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Artigo original Internacional Arco. Otorrinolaringol. 2013;17(2):157-162.


DOI: 10.7162/S1809-97772013000200007

Associação entre queixas de tontura e hipertensão em idosos não


institucionalizados
Anália Rosário Lopes1, Michelle Damasceno Moreira2, Celita Salmaso Trelha3, Luciana Lozza de Moraes Marchiori4.

1) Aluno do Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação vinculado à Universidade Estadual de Londrina (UEL)/Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Londrina,
Paraná. Professor da Faculdade União da América, Foz do Iguaçu, Paraná.
2) Aluno do Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação vinculado à UEL/UNOPAR, Londrina, Paraná. Fisioterapeuta admitido após concurso público pelo Programa
Saúde da Família.
3) Doutor em Medicina e Ciências da Saúde pela Universidade de Londrina. Professor do Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação vinculado à UEL/UNOPAR, Londrina, Paraná.

4) Doutor em Medicina e Ciências da Saúde pela Universidade de Londrina. Professor do Programa de Mestrado em Ciências da Reabilitação vinculado à UEL/UNOPAR, Londrina, Paraná.

Instituição: Universidade Estadual de Londrina.


Londrina/PR – Brasil.
Endereço para correspondência: Anália Rosário Lopes - Rua da Cosmoética, 1847 - Bairro: Tamanduazinho / Foz do Iguaçu / PR - Brasil - CEP: 85853-755 - E-mail: analialopes80@gmail.com
Artigo recebido em 9 de abril de 2012. Artigo aceito em 8 de novembro de 2012.

SRESUMO
Introdução:O avanço da idade aumenta o risco de uma série de doenças crónicas. A hipertensão e a tontura são altamente
prevalentes na população idosa e representam grandes problemas de saúde.
Objetivo:Verificar a associação entre queixa de tontura e presença de hipertensão em idosos não institucionalizados.

Método:Trata-se de um estudo de coorte transversal prospectivo da população idosa de Londrina, Paraná, quanto ao envelhecimento e
longevidade. O tamanho amostral necessário foi calculado e indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, foram
selecionados aleatoriamente. Os dados foram coletados por meio de questionário abrangendo informações sociodemográficas e casos
autorreferidos de hipertensão e tontura. A análise estatística foi realizada utilizando o teste qui-quadrado com pd” 0,05 como nível de
significância. Resultados:Participaram do estudo 493 idosos, dos quais 257 (52,1%) queixaram-se de tontura e 308 (62,5%) relataram
diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica. A tontura foi significativamente associada à hipertensão (-2=6,26, p = 0,01) e sexo feminino.

Conclusões:A hipertensão e a tontura foram altamente prevalentes e estiveram significativamente associadas, mostrando a grande necessidade de
investimentos em medidas preventivas.
Palavras-chave:Idoso; Tontura; Hipertensão.

decorrentes de problemas oculares, neurológicos, psiquiátricos,


EUINTRODUÇÃO
metabólicos e cardiovasculares (2).

O crescimento do envelhecimento da população e o O paciente com tontura geralmente relata dificuldade


aumento da longevidade associados às mudanças no estilo de concentração mental, perda de memória, cansaço e quedas.
de vida afetaram os padrões de morbidade e mortalidade. O A insegurança física gerada pela tontura e pelo desequilíbrio
avanço da idade aumenta o risco de diversas doenças pode levar à irritabilidade, perda de confiança, medo de sair
crônicas, e a tontura e a hipertensão (hipertensão arterial sozinho, ansiedade, depressão ou pânico, podendo alterar a
sistêmica; HAS) tornaram-se altamente prevalentes entre os rotina de vida e afetar relações familiares, sociais e
idosos. profissionais, causando por sua vez perda de confiança,
concentração e renda (1). A tontura interfere na qualidade de
A tontura é a ilusão de movimento do indivíduo ou do vida (QV) do indivíduo e pode restringir determinados
ambiente ao seu redor. Esse sintoma pode ser causado por movimentos da cabeça e do corpo, dificultando suas atividades
disfunção de qualquer segmento dos sistemas relacionados ao profissionais, domésticas, sociais e/ou de lazer (3).
equilíbrio corporal. A tontura de caráter rotacional é chamada
de vertigem (1). Esses sintomas são altamente prevalentes em A tontura é uma das principais causas de quedas em
todo o mundo, afetando aproximadamente 2% dos adultos idosos. O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil tem
jovens, 30% dos idosos com 65 anos e até 50% dos indivíduos aumentado anualmente os gastos com tratamento de
com mais de 85 anos. A tontura tem origem no sistema fraturas em idosos e, até outubro de 2009, R$ 57,61 milhões
vestibular em 85% dos casos, sendo o restante foram gastos em internações (4).

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Tinetti (5) relata que as quedas são a causa de O questionário de coleta de dados foi elaborado pelos
aproximadamente 10% das internações hospitalares de próprios autores para abordar fatores sociodemográficos
emergência e 6% das consultas de urgência e estão (como idade, sexo, etc.) e diagnóstico de hipertensão
associadas à restrição de mobilidade, ao declínio da autorreferido por médico e episódios de tontura nos últimos 3
capacidade de realizar atividades diárias e ao aumento do anos. A pressão arterial de nenhum participante foi medida e
risco de institucionalização . nenhum outro instrumento de precisão foi utilizado; apenas
relatos orais foram considerados. Este estudo foi aprovado pelo
A hipertensão é uma doença crônica de origem Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Norte do Paraná
multifatorial, altamente prevalente no Brasil e constitui sério (UNOPAR), protocolo número 0070/09.
fator de risco para o desenvolvimento de doenças
cerebrovasculares e cardíacas (6). Pressão alta e tontura estão A análise estatística incluiu análise descritiva de
frequentemente associadas porque uma pessoa com variáveis categóricas e análise qui-quadrado com
hipertensão não controlada pode apresentar tontura; na nível de significância p < 0,05 para examinar as
verdade, a tontura pode ser o único sintoma de hipertensão. possíveis associações entre tontura e hipertensão e
entre tontura e hipertensão e sexo. Foi utilizado o
A hipertensão arterial atinge aproximadamente 50% da programa estatístico SPSS15.0.
população com mais de 60 anos, sendo responsável por 80% dos casos
de acidente vascular cerebral, 60% dos casos de infarto agudo do
miocárdio e 40% das aposentadorias precoces e com custo médio de R$ RRESULTADOS
475 milhões para o 1,1 milhões de internações por ano (7, 8).
Foram incluídos no estudo 493 indivíduos com idade
O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre 60 e 97 anos (mediana, 69 anos; primeiro quartil, 64 anos;
entre tontura e hipertensão em idosos residentes, terceiro quartil, 74 anos), dos quais 330 (66,9%) eram mulheres
incluindo homens e mulheres, das 5 diferentes (Figura 1).
regiões da cidade de Londrina.
Do total de idosos, 257 (52,1%) queixaram-se
de tontura, dos quais 76,3% eram mulheres, e 308
MÉTODOS (62,5%) relataram diagnóstico de hipertensão, dos
quais 66,9% eram mulheres e 33,1% homens.
Foi realizado um estudo histórico de coorte transversal
em uma comunidade de idosos não institucionalizados da
cidade de Londrina, Paraná, participantes do Estudo sobre A análise do qui-quadrado da relação entre
Envelhecimento e Longevidade. Os critérios de inclusão foram hipertensão e tontura resultou em -2valor de 6,26 com
idade superior a 60 anos, ambos os sexos, vida independente, probabilidade associada (valor de p) de 0,01 para 1 grau
nível de Estado Funcional proposto por Spirduso (9) de 3 ou 4 e de liberdade, mostrando que é pouco provável que tal
consentimento informado voluntário para participar do estudo relação apareça apenas em decorrência de erro amostral
(indicado pela assinatura livre do termo de consentimento). (aleatório) (Tabela 1).
Foram excluídos idosos com problemas cognitivos que não
atingiram a pontuação mínima no Mini Exame do Estado Mental
(MEEM) (a nota de corte foi 19 para os analfabetos e 25 para os
alfabetizados, após estudo de Lourenço e Veras (10)), idosos
com problemas auditivos não corrigidos e aqueles que não 100
162
desejaram participar da pesquisa.
50
90
91

A população do estudo foi composta por 43.610 idosos


cadastrados em 38 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da zona 80

urbana de Londrina. O tamanho amostral necessário foi


calculado em 343 indivíduos. A amostra foi aumentada para 493
indivíduos com mais de 60 anos para levar em conta o grau de 70

perda amostral típico de estudos com idosos. A amostra foi


escolhida aleatoriamente, mas levando em consideração as
60
diferenças socioeconômicas entre as 5 regiões da cidade (norte,
IDADE
sul, centro, leste e oeste). Foi assumido um erro amostral de 5%
para os cálculos do tamanho da amostra. Figura 1.Distribuição etária da amostra.

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Tabela 1.Associação entre tontura e hipertensão em Mesa 2.Associação entre tontura e sexo em idosos.
idosos.
SAH Total Sexo Total
Ausente Presente Macho Fêmea
Tontura Ausência de tontura 102 134 236 Tontura Ausência de tontura 102 134 236
Presença de tontura 83 174 257 Presença de tontura 61 196 257
Total 185 308 493 Total 163 330 493
Teste qui-quadrado (-2=6,26; p = 0,01). Teste qui-quadrado (-2=21h10; p < 0,001).
HAS: hipertensão arterial sistêmica

Tabela 3.Associação entre hipertensão e sexo em


idosos.
Gênero Total
A análise da relação entre tontura e sexo
Macho Fêmea
mostrou associação entre sexo feminino e tontura (-2=
21,10, p < 0,001; Mesa 2). Houve também associação SAH SAHausente 73 112 185
SAHpresente 90 218 308
entre sexo feminino e diagnóstico de hipertensão (-2=
5,47, p = 0,02, 1 grau de liberdade; Tabela 3). Total 163 330 493
Teste qui-quadrado (-2=5,47; p = 0,02).

DISCUSSÃO
Alterações sensoriais, diminuição da acuidade visual e e alterações emocionais em idosos e podem resultar em outros
comprometimento da propriocepção e do sistema vestibular problemas de saúde, como quedas e fraturas. Portanto, tanto a
reduzem os estímulos ambientais e deixam os indivíduos mais prevenção quanto o tratamento são sugeridos para melhorar a
suscetíveis a quedas, exigindo uma abordagem multifacetada qualidade de vida desses indivíduos.
para reduzir o risco dessas quedas. Ações integradas e cuidados
especializados são utilizados para monitorar a população de O tratamento farmacológico para tontura deve ser utilizado
maior risco e incentivá-la a tomar medidas preventivas para com cautela e apenas por curto período de tempo devido à sua
minimizar o risco de quedas futuras (11, 12). interferência na compensação natural do sistema nervoso central
(SNC). Quando esse tratamento for adequado, como nos casos de
Dos 257 indivíduos com tontura, 76,3% eram mulheres. Essa vertigem com duração superior a alguns dias, deve ser retirado
distribuição por gênero está de acordo com estudos que mostram gradativamente ao longo de alguns dias (16). É importante lembrar
que as mulheres são suscetíveis a tonturas, possivelmente devido a que os idosos apresentam mais frequentemente comorbidades e,
alterações hormonais, e também com o fato de as mulheres portanto, fazem uso de múltiplos medicamentos, cujas interações
procurarem com maior frequência os serviços de saúde (13,14). podem causar efeitos indesejáveis, como tontura. Portanto, uma
história detalhada incluindo todos os medicamentos utilizados é
O presente estudo examinou apenas pessoas com mais de uma parte importante da investigação diagnóstica de pacientes
60 anos e encontrou prevalência de tontura de 52,1%. A tontura tem idosos com tontura.
sido considerada uma síndrome geriátrica, um problema de saúde
multifatorial resultante dos efeitos cumulativos de déficits em A hipertensão em idosos exige uso constante de
múltiplos sistemas que tornam os idosos mais vulneráveis aos medicamentos e também pode causar tonturas. Um estudo
desafios situacionais. O envelhecimento provoca perda de equilíbrio sobre intervenção terapêutica em pacientes com
e alterações na massa muscular e óssea (15). hipertensão realizado em 49 indivíduos pelo Centro de
Referência em Serviço Social de Fortaleza constatou que
As quedas e suas consequências para os idosos embora mais de 50% dos participantes utilizassem apenas
assumiram dimensões epidêmicas no Brasil. Os custos modalidades de tratamento não farmacológico, como dieta
para o idoso que cai e sofre fratura são incalculáveis; e exercícios, 49% relataram reações adversas. os mais
pior ainda, toda a família é afetada quando o idoso com citados foram poliúria e tontura (29% cada) (17).
fratura necessita de internação e/ou tratamento
cirúrgico. Os custos para o sistema de saúde também Às vezes, a tontura pode ser um sintoma de crise
são elevados (4). hipertensiva. De acordo com FEITOSA-FILHO(18), a crise
hipertensiva é uma condição clínica caracterizada por um
Em resumo, a tontura pode causar problemas físicos, funcionais, aumento súbito da pressão arterial (para >180/120 mmHg)

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acompanhada de sintomas que podem ser leves (cefaleia, homens era de 33,9%, variando de 9% no grupo de 18 a 29
tontura e zumbido) ou graves (dispneia, dor torácica, coma anos a 44% entre aqueles de 70 a 99 anos (26).
e até morte) com ou sem lesão aguda de órgão-alvo.
Portanto, a tontura pode ser o primeiro sinal de alerta para Alves et al. (24) demonstraram em seu estudo que as
orientar o paciente ou médico a investigar a possibilidade doenças crônicas influenciam fortemente a capacidade
de hipertensão. funcional dos idosos. A presença de hipertensão aumentou
em 39% a probabilidade de um idoso ser dependente nas
Foi relatado que a vertigem posicional paroxística atividades instrumentais da vida diária.
benigna (VPPB) afeta 36,7% de uma população idosa com
distúrbios vestibulares periféricos e é responsável por 33% das A hipertensão arterial (HAS) é uma importante
queixas de tontura na atenção primária (19). SCZEPANEKe outros. doença circulatória que pode afetar os sistemas auditivo e
(20) confirmaram que a VPPB é a causa mais frequentemente vestibular periférico e/ou central. Muitos estudos em idosos
subdiagnosticada de tontura em idosos na atenção primária. abordaram a associação entre hipertensão e tontura e/ou
Portanto, os prestadores de cuidados primários devem dar mais vertigem. Um estudo comparando a frequência de vertigem
atenção aos distúrbios vestibulares comuns. em pacientes idosos com e sem hipertensão em 238
indivíduos descobriu que 23,8% dos pacientes hipertensos
A tontura pode afetar a qualidade de vida dos idosos. O relataram vertigem, enquanto 16% dos indivíduos não
“Dizziness Handicap Inventory” (DHI) foi desenvolvido para hipertensos relataram tontura, mas não houve associação
medir os níveis autopercebidos de deficiência física, funcional e significativa (27).
emocional associados à tontura. Esses sintomas podem gerar
frustração, medo de sair sozinho ou de ficar sozinho em casa, A utilização apenas de informações autorreferidas sobre
preocupação com a autoimagem, dificuldade de concentração, a presença de hipertensão é uma limitação do nosso estudo.
sentimento de fracasso, mudanças nas relações familiares ou Segundo Zaitune et al. (28), as informações sobre morbidade
sociais e depressão (21, 22). ajudam a identificar indivíduos que foram diagnosticados pelo
menos uma vez na vida, mas omitem aqueles que desconhecem
A prevalência de hipertensão em idosos é sua hipertensão e podem, portanto, subestimar a prevalência.
superior a 60% e está se tornando o fator determinante No entanto, outros estudos descobriram que a prevalência de
de morbidade e mortalidade nesta população, exigindo hipertensão autorreferida durante uma entrevista provou ser
assim a identificação adequada do problema e condutas uma estimativa válida da prevalência de hipertensão na
terapêuticas adequadas (23). população.

Estudo realizado com dados do Projeto Saúde, A hipertensão é uma das doenças mais comuns nos
Bem-Estar e Envelhecimento na América Latina e idosos e impõe enormes exigências ao sistema de saúde. A
Caribe (SABE) de 1.769 idosos de São Paulo constatou tontura é a causa mais frequente de quedas em idosos, o que
que essa população era predominantemente afeta a qualidade de vida dessa população, além de impor
feminina (58,8%) e que a hipertensão era a mais custos exorbitantes decorrentes das fraturas. É importante
comum condição crônica (53,4%) (24). prestar mais atenção a estas condições e implementar medidas
preventivas e desenvolver programas de promoção da saúde
Na nossa pesquisa, 62,5% dos participantes relataram para o ambiente de cuidados primários.
hipertensão; destes, 66,9% eram mulheres e 33,1% homens. Em
estudo transversal com amostra randomizada de 892 pessoas
representativas da população adulta da cidade de Campo CONCLUSÕES
Grande, MS, Souza et al. (25) constataram que a prevalência de
hipertensão foi de 41,4% no geral, sendo 51,8% em homens e Nossos dados mostram uma associação
33,1% em mulheres. Dos 370 indivíduos com hipertensão, significativa entre tontura e hipertensão, bem como
apenas 69,18% tinham conhecimento da sua doença (p < 0,001). altas taxas de prevalência de hipertensão e tontura
Deve-se ter em mente que a hipertensão foi autorreferida em nesta população idosa.
nosso estudo, portanto é altamente provável que o número de
hipertensos tenha sido maior que o relatado. Além de evitar o uso excessivo de medicamentos e
manter o controle adequado da pressão arterial, cuidados
especiais devem ser tomados no diagnóstico diferencial de
Um estudo realizado com 110.489 habitantes da cidade de tontura associada à vertigem posicional paroxística benigna
Catanduva, em São Paulo, utilizando uma amostra aleatória de 688 e outros distúrbios, a fim de evitar tonturas e outros
adultos (>18 anos), 286 homens e 402 mulheres, encontrou uma sintomas que podem levar a quedas e outros danos aos
prevalência de hipertensão de 31,5%. A prevalência em idosos.

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