras
8- palhas
9- concentrados
10- silagens

20) Da 20ª a 30ª questões refere-se a um alimento qualquer, não importa qual alimento e sim se você entende
as frações dos Métodos de Weende e Van Soest. Os resultados estão expressos na matéria natural (MN) ou na
matéria seca (MS). Baseado nos valores completos preencha os incompletos, claro que somente se for
possível. Atenção: Quando estas questões entrarem na prova, se tiver algum item que signifique a mesma
coisa fique frio, ou algum que não seja possível preencher por falta de informação não preencha e fique mudo,
de preferência nem respire. Não levante a lebre, não acorde os desavisados, captaram?
Importante: Para resolver estas questões procedam conforme vimos em aula no quadro. Lembrem que precisam saber as
frações dos Métodos de Weende e Van Soest e este é o objetivo destas questões. Falamos em aula sobre a pectina e
vitaminas que ficaram propositadamente fora deste esquema. A idéia é que relembrem como se divide o alimento de
forma básica. Primeiro ande de “bicicleta” depois procure a “motocicleta”.
Fração (%) Fração (%) Fração (%)
Umidade 13% EE 3% Açúcares ________
MS _______ CHO totais ______ Ca ________
MM 6% FB 3% Pectina 5%
MO _______ CHO solúveis 66% NNP ________
PB _______ Amido ______ Lignina ________
CZ _______ ENN ______ NDT ________

21) Mesmo raciocínio da questão 20.


Fração (%) Fração (%) Fração (%)
Umidade ______ EE______ ______ Açúcares 4%
MS 33% CHO totais ______ Pectina _______
MM ______ FB 15% CHO estruturais _______
MO ______ CHO solúveis ______ Hemicelulose _______
PB 3% Amido 10% Lignina 1%
CZ 1% ENN 13% Celulose 9%
22) Mesmo raciocínio da questão 20.
Fração (%) Fração (%) Fração (%)
Umidade 12% EE 3% Açúcares 3%
MS ______ CHO totais ______ NDT _______
MM ______ FB 10% CHO estruturais _______
MO ______ CHO solúveis 55% Hemicelulose 2%
PB ______ Amido 52% Lignina 1%
Pectina ______ ENN _____ Celulose _______

23) Mesmo raciocínio da questão 20.


Fração (%) Fração (%) Fração (%)
Umidade ______ EE 1% Açúcares 3%
MS ______ CHO totais ______ MN _______
MM 1% FB ______ CHO estruturais 20%
MO ______ CHO solúveis ______ Hemicelulose _______
PB 3% Amido 20% Lignina 2%
Pectina ______ ENN 30% Celulose 10%

24) Mesmo raciocínio da questão 20.


Fração (%) Fração (%) Fração (%)
Umidade ______ EE 1% Açúcares 6%
MS ______ CHO totais ______ Pectina _______
MM ______ FB ______ CHO estruturais 6%
MO ______ CHO solúveis ______ Hemicelulose _______
PB 1% Amido ______ Lignina 1%
CZ 1% ENN 10% Celulose 3%

25) Mesmo raciocínio da questão 20.


Fração (%) Fração (%) Fração (%)
Umidade 20% EE 4% Açúcares _______
Pectina 6% CHO totais ______ FDN _______
MM ______ FB 20% MS _______
MO ______ CHO solúveis 40% Hemicelulose 6%
PB ______ Amido 15% Lignina 2%
CZ 2% ENN _____ Celulose _______
26) Mesmo raciocínio da questão 20.
Fração (%) Fração (%) Fração (%)
Umidade ______ EE 2% Açúcares _______
MS 73% CHO totais ______ Ca _______
MM ______ FB 26% Pectina 3%
MO ______ CHO solúveis ______ NNP 2%
PB ______ Amido 10% Lignina 4%
CZ 4% ENN 22% NDT _______

27) Mesmo raciocínio da questão 20.


Fração (%) Fração (%) Fração (%)
Umidade ______ EE 1% Açúcares 2%
MS ______ CHO totais ______ Celulose 8%
MM ______ FB ______ CHO estruturais 12%
MO ______ CHO solúveis ______ Macrominerais _____
PB 3% Amido 7% Lignina 1%
CZ 4% ENN 13% Hemicelulose _____

28) Mesmo raciocínio da questão 20.


Fração (%) Fração (%) Fração (%)
MN ______ EE 1% Açúcares _____
MS 84% CHO totais ______ Celulose _____
MM ______ FB 45% CHO estruturais _____
MO ______ CHO solúveis ______ Umidade _____
PB 4% Amido 10% Lignina 5%
Pectina 2% ENN 15% Hemicelulose 15%

29) Mesmo raciocínio da questão 20.


Fração (%) Fração (%) Fração (%)
MN ______ EE 2% Açúcares 2%
MS ______ CHO totais ______ Celulose _____
MM ______ FB ______ CHO estruturais 12%
MO ______ CHO solúveis ______ Umidade _____
PB 4% Amido ______ Lignina 1%
Pectina 3% ENN 11% Hemicelulose 3%

30) Mesmo raciocínio da questão 20.


Fração (%) Fração (%) Fração (%)
MN 100% EE 2% Açúcares _____
MS ______ CHO totais ______ Celulose _____
Pectina 1% FB ______ CHO estruturais 12%
MO ______ CHO solúveis 11% Umidade _____
PB 4% Amido 9% Lignina 1%
CZ 4% ENN ______ Hemicelulose 3%

3) ALIMENTOS (ingredientes)
Conceitualmente alimento é um ingrediente que carrega consigo no mínimo um nutriente essencial. Portanto os corantes (aditivos) são
ingredientes de rações, mas não são alimentos. Frisando: Tudo o que compõe uma ração é ingrediente, mas nem sempre é alimento
porque não tem nutriente.
É como fazer um bolo que leva 7 ingredientes ( ovos, leite, farinha, sal, manteiga, chocolate, corante amarelo), mas se usa um corante
que não tem nutriente, mas este corante não deixa de ser ingrediente. Então este bolo leva 7 ingredientes, mas só 6 são alimento.
31) O que significa a denominação “alimentos alternativos” para suínos/aves e cães/gatos? Porque estudá-los
é importante? De exemplos de alimentos alternativos para estes 2 grupos.
É uma maneira alternativa de fornecer PB e NDT para os suínos e aves, não utilizando os
tradicionais soja e milho. E importante estuda-los pois, os alternativos pode ser uma maneira mais
econômica de fornecer os nutrientes para esses animais fugindo dos tradicionais, que geralmente são
mais caros. Importante também, pois para monogástricos não se pode substituir 100%, pois os
alternativos geralmente possuem maior teor de FB então pode não ser economicamente viável o
fornecimento além dos princípios tóxicos que algum alimento pode acarretar para estas espécies.
Farelo de trigo, farelo de algodão, são exemplos de alimentos alternativos para fornecer NDT e PB
respectivamente.

32) O que significa a denominação “alimentos alternativos” para os herbívoros ruminantes/equinos? Porque
estudá-los é importante? De exemplos de alimentos alternativos.
É uma maneira alternativa de fornecer PB e NDT não utilizando os tradicionais soja e milho. E
importante estuda-los pois, os alternativos pode ser uma maneira mais econômica de fornecer os
nutrientes para esses animais fugindo dos tradicionais, que geralmente são mais caros. Importante
também para sabermos os teores de FB e dos componentes da FB destes alimentos sabendo que parte
desta é aproveitada pelos ruminantes. Também importante ressaltar que alguns alternativos podem
ter princípios tóxicos.
Protéicos: Farelo de algodão, farelo de girassol...
Energéticos: óleo de girassol, óleo de canola, farelo de trigo...

33) O milho como fonte de energia e o farelo de soja como fonte de proteína normalmente perfazem valores
de 80 a 90% da composição das rações de aves e suínos no Brasil e no mundo. Por que este domínio se existe
outros alimentos energéticos e protéicos mais baratos? E cães/gatos como é?
Pois para estas categorias uma substituição maior de 20% gera uma queda na produção, devido a
qualidade dos nutrientes serem superiores nos tradicionais.

34) Alguns alimentos concentrados são mais utilizados do que outros. Isto é variável em função da espécie a
que se destina a dieta e também da disponibilidade do ingrediente na região.
a) Em se tratando de suínos e aves: quais os dois ingredientes mais usados no mundo e por que são estes?
Grão de milho e farelo de soja
b) Em se tratando de bovinos de corte: quais os alimentos mais usados no RS e por que são estes?
Grão de milho, farelo de arroz, farelo de trigo porque foi perguntado sobre qual eram os alimentos
concentrados mais usados, mas como volumosos os bovinos usam mais a pastagem nativa e o azevém.
c) Em se tratando de cães e gatos: quais os ingredientes de rações (alimentos) mais utilizados?
Farinha de carne e quirera de arroz

35) Quando a pesquisa testa alimentos alternativos ao milho e ao farelo de soja para suínos e aves quais os
níveis de substituição que são comumente utilizados? Porque são estes?
Sempre baixos. Próximos a 5, 10, 15 até 20% de substituição, até menos que isto, e raramente mais que isto.
São estes porque em vários experimentos já realizados em anos de pesquisa já está comprovado que suínos e
aves são muito sensíveis a substituição do milho e do farelo da soja por alimentos alternativos. Isto não
significa que não se encontra na literatura trabalhos que estudaram níveis de substituição bem mais elevados
e até substituição total.
Se fores fazer uma revisão básica na literatura sobre o tema vais encontrar que quando a substituição for um
pouco mais alta o desempenho diminui.
36) Quando a pesquisa testa alimentos alternativos ao milho e ao farelo de soja para ruminantes quais os
níveis de substituição que são comumente utilizados? Porque são estes?
Sempre altos. Desde 25, 50, 75 até 100% de substituição. São estes porque os experimentos existentes já
mostraram que estas espécies aceitam bem a substituição em altas proporções e mantem a produtividade
mais facilmente do que os suínos e aves. Claro que não é bem assim, nem todos os experimentos, em todas as
situações aprovam a substituição total do milho ou farelo de soja por alternativos, mas aqui os alternativos
tem mais chance que com suínos e aves.

37) A “soca de arroz” = “resteva” = “lavoura pós-colheita do grão”, é uma alternativa de alimentação muito
utilizada pelos pecuaristas no RS para engordar bovinos nos meses do outono. Mas como pode esse alimento
engordar se após a colheita do grão a planta já está madura, é uma palha com lignina alta, proteína baixa e
digestibilidade baixa que significa pouca energia? Mas garanto pra vocês que as socas podem produzir em
bovinos ganhos de pesos altos (0,8 a 1,2 kg/animal /dia) possibilitando o engorde dos animais, porém algumas
socas não produzem estes ganhos, às vezes até nem mantêm o peso dos animais. Fale sobre o valor nutricional
da resteva de arroz que já está bom. Explique os fatos tecnicamente.

Deram-se conta que esta pergunta é igual a número 16? Nesta aumentei um pouco o enunciado de forma que
vocês possam aprender com ele. Lembrem que palha de arroz é uma coisa pontual, é um alimento que tem na
soca, mas a “soca ou resteva de arroz” é uma composição que tem a palha e outras coisas mais.
Soca = Palha + Brotação + Áreas Marginais
Que coisas são estas?
a) Brotação do arroz cortado- pensa comigo – no Rio Grande amado o arroz se colhe normalmente em
março, daí tem dois meses no mínimo até cair geada (será que geada caí ou é o orvalho que
congela?), então este arroz cortado vai brotar e estes brotos tem altíssima qualidade nutricional
porque são jovens, então aqui temos um belo alimento. Claro que teremos este alimento se esta soca
for adequadamente manejada, no caso não deve colher hoje e “atupetá” de vaca amanhã que daí não
dar tempo de rebrotar. Certo seria deixar uma semana vedada ou usar carga baixa.
b) Vegetação das áreas marginais- pensa novamente - na lavoura sempre tem vegetação nos valos,
grama boiadeira, banhadinhos, algumas leguminosas escondidas nos cantos de cerca, algumas
gramíneas nobre nas enseadas de matos e assim por diante.

38) No caso de você chegar numa propriedade e ter que calcular uma dieta para as leiteiras e tem disponíveis
10 alimentos a seguir enumerados:
1) silagem de milho, 2) grão de sorgo, 3) uréia, 4) grão de milho, 5) fosfato bicálcico, 6) feno de tifton, 7)
pastagem nativa, 8) farelo de arroz, 9) resíduo de pré-limpeza de soja e 10) grão de aveia.
Quais os 5 que tem maiores possibilidades de variação de composição e, portanto, você mandaria para análise
de Weende e/ou Van Soest, e quais os 5 que você não mandaria analisar e tomaria os dados das tabelas por
terem menor possibilidade de apresentarem variações bromatológicas? Justifique alguma coisa. Desdobre
algo.
- É mais importante fazer análise dos alimentos que apresentam maior possibilidade de variação na sua
composição nutricional porque os que variam pouco podem ser buscados os valores médios das tabelas de
composição dos alimentos.
- Os que sempre variam mais são os alimentos volumosos devido ao estádio de maturidade que pode variar
muito e os resíduos de processamento industrial. Destes citados os que apresentam maior probabilidade de
variação são: silagem de milho, feno de tifton, pastagem nativa, farelo de arroz e resíduo de pré-limpeza.
- Os que sempre variam menos (mas variam) são os grãos integrais e os produtos originais.

39) Se um produtor te perguntar o que você acha da cana de açúcar como alimento para ruminantes, se você
aconselharia ele implantar uma área com cana para alimentar seus animais qual vai ser tua prosa técnica?
Contextualize com a propriedade.
Como você é um profissional cientista você responde com ciência.
Inicie assim:

a- Existem muitas variedades de cana de açúcar e todas podem ser utilizadas para alimentar
ruminantes, porém umas são um pouco mais nutritivas (mas tem pouca diferença nutricional), outras
mais produtivas, outras mais resistentes ao déficit hídrico (nenhuma produz sem água né?), outras
mais resistentes a doenças, outras mais resistentes à geada, enfim, tem que procurar a variedade
mais adequada para a sua situação e para o contexto em que a propriedade se encontra. Entenda e
faça o teu assistido entender que: se decidir fazer, faça direito,começando pela escolha da cultivar
adequada, correção de solo e adubação de manutenção, do contrário não vale o investimento. Não
fique no meio do caminho.

b- Bromatológicamente a cana de açúcar tem:


- 3 a 5% de PB que é muito pouco
- 45 a 50% de NDT que e pouco, pois tem 40% de CHO totais e destes 33% é FB e só 7% é ENN
que na maioria é açúcar, mas nem por isso é um grande energético. Esta FB não é de alta
degradabilidade ruminal, pois tem alta lignina. Como que ela vai ser ninja em energia então?
- em minerais também ela é relativamente fraca, mas isto pouco importa.

c- No entanto ela se agiganta por que:


- tem de alta produção de massa por hectare (produtividade) e de custo por unidade de energia
produzida relativamente baixo.
- é perene e poder ser armazenada na própria lavoura, estando disponível para corte o ano todo
podendo ser usada em qualquer momento para todas as categorias de herbívros.
- portanto é indicado que as pequenas e médias propriedades tenham uma área de cana, que não
precisa ser grande, mas que seja bem manejada agronomicamente para usar estrategicamente nos
períodos de vazio forrageiro. Faltou volumoso? Use cana como capineira. Sacou o encaixe?

40) O grão de milho é um alimento geralmente mais uniforme em composição bromatológica, mas mesmo
assim ele varia em composição. Explique, ou cite os porquês.
Sim, ele pode apresentar variações por vários motivos: variedades de milho diferentes tem composição
bromatológica diferente (ex: existe milho alta lisina, milho alta gordura), adubação diferente, solo diferente,
regime hídrico interfere no acúmulo final de amido e consequentemente no teor de PB e assim vai,,,,,,blá, blá,
blá.

4) SISTEMA DIGESTÓRIO
Sem conhecer o funcionamento do sistema digestório não tem como dominar a nutrição e alimentação de uma espécie.

41) Porque é importante conhecer o sistema anatomofisiológico do sistema digestório ao se trabalhar com
nutrição de uma espécie qualquer? Dê exemplos.

42) Quais os sucos digestivos secretados pelos animais (bovinos, ovinos, aves, suínos, eqüinos, cães e gatos) e
o que contém em cada um deles?
A. Saliva
Podemos chamá-la de suco salivar uma vez que ajuda na digestão, principalmente por
conter o tampão bicarbonato.
Funções:
- Facilita a mastigação e deglutição (mucina);
- Atividade enzimática (lipase salivar, gorduras);
- Serve como solvente de moléculas;
- Faz o contato com os botões gustativos;
- Possui capacidade tampão;
- Atividade antibacteriana, devido sua alcalinidade (pH  8,0);
- Contém nutrientes para microorganismos (Na, P, N, Uréia);
- Tem propriedade antitimpanismo, pois, diminui a tensão superficial evitando a formação de
espuma, que dificulta na eliminação de gases.
B. Suco gástrico
Secretado pela região glandular do estômago (abomaso) apresenta o ácido clorídrico e
enzimas.
Ácido clorídrico - ativa a pepsina que é secretada na forma de pró enzima, o pepsinogenio.
- Acidificação do meio - condição indispensável para que a pepsina hidrólise as proteínas pH 1,5 a
2,0.
- Funciona como antiséptico contra microorganismos ingeridos acidentalmente.
- Ativa a secreção de secretina que envia mensagem hormonal até o pâncreas para produção do suco
pancreático.
Pepsina - atua hidrolizando as proteínas, degradando-as a polipeptideos (pH 1,5 a 2,0).
Renina - Presente nos lactentes, ruminantes principalmente. Atua sobre a degradação da proteína do
leite (caseína) com função de coagular.
Mucina - Bastante viscosa, é produzida pelas células mucoides, adere-se ao epitélio estomacal.
Função:
- Protege contra a corrosão do HCl, as paredes do estômago (epitélio);
- Absorve a pepsina;
- Neutraliza o Ph
Lipase gástrica - Tem pouca ação sobre as gorduras e atua somente sobre gordura de baixo ponto de
fusão.
C. Suco pancreático
Tripsina - ph 8,0 a 9,0 - hidroliza praticamente todas as proteínas.
Amilase - ph 6,5 a 7,2 - hidroliza o amido.
Lipase - ph 7,8 a 8,0 - degrada gordura auxiliada pela bile.
D. Suco biliar
Produzido pelo fígado, armazenado na vesícula biliar com pH= 8,0.
Funções:
- Ativa a lipase pancreática;
- Emulsiona as gorduras (gotículas), facilitando a lipase;
- Ação hidrotópica (aumenta a solubilidade dos ácidos graxos em água).
- Neutraliza o quimo-gástrico;
- Estimula ligeiramente o peristaltismo;
- Funciona como antiséptico, com ph = 8,0.
E. Suco entérico
Secretado pelas glândulas de Liberking. Possui como principais enzimas: micina, maltase,
sacaroses, lactases, fosfatases, nucleases, peptidases, etc.
F.Suco duodenal
Secretado pelas glândulas de Brunner, ph = 8,2 a 9,3 - rico em Mucina - protege o epitélio
intestinal, possui uma enteroquinase que é ativadora da tripsina.

43) Tanto bovinos como eqüinos possuem no sistema digestivo uma câmara de fermentação dos alimentos.
Compare-as sob os aspectos que julgar necessário. Convença-me que você conhece as semelhanças e as
diferenças entre estas. Lembre-se que os dois são herbívoros, mas as particularidades do trato digestório
fazem que o manejo da alimentação destes seja um pouco diferente.
O Bovino possui 3 pré-estômagos (retículo, rúmem, omaso) e o estômago verdadeiro (abomaso),
equanto o equino é monogástrico, ou seja, é provido de apenas o estômago verdadeiro. Os pré-
estômagos são aglandulares e servem como uma câmara fermentativa, na qual a microbiota ruminal
fará a degradabilidade dos alimentos. Essas câmaras fermentativas tem grande capacidade
volumétrica (bovino adulto em torno de 180 litros), o que lhes permitem a ingestão de grande
quantidade de alimentos em uma refeição. Já o equino possui também uma câmara fermentativa, no
entanto essa se encontra no ceco-cólon. Como o cavalo possui apenas o estômago glandular com
baixa capacidade volumétrica, em torno de 10 litros, essa característica exige que esses animais
recebam várias refeições por dia.

44) Tanto o rúmen como o ceco-cólon dos eqüinos são câmaras que fermentam o alimento. O rúmen tem
características especiais anatômicas e fisiológicas que fazem dele uma eficiente câmara da fermentação. Quais
são estas características?
O rúmen apresenta uma série de características que fazem dele uma câmara de
fermentação com ambiente muito favorável ao desenvolvimento contínuo da população
microbiana.
1-Temperatura - a temperatura normal do corpo dos bovinos é de 38 o C, enquanto o rúmen tem
uma temperatura um pouco superior (39o C) em função do calor produzido pela fermentação.
2-Anaerobiose - as vezes pode-se encontrar oxigênio no rúmen que entrou com a água ou o
alimento. Gases da fermentação estão presentes, mas não oxigênio de forma significativa.
3-pH - o pH normal do rúmen varia de 5,5 a 7,0. Logo após o consumo de rações o pH está baixo,
mas horas após ele sobe normalmente em função do aporte de saliva que tem bicarbonatos. Se o
pH baixar mais que 5,5 começa a haver diminuição do trabalho bacteriano e consequentemente
redução da digestão da fibra dos alimentos.
4-Umidade - a umidade é muito influenciada pela natureza dos alimentos, porém através do
consumo de água o animal faz o equilíbrio.
5-Presença de microrganismos - devido as quatro condições já citadas, o rúmen é habitado pelos
microrganismos (protozoários e bactérias) responsáveis pela fermentação dos alimentos antes de
chegarem ao estômago propriamente dito (abomaso).
O equilíbrio da população microbiana depende do substrato que entra no rúmen (alimento).
 Bactérias = 1010 bactéria por grama de conteúdo ruminal;
 Protozoários = 106 protozoários por grama de conteúdo ruminal.

6-Entrada constante de substrato - constantemente o animal se alimenta e coloca na câmara de


fermentação (rúmen) novo substrato que é alimento para as bactérias. Ainda constantemente
entra no rúmen a saliva que tem nitrogênio e bicarbonato (mantém o pH).
7-Saída constante de produtos finais - os ácidos graxos voláteis produzidos pela fermentação do
alimento saem do rúmen para o sistema sanguíneo por livre difusão. As bactérias e protozoários
que evoluem com a digesta vão passando gradativamente para os próximos compartimentos. Os
gases da fermentação (H2S, CO2, CH4) são eliminados através da eructação (eliminação de gases pela
boca).

45) O rúmen é habitado por uma micro-fauna que e menos ou mais ativa conforme a quantidade e tipo de
substrato que entra nele. Qual a classificação das bactérias do rúmen que é feita em função do substrato que
elas utilizam?
Primeiro é importante esclarecer que existem outras classificações segundo outros critérios, mas a pergunta
é quando ao tipo de substrato que utilizam para que você entenda que tem que adaptar os microorganismos
as mudanças nas dietas.
Desdobram açúcares glicolíticas
Desdobram lipídios lipolíticas
Desdobram celulose celulolíticas
Desdobram hemicelulose hemiceluloliticas
Desdobram proteínas proteolíticas
Desdobram uréia ureolíticas
Desdobram amido amilolíticas

46) Porque é necessário que quando se muda alimentação dos ruminantes, se faça de forma gradual?
Para que os microrganismos que ali habitam tenham tempo de adequar as suas populações de acordo com a
quantidade de cada substrato que entra diariamente no rúmen para poder fazer a máxima fermentação
(degradação). De tempo para que aquele exército se fortaleça e fique compatível com a quantidade de
substrato que está entrando no rúmen.
Se não fizer adaptação o animal pode até ficar doente porque o substrato (alimento) não degrada (fermenta)
adequadamente no rúmen e depois vai causar diarreia fermentativa nos intestinos.

47) Quanto tempo é necessário para que ocorra uma boa adaptação dos microorganismos ruminais a uma nova
dieta em ruminantes?
Isso vai depender de quanto diferentes forem às dietas substituta e substituída entre sí na sua composição
bromatológica.

- Quando forem muito parecidas bromatologicamente a população microbiana vai precisar de pouca
alteração, assim 3 dias de mudança gradual na para substituir uma dieta pela outra e o suficiente. Neste
caso podemos citar o exemplo da silagem de sorgo sendo substituída pela silagem de milho que são
bromatologicamente parecidas.

- Quando necessário substituir alimentos bromatologicamente muito diferente é preciso que se faça de forma
mais lenta devendo fazê-lo em 14 dias para que os microrganismos tenham tempo de se desenvolverem de
acordo com o tipo e quantidade de substrato que vai entrando no rúmen. Neste caso podemos citar a silagem
de sorgo sendo substituída pela cana de açúcar que são bastante diferentes entre sí (um volumoso tem
bastante amido e o outro bastante açúcar). Assim tem que oferecer cana aos poucos para ir desenvolvendo as
bactérias glicolíticas em detrimento as amilolíticas, por exemplo.

48) Descreva de forma básica e o ciclo da mistura o mecanismo de ruminação.


Ruminação – o alimento ingerido chega ao rúmen-retículo habitados por microorganismos
(bactérias e protozoários) anaeróbicos e aeróbicos facultativos com pH 5,5 a 7,0 e temperatura de
39C e umidade de 85%.Nestes compartimentos ocorrem contrações que vão continuamente
misturando os alimentos com o conteúdo ruminal, fazendo com que haja ataque dos
microorganismos. Também em função das contrações ocorre uma separação do alimento conforme
a densidade e, principalmente, o tamanho da partícula. As partículas mais grosseiras são
conduzidas até a válvula que liga o esôfago ao rúmen, chamada de cárdia. Ocorre uma contração
do retículo e esforço inspiratório formando uma pressão negativa, o cárdia se abre e o alimento é
regurgitado. Chegando a boca, o animal engole novamente com um excesso de líquido, remastiga o
bolo alimentar por aproximadamente 60 vezes em 60 segundos e redeglute novamente, assim
sucessivamente. Quanto maior o número de bolos ruminados durante o dia, maior é a produção de
saliva  bicarbonato  tampão  não acidose. Daí a importância do tamanho de partícula
adequado = fibra longa = fibra efetiva, que significa que efetivamente vai provocar a ruminação.
Este entendimento é muito importante na nutrição de vacas leiteiras, de alta produção que são
submetidas a altos níveis de concentrado.
Eructação – trata-se da expulsão pela boca dos gases da fermentação produzidos no rúmen. A
quantidade produzida pode chegar a 100L/ dia dependendo do tipo de alimento. Ocorre como na
regurgitação, através dos movimentos do rúmen, onde a sua não eliminação causa o timpanismo.
Ciclo da mistura – são contrações cíclicas e sequenciais dos 4 sacos do rúmen que fazem a
movimentação e mistura do bolo alimentar, também possibilitam a eructação e regurgitação. A
cada 3 minutos se completam 2 ciclos que podem ser diagnosticados pelo exame clínico através da
observação da região do vazio que se movimenta ao completar cada ciclo. Caso este ciclo não
ocorra, não ocorrerá eructação, que evoluirá para timpanismo e morte por dificuldade respiratória
e circulatória.

49) Qual o pH normal aproximado na boca, rúmen, abomaso, intestino delgado e intestino grosso nos
ruminantes?
boca 7.0, rumem 6.0, abomaso 3.0, int.delg. 6.0, int. gros. 6.0 (pergunta bem sem fundamento esta né?)

50) Descreva de forma básica o sistema anatomofisiológico do digestório do frango?


Antomia (11peças anatômicas)= Bico – Boca – Língua – Faringe - Esôfago - Papo ou Englúvio -
Proventrículo ou Estômago Químico - Moela ou Estomago Mecânico - ID – IG – Cloaca. O que acontece de
mais importante em cada órgão destes?
Fisiologia = aqui falar um pouco de sucos e enzimas, especialmente naquilo que as aves forem diferentes das
outras espécies, aquilo que chamamos de particularidades. Os frangos são deficientes em algumas enzimas e
fortes em outras né? Isto é que tem que saber para fazer a correta nutrição do animal.

5) NUTRIENTES
Todos os nutrientes essenciais a vida dos animais e homem estão dentro de 5 grandes grupos
(1- energia, 2- proteína, 3-minerais, 4-vitaminas, 5-água?)
51) Quais são os 40 nutrientes que são considerados essências nas dietas de animais e homem?
Prezados mirins! Essa tabela serve para que estudem, entendam, decorrem, memorizem quais são os 41
nutrientes que são essências, de uma maneira geral, para quase todas as espécies, inclusive para humanos.
Existem pequenas variações de um nutriente a mais ou a menos que deveria entrar ou sair desta lista porque
é essencial, ou não, a esta ou aquela espécie, especialmente em para ruminantes. Já quanto a quantidade
necessária obviamente existem grandes variações.
TABELA. Necessidades nutricionais mínimas de cães para cada kg de peso vivo do animal.
Nutriente Unidade Crescimento Manutenção
1-Proteína
1 PB mg 3414 1266
A.A.E (essências) mg 2314 458
2 Arginina mg 274 21
3 Histidina mg 98 22
4Isoleucina mg 196 48
5 Leucina mg 318 84
6 Lisina mg 280 50
7 Metionina – cistina mg 212 30
8 Fenilalanina – tirosina mg 390 86
9 Treonina mg 254 44
10 Triptofanio mg 82 13
11 Valina mg 210 60
A.A.N.E (não essências) mg 1100 808
2-Energia
12 Energia Metabolizável kcal 500 200
13 AGE linoleico mg 540 200
3-Minerais
Macrominerais
14 Cálcio mg 320 119
15 Fósforo mg 240 89
16 Potássio mg 240 89
17 Sódio mg 30 11
18 Cloro mg 46 17
19 Magnésio mg 22 8,2
20 Enxofre mg 150 40
Microminerais
21 Ferro mg 2 1
22 Cobre mg 0,2 0,1
23 Cobalto mg 0,5 0,2
24 Manganês mg 0,3 0,10
25 Zinco mg 2,0 0,8
26 Iodo mg 0,03 0,01
27 Selênio g 6,0 2,0
4-Vitaminas
Liposolúveis
28 A IU 202 75
29 D IU 22 8
30 E IU 2 1
31 K IU 3 1
Hidrosolúveis
32 Tiamina g 54 20
33 Riboflavina g 100 50
34 Ácido Pantotênico g 400 200
35 Niacina g 450 225
36 Piridoxina g 60 22
37 Ácido fólico g 8 4
38 Biotina g 3 1
39 Cianocobalamina g 2 1
40 Colina mg 50 25
5-Água
41 H2O mL “ad libitum” “ad libitum”
NRC (1985)

52) Mas são sempre estes, e só estes os nutrientes essenciais para todas as espécies? Não é mais nem menos
de 40? Para ruminantes não muda nada?
Quase sempre estes sim, muda alguma coisa segundo a espécie, tanto que em gatos tem comprovada
necessidade dos a.g.e. Linolênico e Araquidônico e os cães do a.a.e Taurina.
Os animais que mais diferem em exigências são os ruminantes especialmente no quesito PB uma vez que não
tem necessidades de a.a.e. e sim de PDR e PNDR(veja questão 71) e não necessitam de vitamina B12 e K,
uma vez que os microrganismos ruminais as sintetizam.
Não se aflija se encontrar alguma literatura que diga que são 37, ou 39 ou 42 nutrientes essenciais. Pensa em
40 que tu tá no jogo. As diferenças que se encontra entre autores são uma questão de época, de discordância
científica, de não aceitação de algumas novas descobertas, de algumas coisas ainda fragilmente
comprovadas, mas tudo dentro da normalidade. Fica frio e pensa em 40 nutrientes, fecha a conta por hora e
mais a diante quando dominares melhor a nutrição tu te mete de pato a ganso e discute se são 38 ou se são
42.
53) Os CHO (FB e ENN) e os EE são nutrientes? Afinal eles não aparecem aí no quadro da questão 51?
Sim é não. Depende de como a gente estiver conceituando o que é nutriente. Os animais não têm exigências
específicas de FB, ENN e EE, mas estes grupos bromatológicos ao serem degradados/ digeridos geram
energia e energia é essencial. No entanto podemos observar que estes aí não aparecem nas tabelas de
necessidades nutricionais e sim apenas é preciso uma quantidade de energia, venha ela de onde vier. Lá na
pergunta 62 pense nisso novamente que o baile é o mesmo e quando o assnto for NDT a banda que toca é
parecida.
54) E a água é nutriente ou não?
Claro que é, enfim todo o elemento que o animal precisa ingerir porque é essencial a sua vida é nutriente.
Mesmo que uns + malucos digam que a água é apenas um solvente universal não de bola pra eles porque a
água é um nutriente essencial a vida. O nutricionista não a calcula nas dietas porque as necessidades dos
indivíduos são muito variáveis e o animal regula seu consumo desde que você a disponibilize a livre acesso
limpa e fresca. Se bem que o gato é um animal que pode não beber o suficiente mesmo que lhe disponibilize,
portanto convença o gato Félix que ele tem que beber.

55) Nutriente bruto, nutriente liquido, nutriente digestível, nutriente metabolizável. Isto está certo? E a
seqüência lógica? Então escreva algo sobre isso. Lembre que isto serve para qualquer nutriente.
EB –perdas com fezes ED – perda com gases e urina EM – perdas com I.C.(incremento calórico) EL. PB –
perdas com fezes PD – perda com gases e urina PM – perdas com I.C. (incremento calórico) PL
E assim vai para todos os nutrientes, para todos eles existe um bruto até que se chegue a um líquido.
56) Nutrientes digestíveis totais. Quais são as frações?
São as frações orgânicas do Método de Weende, porém não a fração bruta e sim a fração digestível(D).
% de NDT = PBD% + FBD% + ENND% + (EED%*2,25)
57) Um único alimento pode ter todos os nutrientes considerados essenciais? O milho não tem todos eles? E a
alfafa tem todos? O óleo de cozinha tem todos? O sal tem todos? O fosfato bicálcico tem todos?
O milho e a alfafa bem como os outros grãos, farelos e forrageiras tem todos os nutrientes sim, porém eles
não apresentam estes nutrientes de forma equilibrada podendo ser forte em um nutriente e fraco em outro. No
caso do milho ele é forte em energia, mas muito fraco em Ca.
O óleo de cozinha é um potente energético porque é quase puro EE, mas proteína não tem nada.
O sal comum só tem Cl e Na e o fosfato bicálcico só tem P e Ca. De energia e proteína eles não têm nada.
Afinal eles não têm fração orgânica. Sendo assim só podem ter minerais.
58) a)Quais nutrientes estão relacionados para serem atendidos (=supridos=balanceados=calculados) nas
planilhas das dietas de bovinos de corte, bovinos de leite, ovinos e eqüinos? E também, cite 10 alimentos que
estão relacionados nas planilhas para fornecer estes nutrientes.
Esta resposta é só copiar das planilhas com as quais calculamos as dietas em aula e vocês entregaram as
dietas valendo nota. Quando forem copiar os cabeçalhos das planilhas observem que para cada espécie tem
alguma diferença, mesmo que seja pequena?

59) Os aditivos são nutrientes?


Não, eles são incluídos nas dietas para exercerem outra função que não a de nutrir diretamente, enfim eles
não são nutrientes, mas são melhoradores de desempenho, eles são adicionados as formulações para cumprir
alguma função (corantes, vermífugos, palatabilizantes, aromatizantes, enzimática, ácidos, bases, antibióticos,
sequestrantes de aflatoxinas, conservantes, aglutinantes, e mais e mais).
Mas e o melaço? Este é usado para palatabilizar rações e fenos, mas também fornece energia, portanto é um
aditivo que fornece nutriente.
60) Nutrientes em excesso ou deficiência trazem problemas econômicos e de saúde? Discorra sobre o dito.
Econômicos – em excesso trazem porque custa dinheiro. Normalmente, os alimentos mais nutritivos custam
mais caro, então não devemos colocar nutriente fora se pudermos evitar. Em deficiência mesmo que seja
branda de algum nutriente o animal não terá desempenho máximo, então dê dieta equilibrada sempre
(balanceada).
Saúde – trazem porque estamos nos referindo à condição orgânica dos animais ou a sua longevidade, porém
não é correto pensar que pequenos desbalanceamentos e por períodos curtos vão gerar doenças de qualquer
ordem nos animais. As dietas mal balanceadas trazem problemas de saúde quando o desequilíbrio e mais
severo e ocorre a médio e longo prazo.

6) ENERGIA-nutriente(1)
A energia é gerada pela matéria orgânica dos alimentos, que são os glicídios, lipídios e protídeos.
61) Esquematize a partição da energia, suas perdas, aproveitamentos e destinos finais no organismo.
Aí a seguir está um esquema da partição da energia dos alimentos até o resultado líquido que vai ser
empregado para os processos de Manutenção e/ou para os processos de Produção.
62) Ao se calcular uma ração é necessário que se expresse a energia de alguma forma.
a- Quais as formas (tipos) mais usuais de expressar a energia para, bovinos, ovinos, eqüinos, suínos,
aves, cães, gatos e homem? Lembre-se que você pode expressar em todas as formas (tipos), mas eu perguntei
quais as mais usuais.
-Ruminantes – NDT
-Equinos, Suínos – ED
-Aves - EM
-Cães e Gatos - ED e EM
-Homen -?

b- Em quais unidades a energia pode ser expressa?


-Calorias (Kcal, Mcal)
-Joule (Kj ou Mj)
-% no caso do NDT

c- Qual a forma de expressar as necessidades de energia que não se deve utilizar em cálculos de dietas
para animais e porque não se deve utilizar?
EB, porque não se tem ideia da digestibilidade e os alimentos diferem muito neste quesito.
Exemplo1: 1kg de milho tem quase a mesma EB de 1 kg de casca de arroz (+-3900kcal/kg contra
3750kcal/kg), sob está avaliação eles tem quase o mesmo valor energético, porém a ED do milho é 3400
kcal/kg e do casca é 1000 kcal/kg.
Exemplo 2: A EB de 1 kg de pasto nativo no inverno é quase a mesma 1 kg de azevém vegetativo, mas
a ED é muito diferente.

d - Qual a forma mais difícil para o nutricionista trabalhar na prática e por que é difícil?
A mais difícil é certamente a EL (ELm e ELp), mas também é certo que esta é a forma mais precisa de
trabalhar. É a mais difícil porque precisa de muito mais informações, de mais precisão e de mais difícil
mensuração. Em pesquisa se usa muito, mas por estimação por equações e mais raramente por mensuração.

62) De quais frações bromatológicas os herbívoros retiram energia dos alimentos? E os monogástricos
típicos?
Somente as frações orgânicas dos alimentos são capazes de fornecer energia, obviamente. Então são a PB,
EE e CHO (os CHO estão aí a seguir no quadro em preto).
Sei que a figura em preto que mostra a rota dos CHO está desalinhada (zona total), mas é que a mal importei
de um point só para lembra-los que todos os CHO vão a PIRUVATO e tudo vai virar energia no ciclo de
KREBS. A PB e EE também vão a PIRUVATO e depois resultam na mesma rota. O organismo não
reconhece de onde veio esta energia por isso a necessidade de energia acaba sendo única venha de onde vier.
Claro que existe uma sugestão de que é saudável de que parte maior da energia venha dos CHO, outra parte
da PB e outra menor do EE, mas isto varia de espécie para espécie não sendo uma coisa rígida nem dentro
da espécie. O que mais importa é que se atenda aquela demanda energética venha de onde vier, mas sempre é
bom que venha de forma equilibrada entre CHO, PB e EE.
FIGURAx Rota bioquímica dos carboidratos

63)
64)
65)
66)
67)
68)
69)

70) Primeira. Um produtor enviou amostra de um feno para análise laboratorial e resultou em 70% de NDT.
Agora ele quer saber se este valor pode ser transformado em ED (kcal/kg) e em EM (kcal/kg) para calacular
dieta para suas vacas leiteiras. Pode? Se pode transforme.

70) Segunda. Um produtor de bovinos de corte enviou amostra de silagem de porongo para análise
laboratorial e resultou em 66,6 % de NDT calculado. Agora ele quer saber se este valor pode ser transformado
em ED (Mcal/kg) e em EM (Mcal/kg). Pode? Se pode transforme.
70) Terceira. Um determinado touro de 400 kg necessita de 9.000kcal de ED por dia para continuar ganhando
0,3 kg de peso por dia (valor tomado nas normas de alimentação). A dieta total que esta sendo oferecida tem
2,2 Mcal de EM/kg Quantos kg desta dieta devem ser fornecidos para atender suas necessidades de energia?
70) Quarta. Um bode velho está na engorda, com ganho de peso de 0,3 kg/dia, tem 100 kg e necessita ingerir
7,0 Mcal de ED por dia. O rótulo da saca mostra que a ração tem 3000 kcal de EM por kg. Quantos kg desta
ração devem ser fornecidos por dia para atender a necessidade do nhaca?
70) Quinta. Um determinado carneiro 90 kg necessita de 6.500kcal de ED por dia para uma cobertura diária
(valor tomado nas normas de alimentação). A ração que esta sendo oferecida tem 2,35 Mcal de EM/kg.
Quantos kg desta ração devem ser fornecidos para atender a necessidade de energia do lanudo?
70) Sexta. Um ruminantão, para sua manutenção, necessita de 8 kg de NDT por dia para atender suas
necessidades de manutenção (valor tomado nas normas de alimentação). No rótulo do concentrado está escrito
que ele tem 2600kcal de EM por kg. Quantos kg deste concentrado devem ser fornecidos para atender a
necessidade do grandão?
70) Sétima.Um ruminantinho está na engorda, com ganho de peso de 0,3kg/dia e 50 kg necessita ingerir 4000
kcal de EM por dia. O rótulo da saca mostra que a ração tem 3,2 Mcal de ED por kg. Quantos kg desta ração
devem ser fornecidos por dia para atender a necessidade do miúdo?
70) Oitava. No rótulo do concentrado está escrito que ele tem 2,5 Mcal de EM por kg. O veado que vai
consumi-lo necessita de 1,8 kg de NDT por dia (valor tomado nas normas de alimentação de veado). Quantos
kg deste concentrado devem ser fornecidos para atender a necessidade do selvagem domesticado?
70) Nona.Um boizinho carreiro de 350 kg ( repare o peso do mezeravezinho) que está trabalhando muito
(lidando com o puxe de carroça - o bem estar animal passa longe) necessita para sua manutenção 20 Mcal de
EM por dia (valor tomado nas normas de alimentação). O feno de gramínea bem ajeitado que ele está
recebendo tem 70 % de NDT (NDT também é uma medida de energia). Quantos kg deste salvador alimento
devem ser fornecidos para atender a necessidade de manutenção do bragadinho sofrenildo?
70) Décima.Um determinado bovino necessita para sua manutenção 11.000 kcal de EM por dia (valor tomado
nas normas de alimentação). A análise de um determinado feno deu que ele tinha 75 % de NDT (NDT
estimado que também seja uma medida de energia). Quantos kg deste feno devem ser fornecidos para atender
a necessidade de manutenção do quadrúpede?

7) PROTEÍNA-nutriente(2)
Proteina e sua composição em aminoácidos são assuntos muito pesquisados e da maior importância técnica e econômica.
71) Ruminantes e monogástricos apresentam diferença significativa nas necessidades protéicas no aspecto
qualidade. Que conhecimento você tem sobre isto?

Monogástricos Ruminantes
PB PB
10 a.a.e PDR e PNDR

72) Cerca de 20 aminoácidos formam as proteínas e 10 são considerados essenciais:


a) quais são os essenciais?

Se deram conta de que estes aminoácidos que estão aqui relacionadas estão na questão 51 né?

H istidina FE nilalanina
I soleucina TRI ptofanio
L eucina TRE onina
L isina VA lina
M etionina
A rginina

b) por que são ditos essenciais?


Porque o organismo não sintetiza estes a.a. na velocidade suficiente para atender as necessidades da síntese
proteica do organismo do indivíduo, então estes a.a. tem que ser fornecidos na dieta. Este conceito é usual em
monogástricos uma vez que em ruminantes os microrganismos ruminais sintetizam todos os aminoácidos.

c) quais existem produzidos sinteticamente?


Todos são produzidos sinteticamente, uns em quantidade mais expressiva, outros em quantidade modesta.
Mais produzidos são: Metionina e Lisina, depois Triptofânio e Treonina.

d) por que são estes os produzidos sinteticamente?


Porque são aqueles que se apresentam mais comumente deficientes nas dietas de animais monogástricos e
humanos, daí que são usados para equilibrar as dietas elevando o valor biológico da proteína na busca da
proteína ideal.

e) quais são os enxofrados ou sulfurosos?


Cistina, Cisteina e Metionina. Estes tem S na sua composição e por isso que quando se usa uréia para pré
fonte de PB em ruminantes é recomendado que se use fonte de enxofre na dieta para que os microrganismos
disponham de enxofre na hora da síntese da proteína microbiana a partir de NNP (ureia)
73) Por que ao se formular rações para ruminantes não se levam em conta as necessidades de aminoácidos
essenciais?
Porque eles não têm necessidade de aminoácidos essenciais. Para ruminantes é necessário atender a
quantidade de PDR e de PNDR.
A PDR pode vir (entrar pela boca) como NP ou de NNP, já a PNDR logicamente só pode ser NP.
Para entender bem isso e não precisar decorar nada é só entender minimamente o ciclo do N nos ruminantes.
Isso vocês estudaram em fisiologia e bioquímica.
74) Sabe-se que a proteína não fornece apenas aminoácidos, mas também fornece energia. Diante disso,
porque os nutricionistas não usam apenas proteína para suprir, além da necessidade do animal em proteína,
também a necessidade em energia?
Porque a proteína é sempre mais cara do que a energia, então não devemos usar proteína demais nas dietas,
devemos buscar o mínimo custo. Observe nas planilhas de cálculo de dietas que o preço do kg do farelo de
soja é quase mais que o dobro do kg do milho. Nos carnívoros (gato e alguns peixes) o nível proteico tem que
ser muito alto porque estes animais não são eficientes em retirar energia de carboidratos, daí eles retiram da
PB. Assim as dietas destes tem que ser muito altas em PB, mais de 30%.
75a) Ruminantes e monogástricos apresentam diferença significativa nas necessidades protéicas no aspecto
qualidade. Que conhecimento você tem sobre isto? Aqui você deve empacotar junto teu conhecimento sobre
os aminoácidos essenciais e “proteína ideal”, porque cabe como uma luva dentro desta temática.
75b) Na década de 90 o conceito de proteína para suínos e principalmente aves ( mas que serve para todos os
monogástricos) passou a ganhar mais atenção dos nutricionistas. Explique o que é proteína ideal e que
importância técnica e econômica tem.

76) O caroço ou farelo de algodão é um importante alimento protéico para rações no Brasil, mas que restrições
ele apresenta?
- Primeiro vamos combinar que tanto caroço como farelo de algodão são alimentos que devem ser usados
para ruminantes e vocês sabem desde a pergunta 15 que tem o princípio tóxico gossipol.
- Segundo que não podem achar que farelo de algodão e caroço de algodão é a mesma coisa.
- Terceiro que o caroço tem alto teor de EE(20%), PB(22%) e NDT(95%), por isso é bom alimento.
- Quarto que tem caroço e farelos de diferentes teores de PB, EE e FB, portanto analise-os.
- Quinto é um alimento muito barato nas regiões produtoras de algodão.

Como é de boa proteína e energia além de barato os produtores tanto do confinamento de bovinos de corte
como de leite o utilizam, muitas vezes, em níveis acima do recomendável (mais de 20% da MS da dieta
total).O ganho de peso dos animais e a produção de leite fica alto, mas a qualidade do produto é que é o
problema. Usando Caroço em excesso acaba que o rúmen não tem capacidade de bio-hidrogenar tanta
gordura insaturada e ocorre gordura relativamente mole e manteiga mole. Claro que as os microrganismos
bioidrogenam, mas eles têm capacidade limitada de fazer isso e quando houver sobrecarga de gordura
insaturada não vai ter como e o depósito será de gordura insaturada mesmo, tal qual fazem os monogástricos
(lembram do suíno toucinho mole?). Além disso, pode ocorrer alteração do sabor da carne (gosto a fígado),
até alterações de sabor pelo próprio gossipol.
Não passe dos 20% da base seca da dieta total que fica tudo sob controle, o problema é que o produtor (ou o
nutricionista do produtor, no caso você) faz a conta é a dieta com caroço de algodão fica muito barata e o
cara não aquenta e utiliza mais de 30% da base seca.
Por essa novela toda que muitas vezes se fala mal do sabor de carnes de confinamentos que abusaram do uso
de caroço de algodão na dieta. Este é um problema que temos aqui no Brasil uma vez que somos grandes
produtores de algodão e o caroço está aí muito disponível, muito barato e muito bom alimento.

77) Você chega numa propriedade e o patrão diz que terá disponível bastante grão de soja porque colheu um
produto que não tem qualidade suficiente para a indústria esmagadora (produção de óleo para consumo
humano), e quer utilizá-lo em rações. O que você esclareceria para ele sobre o assunto? Como usar? Para que
espécies usar?
- É alimento para ser usado para ruminantes certamente, mas para suínos até que vai.
- Tem que tostar na medida certa para eliminar a sogina e demais fatores antinutricionais.
- Não tostar demais para não perder o a.a.e. Lisina.
- Usar com moderação porque o grão de soja tem 18% de EE e a dieta total não pode ficar com mais de 6%
de EE nos ruminantes, então tem que calcular a dieta para ver quanto se pode incluir. Normalmente até 15%
da dieta total que para um bovino adulto resulta em no máximo 1,5 kg de grão de soja por dia.

78) Sobre o uso de NNP em dietas para animais qual o teu discurso? Isso depende da espécie que estamos
trabalhando?
Este assunto é tratado em nutrição de ruminantes porque só os microorganismos do rúmen conseguem
utilizar NNP e transformá-lo em proteína microbiana que vai ser fonte de proteína no abomaso e intestino
delgado. A fonte usual de NNP em dietas de ruminantes é a uréia que tem 45% de N. Então, em dietas que
está faltando PB é possível se fazer uso da uréia para complementar a PB, onde, a grosso modo, se
recomenda que não se ultrapasse com NNPequivalente a 1/3 da PB total da dieta. Os microorganismos vão
se alimentar de NH3 + CHO e vão se multiplicar. Ao evoluírem normalmente com a dieta para o abomaso
que libera acido clorídrico sobre os pobre bichinho eos degrada,,,,depois o animal vai absorvendo esta
proteína microbiana pelo intestino a fora.

79) Se um concentrado tem 1% de NNP e 0,5% de NP, qual a percentagem de proteína bruta deste?
Lembrando: só os ruminantes aproveitam o NNP, nos monogástricos este nitrogênio é eliminado com a urina.
1% de NNP x fator de correção 6,25 = 6,25% de PB vindo do NNP (Nitrogênio Não Protéico)
0,5% de NP x fator de correção 6,25 = 3,12% de PB vindo de NP (Nitrogênio Protéico)
Isso vai dar no final 9,37% de PB

80) Se um alimento tem 40% de sua proteína na forma de PDR quanto terá de PNDR? Isso depende da
espécie que estamos trabalhando?

PDR + PNDR= PB, então se uma é 40 a outra tem que ser 60. É óbvio que a soma delas tem que dar 100.
Isso é só para ruminantes, lógico.
8) MINERAIS-nutriente(3)
Quantitativamente e economicamente de menor relevância do que a energia e proteína, mas tem que equilibrar todos os essenciais para
não comprometer o desempenho.
81) Quais minerais devem ser considerados nas dietas dos animais por serem essenciais? Como se classificam,
porque são assim classificados e em que unidades são comumente expressos?

Se deram conta de que estes minerais que estão aqui relacionadas estão na questão 51, né?

Macrominerais - expressos em g e % - são assim chamados e assim expressos por serem exigidos
em maior quantidade Ca, P, Cl, Na, S, K, Mg
Microminerais - expressos em mg ou PPM - são assim chamados e assim expressos por serem exigidos
em menor quantidade Co, Cu, Fe, I, Se, Zn, Mo

82) Qual a relação de Ca:P para monogástricos e para ruminantes? É correto afirmar que a relação é 2:1?
Não é correto não. Essa é só uma relação padrão que se convencionou por dois motivos: 1º) para explicar ao
leigo que na média de todas as situações o Ca é duas vezes maior que o P (2:1) e 2º) porque é a relação que
encontramos nos ossos(2:1).
Para saber qual a relação ideal tem que olhar o que dizem as tabelas (normas ou padrões) de necessidades
nutricionais. Nelas se percebe que às vezes a relação chega a 9:1 no caso de poedeiras que necessitam de
muito Ca na casca do ovo e 1,2: 1,0 no caso de touros adultos que já estão com o sistema ósseo
completamente desenvolvido. Então, vide bula para saber a relação Ca: P de um determinado animal, afinal
as tabelas existem para que? Para você consultá-las, é lógico. Então nunca mais diga o que o senso comum
diz, diga o que a ciência diz. Mané.
83) O aproveitamento do fósforo existente nos alimentos de origem animal, vegetal e de rocha é diferente
quando se trata de monogástricos e ruminantes. Explique este assunto. Se não falares em fitase e fitato estas
por fora.

Esta resposta eu escrevo no quadro todos os semestres e explico muito. Com menos de cinco linhas escritas
você não consegue explicar em detalhes, o bom seria em 10 linhas. E não adianta aumentar o tamanho da
letra.

84) Quais os ingredientes que são mais utilizados para fornecer macrominerais em rações de animais?

São aqueles que estão sendo usados nas planilhas em aula que são o calcário calcítico (em substituição pode
ser usada a farinha de ostras que dá no mesmo), fosfato bicálcico e sal comum. Com estes quatro
suplementos podemos suprir Ca, P, Na e Cl. Os outros macrominerais (S, K, e Mg) são muito menos
preocupantes porque raras vezes são faltosos nas dietas.

85) Farinha de ossos autoclavados ou de ossos calcinados. Comente-as nutricionalmente e sanitariamente.

Autoclavada tem resíduo orgânico ainda porque é feita numa autoclave (panela de pressão) e não num
incinerador, portanto tem próximo a 20% de PB (das cartilagens principalmente) o que dilui um pouco os
minerais, mas corre risco de transmitir alguma doença como a vaca louca ou até um botulismo.
Calcinada e feita por incineração e acaba com a matéria orgânica eliminando o problema de possíveis
doenças transmissível através da matéria orgânica. Aqui só tem matéria mineral, assim que nada vive ali.

86) Quais os 3 macros e 3 micros comumente mais faltosos em dietas de bovinos em pastagem nativa no RS
segundo as pesquisas apresentadas em aula ?

Macros é fácil e incontestável - Na, P e Ca


Micros é discutível,,,,mas enfim - Zn, Se e Co

87) Minerais na forma convencional ou na forma orgânica (quelatados)? O que me diz sobre os tais? Defina-
os. Utilizá-los ou não utilizá-los? Eles dão resposta ou não?
Essa questão é bem abordada em aula e o professor aconselha que busquem resposta na literatura científica.
Sempre que você quiser saber se um produto dá resultado o melhor é você buscar o que a pesquisa diz, o que
a pesquisa mediu em números e não apenas entender a teoria do funcionamento do produto. Tens que ler
quem mediu desempenho e traduziu o efeito resposta em números (ciência Zé).

88) Você acha que é possível calcular uma dieta para eqüinos, bois confinados, vacas leiteiras confinadas,
ovinos e demais bichanos e não necessitar incluir fonte de Ca ou P na ração? Por quê achas? E no caso do Na?

Claro que é possível, inclusive fizemos várias dietas em aula sem incluir. Quando o animal em questão não é
muito exigente em Ca e P e/ou os alimentos usados na formulação têm bons níveis de Ca e P comumente
sobram esses minerais sem que haja necessidade de utilizar fontes suplementares.
O Na é muito raro que sobre na dieta, por isso ele sempre está nas formulações ou precisa ser suplementado
em cocho.
O Na pode estar suficiente no caso de animais que bebem água salobra ou em campos em regiões específicas
como no caso de Santa Vitória do Palmar e outras regiões de beira mar.
Alimentos que tem bons teores de Na são os de origem animal , mas os de origem vegetal são super
deficientes neste mineral.

89) Em que tipo de dieta e para que tipo de animal o macro mineral essencial enxofre precisa ser adicionado
na dieta?
No caso de dietas de ruminantes onde se utiliza NNP (uréia). Neste caso os microorganismos ruminais
precisarão de enxofre na hora de se multiplicar. Elas vão precisar formar os aminoácidos enxofrados
(cistina, cisteina e metionina). A recomendação é fornecer relação NNP:S de 9:1.

90) Em que situações o micro mineral essencial ferro é muito necessário que seja adicionado na dieta e em
que situação ele é pouco necessário?
Muito necessário – nos casos de lactentes e também nos animais que não consomem volumosos. Por isso que
em leitões é normal que se use injeções com Fe para prevenir anemia ferropriva e em humanos também se
use suplemento de Fe nos lactentes, porque o leite é deficiente neste mineral. Os grãos normalmente também
são deficientes, já os volumosos mais raramente apresentam deficiência.

Pouco necessário – no caso de herbívoros em pastejo, porque Fe tem bastante nas forrageiras e até no
próprio solo que contamina a forragem, além disso, ele é um micromineral, portanto de baixa necessidade
quantitativa.

9) VITAMINAS-nutriente(4)
Quantitativamente e economicamente de menor relevância do que a energia e proteína, mas tem que equilibrar todos os essenciais para
não comprometer o desempenho.
91) Que explicação você tem para o professor sobre o uso de vitaminas em dietas de ruminantes e eqüinos
traçando um paralelo ao uso em dietas para aves, suínos, cães e gatos? Tem alguma que é sintetizada no
rumem?
Já respondida na questão 94.

92) Existem vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis. Quais são elas e em que unidades são expressas?
Se deram conta de que estas vitaminas que estão aqui relacionadas estão na questão 51 né?
Unidades: UI/kg de MS, ppm
Vitaminas Lipossolúveis:
1)Vitamina A – betacaroteno
2)Vitamina D – colecalciferol
3)Vitamina E – tocoferol
4)Vitamina K - filoquinona
Vitaminas Hidrosolúveis
5)Vitamina B1 - tiamina
6) Vitamina B2 - riboflavina
7)Vitamina B3 - niacina
8)Vitamina B5 – ácido pantotênico
9)Vitamina B6 - piridoxina
10)Vitamina B7 - biotina
11)Vitamina B9 - ácido fólico
12)Vitamina B11 – amparadora do crescimento
13)Vitamina B12 - cobalamina
14)Vitamina C – ácido ascórbico

93) As forrageiras tem muitas vitaminas e são suficientes em condições normais para todos os herbívoros ,
mas quando se produz silagens ou fenos com estas forrageiras como ficam estes níveis de vitaminas? Explique
o que acontece.
Nos processos de ensilagem e fenação ocorrem perdas significativas de vitaminas nas forrageiras, mas não o
suficiente para que silagens e fenos cheguem a ser considerados alimentos com deficiência vitamínica.
Podemos nos dar conta, então, de quanta vitamina existe nas forragens verdes se nos fenados e ensilados
onde ocorrem perdas de vitaminas nos processos, mas mesmo assim estes volumosos não chegam a ser
deficientes. O que você tem que se dar conta mesmo é que animal comendo um verde e tomando um sol
eventualmente, não terá deficiência vitamínica.
94) Você acha que é necessário o uso de vitaminas adicionais nas dietas de herbívoros? E nas de suínos e
aves? E nas de cães e gatos?
Nas dietas dos herbívoros todos (ruminantes, eqüídeos, coelhos) quando os alimentados com razoável ( nem
precisa tanto) quantidade de forrageiras é muito raro que os animais apresentem necessidade de vitaminas
adicionais. No pasto abunda vita mano. Se olharmos em uma tabela de nutrição observaremos que uma
forrageira qualquer tem muita vitamina (de vit A, por exemplo), e depois compare com as necessidades do
animal (eqüino por exemplo), assim entenderás o dito “ vitaminas não são problema para herbívoros”.
Em suínos e aves é diferente, já que eles se alimentam quase que exclusivamente de grão de milho e farelo de
soja( se animais confinados) é necessário sim que se adicionem vitaminas. Essas duas espécies quando
criadas soltas como ocorre nas propriedades que criam para a subsistência não apresentam necessidade de
vitaminas adicionais, primeiro porque as necessidades destes animais criados extensivamente são menores e
segundo porque os animais compõem a dieta comendo brotações e insetos, besouros, minhocas frutas, etc.
Em cães e gatos que tem suas dietas baseadas em quirera de arroz e farinhas de origem animal (farinhas de
origem animal tem muita vitamina) as deficiências vitamínicas são muito menores que em suínos e aves (até
porque cães e gatos se busca crescimento moderado e longevidade e em suínos e aves se busca crescimento
super intensivo), mas mesmo assim se utiliza fornecimento suplementar.
95) Porque existem os premixes vitamínicos prontos pra uso em dietas de suínos e aves se o formulador destes
premixes não sabe o que as aves em questão estão comendo , e portanto não sabem quais deficiências
vitamínicas os animais terão?
Porque ele sabe sim quais são os alimentos que você está usando, é obvio que as dietas de suínos e aves são
produzidas quase na totalidade por grão de milho mais farelo de soja, assim as empresas que formulam os
premixes sabem quais são as deficiências destes alimentos. Assim formulam premixes específicos para cada
espécie (suínos, aves, perus, codornas) e para cada categoria animal dentro da espécie (frango inicial,
frango terminação, galinha em postura). É só o comprar de empresa idônea e colocar na mistura a
quantidade determinada pelo fabricante (vide bula mané).
96) Quais vitaminas são produzidas em ruminantes sem que haja necessidade de que as dietas (os alimentos
consumidos) as contenham?
B12(cobalamina) e K
97) Qual vitamina é comprometida em rações que tem alto percentual de lipídios e estes podem sofrer algum
grau de rancificação?
Vit. E. Quanto maior é a possibilidade de rancificação da ração (temperatura de armazenagem alta, tempo
de armazenagem longo, nível alto de EE alto) maior é a perda de vit E. Daí tem que usar maior quantidade
de vit E e obviamente um aditivo para não rancificar. A própria vitamina E é um aditivo antirancificante.
98) 99) 100)

10) ÁGUA-nutriente(5)
É economicamente de menor relevância do que a energia e proteína, mas tem que equilibrar todos os essenciais para não comprometer
o desempenho.
Equilibrar em água significa disponibiliza-la limpa e fresca que assim o animal regula-rá o consumo segundo as suas necessidades.
Nem sempre é assim,,,,,o gato por exemplo,,,,ele é mais problemático e às vezes mesmo disponibilizando-a ele bebe pouco. Olha o
problema de cálculo renal aí. Vá até uma piscina, um córrego, um açude e de um caldinho no “bichano” para supri-lo de H2O e
convença-o que bom pra saúde.
101) A água é um nutriente essencial. O organismo se supre de água de diferentes origens e a perde de
diferentes formas. Cite-as.
Supre Perde
-água dos alimentos - Transpiração
-água bebida - Evaporação
-água metabólica - Respiração
- Fezes e Urina
- Leite
102) Se você tivesse que explicar a um tratador quais os fatores que fazem variar as necessidades de água de
uma vaca em lactação o que você diria? E se fosse um cão?
a) Animal (-tamanho do animal – produção do animal – exercício do animal)
b) Alimento (-consumo de alimento – teor de água do alimento – teor de Na do alimento)
c) Ambiente (-temperatura – umidade relativa – velocidade do vento – insolação)
Então, como você vai calcular com precisão a necessidade de água de um animal? Não é melhor você
disponibilizar a livre acesso o dia inteiro água limpa e fresca e deixar o animal regular a sua necessidade?
“O animal deve receber a água que o dono seja capaz de beber”
Pascoal3 – professor, poeta e profeta.
103) Quais as funções da água no organismo animal?
Moía e lava
104) Falamos tanto em matéria natural (MN) e matéria seca (MS). Que importância isso tem para o
nutricionista, especialmente em se tratando de dietas de herbívoros?

105) Em aula comentamos sobre a temperatura da água de bebida para as vacas leiteiras ou qualquer
ruminante? Qual a sua posição? Refiro-me a posição sobre o assunto.

106) Qual é o consumo de água provável de água de uma vaca leiteira em produção?
Muito variável em função da temperatura do dia, da matéria seca da ração, da quantidade de ração
consumida, da produção de leite. Uma vaca de 500kg produzindo 15 L/dia deve consumir cerca de 70 L de
água / dia. Será? Mas eu nem disse a dieta dela, nem o peso, nem as característica da dieta e nem a
temperatura do dia. Como vou saber a necessidade/consumo de água?
107) Qual o consumo provável de água diário de um frango?
Entre 1,6 a 2,0 vezes o seu consumo em ração. Alguns dias antes do abate quando ele está pesando 2 kg
deverá estar consumindo 100 g de ração por dia e consumindo 160 a 200 mL de água (1 copo)
108) 109) 110)

11) ADITIVOS
Poderíamos ter uma disciplina inteira somente sobre o assunto aditivos para as diferentes espécies em diferentes fases da vida com
diferentes objetivos de resposta
111) Nas formulações de rações pode ser necessário utilizar aditivos. Cite os aditivos que podem ser usados e
em que casos são indicados.

112) O que você tem para escrever sobre aditivos tamponantes para ruminantes?

113) O que você tem a dizer sobre aditivos tamponantes para leitões?

114) Os sequestrantes de toxinas tem indicação de uso em que situação? Mais para ruminantes ou mais para
monogástricos? Quando usá-los?

115) Na mídia seguidamente se fala em Ractopamina? Isto está relacionado com nutrição animal? Fale sobre.
Qual a problemática? O que é esta tal?
Procure a resposta que está em evidência na mídia em 2012/13. Inclusive existem países que proibiram a
importação de carne de países que usam a ractopamina como aditivo.

116) O uso de ionóforos (monensina, lasalocida e virginiomicina) são indicados para que finalidade em
ruminantes?

117) O aditivo bicarbonato de sódio pode ser necessário em dietas de vacas leiteiras de alta produção?

118)

119)

120) Fale sobre a legislação que regulamenta o uso de aditivos em rações animais.
“A IN nº 17 de 2004 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, proíbe a administração, por
qualquer meio, na alimentação e produção de aves, de substâncias com efeitos tireostáticos, androgênicos,
estrogênicos ou gestagênicos, bem como de substâncias ß-agonistas, com a finalidade de estimular o
crescimento e a eficiência alimentar”.
Leia mais: http://www.sindpzoo.org/news/zootecnistas-explicam-o-mito-do-hormonio-na-carne-de-
frango/

12) CARBOIDRATOS (FB e ENN)


Mais ou menos 70 % da energia consumida pelos animais e homem vêm de CHO e só 30% vêm de GB e PB
121) Em cães:
a) Por que para cães obesos recomendam-se dietas com alto nível de fibra (7 a 8%)? Fibra alta se recomenda
para qualquer monogástrico obeso, inclusive para humanos.
b) Em cães com estado corporal adequado o que pode acarretar uma dieta hipofibrosa (1ª 2%) ? e hiperfibrosa
(10 a 11%)?

122) Dois discutiam sobre qual era o nível de FB mais adequado na dieta de eqüinos e de bovinos. Você se
achando o conhecedor, invade a prosa e lhes dá uma explicação cabal. Descreva sua explicação ai. Aproveita
e fala sobre níveis de FB em dietas para suínos e aves e para cães e gatos.

123) Os ruminantes e eqüinos precisam de determinada quantidade de fibra na dieta para o bom
funcionamento do aparelho digestivo. A partir desta afirmativa responda e explique qual seria a relação
volumoso/concentrado que você recomendaria para estas espécies? Se é que existe uma relação volumoso
/concentrado que deve ser obedecida. E para cães, gatos, suínos e aves?

124) Por que nas dietas de alto-grão não é levado em consideração os 15% de fibra?

125) Parte da FB dos alimentos é digerida e parte não. A intensidade da digestão é dependente das condições
do alimento (maturidade da planta principalmente), mas também depende da espécie animal. Quais valores
médios de digestão da fibra bruta (considerando uma fibra de média digestibilidade) ocorrem nos ruminantes,
nos equinos, nos coelhos, nos suínos, nas aves nos cães, nos gatos e no homem?

126) De que forma a quantidade de fibra e de carboidratos solúveis da dieta pode causar laminite nos eqüinos?

127) Que diferença conceitual existe entre fibra bruta (FB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em
detergente ácido (FDA), lignina detergente ácido (LAD), fibra efetiva (FE) e fibra longa (FL)?

128) Especialmente para herbívoros, e mais especialmente ainda para ruminantes, os níveis de fibra da dieta
são importantes. Faça um comentário sobre: a)relação volumoso concentrado, b)FB e c)FDN para ruminantes.
Qual destes (a, b, c) devemos nos orientar para formular uma dieta. Se quiser pode responder tudo
num texto só?
129) Alimento com alto nível de fibra bruta significa que é pobre em energia? Quais são os níveis médios de
FB recomendados em rações para bovinos, ovinos, caprinos, eqüinos, coelhos, chinchilas, aves, suínos, cães e
gatos?

130) Por que existe o mito de que equinos necessitam de alfafa em sua dieta?

# (Uma situação que acontece muito) Você chega numa propriedade onde tem um tambo com vacas de alta
produtividade e é informado que a relação de volumoso/concentrado é muito baixa. Isso é perigoso ou não,
por quê? Que problema pode ocorrer? Fale em números, dê parâmetros. Se for perigoso, quais as alternativas
que você tem para diminuir o risco desta dieta? O que você vai averiguar? O que você vai fazer? Chorar? O
que você vai orientar aos tratadores? Enfim, relate conhecimento técnico fundamentado.

13) LIPÍDIOS
Nas forrageiras temos níveis moderados de lipídeos, mas é o suficiente (entre 1 e 4%)
131) O EE ou GB da dieta de ruminantes não deve ser muito alto. Qual o percentual aceitável e porque não
devemos ultrapassá-lo? E para eqüinos, coelhos, suínos, aves, cães e gatos?
É certo que todas as espécies precisam receber um mínimo de EE, no entanto existe a quantidade adequada e
o limite superior o qual não deve ser ultrapassado. Esses valores são diferentes para cada espécie em função
das características anatomofisiológicas dos seus tratos digestórios.

Ruminantes – (é indicado em torno de 3% de EE) lembremo-nos que quando os ruminantes consomem


alimento ele cai direto no rúmen, portanto não devemos passar de 6% de EE na dieta total porque a partir
deste valor começa a diminuir a atividade dos microorganismos digestores da celulose e hemicelulose,
especialmente. Assim, não adianta eu ganhar na entrada de EE que fornecerá energia induvidavelmente e
perder na digestão da FB, portanto, a quantidade de óleo que pode ser adicionado depende também do EE
que já tem naturalmente na dieta, mas o importante é não passar de 6% de EE na dieta total.
Um exemplo: Se uma dieta já tem bastante EE porque está se usando farelo de arroz integral (ele tem 12%
EE) e/ou farelo de algodão (ele tem 14% EE) e/ou grão de soja (ele tem 18% EE,) ela já pode estar saturada
de EE e não deve ser usado óleo adicional (lembra que é no máximo 6% de EE na dieta total?).

Equinos e Coelhos –(é indicado em torno de 3% de EE) apesar de serem herbívoros e terem câmara de
fermentação também(mas claro que são câmaras diferentes e com localização diferente dos ruminantes) o
óleo não chega ao ceco/colon. O alimento vai direto ao estômago e depois intestino delgado e só depois vai à
câmara de fermentação que é o ceco/colon. Porém antes de chegar no ceco/colon ocorre uma digestão
química no intestino delgado e o óleo não chega a câmara de fermentação dos equinos, assim os eqüinos e
coelhos se adaptam bem com EE até 10% da dieta total.
Suino e Aves -(é indicado em torno de 3% de EE) suas dietas têm como base o grão de milho (que tem
4%EE) e farelo de soja (que tem 2%EE) resultam em aproximadamente 3% de óleo, mas é muito comum se
adicionar óleo quando é necessário aumentar a densidade energética da ração. A quantidade adicionada de
óleo varia conforme a necessidade, mas pode ir facilmente até que o EE não ultrapasse a 10% da dieta total.

Cães e Gatos - (é indicado em torno de 9% de EE) estas espécies aceitam bem a elevados níveis de gordura
na dieta quando se quer adensá-la em energia. Podem ir até 20% de EE na dieta total, mas isso não quer
dizer que este é o valor recomendado, vai depender da necessidade de cada situação. Lembre-se que estas
espécies não são boas utilizadoras da fonte de energia amido, assim se precisarmos adensar as dietas em
energia têm que usar mais óleos ou gorduras (EE).

132) Na fração lipídica é que encontramos os a.g.e. (ácidos graxos essenciais). Fale sobre a essencialidade dos
ácidos graxos em dietas de animais.
133) Quais os percentuais médios normais de EE (GB) em volumosos como: alfafa, azevem, feno de tifton,
milheto, aruana, brachiaria, silagem de milho, trevo branco e cornichão?
2 a 4 % de EE. Procurem nas tabelas de composição dos alimentos, nos trabalhos de pesquisa e demais
fontes da literatura como as forrageiras não passam dos 5 a 6% de EE que seria o limite superior suportado
pelos microrganismos do rúmen sem que se comece a perder digestibilidade da FB por diminuição do
trabalho da população microbiana? Na prática só ocorre a transgressão desta regra de passar dos 5 a 6 %
de EE na MS da dieta total quando se trabalha com dietas de cocho e se utiliza farelo de arroz, ou
oleoginosas, ou caroço de algodão, ou óleo, ou sebo, ou banha.
134) Quais alimentos comumente utilizados em rações tem maiores teores de EE (GB). Cite os teores?
O primeiro de todos é o óleo vegetal que normalmente é o de soja que é mais barato. Tem 97% de EE, claro
NE, só tem umas impurezas e uma umidadezinha. 8700kcal/kg de ED. O milho que é um potente energético
tem 40% disto.
Depois os mais usuais são: Farelo de arroz (12%), caroço de algodão (14%), grão de soja (18%)
Depois temos os produtos de origem animal, mas que no caso estão proibidos de serem usados nas dietas de
ruminantes por causa do risco da vaca louca.
135) Fração lipídica do alimento, tempo de armazenagem, etoxiquim, BTH, VIT E, temperatura alta,
rancificação, peróxidos e uso de aditivos. Construa uma frase de fundamento técnico sobre este assunto e
utilizando todas as palavras da frase anterior.
136) De que se compõe a fração lipídica dos alimentos? Você deve ter tido isso em bromatotologia. È uma das
frações do Weende, não é?
137) Por que é imprescindível que tenha um mínimo de EE nas dietas? É a mesma coisa do que responder
quais são as funções do EE para a vida dos animais, em humanos não é diferente.
138) Nas rações de quais espécies é bem comum o uso de óleos com a finalidade de aumentar a concentração
energética da ração? Por quê?
139) Em dietas de alta energia podemos lançar mão do uso de óleos ou gorduras de origem vegetal ou
animal (dietas para cães, gatos, suínos, aves, eqüinos e ruminantes). Mas como fica a deposição de gordura?
Não fica mole? Que tipo de gordura faz isso e em que espécies? Desembaraça este assunto que embaracei?
Biohidrogenação tem a ver com este assunto? E capacidade de biohidrogenar?
140)

14) NECESSIDADES NUTRIÇIONAIS


As tabelas que nos dão a indicação da quantidade de cada nutriente devemos colocar na dieta.
141) Quais as normas de alimentação que são mais usadas para se buscar as necessidades nutricionais dos
animais? Quais são as melhores?
142) Se um tratador de um determinado animal disser a você que a necessidade nutricional do jovem é 2,5%
de matéria seca, da fêmea adulta é 2,0% e do macho é 2,2% do peso vivo. O que você explicaria pra ele sobre
necessidades de matéria seca e necessidades nutricionais? Claro, você começaria dizendo que são coisas
diferentes, ou não?

143) A matéria seca não faz parte das exigências nutricionais dos animais porque ela não é nutriente, mas nela
estão contidos os nutrientes. Quais são os cinco grupos de nutrientes que devem ser supridos aos animais e
como se subdividem em dietas de suínos e aves?

144) As necessidades nutricionais dos animais podem ser expressas em valores absolutos ou em valores
relativos. O que significa este tal de absoluto e relativo (exemplifique). Será que podemos dizer que um é mais
adequado que o outro? Explique e exemplifique este assunto.
145) Como funciona a relação energia/proteína/minerais/vitaminas nas 5 fases da criação de frangos de corte?
Porque esta relação varia desta forma que você escreveu?

146) Existem 40 nutrientes que são considerados essências, mas dois deles são os mais importantes para o
nutricionista que busca fazer dietas de mínimo custo. Quais são eles e porque são eles os mais importantes?

147) Se existem 40 nutrientes que são considerados essências porque em aula nós calculamos apenas 6 ou 7 e
lhes expliquei que está de bom tamanho?

148) Aqui tem duas perguntas que se completam


a- O que significa necessidades nutricionais de manutenção? Não seja reducionista, busque na literatura.
b- No caso de ser necessário fazer a perda de peso (emagrecer) de um animal que não pode se exercitar o que
você faria já que não encontra na literatura dados de quanto deve ofertar de nutrientes para que o animal perca
peso?

149) Um caso: existem dois cavalos de mesma idade, mesma raça, mesma sanidade, mesmo manejo, mesmo
estado corporal, mesma atividade física. As necessidades nutricionais deles são as mesmas? Por quê?
150) Quais os dos nutrientes mais importantes na nutrição animal? Sob que ótica eles são mais importantes?

15) CONSUMO VOLUNTÁRIO


É importante o nutricionista prever a quantidade provável que será consumida da dieta para poder calculá-la corretamente.
151) O consumo voluntário de matéria seca diário dos animais pode ser maior ou menor e é dependente de
alguns fatores relacionados ao animal, ao alimento e ao ambiente. Cite e comente estes fatores.

152) Quais são as três formas que se pode expressar o consumo de matéria seca dos animais? Explique qual
a mais adequada e qual a menos adequada e porque?

153) Porque o consumo diário da dieta dos ruminantes e eqüinos é normalmente expresso em matéria seca
(MS) e o dos suínos, aves, cães e gatos em matéria natural (MN)?

154) O nutricionista prescreveu uma dieta para um eqüino de 400 kg como sendo: 20 kg de pastagem com
15% de matéria seca (MS), 3 kg de feno com 83% de MS e 2 kg de concentrado com 88% de MS. Qual o
consumo de MS diário total que foi prescrito? Qual o consumo de MS em percentagem do peso vivo? Qual o
consumo de MS em relação ao peso metabólico?

155) Quais as principais teorias de regulação do consumo voluntário para ruminantes/equinos e para
aves/suinos?

156) Qual o consumo voluntário provável de matéria seca (CMS) de um equino de 400 kg de peso vivo
consumindo 3 diferentes volumosos em pastejo:
Resposta: a) Volumoso pobre (baixa digestibilidade) - 1,0 - 1,5% do seu PV = 4 a 6 kg de MS/dia
b) Volumoso médio (média digestibilidade) - 1,5 - 2,0% do seu PV = 6 a 8 kg de MS/dia
c) Volumoso rico (alta digestibilidade) - 2,0 - 2,5% do seu PV = 8 a 10 kg de MS/dia

157) Um vaca holandesa que pesa 675 kg (1,5 UA) pode consumir 2,5 % do seu peso em MS se a forragem
for de boa qualidade (CMS =16,87 kg). No caso desta vaca estar pastando azevém com 20% de MS qual será
o consumo de matéria natural (CMN) desse animal?
Têm 20,00 kg de MS------- em -----------100,00 kg de MN de azevém
Para ter 16, 87 kg de MS----precisa de X = 84, 35 kg de MN

Mas se estivesse sendo alimentada com feno que tem 84% de MS (16% de umidade)?

Têm 84,00 kg de MS------ em -------------100,00 kg de MN de feno


Para ter 16,87 kg de MS-------precisa ter X= 20,08 kg de MN

158) O nutricionista prescreveu uma dieta para um equino de 400 kg como sendo: 20 kg de aveia cortada com
20% de matéria seca (MS), 3,0 kg de feno com 85% de MS e 2,0 kg de concentrado com 88% de MS. Qual o
consumo de MS (CMS) diário total que foi prescrito e qual o CMS em percentagem do peso vivo? Apresente
os cálculos.

159) O nutricionista prescreveu uma dieta para um equino de 400 kg como sendo: 10 kg de aveia cortada com
16% de matéria seca (MS), 2,60 kg de feno com 84% de MS e 2,59 kg de concentrado com 88% de MS. Qual
o consumo de MS (CMS) diário total que foi prescrito e qual o CMS em percentagem do peso vivo?
Apresenta-me as contas.
160) Em igualdade de peso, atividade, alimento, ambiência e sanidade, quem consome mais são os bovinos ou
os equinos? Porque?
O senso comum sempre respondeu que é o cavalo, mas o senso comum nem sempre está certo. O certo é o
definido pela pesquisa criteriosa, científica, comprovada estatisticamente e repetidamente. Então procure nos
trabalhos de pesquisa e verás que em igualdade de condições os bovinos consomem maior quantidade do que
os equinos.
Então, normalmente, são os bovinos os mais consumidores, mas os eqüinos não perdem por muito. Aquele
negócio de que um eqüino come por um bovino e meio não é verdade.
Aquele negócio de dizer que o cavalo pasta por mais tempo que o bovino em 24 horas até é verdade, mas ele
tem menor eficiência de bocado que o bovino.
Aquele negócio de justificar que o eqüino são 5 bocas a comer o pasto (a boca mais as quatro patas que
estragam o pasto por pisoteio) e por isso necessita de mais pasto é ilógico porque vocês nunca viram bovinos
pastando com as quatro patas nas costas para ser diferente dos equinos.
Então acredite na ciência se você quiser fazer a diferença.
16) CÁLCULO DE MISTURAS, RAÇÕES ou DIETAS
161) Qual o objetivo de se estudar bromatologia e nutrição?
Para que você:
- consiga calcular uma dieta equilibrada em nutrientes para o animal em questão
- consiga analisar se a dieta que está sendo usada é a mais produtiva e econômica
- consiga dar maior longevidade aos animais, quando for o caso
- consiga ver se a dieta que está sendo usada está relacionada a alguma doença que o animal tem.

162) Existem vários métodos clássicos que podem ser utilizados para calcular rações. Quais foram
apresentados em aula? Discuta-os brevemente, comparando-os.

163) Dietas mal balanceadas e também o manejo alimentar inadequado podem trazer diminuição do
desempenho dos animais e até quadros clínicos de doença. Cite os possíveis problemas e os comente, de
forma básica, é claro.

164) Baseado no que foi apresentado em aula você deve ter condições de explicar o que significa dietas para
diferentes fases em aves e suínos e que importância técnica e econômica elas tem, porque usá-las?
Exemplifica, desdobra com letra legível.

165) Qual a dificuldade que o nutricionista tem para prescrever dietas para animais em pastejo? Mas então
quer dizer que não dá para calcular dietas para animais em pastejo?

166) Extraia da tabela de necessidades nutricionais para vacas leiteiras quanto ela precisa de PB, NDT, Ca, P,
Na e FB, sendo ela uma vaca que produz 30 kg de leite com 4% de gordura por dia e pesa 600 kg.

167) Para que servem os sais proteinados em dietas de ruminantes?

168) Para se calcular um sal proteinado é necessário que se faça diferente do que para calcular uma dieta
completa?
169) E para calcular uma mistura mineral em relação a um proteinado tem muita diferença?

170) Par que servem as misturas que contem somente minerais?


17) CONVERÇÃO ALIMENTAR-EFICIÊNCIA ALIMENTAR
Com estes índices saberemos se o desempenho dos animais está bom porque podemos comparar com os índices esperados para aquela
situação.
171) Existe diferença entre o conceito de conversão alimentar e eficiência alimentar? Desdobre o assunto.
172) Diante de uma dieta equilibrada que proporcione ganhos de peso adequados quais são as conversões
alimentares esperadas (médias prováveis) para bovinos com estado corporal médio (sem ganho
compensatório), com 150 , 300 e 450 kg?
173) Quanto mais expressivo for o ganho compensatório melhor será a conversão alimentar. Mas você sabe
explicar o que é ganho compensatório? Então explica.
174) Qual a conversão alimentar e a eficiência alimentar esperada para frangos de corte aos 28, 35 e 42 dias
de idade quando abatidos?
175) Qual a conversão alimentar e a eficiência alimentar esperada para suínos de corte aos 60, 120 e 180 dias
de idade quando abatidos?
176) Como se trata o assunto conversão alimentar no caso de vacas em lactação e galinhas em postura que
pedem estar em ganho de peso zero?
177) Existe conversão alimentar para eqüinos, cães e gatos?
178) Qual a conversão alimentar de um animal em manutenção? E de um animal perdendo peso?
179) Escreva um texto expressando teu conhecimento sobre conversão alimentar e eficiência alimentar. O
ideal seria englobar todos os conhecimentos necessários para responder as questões deste item.
180) Quantos reais diminuiria o gasto em ração em um lote de 10.000 frangos abatidos com 2,2 kg de peso se
a conversão melhorasse de 2,0 para 1,8 e a ração custasse R$ 0,95/kg?

18) PROCESSAMENTO DE RAÇÃO


Não adianta somente calcular bem a dieta se não entendermos de processamento dos ingredientes que comporão esta ração.
181) Quais as formas de processamento de rações para suínos e aves, que você conhece?
182) Rações peletizadas são superiores a rações fareladas? Explique este assunto. Solta o verbo.
183) Considerando as espécies: aves, suínos, eqüinos, ovinos, bovinos, cães e gatos, quais as formas de
processamento que são mais usuais?
184)Tamanho de partícula na moagem de volumosos para ruminantes e equinos. O que você quer comentar
sobre este assunto para me provar que o conhece ao menos superficialmente?
185) Tamanho de partícula na moagem de ingredientes para formular concentrados. O que você quer
comentar sobre este assunto?
Para ruminantes e equinos: moagem grosseira, amassada, macachada
Para monogástricos: moagem fina tem que ver o TGM indicado pela pesquisa
186) Quando você for orientar o tamanho do picado de uma forrageira para fazer silagem o que você vai falar
sobre isso?
187) 188) 189) 190)
19) CÁLCULOS E INTERPRETAÇÔES
Este grupo de perguntas tem objetivo de ver se entenderam o que realmente é e como se faz o cálculo de uma ração.
191) Para não esquecer do Quadrado de Pearson faça uma dieta para um touro de férias que necessita de 11%
de PB e 65% de NDT. Escolha um volumoso e um concentrado proteico do quadro que seque e formule a
ração.
ALIMENTOS PB,% NDT,%
Cana de açúcar 4 53
Silagem de milho 8 66
Feno de alfafa 14 62
Farelo de arroz 12 72
Farelo de soja 46 80
Grão de milho 9 90
Farelo de algodão 36 72
Polpa cítrica 6 85

192) Um produtor te consulta e diz: “Iniciei um confinamento de bovinos fornecendo um balaio de silagem e 4
kg de ração por dia e queria saber se estou usando a dieta adequada”. O que você faria? O que diria ao
cliente potencial? O que faria para convencê-lo a te contratar para dar assessoria no confinamento? Desdobra
aí emergente. Apresente aí as perguntas que você faria a ele para poder responder a que ele te fez.

193) Porque existem no mercado premix mineral e vitamínico pronto para uso se o fabricante não sabe quais
ingredientes serão utilizados na formulação e, portanto não sabe quais são as deficiências que deverá
suplementar via premix?

194) Um equino de tração que pesa 600 kg está em trabalho pesado das 9 às 11 horas todos os dias, e ainda
precisa aumentar seu peso em 0,4 kg por dia para melhorar seu estado corporal. O nutricionista calculou uma
dieta baseado na análise bromatológica dos alimentos e das necessidades nutricionais recomendadas pelo
NRCeqüinos (não podia ser diferente). Isso resultou em fornecimento diário de 10kg de verde na MN, 8 kg de
feno na MN e 8 kg de concentrado na MN. Como você manejaria a oferta desta alimentação? Quais os
princípios básicos que nortearam a indicação deste manejo alimentar que você orientou?
Horário 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Total
Verde, kg
Feno, kg
Ração, kg
Descreva aqui os princípios da decisão do manejo alimentar indicado:
a)..........................................................................................................................................
b)..........................................................................................................................................
c)..........................................................................................................................................
195) Um produtor te consulta e diz que esta começando na pecuária de leite. Esta produzindo em um sistema
com 30 vacas em ordenha. Quase chorando ele te diz que a alimentação está muito cara e comendo ele por
uma perna (lembrem que no início da disciplina, questão 7, falamos sobre custo da alimentação). Conta o
choroso que está fornecendo por dia por vaca um saco de pasto cortado, meio fardo de feno e 5 canecas de
ração da cooperativa. Ele te pergunta: a dieta está correta? O que você iria fazer para assessorar o potencial
cliente? O que explicaria para ele?

196) Comente os erros das rações para suínos inicial.


-Observe que no primeiro quadro nos temos a composição da dieta (participação de cada ingrediente).
-Observe que no segundo quadro temos a composição bromatológica pedida e a composição bromatológica
formulada.
-Tua função aqui é ver quais os erros que tem nas 2 dietas e dizer o que teria que fazer para corrigir estes
erros.
a- Quadro de participação dos ingredientes (fórmula).

Dieta 1 Dieta 2
Ingredientes Kg Kg
far.carne 20,00 5,00
farelo soja 9,86 22,00
leite pó des. 20,70
milho, grão 30,00 47,00
farelo trigo 11,00 5,90
sorgo, grão 0,20 19,00
farelo arroz
óleo aves 4,50
metionina
lisina 0,20
fosf bicál 0,80
far. ostra 0,50
sal comum 0,20
premix min 0,10
premix vit 0,10
aditivo qq 0,20
caulim 2,40 0,50
Total 100,16 100,00

b - Quadro de composição bromatológica.

PB Metio ED Ca P FB

Dieta 1 19,00 0,41 3,45 0,65 0,95 4,50

Necessidade 18,00 0,51 3,40 0,65 0,50 4,00

Dieta 2 18,00 0,75 3,40 1,00 0,50 3,50

Necessidade 18,00 0,51 3,40 0,65 0,50 4,00

197) Comente os erros das rações para suínos inicial.


-Observe que no primeiro quadro nos temos a composição da dieta (participação de cada ingrediente).
-Observe que no segundo quadro temos a composição bromatológica pedida e a composição bromatológica
formulada.
-Tua função aqui é ver quais os erros que tem nas 2 dietas e dizer o que teria que fazer para corrigir estes
erros.

a- Quadros de participação dos ingredientes (fórmula).

Dieta
INGREDIENTES Dieta 1 2
Kg Kg
aveia, capineira 4,00 3,00
farelo de soja 0,20 0,50
aveia, grão 1,00 0,50
milho, grão 1,50 2,50
farelo trigo 1,20 1,00
lisina 0,10 0,10
fosf bicál 0,05 0,00
farinha de ostras 0,00 0,10
sal comum 0,05 0,10
Total 8,20 7,80

a- Quadro de composição bromatológica.

MS,kg
NUTRIENTES PB% Lisina% ED,Mcal Ca% P% FB%
8,20
Dieta 1 12,00 0,20 20,00 0,65 0,95 17,50
8,00
Necessidade 1 11,50 0,28 22,00 0,65 0,50 15,00
7,80
Dieta 2 11,50 0,21 24,00 1,00 0,50 12,00
8,00
Necessidade 2 12,00 0,09 22,00 0,65 0,60 15,00
198) Analise esta ração e diga o que está errado, depois como você faria para corrigi-la. Aí não existe nenhum
peguei-o-mané, é só o que falamos várias vezes em aula. Não tem truque, nunca faço pegadinha, não é do meu
sistema.

novilha de 250kg PB ENERGIA Ca P FB MS MN Fábrica


Ingrediente kg % kg Mcal/kg Mc T % g % g % kg % kg/d %

Past azev 1,50 16,0 0,24 2,30 3,45 0,6 9 0,4 6 23,0 0,3 20 7,5
Fen alfafa 14,0 0,00 2,30 0,00 1,2 0 0,3 0 30,0 0,0 86 0,0
Soja, farelo 47,0 0,00 3,60 0,00 0,4 0 0,7 0 7,0 0,0 88 0,0
Trigo, farelo 0,60 17,0 0,10 3,20 1,92 0,1 1 1,1 7 11,0 0,1 88 0,7 13,89
Milho, grão 1,50 9,0 0,14 3,80 5,70 0,1 1 0,3 4 3,0 0,0 88 1,7 34,72
Aveia, grão 2,00 13,0 0,26 3,20 6,40 0,1 2 0,4 7 12,0 0,2 88 2,3 46,30
Óleo 0,20 9,00 1,80 100 0,2 4,63
Fosfa bicálc 0,02 24,0 5 12,0 2 96 0,0 0,46
Calcár calcit 36,0 0 0,0 0 96 0,0 0,00
Dieta 5,82 12,7 0,74 3,31 19,27 0,3 18 0,4 26 12,0 0,7 47 12,4 100
Necessidade 5,28 14,4 0,76 3,41 18,00 0,5 24 0,3 16 15,0 0,8

199) Um determinado eqüino de tração que pesa 600 kg está em trabalho pesado duas horas pela manha e
duas pela tarde, e ainda precisa aumentar seu peso em 0,25 kg por dia para melhorar seu estado corporal que
está um pouco abaixo do que se quer. Você calculou uma dieta que para atender as necessidades de nutrientes
do animal resultou em fornecimento diário de 6 kg de feno 5 kg de verde e 9 kg de concentrado a base de
milho.
a - Mostre aí no quadro como você faria o protocolo de oferta desta alimentação?

Hora do dia 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Total

Verde

Feno

Concentrado

b - Quais princípios básicos que nortearam seu cabeção para ter feito esse manejo?
1-
2-
3-
200) Diante do quadro com os alimentos.
ALIMENTOS PB,% EM, Kcal/kg
Cana de açúcar 4 2250
Silagem de milho 8 2500
Feno de alfafa 14 2450
Farelo de arroz 12 2800
Farelo de soja 46 3200
Grão de milho 9 3300
Farelo de algodão 36 2800
Polpa cítrica 6 2500
a- Quadrado de Pearson. Escolha um alimento concentrado energético e um volumoso para compor uma
dieta com 12% de PB para um touro. (fizemos uma em aula no quadro, mas com outros valores e de mesmo
raciocínio)
b- Método Algébrico. Monte as 3 equações de regressão que são necessárias no método algébrico para se
calcular uma dieta a partir de 3 ingredientes atingindo 20% de PB e 3.000 kcal de EM para aves.
(fizemos uma em aula no quadro, mas com outros valores e de mesmo raciocínio)

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