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2 ENDOCARDIOSE DE VALVA MITRAL


A degeneração mixomatosa da válvula mitral (MVMD), também conhecida como endocardiose da
válvula mitral, é uma cardiomiopatia que ocorre frequentemente em cães, mas raramente em gatos
(BELENERIAN, 2003). Essa patologia acomete principalmente animais idosos e de pequeno porte,
alguns estudos relatam que a endocardiose ocorre com maior frequência em algumas raças, como
Boston Terrier, Cavalier,, Terrier, Schnauzer, Poodle, Fox e Pinscher. Conhecida também como “doença
do cão velho”, devido a sua incidência aumentar proporcionalmente com a idade do animal, a
etiopatogenia da endocardiose ainda é desconhecida (SANTOS e ALESSI, 2017).
Essa cardiomiopatia é uma enfermidade adquirida, ou seja, não está associada a processos
inflamatórios ou agentes infecciosos. Todas as valvas podem ser afetas na endocardiose, contudo é
mais frequente na válvula mitral.
Segundo SANTOS e ALESSI (2017), podemos observar macroscopicamente um aumento de espessura
nodular, com coloração brancacenta ou amarelada, de aspecto liso e brilhante nas bordas livres das
válvulas com endocardiose e histologicamente, nota-se substituição da camada esponjosa
composta de colágeno frouxo da válvula, por um tecido conjuntivo deteriorante, chamado de
mixomatoso (SANTOS e ALESSI, 2017).
2.1 Sinais Clínicos
BELERENIAN (2002) afirma que a degeneração mixomatosa da valva mitral, é uma doença de curso
crônico e progressivo. Assim como a maioria das patologias cardíacas, o estado inicial da
endocardiose é marcada por um quadro assintomático, onde o animal permanece por um período
em estado de compensação cardíaca satisfatória. Em um segundo momento, a tosse é relatada
com frequência, seguida em de um catarro de coloração branca. Em geral é possível notar a
presença de sopro cardíaco, dispneia, síncope, distensão abdominal, presença de pulso forte ou
fraco e cianose. Por ser uma doença que apresenta sinais clínicos parecidos com outras patologias,
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apenas o diagnóstico de um veterinário pode confirmar a suspeita do caso.
2.2 Diagnóstico
O diagnóstico de endocardiose é construído desde o exame clínico do paciente, até os exames
complementares como e ecocardiograma e radiografia torácica. Entretanto, um importante aliado
para suspeita do diagnóstico, além da anamnese, e inspeção do paciente é a auscultação do
coração, que permite identificar o som característico do sopro e seu grau de intensidade.

2.3 Tratamento
O tratamento da endocardiose em valva mitral é variável de acordo com o estágio em que se
encontra a doença. Segundo BORGARELLI e HAGGSTROM (2010), são utilizados diuréticos como
fursemida, inotrópicos positivos como pimobendan e inibidores da enzima conversora de
angiotensina (iECAs), a exemplo o benazepril. O método utilizado é apenas terapêutico, o que
possibilita melhorar a qualidade de vida do paciente, mas a endocardiose ainda não tem cura.
3 CARDIOMIOPATIA DILATADA
Outra doença muito comum no sistema cardiovascular dos animais de pequeno porte, e que
também altera as bulhas cardíacas, é a cardiomiopatia dilatada (CMD), que é uma patologia crônica
muito associada à causa de insuficiência cardíaca em cães e gatos. A CMD acomete o miocárdio, no
qual o músculo cardíaco fica com a espessura muito fina e consequentemente apresenta intensa
fraqueza para realizar a sístole, causando dilatação dos átrios e ventrículos, impossibilitando assim o
bombeamento adequado de sangue do coração para o restante do corpo do animal.
Com isso, acontece a regurgitação de sangue para dentro dos ventrículos, esse sangue que volta
para dentro do coração não é bombeado com a velocidade necessária para os pulmões, e com isso
não envia oxigênio de maneira correta para todo o corpo, podendo levar à insuficiência cardíaca
congestiva e até levar a morte.
Segundo SANTOS e ALESSI (2017), a cardiomiopatia dilatada felina está associada a deficiência de
taurina, que é um aminoácido fundamental para o bom funcionamento do coração, e geralmente
essa patologia acomete gatos de meia idade. Em cães, a cardiomiopatia dilatada tem certa
predisposição por cães jovens e adultos, com idade entre cinco e sete anos. (DUKES-MCEWAN et al.,
2003) aponta que em sua maioria são machos e de raça de grande porte.
A etiologia da cardiomiopatia é idiopática, mas vários fatores com genética, taquicardia, deficiência
nutricional, fatores tóxicos e distúrbios metabólicos têm sido associados à CMD.

3.1 Sinais Clínicos


Segundo DUKES-MCEWAN (2003), os sinais clínicos da cardiomiopatia podem ser divididos em três
estágios, sendo o primeiro deles o período em que não há manifestação de sintomas, ou seja, o
animal fica assintomático. A seguir, vem o segundo estágio, também conhecido como “oculto”, nele
há ausência de sinais clínicos perceptíveis para o tutor, mas existem alterações no exame cardíaco,
na parte elétrica e morfológica. O estágio III é o mais evidente por ser sintomático, pode-se observar
insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ventricular esquerda ou biventricular, tosse, depressão,
síncope, dispneia, taquipneia, flatulência e intolerância ao exercício (TIDHOLM et al., 2001; DUKES). -
MCEWAN et al., 2003).
3.2 Diagnóstico e tratamento
O exame clínico é muito importante para se chegar ao diagnóstico de CMD, desde a anamnese ao
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exame físico do paciente. Durante a auscultação é possível notar certa dificuldade para ouvir os sons
pulmonares e cardíaco que ficam abafados pelo acúmulo de líquido na pleura, mas é audível as
alterações nas bulhas cardíacas comumente detectáveis pelo sopro sistólico que variam do grau I
ao VI, como também taquicardia, arritmia e déficit de pulso. A utilização de exames laboratoriais,
ecocardiograma, holter e radiografia podem ajudar a confirmar o diagnóstico e entender o
prognótico do paciente.
O tratamento da CMD varia de acordo com o estágio da doença, e tem porobjetivo minimizar os
efeitos da ICC. Geralmente há utilização de diuréticos como furosemida é comum, e o uso de iECA
(benazeplil e enalapril), bem como nutracêuticos são muito recomendados durante o tratamento.
4 CONCLUSÃO
Os sons produzidos pelo coração, denominados bulhas cardíacas, são produzidos pelo fechamento
pelo movimento de sístole e diástole durante o funcionamento do coração. Nesse sentido, durante a
auscultação, é extremamente importante manter os ouvidos bem atentos as bulhas cardíacas, para
detectar qualquer anormalidade presente no sistema cardiovascular do animal, para que dessa
forma, seja possível diagnosticar de forma correta as patologias encontradas nesse sistema vital.

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