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Doenças

cardiovasculares
São o conjunto de doenças que afetam o aparelho
cardiovascular, designadamente o coração e os vasos
sanguíneo. As doenças cardiovasculares incluem:
• As doenças cardíacas coronárias;
• As doenças vasculares cerebrais;
• As doenças arteriais periféricas;
• A hipertensão;
• As doenças cardíacas congénitas;
• A trombose venosa profunda;
• A embolia pulmonar
Doenças cardiovasculares

• principal causa de morte no mundo


• Maior causa de morte no mundo (OMS,
2008).
• Em 2008 - 17,3 milhões de pessoas
morreram devido a doenças
cardiovasculares, isto é, 30% de todas as
mortes a nível global.

• No futuro, no ano de 2030, estima-se


cerca de 25 milhões de mortes por
doenças cardiovasculares (OMS, 2008).
• Representam a principal causa de morte
em Portugal e são a principal causa de
incapacidade.
Fatores de risco
✓ Fatores idiossincráticos
• A idade e história familiar encontram-se são as
condições que aumentam o risco de uma pessoa vir a
desenvolver doenças no aparelho cardiovascular.
• São fatores de risco individuais sobre os quais podemos
influir e modificar e que estão ligados ao estilo e ao modo
de vida atual.
Fatores de risco
- Tabagismo
• 50 % das causas de morte evitáveis
• O risco aumenta quando a exposição se inicia antes dos 15
anos de idade, em particular para as mulheres, uma vez que
o tabaco reduz a proteção relativa aparentemente conferida
pelos estrogénios. As mulheres que recorrem à
anticoncepção oral (toma da pílula) e que fumam estão
sujeitas a um maior risco de acidente cardiovascular: por
exemplo, o risco de enfarte do miocárdio aumenta de seis a
oito vezes.
• Os fumadores de mais de um maço de cigarros por dia têm
quatro vezes mais enfartes do miocárdio do que os não
fumadores. Os não fumadores, quando têm enfartes, têm-nos
dez anos mais tarde que os consumidores de tabaco.
• O tabagismo favorece o aparecimento da Angina de Peito, do
Enfarte do Miocárdio e da Doença Arterial Periférica e pode
levar, inclusive, à morte.
✓ Sedentarismo
• A inatividade física é reconhecida como um importante fator de
risco para as doenças cardiovasculares.
• Atinge uma percentagem muito elevada da população, incluindo
adolescentes e jovens adultos.
• A falta de prática regular de exercício físico potencia outros fatores
de risco suscetíveis de provocarem doenças cardiovasculares, como a
hipertensão arterial, obesidade, diabetes ou hipercolesterolemia.

✓ Diabetes e Obesidade
• Os riscos de um AVC ou do desenvolvimento de uma outra doença
cardiovascular aumentam com o excesso de peso, mesmo na ausência de
outros fatores de risco.
✓ Maus hábitos alimentares
• A alimentação constitui um fator na proteção da
saúde e quando desequilibrada, contribui para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares, entre
outras.
• o excesso de sal, gorduras, álcool e açúcares de
absorção rápida na alimentação, por um lado, e a
ausência de legumes, vegetais e frutos frescos, são
fatores de risco associados às doenças cardiovasculares.
• Para ser saudável, a alimentação deve ser variada e
polifracionada (muitas refeições ao longo do dia).

✓ Hipercolesterolemia
• quando os valores do colesterol no sangue são
superiores aos níveis máximos recomendados em função
do risco cardiovascular individual. O colesterol é
indispensável ao organismo, quaisquer que sejam as
células orgânicas que necessitem de regenerar-se,
substituir-se ou desenvolver-se.
Tipos de colesterol
Hipertensão
arterial
• Situações em que se verificam valores de
pressão arterial aumentados.

• Quando apenas os valores da “máxima” estão


alterados, diz-se que o doente sofre de
hipertensão arterial sistólica isolada;
• Quando apenas os valores da “mínima” se
encontram elevados, o doente sofre de
hipertensão arterial diastólica.

• A hipertensão arterial associada a um maior


risco de doenças cardiovasculares.
Stress excessivo
O stress é inevitável, sendo
uma consequência do ritmo
de vida atual. É difícil
definir com exatidão o stress
porque os fatores diferem de
pessoa para pessoa. No
entanto, a sensação de
descontrolo é sempre
prejudicial e pode ser um
sinal para abrandar o ritmo
de vida.
Formas de Prevenção
das Doenças
Cardiovasculares

É possível reduzir o risco de doenças


cardiovasculares através da adoção de um estilo de
vida mais saudável:

• Deixar de fumar;
• Controlar regularmente a pressão arterial, o
nível de açúcar e gorduras no sangue;
• Ter uma alimentação mais saudável,
privilegiando o consumo de legumes, vegetais,
fruta e cereais;
• Praticar exercício físico moderado com
regularidade;
• Realizar exames periódicos de saúde.
• Dificuldade em respirar

• Angina de peito: Quando, durante um esforço físico, se tem uma


sensação de peso, aperto ou opressão por detrás do esterno, que por
vezes se estende até ao pescoço, ao braço esquerdo ou ao dorso;

• Alterações do ritmo cardíaco;


Diagnóstico
• Enfarte do miocárdio: o sintoma mais característico é a existência
de dor prolongada no peito por vezes acompanhada de ansiedade, falta
de força e vómitos.

• Insuficiência Cardíaca: quando o coração é incapaz de, em


repouso, bombear sangue em quantidade suficiente através das artérias
para os órgãos, ou, em esforço, não consegue aumentar a quantidade
adicional necessária.
Diabetes

• Diminuição da produção de insulina pelo pâncreas ou a sua


deficiente utilização na regulação dos açúcares no organismo
(OMS, 2008).
• Estima-se que mundialmente cerca de 347 milhões de pessoas
tenham diabetes.
• A taxa de mortalidade é elevada, tendo vitimado cerca de 3,4
milhões de pessoas no ano de 2004 e segundo a OMS terá
tendência para aumentar em cerca de dois terços até 2030 (OMS,
2008).
• A Diabetes é uma doença crónica que se caracteriza por uma
elevada taxa de glicose (açúcar) no sangue e por uma falta parcial
ou total de insulina.
• Frequente na população idosa (ocorre em 20% acima dos 70 anos)
• O aparecimento da doença poder-se-á dever a uma predisposição
genética ou a fatores como: o aumento de peso; a falta de atividade
física; stress; infeções; grandes cirurgias ou medicação.
Sintomas da
Diabetes:
o Perda de peso;
o Muita sede;
o Urina em grande quantidade e diversas vezes;
o Fome em excesso;
o Fadiga fácil;
o Deterioração da acuidade visual;
o Dormência ou formigueiro nas pernas;
o Dificuldade de cicatrização das feridas;
o Infeções constantes;
A diabetes não controlada poderá causar:
derrames cerebrais; ataques cardíacos,
cegueira, amputação de membros, doenças
renais e impotência sexual.

O paciente diabético deve:


✓ Fazer no mínimo quatro refeições ao dia,
em pequenas quantidades;
✓ Não ingerir açúcares ou fritos;
✓ Comer legumes ou verduras;
✓ Beber muita água;
✓ Não ficar muitas horas seguidas sem se
alimentar
• Mundialmente, ocupa o sexto lugar das causas de morte mais
frequentes, causando a morte a cerca de 2 milhões de pessoas
(2004), isto é, 3,5% do total de mortes mundial (OMS, 2008).
VIH/SIDA • É provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH),
que penetra no organismo por contacto com uma pessoa
infetada. A transmissão pode acontecer:
O vírus ao entrar no organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo, onde começa de imediato a replicar-
se, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo e deixando a
pessoa infetada (seropositiva), mais debilitada e sensível a outras doenças.

Também podem surgir alguns tipos de tumores(cancros).

Entre essas doenças, encontram-se:


Citomegalovir Criptosporidios Sarcoma de
Tuberculose; Pneumonia Candidose us
Toxoplasmose
e Kaposi
Sintomas do HIV
• A fase aguda da infeção com VIH ocorre uma a
quatro semanas após o momento do contágio.
• A fase aguda da infeção com VIH dura entre 1 a 3
semanas..
Prevenção
• Usar sempre preservativo nas relações
sexuais
• Não partilhar agulhas, seringas, material
usado na preparação de drogas injetáveis e
objetos cortantes (agulhas de acupunctura,
instrumentos para fazer tatuagens e
piercings, de cabeleireiro, manicura).
• É preciso ter atenção à utilização de objetos,
uma vez que, se estiverem em contacto com
sémen, fluidos vaginais e sangue infetados,
podem transmitir o vírus.
• https://www.lisboa.pt/atualidade/reportagens/vih-uma-historia-que-
ainda-se-escreve#&gid=lightbox-group-13464&pid=0
Doenças Respiratórias
Doenças
Respiratórias

Fatores de Risco:
o Tabagismo;
o Poluição;
o Exposição profissional a
poluentes atmosféricos;
o Condições alérgicas;
o Doenças do sistema imunitário
Tipos de Doenças
Respiratórias:
• Broncopatias

• Pneumopatias

• Transtornos respiratórios

• Fístula do trato respiratório

• Doenças torácicas

• Transtornos da motilidade ciliar

• Doenças nasais

• Hipersensibilidade respiratória

• Infeções respiratórias

• Doenças da traqueia

• Doenças da laringe ou laringopatias

• Doenças pleurais

• Anormalidades do sistema respiratório

• Neoplasias do sistema respiratório


Diagnóstico de
Doenças Respiratórias

Sintomas da Doença Respiratória:


o A tosse;
o A rouquidão;
o O nariz entupido;
o Dores no peito;
o Dores de garganta;
o Garganta irritada;
o Pingo no nariz;
o Dificuldade em respirar quando não está a fazer
esforço (a subir escadas, a andar, a fazer exercício);
o Dispneia.
Doenças Oncológicas
Doenças Oncológicas
• A doença oncológica, é caracterizada por uma proliferação anormal de células. No organismo as células
crescem, dividem-se em novas células e morrem através de um processo ordenado.

• No entanto, existem situações em que algumas células se dividem de maneira desorganizada, não morrem
e se continuam a formar mesmo quando não são precisas. Com o passar do tempo estas células acumulam-se e
formam uma massa não funcional de células doentes à qual se dá o nome de Tumor ou Neoplasia. Os tumores
podem ser benignos ou malignos, mas apenas os malignos são designados de cancro por terem a capacidade
de invadir os tecidos circundantes e de se espalharem pelo organismo através dos sistemas circulatório e
linfático, dando nome a metástases.
Fatores de Risco
• Uma grande percentagem dos cancros
desenvolve-se devido a alterações (mutações)
que ocorrem nos genes e aumentam o risco de
ocorrência de cancro.
• Com o passar do tempo, vários fatores
ambientais e/ou hereditários podem agir
conjuntamente e fazer com que uma célula
normal se torne numa célula cancerígena, após
ocorrerem uma série de alterações genéticas.
Algumas destas alterações passam de pais para
filhos, aumentando a probabilidade de um
descendente poder vir a desenvolver a doença.
• Para além dos fatores de risco
relacionados com uma história familiar, muitos
outros estão relacionados com o ambiente ou os
hábitos e comportamentos das pessoas e, como
tal, podem ser evitados, contrariamente aos
fatores hereditários.
Os fatores de risco, mais comuns, são:

o Luz solar;
o Envelhecimento;
o Radiação ionizante;
o Alguns vírus e bactérias;
o Álcool;
o Má alimentação;
o Falta de exercício físico;
o Determinadas hormonas;
o Tabaco;
o Excesso de peso;
o Determinadas substâncias químicas.
É importante ter em consideração, ainda,
alguns aspetos relevantes no que respeita ao
diagnóstico desta doença:

• O cancro não é causado por uma


ferida, um inchaço ou uma contusão;
• Pertencendo o cancro ao grupo das
Doenças Não Contagiosas, esta doença
não passa de pessoa para pessoa;
• Estar infetado com um vírus ou
bactéria pode aumentar o risco de
alguns tipos de cancro, mas não
significa que aumente obrigatoriamente
em caso de infeção;
• Se uma pessoa tiver um ou mais fatores
de risco, não quer dizer que venha a ter
cancro.
Sintomas
Costuma-se dizer que o cancro pode ser
uma “doença silenciosa”, ou seja, não
provoca sintomas que sejam associados
ao seu desenvolvimento e como tal, em
algumas situações, quando a pessoa se
apercebe, a doença já está num estado
muito avançado. No entanto, existem
variados sintomas que podem ser
associados a esta doença, mas que não
são, obrigatoriamente, indicadores da
sua ocorrência, podendo estar ligados,
também, a outros problemas de saúde.
Alguns desses sintomas são:

• Uma “massa” anormal que


aparece em qualquer parte do
corpo;
• Aparecimento de um sinal novo
ou alteração de um já existente;
• Uma ferida que não cicatriza;
• Rouquidão ou tosse persistente;
• Alterações relevantes na rotina
intestinal ou da bexiga;
• Fezes brancas ou com sangue e
urina escura
• Descamação da pele;
• Dificuldade em engolir;
• Ganho, ou perda de peso, sem
motivo aparente;
• Sangramento ou qualquer
secreção da pele anormal;
• Sensação de fraqueza ou extremo
cansaço.
Tratamento • Apresenta uma taxa de sucesso de tratamento maior
que as outras doenças crónicas.
e rastreio • Os tumores são classificados de acordo com o local,
tipo de tecido e grau de malignidade, havendo
tratamentos adequados para cada um deles.
• Para confirmar o diagnóstico de cancro o médico
precisa de fazer uma biópsia, para fazer uma avaliação
do tipo e extensão do tumor.
• Depois desta avaliação a estratégia terapêutica a seguir
pode ser planeada tendo em conta o estado clínico e a
idade do paciente.
• O tratamento é mais eficaz quando detetado
precocemente.
• Importância do rastreio.
Doença de Parkinson
Doença de Parkinson

• A Doença de Parkinson tem um


carácter crónico e neuro-degenerativo.
• É uma doença cuja evolução leva a
situações de grave incapacidade,
morbilidade e deficiência.
• A doença de Parkinson é a segunda
doença neuro-degenerativa mais
comum nos idosos, a mais frequente e
pela sua grande prevalência, cerca de
160 por 100.000 habitantes na faixa
etária de 65 anos ou mais na Europa,
que tem tendência a aumentar, por
consequência direta do
envelhecimento populacional.
Prevalência da Doença de Parkinson

• A Doença de Parkinson é a segunda doença neuro-


degenerativa mais comum nos idosos, logo a seguir
à Doença de Alzheimer, com uma prevalência na
Europa de cerca de 160 por 100.000 habitantes na
faixa etária de 65 anos ou mais. Já em Portugal, e
embora os dados não sejam recentes, estima-se que
a prevalência seja de 130/100.000 habitantes.
Valores que tendem a aumentar consideravelmente
nos próximos anos, como consequência do
envelhecimento populacional, visto a idade
constituir só por si, um fator de risco. Por isso, esta
doença manifesta-se geralmente durante a quinta
ou a sexta década da vida ou em casos excecionais
mais cedo. Sendo uma doença que afeta ambos os
sexos com ligeira preponderância para o sexo
masculino. De salientar que dentro das doenças do
sistema extrapiramidal a doença de Parkinson é a
mais frequente
Causas e
Fisiopatologia
Sinais, Sintomas e Diagnóstico
Tratamento da
doença de Parkinson
• Devido às características desta patologia, a medicação tem um
papel importante, sendo a levodopa, substituto da dopamina, a
droga mais utilizada. No entanto, está amplamente documentado
que o uso prolongado da terapêutica dopaminérgica embora
melhore a função motora, resulta em discinesias e flutuações na
resposta motora que são irreversíveis. Assim sendo, os pacientes
enfrentam uma deterioração implacável na mobilidade e
atividades da vida diária (AVD), que podem resultar no
acamamento e dependência.

• Tentando colmatar esta lacuna surgem intervenções


cirúrgicas. No entanto os tratamentos cirúrgicos acarretam riscos
e não podem ser utilizados na maioria dos utentes. Desta forma,
a Doença de Parkinson encontra-se atualmente no patamar das
doenças neurológicas degenerativas com maior impacto ao nível
funcional dos indivíduos. Sabe-se que a fisioterapia pode dar o
seu contributo, dado que os programas de exercício podem ser
uma estratégia eficaz para atrasar ou inverter o declínio funcional
tendo sido suportada cientificamente por uma grande quantidade
de evidência nos últimos anos. O tratamento de utentes com
Doença de Parkinson deve ser multidisciplinar, o que inclui a
coordenação do tratamento farmacológico com o não
farmacológico.
Alzheimer
Estratégias
para prevenir
a Doença de
Alzheimer

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